O
advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, de 79 anos,
morreu no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no início da manhã desta
quinta-feira (20/11). A informação foi confirmada pela assessoria de
imprensa do hospital. Bastos havia sido internado na terça-feira (18/11)
devido à piora de uma doença crônica no pulmão. Segundo o último
boletim médico, ele passou por um tratamento de descompensação de
fibrose pulmonar. A doença ataca o tecido pulmonar e piora a mecânica
respiratória ao curso de anos.
Formado
pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, na turma de
1958, Márcio Thomaz Bastos foi presidente da OAB-SP entre 1983 e 1985 e
do Conselho Federal da OAB (1987 a 1989) antes de virar ministro da
Justiça (2003 a 2007), durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. É considerado um dos principais criminalistas do país.
Mesmo após deixar o ministério, continuou em evidência no meio jurídico,
por atuar em casos de grande repercussão nacional. Thomaz Bastos atuou
na acusação dos assassinos do ambientalista Chico Mendes, do cantor
Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves.
Ele
também participou do julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, no qual
defendeu ex-dirigentes do Banco Rural, como José Roberto Salgado,
condenado a uma pena de 14 anos e quatro meses de prisão por formação de
quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição
financeira e evasão de divisas. O advogado atuou ainda na defesa do
médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques
sexuais a 37 vítimas.
Nascido
no dia 30 de julho de 1935, em Cruzeiro, interior de São Paulo, era
casado com Maria Leonor de Castro Bastos. Ele deixa uma filha, Marcela.
Ainda não há informações sobre o velório e enterro do ex-ministro.
Correio Brasiliense
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