5 de novembro de 2014

Confira as propostas do pré-candidatos à presidência do Fortaleza Esporte Clube

Nos bastidores do Fortaleza há pelo menos seis nomes cogitados para entrar na disputa pelo comando no Pici
Tem início nesta quarta-feira (5), com a abertura de inscrições das chapas, o processo eleitoral que definirá o próximo presidente do Fortaleza. As inscrições das candidaturas interessadas acabam dia 14. A eleição está marcada para 1° de dezembro. Três candidatos confirmaram ao O POVO que irão concorrer (nenhuma deles apoiado pela atual gestão), mas nos bastidores do clube há pelo menos seis nomes cogitados para entrar na disputa.

Os três postulantes afirmaram ter como mote resgatar a grandeza do Fortaleza, que, segundo eles, ficou com a imagem abalada pela permanência na Série C e por maus atos das últimas diretorias. No entanto, nenhum deles tem um plano de gestão definido ainda.

Sílvio Carlos, que já foi presidente do Tricolor em 1982 e 1987, promete montar um time competitivo. “Como foi na gestão de Ney Rebouças (presidente em 1983/1984), que formou um dos maiores times da história do Fortaleza”.

Outro ex-presidente que deseja retornar ao Pici é Jorge Mota. Ele deixa claro que não fará loucuras. “Não tem esse negócio de salvador da pátria. Quem vai salvar a pátria é o torcedor”. Dos três candidatos, é o único que não tece críticas diretas à atual diretoria.
O advogado Alexandre Borges promete mudanças mais estruturais no Fortaleza. “A primeira coisa que temos que fazer é tirar esse modelo de administração que está aí”, ressalta.

O presidente em exercício, Daniel Frota, é o preferido da situação para ser candidato, mas dá sinais de não querer concorrer. “A princípio eu não tenho intenção. A escolha de meu nome está em amadurecimento”.

Quem deseja concorrer pela situação é o diretor de futebol, Adailton Campelo. O nome do superintendente do Departamento de Arquitetura e Engenharia do Ceará (DAE), Quintino Vieira, é apontado como provável nome. O POVO entrou em contato com ambos, mas as ligações não foram atendidas.

Processo eleitoral

Estarão aptos a votar sócios-proprietários e conselheiros em dia com as obrigações legais diante do clube. Sócios-torcedores com dois anos consecutivos e ininterruptos de contribuição também têm direito a voto. O pleito também servirá para escolher nova mesa diretora do Conselho Deliberativo. Serão realizadas ainda eleições para sócios-proprietários, Conselho Fiscal e Conselho de Ética.

PROPOSTAS

Resgate tricolor

SÍLVIO CARLOS - Deseja usar a experiência adquirida durante dois mandatos (1982 e 1987) para tirar o Fortaleza da Série C e conquistar títulos. Ainda que de forma indireta, faz críticas à atual gestão do Fortaleza. “Vou disputar pela oposição. Essa administração foi correta, aplicou bem o dinheiro, mas não teve talento e nem sorte para montar um time do tamanho da torcida do Fortaleza. Tiveram um comportamento ético, mas o que a torcida quer é ver o time subir”. Ele, no entanto, não diz como fará para montar e manter um time superior ao desta temporada, com um orçamento parecido com o atual. Se sair vencedor das eleições, promete abrir diálogo com as outras candidaturas. “Se eu ganhar vou chamar os derrotados para se juntarem a mim. Sou um conciliador nato”.
 
Conciliador

JORGE MOTA- A conciliação dá o tom das declarações do presidente que tirou o Fortaleza da Série C em 2000, ainda que pelo artifício do tapetão. Para ele, o processo eleitoral deve ocorrer sem acirramentos e todos devem unir forças em torno do vencedor. “Todos são amigos. O Sílvio (Carlos) é meu irmão. São pessoas que gostam do Fortaleza”, diz. Ele garante que até amanhã a chapa encabeçada por ele será inscrita junto à comissão eleitoral do pleito. Ele acredita na valorização das pratas da casa, mas evita críticas à atual gestão que vendeu os direitos federativos e econômicos de revelações como Edinho e Walfrido. “É difícil vender jogador estando na Série C. O preço que dão é diferente de quando se está na Série B ou Série A”. Ele avalia positivamente o trabalho de Marcelo Chamusca.
 
Quer mudanças

ALEXANDRE BORGES- O advogado fará sua segunda tentativa de chegar à presidência do Fortaleza. Em 2011 foi derrotado pelo atual presidente Osmar Baquit. Borges não mede palavras para mostrar o quanto discorda da atual gestão. “O que está errado há muito tempo são contratações demais, que não resolvem. Falta transparência, inteligência e ousadia”, critica. Para ele, é necessário investimentos nas categorias de base e valorização das promessas que de lá surgirem. Ele aponta como inadequadas as vendas das revelações Edinho e Walfrido. Defende uma maior aproximação do clube com torcedores de camadas mais populares. “Poderia fazer promoções para torcedores assalariados ou mesmo desempregados”. Ele rejeita a permanência de Marcelo Chamusca.

O Povo

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