Os diretórios estaduais do PMDB começaram uma mobilização para realizar uma pré-convenção, em maio do próximo ano, para discutir os ruídos que ameaçam a coligação governista.
Tanta inquietação deve-se à reforma da Esplanada, com a troca de 12 ministros da presidente Dilma Rousseff, e a deflagração do processo de formação dos palanques estaduais, principalmente no Ceará, Rio de Janeiro e Maranhão.
Os desassossegados peemedebistas reclamam da falta de generosidade do PT que, nas palavras de um integrante do grupo político do vice-presidente Michel Temer, quer “eleger a presidente da República, continuar controlando 19 ministérios e ainda quer brigar com os partidos aliados nos Estados”.
A encrenca em relação à reforma ministerial, que está prevista para o final do ano, tem a ver com intenção de Dilma de substituir por técnicos os ministros-candidatos que deixarão os cargos em dezembro.
O comando do ministério da Integração Nacional, por exemplo, enche os olhos dos peemedebistas, que já indicaram o senador Vital do Rego (PB). No entanto, a presidente Dilma sinalizou o desejo de efetivar o engenheiro cearense Francisco Teixeira para despolitizar a pasta. A possibilidade não agrada em nada o principal aliado do Planalto.
Já em relação às composições estaduais, o PMDB exige que o PT faça sacrifícios retirando da raia as candidaturas que fazem frente aos nomes do partido, obrigando os diretórios regionais a apoiar os candidatos peemedebistas.
Aqui CE.