1 de novembro de 2014

Prestadoras terão de aumentar velocidade mínima da internet a partir de hoje

As prestadoras de internet terão de garantir, a partir de hoje (1º), em média, 80% da velocidade contratada mensalmente pelo usuário. A meta faz parte de um cronograma estabelecido há dois anos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para aumentar gradualmente os limites mínimos de velocidade de banda larga fixa e móvel oferecidos aos clientes.

Pelas metas dos regulamentos da Anatel, a velocidade instantânea (velocidade de upload e download apurada no momento de utilização da internet pelo usuário) deve ser de, no mínimo, 40% do contratado.
O cronograma começou a vigorar em 2012, quando a velocidade média entregue deveria ser de 60%. No ano seguinte, passou para 70%. A velocidade instantânea mínima começou com 20%, alcançando 30% e agora será de 40%. Antes da determinação da Anatel, a velocidade entregue aos usuários ficava em torno de 10% da contratada pelos consumidores.

Para verificar se as empresas estão cumprindo a determinação, no caso da banda larga fixa, a Anatel escolhe, por sorteio, voluntários para participar da medição. Com os dados registrados pelos medidores instalados nas casas dos usuários, a agência acompanha indicadores como velocidades instantânea e média, período de transmissão de dados, instabilidades, disponibilidade do serviço e falhas na qualidade da conexão. No caso da banda larga móvel, os medidores que monitoram a qualidade do serviço estão instalados em escolas atendidas pelo Projeto Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas.

Agência Brasil

Descubra como eram os bastidores da “Família Dinossauros”, que completa 20 anos

A família dos Silva Sauro conquistou fãs em todo o mundo
A família dos Silva Sauro conquistou fãs em todo o mundo
Alguns programas são esquecidos logo após seu término, mas a“Família Dinossauros” faz parte do grupo dos que se eternizam na memória de seus telespectadores.
Produzida entre 1991 e 1994, a série se tornou febre mundial e ainda hoje sobrevive na TV. Com personagens carismáticos e extremamente divertidos, o seriado completa 20 anos, mas parece não ter envelhecido um dia sequer.
Numa reportagem especial, o RD1 relembra a repercussão obtida pelo seriado e revela um pouco sobre seus bastidores, mostrando que, ao contrário do que podíamos pensar quando crianças, aquelas escamas e caudas não eram nem um pouco reais!
A dedicada Fran vivia ocupada com os afazeres domésticos
A dedicada Fran vivia ocupada com os afazeres domésticos
Filosofia
Muito mais do que um programa infantil, “Família Dinossauros” ficou conhecida como uma das mais bem-humoradas e criativas críticas à sociedade moderna.
Tal qual “Os Simpsons”, a série optou por retratar de forma caricata os excessos e as falhas do cotidiano da classe média americana.
Em “Família Dinossauros”, estão presentes os elementos clássicos de qualquer família: um pai que luta para pagar as contas, uma mãe que busca encontrar sentido em sua vida, um jovem preocupado em impressionar as garotas, uma adolescente que deseja ficar mais bonita e um bebê pra lá de levado.
Segundo a crítica da época, o programa tinha o poder de satirizar a vida real e escondia lições profundas em cada situação retratada em seus episódios. Outra particularidade que chamava a atenção era o fato de os humanos serem selvagens, enquanto os répteis eram civilizados, ironia que arrancava gargalhadas.
Para muitos, “Família Dinossauros” inaugurou uma nova era na TV mundial ao apostar numa fórmula essencialmente infantil, mas que cativou – e fascinou – o público adulto.
Dino e sua família eram viciados em TV
Dino e sua família eram viciados em TV
Repercussão
“Família Dinossauros” foi exibida no Brasil pela primeira vez em 1992 durante o “Xou da Xuxa”, mas alcançou o auge ao se tornar atração fixa da “TV Colosso”, época em que registrava índices de audiência que surpreendiam a própria Globo.
Animada, a emissora escalou a família Silva Sauro para os domingos, dia em que ia ao ar entre o “Domingão do Faustão” e o “Fantástico”. O êxito trouxe lucros milionários em merchandising e os dinossauros se tornaram capas de cadernos, mochilas, chaveiros, camisas e inúmeros outros itens.
Após alguns anos fora do ar, a “Família Dinossauros” foi adquirida pelo SBT e virou atração diária das tardes do canal ao longo do ano de 2003. Na emissora de Silvio Santos, ocupou vários horários – sempre mantendo boa audiência – até o ano de 2005.
Dois anos depois, em 2007, a série voltou ao ar pela Band e, novamente, Dino e seu clã mostraram ter prestígio junto ao público e se tornaram um dos programas mais assistidos do horário nobre do canal. Até 2011, foi um ‘coringa’ da Band, sendo escalada para diversas faixas.
Vinte anos após seu término – e centenas de milhares de anos após a extinção da espécie -, o programa conseguiu a proeza de voltar ao ar na TV por assinatura e atualmente é exibido pelo Canal Viva, que curiosamente pertence à Globo, emissora que a lançou no país.
Baby disseminou o bordão "Não é a mamãe!"
Baby disseminou o bordão “Não é a mamãe!”
O Fim
“Família Dinossauros” durou apenas quatro temporadas, totalizando 65 episódios. Em seus primeiros três anos, a série mantinha excelente audiência nos EUA, mas viu seus números despencarem em 1994.
O altíssimo custo de produção do programa – que demandava investimentos tecnológicos e figurinos complexos – levaram a Disney a optar pelo cancelamento da série, temendo que uma nova temporada gerasse prejuízo para os estúdios no ano seguinte.
Apesar do ponto final, o seriado entrou para o seleto grupo de atrações que se eternizaram na memória dos telespectadores e que, ainda hoje, ganham novos fãs.
Além do Brasil, “Família Dinossauros” foi exibida em inúmeros países, permanecendo em exibição em diversos deles. Nos EUA, fã-clubes da série ainda subsistem e itens raros ligados aos personagens são comercializados via internet e estão disponíveis em exposições.
Definitivamente, os dinossauros da família Silva estão longe de ser extintos!
A tecnologia por trás da magia
A tecnologia por trás da magia
Bastidores
A tecnologia utilizada pela série era considerada revolucionária em relação à que estava disponível no início da década de 90, fator que levou seus produtores a serem mundialmente conhecidos.
Os figurinos do programa eram confeccionados artesanalmente e cada personagem possuía características físicas próprias no rosto, corpo e patas. A intenção era a de que cada dinossauro se tornasse único e facilmente reconhecível.
No único vídeo que registra os bastidores da “Família Dinossauros” (assista-o abaixo), atores do seriado aparecem com as pernas de seus personagens, revelando pela primeira vez os rostos por trás das máscaras. O vídeo, que não possui dublagem em português, também mostra depoimentos dos criadores do programa e imagens dos mecanismos que permitiam que o elenco se movimentasse sob as fantasias.
A série, porém, nunca teve um elenco fixo. Inúmeros atores interpretaram os personagens em ocasiões diversas. As mudanças jamais eram percebidas pelos telespectadores devido ao fato de cada dinossauro ter a sua própria voz, outra tecnologia inovadora para a época.
VEJA O VÍDEO:


RD1 IG Gente

Artista cria bonecas hiperrealistas de bebês que podem custar até R$ 4 mil

 (Marcela Brito/Esp.CB/DA Press)
 As obras da artista plástica Sandra Costa, 43 anos, espantam pelo realismo. A moradora do Distrito Federal é especialista em Reborn, técnica conhecida por reproduzir, com alto grau de perfeição, bonecas com características humanas. A artesã, que vive em Samambaia e faz esse tipo de trabalho há dois anos, conta que é preciso, além de dedicação e altos investimentos, ter amor pelos mínimos detalhes. “Eu me apaixonei profundamente pela técnica. Apesar de ser muito cara, vale muito a pena”, explica.

As bonecas são criadas de acordo com as exigências dos clientes. Segundo Sandra, o público é bastante participativo e costuma escolher a cor dos olhos, da pele, dos cabelos e, ir além, e definir até o peso do bebê. A artista também cria as reprodução a partir de fotos. “Tenho uma encomenda que o marido irá presentear a esposa com um boneco que terá as feições do filho do casal, que hoje já é adulto”, conta Sandra.

Os cabelos, de origem animal, são aplicados fio a fio pela artista. A pele é pintada diversas vezes e atinge texturas e aparências próximas as de um bebê real. A semelhança é tamanha que é possível notar as manchinhas e as veias marcantes de um recém nascido. “Você pode ver que o narizinho é cheio de bolinhas, aquelas que só os bebês têm. Elas também têm o sinal de vacina no bracinho”, mostra a artista.

O público alvo da produção desse tipo de bonecas é formado basicamente por pais que desejam presentear filhas de 9 a 12 anos de idade. A quantidade de pedidos é grande - principalmente para fora do DF - e a artista conta que está com a agenda cheia até março do ano que vem.

De acordo com a artesã, o mercado de Reborn em Brasília, aos poucos, começa a despontar para o uso e valorização da técnica. “Antigamente as pessoas não queriam pagar o preço que as bonecas realmente valem. Hoje em dia, o trabalho está sendo reconhecido”, conta.




São necessários pelo menos cinco dias de dedicação para produzir uma boneca hiperrealista. Porém, a artesã garante que tudo isso vale a pena. “Quando você vê alguém recebendo… A alegria da criança em abrir o presente você pensa: 'nossa, consegui alcançar meu objetivo'", conta Sandra.

Tamanho realismo tem um preço. Os valores das bonecas criadas pela artesã chegam a valer R$ 4 mil, no entanto, ela conta esse tipo de "obra" pode custar até R$ 7 mil. A venda é dividida em kits que incluem roupinha, mamadeira, manta, sapatinho, meia, pente, fralda, kits de perfume, pulseirinha maternidade e até certidão de nascimento do bebê. Quanto maior a quantidade de acessórios, mais alto é o preço. Caso o cliente deseje, é possível, inclusive, levar um carrinho de bebê.


Correio Braziliense

Solteirões comemora 10 anos de sucesso e apresenta Walkyria Santos

Solteirões do Forró agora é Solteirões: Fogo e Paixão como marca da parceria entre Walkyria Santos e Zé Cantor Foto: Nara Fassi
Solteirões do Forró agora é Solteirões: Forró e Paixão como marca da parceria entre Walkyria Santos e Zé Cantor
Foto: Nara Fassi
Agora é oficial: Walkyria Santos é a vocalista da banda Solteirões do Forró. A cantora já trabalha em estúdio com a banda e foi apresentada em uma coletiva de imprensa, realizada na última terça-feira (28).
Walkyria se apresentará pela primeira vez no aniversário de 10 anos da banda, como informado em primeira mão pelo blog Puxa o Fole, que acontecerá no próximo sábado (1) na barraca Casa de Praia Lounge.
Em entrevista, os cantores se mostraram otimistas com o futuro da banda Solteirões do Forró no novo projeto, intitulado “Solteirões: Forró e Paixão”,  e contaram que já trabalharam em três músicas que serão lançadas na festa de 10 anos.
O evento contará com a presença do Forró dos Plays e da dupla Luis Marcelo e Gabriel.
Confira entrevista, na íntegra, com Walkyria Santos e Zé Cantor:
Blog Puxa o Fole
Diário do Nordeste

Segunda-feira(03),começa a 2ª etapa da vacinação contra febre aftosa no Ceará.

e
O vírus também pode ser transportado pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas
FOTOS: AC. ALVES
Image-0-Artigo-1731982-1
A enfermidade afeta animais como bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos e é transmitida principalmente pelo contato entre animais doentes e sadios
 A segunda etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa 2014, conduzida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Defesa Animal (SDA) e das Superintendências Federais de Agricultura (SFA), em conjunto com os serviços veterinários estaduais, terá início, na maioria dos estados brasileiros, neste sábado. No Ceará ocorre somente a partir da próxima segunda-feira e se prolonga até 2 de dezembro.
A meta é vacinar aproximadamente 150 milhões de bovinos e bubalinos. Em 14 estados - Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí e São Paulo - a vacinação deve ser feita em todo o rebanho de bovinos e bubalinos.
Ceará
De acordo com o coordenador do Programa de febre Aftosa no Ceará, Joaquim Sampaio Barros, "preferimos adiar para segunda-feira o início da campanha por causa do feriado de Finados". No Estado existem 2 milhões e 600 mil cabeças de bovinos e bubalinos.
"Na primeira etapa, vacinamos 94,35% do total. A meta agora é chegarmos aos 100%", diz Joaquim Sampaio, ao acrescentar que o Nordeste foi reconhecido pela Organização dos Estados Americanos (OEA) como livre de febre afotosa com vacinação.
O estado de Santa Catarina não está inserido no calendário, por já ser reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Durante a primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Aftosa, 97,55% do rebanho brasileiro foi vacinado. Até o final de 2013 a população total de bovinos e bubalinos era de 212,4 milhões de cabeças.
Após a vacinação, o produtor deve apresentar a relação dos animais vacinados e a nota fiscal da vacina nos escritórios do serviço veterinário oficial, para a devida comprovação. Os serviços veterinários estaduais têm o prazo de 30 dias para encaminhar ao Ministério da Agricultura o relatório das atividades da campanha contra a doença.
A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta animais de casco fendido, como bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos. A enfermidade é transmitida principalmente pelo contato entre animais doentes e sadios. O vírus também pode ser transportado pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas.
Diário do Nordeste

PMDB é a favor de fim da reeleição, diz Eunício Oliveira

Eunício Oliveira (CE), afirmou que o partido vai defender quatro pontos na reforma política: a volta da verticalização e da cláusula de barreira, assim como o fim da reeleição com a adoção de mandatos de cinco anos. Para o peemedebista, a atual legislação está "completamente bêbada" e a reeleição "desequilibra totalmente" a disputa. "Alguns maus foram feitos ao Brasil, a reeleição é um deles", afirmou, em entrevista exclusiva ao portal do Estadão.

O peemedebista disse que o partido no Senado "tem maturidade suficiente" para buscar convergência com o governo Dilma, mesmo tendo sido derrotado na disputa ao governo do Ceará contra um candidato do PT, após liderar no primeiro turno. Ele não criticou a postura da bancada da Câmara, ao destacar que não há, no partido, "um centralismo democrático". Contudo, adiantou que o Executivo, se não conversar, terá "muitas dificuldades" para derrotar o projeto que susta a criação dos decretos populares.

Eunício disse que, mesmo com uma oposição mais qualificada a partir de 2015 no Senado, vai defender o governo Dilma. Porém, cobrou diálogo da presidente. "Se Dilma tirar um pedaço do seu tempo, que é muito precioso, para abrir o diálogo, vai facilitar muito a vida do governo e a nossa vida aqui, que somos apoiadores desse projeto", afirmou. O peemedebista se disse a favor de uma nova CPI da Petrobrás na próxima legislatura, caso as delações premiadas não cheguem a tempo para as investigações das comissões em andamento neste ano e que devem ser encerradas ao final desta legislatura.

Leia os principais pontos da entrevista concedida no gabinete da liderança do partido em Brasília.

Estadão - Reeleita, Dilma defendeu uma reforma política via plebiscito, da mesma forma como o Congresso descartou no ano passado. O senhor prefere a reforma por meio do referendo. Ela não vai vingar de novo?
Eunício Oliveira - Se não vingar, vou lamentar muito porque passou da hora. Eu disputei uma eleição majoritária e a atual legislação está completamente bêbada. Por exemplo, votei na presidenta Dilma, e o meu partido, o PMDB, era da mesma chapa. Feita a aliança nacional, permite-se que as alianças regionais sejam completamente divergentes da nacional.

Estadão - O senhor defende a volta da verticalização?
Eunício - Sou totalmente a favor. E da cláusula de barreira também. Sem elas, os partidos e o sistema político ficam enfraquecidos. Permite o desequilíbrio dos concorrentes tanto quanto a reeleição desequilibra totalmente uma eleição. Você é governador, sentado na cadeira fazendo um saco de bondades a cada hora, tem todas as regalias, é a maior a autoridade pública do Estado e simultaneamente você concorre com outro cidadão que, muitas vezes, não tem a menor condição de disputar as eleições em condições de equilíbrio. Sou, por convicção, contra a reeleição e a favor do mandato de cinco anos. Alguns maus foram feitos ao Brasil, a reeleição é um deles.

Estadão - É uma proposta para se defender para essa reforma política?
Eunício - Sim. O PMDB é a favor do mandato de cinco anos sem reeleição, assim como é a favor da coincidência dos mandatos, do voto distrital, mesmo que seja misto.

Estadão - O PT é muito criticado no Congresso por defender a reforma política, com financiamento público de campanha, mas sem tocar na reeleição. O senhor concorda que falta flexibilidade ao PT, o que acaba impedindo o avanço da reforma?
Eunício - Não quero fazer uma entrevista contra ninguém. Sou a favor do financiamento público de campanha, mas essa é uma matéria que deve ir para o referendo, se o eleitor brasileiro quiser. Se ele acha que da verba da saúde, educação, da segurança pública, do saneamento básico, da cultura, meio ambiente, deve ser retirado uma parcela desse dinheiro, que já é tão curto, para fazer financiamento público? Não sou contra, mas acho que a população tem que se manifestar.

Estadão - Mesmo dando apoio quase irrestrito ao governo Dilma, a maioria dos peemedebistas do Senado não teve sucesso nesta eleição. Em alguns casos, o PT não deu respaldo ou até boicotou candidaturas do PMDB. Esse resultado altera a postura da bancada
daqui para frente?
Eunício - É natural que em toda disputa política ou qualquer outro tipo de disputa gere divergência, mas acho que nós temos maturidade e habilidade suficiente para buscar a convergência e a convivência pacífica e harmoniosa entre nós.

Estadão - O PMDB do Senado não adotará a mesma postura que o PMDB da Câmara tem tido desde o início do governo Dilma?
Eunício - O PMDB na sua essência é assim, nasceu para contestar e combater a ditadura, era o PMDB, que virou partido. O PMDB é isso, democrático, debate tudo dentro e há respeito pelas lideranças, não tem um centralismo democrático, nasceu assim, é assim e a população aplaude assim.

Estadão - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), prevê uma derrota para o governo na votação do projeto que susta os efeitos do decreto presidencial sobre os conselhos populares. Qual a posição do PMDB do Senado?
Eunício - Eu não reuni a bancada, devo fazer na próxima semana para debater essa questão. Mas há um sentimento de que este assunto não foi suficientemente debatido com o partido, pelo menos não com as lideranças até hoje. Como líder do partido, eu não fui chamado para discutir o que são esses conselhos, de que forma eles funcionariam. Então, como nunca houve diálogo sobre isso, eu acredito que ele (o governo) terá muitas dificuldades de aprovação.

Estadão - Nesse caso, vale o que Renan disse: "conversar não arranca pedaço"?
Eunício - Exatamente isso. Nesse caso, somos coincidentes de achar o seguinte: o diálogo não faz mal a ninguém. Então como eu tenho pautado a minha atuação no Congresso, há 16 anos, sempre pelo diálogo, quando recebi um título ou escolha, foi sempre pelo diálogo, eu gosto da conversa. Eu acho que conversar facilita muito, a palavra tem uma força muito grande. Uma palavra às vezes muda o posicionamento completo das pessoas, o esclarecimento vale muito. Então esta aqui é uma Casa do diálogo, do debate, onde os contrários se encontram, a essência. Nada simboliza mais a democracia que uma imprensa livre e um Congresso funcionando. Faltou diálogo, faltou diálogo, faltou diálogo.

Estadão - Em 2015, com um cenário delicado do ponto de vista econômico e também político, com uma oposição qualitativamente melhor e eventualmente essas investigações da Petrobrás que podem atingir o Congresso, a presidente vai precisar
mais de diálogo ainda?
Eunício - Vou torcer muito para que a economia reaja e o Brasil avance em todas as questões. É preciso que a gente tenha aqui no Senado um posicionamento de dialogar, não criar problemas por problemas. Essa oposição qualificada é importante para a democracia, para o governo da Dilma, embora tenha convicção de que vamos divergir aqui muitas vezes. Eu vou apoiar aqui no Congresso o projeto da Dilma, que eu fui para as ruas defender. Obviamente para dar as condições de que o Brasil possa continuar avançando e que a gente possa, num futuro muito próximo, comemorar que a economia voltou a crescer. Parece paradoxal, mas mantivemos a mesma taxa de emprego. Isso é o verdadeiro milagre brasileiro.

Estadão - Dilma tem de chamar para si essas conversas, lembrando o exemplo do presidente Lula, ou delegar para terceiros?
Eunício - O Lula é diferenciado. Ele sempre foi muito afeito ao diálogo, a gestos de carinho até com os adversários. Ninguém foi mais pressionado pela oposição que o Lula. A presidenta Dilma, comigo pelo menos como líder do PMDB, não tenho queixas de diálogo. Mas, repito, se Dilma tirar um pedaço do seu tempo, que é muito precioso, para abrir o diálogo, vai facilitar muito a vida do governo e a nossa vida aqui, que somos apoiadores desse projeto.

Estadão - As delações do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef ainda não chegaram à CPI mista e dificilmente vão chegar até o final dos trabalhos. O senhor defende, assim como o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), a criação de uma nova CPI na próxima legislatura?
Eunício - Temos prazo suficiente para receber as delações. Caso isso não aconteça, não tenho nenhuma objeção a que se faça uma nova CPI, embora a Polícia Federal, o Ministério Público, a Justiça, todos já tenham as informações mais do que suficientes para condenar, checar se o que tem na delação tem um fundo de verdade, porque não é só falar. Quem errou, paga a conta, mesmo se for parlamentar.

* Com informações do Estadão

Ceará News 7