21 de novembro de 2015

Previsão aponta maior chance de poucas chuvas até fevereiro no Ceará

O Oceano Pacífico Equatorial apresenta, atualmente, elevada anomalia de aquecimento, o que caracteriza o El Niño mais intenso desde 1997/1998, podendo trazer consequências negativas para o Nordeste do Brasil, como a escassez de precipitações. Um dos reflexos da atuação desse fenômeno pode ser percebido na previsão climática elaborada hoje pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Para os meses de dezembro de 2015, janeiro e fevereiro de 2016, o prognóstico aponta 69% de probabilidade de chuvas abaixo da média no Ceará durante o período. As chances de haver precipitações em torno da média são de 23% e para chuvas acima da média, a probabilidade é de apenas 8%.

A categoria abaixo da média histórica para o trimestre dez-jan-fev no Estado corresponde a chuvas de 0 a 203,6mm. Precipitações de 203,7 a 312,7mm são consideradas em torno da média e, se chover 312,8mm ou mais, a categoria é acima da média. 

“É muito importante ressaltarmos que o trimestre em questão engloba dois meses de pré-estação chuvosa, dezembro e janeiro, quando os sistemas que normalmente atuam nessa época são de menor previsibilidade, como Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis, Cavados e a influência de Sistemas Frontais”, explica o meteorologista Leandro Valente. Ele destaca também, que, apesar da baixa previsibilidade, além do modelo atmosférico da Funceme, outros modelos de instituições nacionais e internacionais também apontam maior probabilidade de precipitações abaixo da média para o Ceará nos próximos três meses.

Todos os meses, a Funceme lança previsão climática para o trimestre posterior. Entretanto, o principal prognóstico que a instituição elabora é divulgado na segunda quinzena de janeiro (que aponta para os meses de fevereiro, março e abril), quando são analisadas as condições termodinâmicas do Pacífico e do Atlântico pouco antes do início da quadra chuvosa no Ceará. 

 Assessoria de Comunicação da Funceme

Nordeste tem a pior seca em 50 anos com chuvas escassas desde 2011

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Piauí diz que tudo deve mudar quando começam as primeiras chuvas na regiãoReuters
O Nordeste enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos. As chuvas estão escassas há quatro anos. A Feapi (Federação da Agricultura e Pecuária do Piauí) informou que houve perda de 20% das 1,7 milhão de cabeças de gado nos últimos dois anos como consequência da seca.
O presidente da Feapi, Carlos Augusto Carneiro (também conhecido como o Caú), disse que cerca de 1 milhão de cabeças de gado foram remanejadas para regiões com pasto e água.
— Foram levados da caatinga para o agreste até que as chuvas voltem.
A situação só se agrava com a permanência da estiagem, falta de pasto, de alimentos e de água na superfície.
Ele acredita que tudo deve mudar até o fim do ano, quando começam as primeiras chuvas na região. Nessa época, volta o verde e o gado, e o agricultor se anima a plantar novamente. Mas o que se espera é a seca verde, quando a vegetação floresce, mas não produz. Essa situação atinge apenas o pequeno produtor e o trabalhador rural, que pratica a agricultura de subsistência.
Caú disse que os pecuaristas nessa região já estão se acostumando a conviver com a seca. O gado é criado solto, mas tem de ter o complemento com silagem ou ração. E esse suplemento normalmente é feito com milho, sorgo ou mandioca. No entanto, essa criação é mais cara, e muitos preferem levar o rebanho para pastar em outras paragens. O gado anda até 100 quilômetros para uma região onde tenha pasto e água.
"Essa transferência tem de ser feita antes do rebanho estar debilitado", advertiu. Se isso não for feito, o gado morre no percurso.
O presidente da Feapi disse que o rebanho pereceu diante da fome e sede por causa da estiagem que castiga o Estado. "Precisamos de pelo menos cinco anos para recuperar as perdas, se tivermos uma boa política de incentivos do governo", declarou.
Os criadores ainda acreditam numa parceria do Estado com o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) para a construção de pequenas barragens no leito de rios e riachos perenes. Dessa forma, eles podem servir para irrigação e abastecer os animais. O problema é que atualmente, além do gado, estão morrendo caprinos e ovinos, animais mais resistentes à seca.
Bolsa Família
Com o quadro desalentador, é cada vez maior a dependência do Bolsa Família. Praticamente não existe mais plantio de subsistência no semiárido, por falta de água, escassa até para consumo humano. Não se vê mais roça na zona rural. Para o presidente da Feapi isso está ficando cultural.
"O agricultor de subsistência não planta mais, porque vai ter a cesta básica dele. E ele não tem a cultura de plantar para ganhar com isso. É preciso mudar essa mentalidade", analisou.
Por outro lado, não houve a distribuição de sementes como normalmente era feita pelo governo, porque o agricultor não está plantando nem as culturas chamadas de sequeiro, como arroz, feijão, milho e mandioca.
Desabastecimento
Mesmo com toda essa situação, nem os pecuaristas nem os agricultores acreditam em desabastecimento de alimentos. "Se formos pessimistas e se não plantarmos, não faremos nada. O agronegócio é a base que sustenta a economia do País", afirmou o vice-presidente da Feapi e presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho, Sérgio Bortollozzo.
Ele disse que quem planta monocultura utiliza tecnologia. São culturas irrigadas e a tendência é manter a mesma safra do ano passado. A safra brasileira foi de 206 milhões de toneladas no ano passado e este ano já é de 204 milhões de toneladas de grãos. A safra no Piauí foi de 3,2 mil toneladas de grãos e foi mantida, sendo que as áreas onde eram plantadas outras culturas como arroz, milho e feijão foram substituídas pela soja.
No entanto, Bortollozzo disse que houve redução de 20% na plantação de milho, 40% na plantação de algodão e as áreas dessas culturas foram substituídas pela soja, que tem um custo de produção mais baixo e está em alta no mercado internacional. Mas os produtores reclamam das condições e da falta de financiamentos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tricolor estreia diante do River na Copa do Nordeste 2016

Leão está no Grupo D do torneio regional, ao lado de Botafogo-PB, River-PI e Sport (Arte: Maciel Júnior/FortalezaEC)
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou a tabela básica da Copa do Nordeste de 2016, que será iniciada no dia 14 de fevereiro. No Grupo D, o Fortaleza conheceu a ordem dos confrontos contra River-PI, Botafogo-PB e Sport. 

A estreia na competição regional será diante do time piauiense, dentro de casa, no dia 14 de fevereiro. No dia 17, o Tricolor visita o Sport e encerra os jogos de ida da fase classificatória diante do Botafogo-PB, como mandante, no dia 24. 

Os duelos de volta se iniciam no dia 2 de março, quando o Leão visita a equipe paraibana. No dia 9, recebe o adversário pernambucano e fecha a primeira fase contra o River, no dia 23, fora de casa. 

Os jogos das quartas de final serão realizados nos dias 30 de março e 3 de abril. As semifinais serão disputadas nos dias 13 e 17 do mesmo mês. Já os dois jogos decisivos do Nordestão estão marcados para os dias 27 de abril e 1º de maio. 
Assessoria de Comunicação do Fortaleza Esporte Clube 
imprensa@fortalezaec.net 

Diretoria diz que Flávio Araújo está 99% acertado com o Fortaleza


Flávio Araújo já passou pelo Fortaleza em duas oportunidades: 2011 e 2000 ( Foto: Diário do Nordeste - 23/03/2011 )
A novela sobre o novo treinador do Fortaleza tem tudo para ser encerrada neste sábado, 21. Depois de o clube "consultar" o sócio-torcedor ao fazer uma enquete para saber qual técnico preferido para assumir o time, a diretoria tricolor deverá fechar com Flávio Araújo.
"Posso dizer a você que estamos 99 por cento fechados com ele. Vamos apenas esperar o retorno do Presidente Jorge Mota para aí sim assinarmos contrato", declarou por telefone, o vice-presidente do clube tricolor, Ênio Mourão
A chegada de Jogada Mota deverá resolver duas pendências que ainda não foram resolvidas. O valor da rescisão, em caso de Flávio Araújo deixar o clube, e o valor da premiação em caso de conquista do tão sonhado acesso à Série B do Brasileiro.
Vale destacar que Flávio Araújo acertou também a vida de toda sua comissão técnica, que estava no River, onde foi vice-campeão Brasileiro da Série D: Luis Henrique (preparado físico), Hélio Pinheiro (auxiliar-técnico), e Wellington Perez (preparador de goleiros).
Por Mário Kempes e Ivan Bezerra
Diário do Nordeste