29 de março de 2011

POLÍTICA - HEITOR FÉRRER CRITICA FALTA DE LEITOS EM HOSPITAIS PÚBLICOS.


             O deputado Heitor Férrer (PDT) cobrou do Governo do Estado, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, uma solução para os cearenses que aguardam nos hospitais públicos do Ceará um leito. Para o pedetista, a solução é simples, basta o Executivo contratar espaços desocupados em outros hospitais.
Segundo o parlamentar, quem procurar o Hospital Geral do Ceará (HGF) e o Hospital de Messejana vai ficar pelos corredores. Não há leitos disponíveis. Enquanto isso, destaca Heitor, há 80 leitos no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) desativados e 216 leitos desocupados na Santa Casa de Misericórdia.

Apesar do Hospital Walter Cantídio ser mantido pelo Governo Federal, o deputado Heitor Férrer, entende que nada impede do Estado contratar alguns leitos para atender à demanda dos que procuram a rede estadual de saúde. O mesmo, afirma, pode ser feito em hospitais particulares.

O parlamentar diz não achar justo que o Estado banque uma conta que é de competência da União, mas com um caixa anunciado pelo Governo de R$ 1,7 bilhão e gastos em obras como do Acquario, de R$ 250 bilhões, o Executivo poderia ajudar o Hospital Walter Cantídio com pelo menos R$ 500 mil por mês, o que ajudaria a desafogar hospitais como o HGF.


Essa, deixa claro o deputado, é uma solução a curto prazo para atender àqueles que estão nos corredores aguardando um leito. Na sua avaliação, o que se deve fazer para diminuir a procura pelos hospitais de média e grande complexidade é investir no setor primário da saúde.

Ambulatórios

Ele aponta que os postos de saúde e ambulatórios não estão preparados para atender pacientes que buscam medidas para doenças que merecem tratamento e acompanhamento, citando como exemplo a Diabetes. Sem o tratamento, salienta, a doença se agrava e a procura por um hospital se faz necessária.



Fonte:www.heitorferrer.com

POLÍTICA - HEITOR FÉRRER ELOGIA COMISSÃO DO SENADO POR PROPOR FIM DA REELEIÇÃ.

                                             
O deputado Heitor Férrer fez pronunciamento, na Assembleia Legislativa, para destacar a votação da Comissão Especial da Reforma Política do Senado que propôs o fim da reeleição no Brasil. Ele lembrou que a reeleição foi instituída em 4 de junho de 1997, para beneficiar o então presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
Heitor Férrer observou que, na época, Fernando Henrique sabia que iria governar por quatro anos. Mas, às vésperas do final do mandato, o Congresso Nacional para atender ao capricho do governante, resolveu mudar o texto constitucional. Assim, FHC foi reeleito presidente da República, conforme lembrou o pedetista.

Para Heitor Férrer, o Congresso Nacional e as casas legislativas do País sempre se submetem aos caprichos do Executivo. “Então, foi adotado o princípio da reeleição. Um fatídico dia, pois um dos maiores atentados à democracia foi cometido. Foi dado o direito dos governantes serem reconduzidos a mais quatro anos”, assinalou.

Segundo o deputado, quando o governante se elege, no primeiro dia do primeiro mandato, já está pensando no primeiro dia do segundo mandato. “Já pensa em usar de tudo que é público para se reeleger. Todos querem a reeleição. E se não forem reconduzidos, será uma das maiores decepções do governante, apesar de ter sido muitas vezes o pior gestor.”

O parlamentar avisa que o uso do Diário Oficial faz com que o governante seja reconduzido a mais quatro anos no poder, na maioria das vezes. “Em muitos dos municípios existem famílias que se perpetuam no poder por 16, 20, 24 anos. Para perpertuar a si e aos seus, utilizam o que é público como se fosse privado.”

Quando os governantes vão para a reeleição, segundo Heitor Férrer, tem um enorme cabedal de cargos distribuídos entre seus liderados. “O presidente tem 23 mil cargos nomeados de punho. O governador do Ceará tem quase oito mil cargos para estabelecer quem serão seus colaboradores. A Prefeitura de Fortaleza quase quatro mil. Enquanto isso, o ministro da Inglaterra tem o direito de nomear apenas 110 pessoas”, frisou. Ele considera que isso dá um perfil da desigualdade entre o que está na máquina e quem está fora.


Segundo o parlamentar, ao caminharmos no Sertão do Ceará, “iremos ver que quase todas as famílias têm um benefício junto às prefeituras, para serem cooptadas no processo da reeleição”. Heitor Férrer acredita que, sem o princípio da reeleição, o governante usará com mais parcimônia as benesses do poder, já que não poderá usufruir de um novo mandato.



Fonte:www.heitorferrer.com

POLÍTICA - MORRE AOS 79 ANOS EX-VICE-PRESIDENTE JOSÉ ALENCAR.

O ex-vice-presidente lutava contra um câncer desde 1997. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil O ex-vice-presidente morreu em São Paulo e lutava há anos contra tumores no abdome

        Morreu nesta terça-feira, aos 79 anos, o empresário mineiro e ex-vice-presidente da República José Alencar (PRB), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Alencar lutava contra o câncer desde 1997.

O ex-vice foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na segunda-feira, com um quadro de suboclusão intestinal, em "condições críticas". Ele havia recebido alta em 15 de março, após uma internação de mais de um mês na instituição devido a uma peritonite (inflamação da membrana que reveste a cavidade abdominal) por perfuração intestinal.
Nascido em 17 de outubro de 1931, José Alencar foi o 11º filho de um total de 15 do casal Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva. O ex-vice-presidente nasceu em um povoado às margens de Muriaé, cidade de 100.063 mil habitantes no interior de Minas Gerais. José Alencar era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e deixou três filhos reconhecidos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patrícia.
Ele começou a trabalhar aos 7 anos, no balcão da loja do pai. Em 1946, aos 15, deixou a casa da família, na zona rural, para trabalhar como balconista em uma loja de tecidos da cidade. Dois anos depois, em maio de 1948, José Alencar mudou-se para Caratinga, onde conseguiu emprego como vendedor. Ao completar 18, em 1950, Alencar abriu seu próprio negócio, com a ajuda de um dos irmãos. Em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros (MG), a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), hoje um dos maiores grupos industriais têxteis do País.
Nos anos seguintes, José Alencar foi presidente da Associação Comercial de Ubá, diretor da Associação Comercial de Minas, presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Estabelecido no setor empresarial, candidatou-se para o governo de Minas em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se por Minas Gerais com quase 3 milhões de votos. No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infraestrutura, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.
Embora tenha se caracterizado como a principal voz dissonante do governo Lula em relação à política de juros ao longo dos oito anos de mandato, sua inclusão na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 foi decisiva para que o petista conquistasse o apoio do empresariado e, pela primeira vez, a Presidência do País.
A presença de Alencar foi decisiva na vitória de Lula ao angariar o apoio do empresariado, desconfiado com a possibilidade de um presidente da República sindicalista. Em 2004, Alencar passou a acumular a vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa, função que exerceu até março de 2006. Em 2007, assumiu o segundo mandato como vice-presidente após ser reeleito, novamente, ao lado de Lula.
Alencar se desligou do Partido Liberal (PL) em 29 de setembro de 2005, após a crise envolvendo o nome de seu sobrinho Daniel Freitas, um dos fundadores da DNA Publicidade e falecido em 2002. A DNA, que tem como sócio o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, foi investigada por suposto envolvimento no escândalo do mensalão. Ainda em 2005, juntamente com outros ex-membros do PL, Alencar participou da fundação de um novo partido: o Partido Republicano Brasileiro (PRB).
No tempo em que ocupou o cargo de vice-presidente, José Alencar ganhou os títulos de cidadão honorário dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, do Distrito Federal e de 53 municípios brasileiros, sendo 51 deles em Minas Gerais.

Juros
Desde o início do primeiro mandato, o empresário foi voz discordante da política econômica do governo Lula, comandada então pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Mudou o titular da pasta, assumiu Guido Mantega, mas não o discurso de Alencar. Ao longo de oito anos, sua posição pela queda na taxa de juros foi tão ferrenha que se tornou uma marca registrada.
Tanto que, ao comentar o bom estado de saúde do então vice após a cirurgia de 17 horas a que ele se submeteu em janeiro de 2009 - a mais complexa que enfrentou na luta contra o câncer -, o então presidente Lula afirmou, em tom de brincadeira: "tenho certeza de que a primeira palavra dele será para pedir a redução da taxa de juros".

Câncer
Alencar lutou contra o câncer desde 1997, quando, após um check-up, foi encontrado um tumor no rim direito e outro no estômago, retirados naquele mesmo ano. Em 2000, uma nova cirurgia retirou um tumor na próstata. Depois da remoção de outros nódulos no abdome, Alencar foi diagnosticado com câncer no intestino.
Em janeiro de 2009, ele enfrentou cerca de 17 horas de operação para a retirada de nove tumores na região abdominal. Na mesma cirurgia, os médicos retiraram parte do intestino delgado, outra do intestino grosso e uma porção do ureter, canal que liga o rim à bexiga. Alencar chegou a ficar internado 22 dias após a operação.

Reconhecimento de paternidade
Alencar morreu em meio a um polêmico reconhecimento de paternidade disputado na Justiça. Em julho de 2010, a Justiça de Caratinga (MG) concedeu à professora Rosemary de Morais, 55 anos, o direito de ser reconhecida como filha do empresário. Ela seria fruto de um relacionamento com uma enfermeira, na década de 50.
Alencar se recusou a fazer o teste de DNA e sua defesa contestou a decisão. Em setembro do mesmo ano, o então vice-presidente obteve no Tribunal de Justiça de Minas uma liminar para impedir o uso do sobrenome e a mudança do registro de nascimento da professora. O recurso ainda será analisado pela corte.

Internação antes do 2° turno e infarto
Alencar foi internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no dia 25 outubro de 2010, a menos de uma semana do segundo turno das eleições. O ex-vice deu entrada na instituição com quadro de suboclusão intestinal, um entupimento parcial do intestino. Por estar hospitalizado, Alencar não pôde registrar seu voto no pleito, que encerrou com a vitória da petista Dilma Rousseff.
No dia 11 de novembro, Alencar se sentiu mal no hospital e foi diagnosticado um infarto agudo do miocárdio. Ele foi submetido a um caterismo, mas os médicos não encontraram obstruções arteriais importantes. O então vice ficou internado até 18 de novembro.

Hospitalizado, Alencar perde posse de Dilma Rousseff
Após outra internação e da 16ª cirurgia no final de novembro, Alencar voltou ao Sírio-Libanês em 22 de dezembro de 2010, com um sangramento intestinal grave. Apesar dos procedimentos que controlaram a hemorragia e da insistência do então vice em acompanhar a transmissão de cargo de Lula para Dilma Rousseff, os médicos não permitiram a viagem até Brasília.

Homenagem no aniversário de São Paulo
Em 25 de janeiro de 2011, quando a capital paulista completou 457 anos, Alencar recebeu a Medalha 25 de Janeiro, uma homenagem da prefeitura, das mãos da presidente Dilma Rousseff. O ex-vice deixou o hospital, com autorização da equipe médica, somente para a cerimônia.
Visivelmente emocionado, Alencar afirmou que fazia um discurso "de coração" e que está "vencendo as dificuldades". "Eu tinha um texto preparado no bolso, mas resolvi falar do coração. Ainda que (as dificuldades) sejam fortes, estamos vencendo. Quem fica num hospital esse tempo (90 dias, segundo seus cálculos), tem muitas reflexões... Se eu morrer agora, é um privilégio, porque é tanta gente torcendo por mim... Se eu morrer agora, tá bom demais", disse. O evento contou com a presença do ex-presidente Lula.


Fonte: terra.com