3 de julho de 2019

Professoras ganham alívio na reforma da Previdência

Professoras que entraram para a rede pública até 2003 terão direito à integralidade e à paridade ao se aposentar aos 57 anos
O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), propôs a redução da idade mínima para a aposentadoria das professoras da rede pública que ingressaram antes de 31 de dezembro de 2003 na complementação de voto que apresentou na comissão especial nesta terça-feira (2). Em vez dos 60 anos previstos anteriormente, a idade mínima baixou para 57. O texto também assegura a elas o direito de se aposentarem com o último salário (integralidade) e a ter os mesmos reajustes da ativa (paridade).
O relator manteve na Constituição a idade mínima para aposentadoria de servidores da União, de 65 anos para o homem e 62 anos para a mulher – esses patamares são, hoje, de 60 e 55 anos, respectivamente. Ele também recomendou que a pensão dos agentes de segurança seja igual ao último salário.
Ainda em relação aos servidores públicos, Moreira reintroduziu no substitutivo a possibilidade, originalmente apresentada no texto do Poder Executivo, de eventual cobrança de contribuições extraordinárias aos regimes próprios de previdência social. As mudanças não se aplicam aos estados e municípios, que terão de aprovar legislação local. Os presidentes da Câmara e do Senado ainda tentam reincluir no relatório servidores estaduais e municipais na votação em plenário.
O relator também corrigiu trecho que aumenta a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga pelos bancos, que voltará a ser de 20%, como praticado até 2018 – em janeiro deste ano, havia sido reduzida para 15%. No caso das cooperativas de crédito, ele especificou um patamar menor, de 17%, e explicitou que não haverá aumento para a Bolsa de Valores (que hoje paga 9%).
Moreira retomou proposta do Executivo para prever a transferência de 28% dos recursos do PIS/Pasep para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiará projetos no país. “Acrescentei dispositivo para garantir que os programas de desenvolvimento financiados por tais verbas sejam devidamente divulgados ao público”, ressaltou o relator.
Nova reunião
Ao final de quase quatro horas, o presidente do colegiado anunciou que foram apresentados 109 destaques ao texto, mas, em função da complementação de voto, será necessária uma reavaliação. Marcelo Ramos marcou para quarta-feira (3), às 11 horas, uma reunião com os coordenadores das bancadas, a fim de definir os próximos passos da comissão especial.
O substitutivo mantém as diretrizes do texto original do Executivo – como a idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores nos setores público e privado – e cria uma regra de transição para os atuais segurados, com pedágio de 100% do tempo de contribuição que faltar na data da promulgação da futura emenda constitucional.
O texto propõe uma regra geral transitória, com idade mínima de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres. Até que lei específica trate do tema, o tempo de contribuição no setor privado será de pelo menos 15 anos para a mulher e 20 para o homem; no setor público, 25 para ambos os sexos. Como acontece atualmente, há regras para categorias específicas, como professores.
Média aritmética
O substitutivo prevê uma fórmula única para cálculo dos benefícios – média aritmética de todas as contribuições até o dia do pedido – que poderá ser mudada por lei futura. A aposentadoria corresponderá a 60% dessa média – se for a única fonte de renda, é assegurado o valor do salário mínimo (hoje R$ 998). A partir dos 20 anos de contribuições efetivadas, o percentual subirá 2 pontos percentuais por ano, até chegar a 100% com 40 anos.
A expectativa do Executivo com a reforma da Previdência era economizar R$ 1,236 trilhão em dez anos, considerando apenas as mudanças para os trabalhadores vinculados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e para os servidores da União. Com as mudanças até agora, o substitutivo poderá economizar algo perto de perto de R$ 1,071 trilhão no mesmo período, segundo a assessoria do relator.
Com informações do Congresso em Foco

Lançado na Europa mapa do envenenamento de alimentos no Brasil




O atlas de envenenamento foi lançado em Berlim, Alemanha, país que sedia as maiores empresas agroquímicas do mundo: a Bayer/Monsanto (incorporada pelo grupo Bayer) e a Basf, que dominam a produção de toda a cadeia alimentar – sementes, fertilizantes e agrotóxicos – Fotomontagem: Moisés Dorado


Um ousado trabalho de geografia que mapeou o nível de envenenamento dos alimentos produzidos no Brasil foi lançado em maio, em Berlim, na Alemanha, país que contraditoriamente sedia as maiores empresas agroquímicas do mundo. Quem estava presente no lançamento do atlas Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia ficou perplexo com a informação sobre o elevado índice de resíduos agrotóxicos permitidos em alimentos, na água potável, e que, potencialmente, contamina o solo, provoca doenças e mata pessoas. A obra, que já foi publicada no Brasil, é de autoria da geógrafa Larissa Mies Bombardi, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.



O Brasil é campeão mundial no uso de pesticidas na agricultura, alternando a posição dependendo da ocasião apenas com os Estados Unidos. O feijão, a base da alimentação brasileira, tem um nível permitido de resíduo de malationa (inseticida) que é 400 vezes maior do que aquele permitido pela União Europeia; na água potável brasileira permite-se 5 mil vezes mais resíduo de glifosato (herbicida); na soja, 200 vezes mais resíduos de glifosato, de acordo com o estudo, que é rico em imagens, gráficos e infográficos. “E como se não bastasse o Brasil liderar este perverso ranking, tramita no Congresso nacional leis que flexibilizam as atuais regras para registro, produção, comercialização e utilização de agrotóxicos”, relata Larissa.

A pesquisadora explica que o lançamento do atlas na Europa se deu pelo fato de a Alemanha sediar a Bayer/Monsanto e a Basf, indústrias agroquímicas que respondem por cerca de 34% do mercado mundial de agrotóxicos. A Monsanto, recentemente incorporada ao grupo Bayer, é a líder mundial de vendas do glifosato, cujos subprodutos têm sido associados a inúmeras doenças, incluindo o câncer e o Alzheimer. “Queríamos promover discussão sobre a contradição de sediarem indústrias que controlam toda a cadeia alimentar agrícola – das sementes, agrotóxicos e fertilizantes – e serem rigorosos quanto ao uso de mais de um terço dos pesticidas que são permitidos no Brasil. Eles são corresponsáveis pelos problemas gerados à população porque vendem e exportam substâncias sabidamente perigosas, porém, proibidas em seu território”, diz.

Geógrafa Larissa Bombardi, autora da pesquisa que deu origem ao atlas da Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil – Foto: Cecília Bastos / USP Imagens

Intoxicação e suicídios

Segundo a geógrafa, as perdas não se limitam à contaminação de alimentos e dos cursos d’água. O atlas traz informações de que, depois de extensa exposição aos agrotóxicos, ocorrem também casos de mortes e suicídios associados ao contato ou à ingestão dessas substâncias.
Entre 2007 e 2014, o Ministério da Saúde teve cerca de 25 mil ocorrências de intoxicações por agrotóxicos. O atlas mapeia as regiões mais afetadas: dos Estados brasileiros, durante o período da pesquisa, o Paraná ficou em primeiro lugar, com mais de 3.700 casos de intoxicação. São Paulo e Minas Gerais ficaram na segunda colocação, com 2 mil. Das 3.723 intoxicações registradas no Paraná, 1.631 casos eram de tentativas de suicídio, ou seja, 40% do total. Em São Paulo e Minas gerais o porcentual foi o mesmo. No Ceará, houve 1.086 casos notificados, dos quais 861 correspondiam a tentativas de suicídio, cerca de 79,2%. Os mapas de faixa etária mostram que 20% da população afetada era composta de crianças e jovens com idade até 19 anos. Segundo Larissa, no Brasil, há relação direta entre o uso de agrotóxicos e o agronegócio. Em 2015, soja, milho e cana de açúcar consumiram 72% dos pesticidas comercializados no País.
O atlas Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia, em português, foi lançado no Brasil em 2017 e traz um conjunto de mais de 150 imagens entre mapas, gráficos e infográficos que abordam a realidade do uso de agrotóxicos no Brasil e os impactos diretos deste uso no País. A pesquisa que deu origem à publicação teve o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Em Berlim, o lançamento aconteceu na sede do ENSSER (European Network of Scientists for Social and Environmental Responsability), rede europeia sem fins lucrativos que reúne cientistas ativistas responsáveis ambiental e socialmente, em Glasgow, Escócia. O suporte financeiro para o lançamento do atlas na Europa foi da FFLCH e da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP.
Entre 2000 e 2010, o Brasil aumentou em 200% o consumo de agrotóxicos. A soja foi a cultura que mais consumiu pesticidas






Mapa de intoxicação por agrotóxicos de uso agrícola (2007-2014)

Uso de malationa (inseticida) na cultura do feijão – Limite máximo de resíduos permitido no Brasil e nos países da comunidade europeia

Por Ivanir Ferreira - Editorias: Ciências Ambientais 
Com informações do  jornal.usp.br

Definidos os municípios a serem fiscalizados pelo TCE Ceará em julho



Seis municípios cearenses serão fiscalizados durante o mês de julho pelo Tribunal de Contas do Ceará. A informação foi divulgada no expediente da sessão plenária desta terça-feira (2/7), pela conselheira Soraia Victor, que presidiu a reunião do colegiado. São os seguintes: Camocim, Marco, Ocara, Parambu, Poranga e Tarrafas

Os dois primeiros municípios foram selecionados mediante sorteio, seguindo parâmetros definidos pela matriz de risco, elaborada pela Secretaria de Controle Externo (Secex), considerando-os de média complexidade. A escolha dos demais seguiu critérios de risco (níveis médio e baixo de risco).

A ação faz parte do plano de fiscalizações ordinárias municipais de 2019, realizadas in loco pela Corte de Contas. De acordo com a Secex, foram auditados 18 municípios, no primeiro semestre deste ano. Está prevista a realização de 54 inspeções in loco até o final de 2019.

Os trabalhos de fiscalização, no âmbito da Prefeitura e da Câmara Municipal, envolvem análise de orçamento, contabilidade, finanças e patrimônio, verificando, por exemplo, a comprovação das prestações de serviços essenciais e procedimentos de licitação e contratos.

A ação pode gerar a abertura de processos, diante de indícios de irregularidades, bem como subsidiar a análise de prestações de contas municipais, com a coleta de documentos e informações.

Com informações do TCE-CE

Governo doa 42 mil itens para reforçar segurança nos estados

Solenidade de entrega de Extra-Legado -  doação de materiais e equipamentos de Segurança Pública, às Unidades Federativas.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública oficializou hoje (3), em Brasília, a doação de 42 mil itens de segurança para todos os 26 governos estaduais e o Distrito Federal. Os bens, que fazem parte do acervo da Força Nacional de Segurança Pública, estão avaliados em R$ 43 milhões e incluem armamentos, munições, viaturas, equipamentos de proteção individual (EPI), equipamentos de proteção coletiva e coletes balísticos.
A cerimônia de doação, que ocorreu na Praça dos Três Poderes, contou com a presença do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e do ministro da Justiça, Sergio Moro. Integrantes da Força Nacional realizaram um desfile militar para exibir parte dos equipamentos doados. De acordo com o secretário nacional de Segurança Pública, Guilherme Teóphilo, os itens estavam guardados em depósitos da Força Nacional em diversas partes do país, muitos deles ociosos e próximos do prazo de validade.   
Em rápido pronunciamento, Sergio Moro ressaltou que a iniciativa visa reforçar a parceria federativa entre União, estados e municípios, nas ações de segurança pública. Ele também ressaltou a queda nos índices de criminalidade registrada nos primeiros meses do ano. Segundo o próprio Ministério da Justiça, a taxa de homicídios recuou 23% no primeiro bimestre.
"Essa redução é alvissareira, embora, devemos ressalvar que, mesmo com essa redução, os números ainda existentes são muito ruins", disse.  
Por Pedro Rafael Vilela 
Com informações da Agência Brasil

Fortaleza anuncia contratação de meia colombiano Mariano Vázquez

Rogério Ceni pediu a contratação de meia ofensivo e a diretoria atendeu. Nesta quarta-feira, o Fortaleza anunciou a contratação de Mariano Vázquez, que estava no Desportivo Pasto, da Colômbia. O jogador de 26 anos assinou um contrato com o Leão do Pici válido por dois anos.

Apesar de ser argentino, Vázquez construiu sua carreira em grande parte no futebol colombiano. Antes de atuar pelo Desportivo Pasto, o meia passou por La Equidad, Tolima, Fortaleza (COL) e Atlético Nacional. Em seu último clube. o jogador disputou 22 partidas e marcou quatro gols.
Nesta semana, o zagueiro colombiano Juan Quintero falou sobre a chegada do meia, antes do reforço ser confirmado. O defensor enfrentou Vázquez quando jogava em seu país de origem e elogiou o meia.
“Joguei contra ele (Mariano Vázquez) algumas vezes na Colômbia. É um atleta importante, que vai nos ajudar demais. Falei com um companheiro que trabalhava com ele no Deportivo Pasto. Na parte tática vai ser muito importante. Penso que vai ser muito importante a chegada de um atleta que pode principalmente nos ajudar no ataque”, analisou o zagueiro.
“Joga centralizado, distribuiu bem o jogo e coloca a bola no pé diretamente para o atacante. Com passe bom, muita dinâmica. Assim como pode ajudar na defesa”, completou.
Com informações da Gazeta Esportiva