17 de julho de 2017

Misto de sentimentos marca saída dos militares brasileiros do Haiti

A pouco mais de três meses para o fim da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, os últimos 978 militares brasileiros a participar da chamada Operação Minustah (abreviatura do nome da missão, em francês) se preparam para retornar ao Brasil, experimentando um misto de sentimentos e a expectativa de que o povo haitiano conheça tempos melhores.
Após 13 anos, missão brasileira no Haiti está próxima do fim
Segundo a Resolução 2.350/2017, aprovada pelo Conselho Segurança das Nações Unidas em abril deste ano, todo o efetivo militar empenhado na missão deve deixar o país gradualmente, até 15 de outubro, quando a operação será oficialmente encerrada. A partir desta data, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituirá sua Missão de Apoio à Justiça (Minujusth) naquele que é considerado o país mais pobre das Américas e um dos mais carentes do mundo.

A desmobilização do efetivo teve início no último dia 26. As ações, no entanto, continuam. O Batalhão de Infantaria brasileiro, por exemplo, vem ajudando no mapeamento dos locais mais suscetíveis a desastres naturais. O conhecimento prévio destes locais é extremamente importante caso o país caribenho volte a ser atingido, por exemplo, por um furacão, fenômeno comum entre os meses de junho e novembro. Segundo dados da ONU, o Haiti é o país com o maior número de vítimas fatais por catástrofes naturais.
Força de Paz no Haiti
A pouco mais de três meses para o fim da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas  no Haiti, os últimos 978 militares brasileiros a participar da chamada Operação Minustah se preparam para retornar ao BrasilCollection /Arquivo/Defense Ministry

Em 15 de junho, a Minustah transferiu para a Polícia Nacional haitiana o policiamento de Cité Soleil, comuna do coração da capital haitiana, Porto Príncipe, que, até 2006, era dominada  por gangues que ameaçavam os moradores, trabalhadores e qualquer pessoa que visitasse o local. A tropa brasileira continua ocupando a base militar instalada no local e realizando patrulhas esporádicas, mas após ter sido considerada uma das áreas mais violentas do mundo, hoje, Cité Soleil é tida como local relativamente seguro.

De acordo com o Ministério da Defesa, a previsão é encerrar as operações de manutenção da lei e da ordem até o dia 1º de setembro e trazer de volta à casa 90% dos militares brasileitos até 15 de setembro. Os soldados e oficiais que permanecerem no país após esta data serão encarregados de cuidar exclusivamente das últimas medidas administrativas necessárias à repatriação, até 15 de outubro, de todo o material e equipamento brasileiro.

Segundo o comandante de esquadrão do Pelotão de Fuzileiros, cabo Walace Leite Dantas, um misto de sentimentos cresce à medida que se aproxima a data do encerramento da missão. “O sentimento de servir no Haiti, especialmente neste contingente responsável por encerrar a presença brasileira junto a Minustah, mistura felicidade com a responsabilidade de não jogar fora tudo o que foi feito pelos que nos antecederam”, disse Dantas a Agência Brasil. “Não vou dizer que a expectativa de retornar ao Brasil aumenta à medida que se aproxima a data final porque a vontade de ficar e continuar ajudando quem precisa é maior”, completou o cabo.
Após 13 anos, missão brasileira no Haiti está próxima do fim
Desde 2004, quando foi escolhido para liderar a missão de estabilização formada por tropas de 16 países, o Brasil enviou ao país cerca de 37 mil militares, segundo o Ministério da Defesa. O maior contingente é o do Exército, que mobilizou 30.359 homens e mulheres. A Marinha enviou 6.299 militares e a Aeronáutica, 350. O efetivo que se encontra no Haiti desde maio é o 26º e último contingente brasileiro deslocado com a missão de ajudar a reestabelecer a segurança e a normalidade institucional após a turbulência política que culminou com episódios de violência durante protestos e manifestações políticas e com a renúncia do então presidente Jean Bertrand Aristide, eleito em 2000.

Para o comandante do esquadrão de fuzileiros, capitão Daniel Nicolini de Oliveira, a participação brasileira no Haiti deixa o sentimento de dever cumprido, mas também a apreensão pela responsabilidade de que os resultados positivos da missão sejam mantidos.

“Hoje, ao andarmos pelo Haiti, constatamos o quanto a Minustah ajudou o país. A expectativa de retornar ao Brasil e rever a todos os que nos apoiaram e que torcem por nós é grande. Assim como é grande a responsabilidade de desmobilizarmos o batalhão e repatriar todo o material brasileiro, o que demanda uma logística muito grande”, comentou o capitão, convencido de que o efetivo brasileiro “somou positivamente para com a missão da ONU”.

Oliveira diz que guardará a lembrança de um país receptivo, cujo povo vem se esforçando para melhorar a cada dia. “Também guardarei a lembrança de como é gratificante poder ajudar o próximo; do reconhecimento que temos quando andamos nas ruas e de como crescemos pessoal e profissionalmente travando contato com uma outra cultura e com problemas diversos. Esta foi uma experiência ímpar para nós, soldados da paz”, acrescentou o capitão.

Militares brasileiros vão integrar a Força de Paz da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah)
Desde 2004, quando foi escolhido para liderar a missão de estabilização formada por tropas de 16 países, o Brasil enviou ao país cerca de 37 mil militaresSumaia Villela/Arquivo/Agência Brasil

Quando recebeu o convite do Conselho de Segurança da ONU para liderar a Minustah, o governo brasileiro enxergou a oportunidade de, além de ajudar o Haiti, projetar a imagem do Brasil internacionalmente, o que coincidiu com o projeto estratégico de tentar consolidar a liderança regional do país. Ao longo dos anos, principalmente durante os primeiros tempos, não faltaram críticas à iniciativa. Como as feitas por entidades que classificavam a presença militar estrangeira como uma ação intervencionista, que desmobilizava da capacidade do Haiti encontrar soluções democráticas para seus próprios problemas políticos. Em 2006, o então ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, enfatizou, durante reunião com representantes de 16 países e de 11 organizações internacionais, que a ação internacional deveria focar mais no combate à pobreza e no fortalecimento da capacidade do Estado haitiano de prestar serviços à população, com “bulldozers [escavadeiras] e betoneiras ocupando o lugar dos carros de combate”.

Em janeiro de 2010, quando o Haiti foi devastado por um terremoto de 7 graus na escala Richter, a situação humanitária se agravou e a ajuda internacional se tornou ainda mais necessária. Mais de 220 mil pessoas morreram, entre elas a médica brasileira Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e o diplomata brasileiro Luiz Carlos da Costa, vice-chefe da missão de paz da ONU. Cerca de 300 mil pessoas ficaram feridas e mais de 1,5 milhão de haitianos ficaram desabrigados. Em meio à destruição, uma epidemia de cólera se alastrou entre a população, provocando uma nova onda de violência que precisou ser contida com o uso da força.

Infelizmente, a tragédia haitiana ainda estava longe do fim. Em outubro de 2016, o país foi atingido pelo Furacão Matthew, que afetou cerca de 2 milhões de pessoas, matando centenas delas. O furacão também destruiu sistemas de água e esgoto recém-construídos, provocando inundações e agravando os problemas de saúde pública. O efetivo da Minustah foi novamente acionado para desobstruir estradas bloqueadas e levar água, comida e medicamentos à população de comunidades isoladas, além de, mais uma vez, ajudar na reconstrução de casas e da infraestrutura afetada.

Tropas brasileiras no Haiti
Em janeiro de 2010, quando o Haiti foi devastado por um terremoto de 7 graus na escala Richter, a situação humanitária se agravou e a ajuda internacional se tornou ainda mais necessáriaArquivo/Agência Brasil
























Os brasileiros de “capacetes azuis” (usados pelos militares que integram a missão de paz) também tocaram obras de engenharia importantes para a reconstrução do Haiti. Para se ter uma ideia, entre os 978 militares do atual contingente brasileiro no país, 120 integram a Companhia de Engenharia de Força e Paz. Ao longo dos anos, a companhia participou de inúmeras ações com vista à melhoria da infraestrutura nacional e das condições de vida dos haitianos, como a construção de escolas, orfanatos, hospitais, unidades de polícia e estradas e outras instalações militares, além da perfuração de poços artesianos, regularização de terrenos e remoção de escombros e de entulho.

Já os 850 membros do Batalhão de Infantaria continuam encarregados da missão de manter um ambiente seguro e estável, realizando patrulhas, escoltando comboios, fiscalizando o movimento nas principais estradas e avenidas haitianas e dando a segurança necessárias às demais ações humanitárias.

Por outro lado, ao participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, no último dia 5, o comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, disse que, embora a participação militar no Haiti seja um caso de sucesso junto a ONU, “talvez o maior caso de êxito em missões de paz”, o Brasil deixou de aproveitar as oportunidades econômicas decorrentes dos esforços empenhados.

“Chegamos [ao Haiti] desavisados e perdemos enormes oportunidades porque pouco conseguimos aportar e criar [em termos de] oportunidades para as empresas brasileiras. Também negligenciamos trazer lideranças haitianas para o Brasil, para se capacitarem”, comentou o comandante ao defender a importância de uma maior integração entre as Forças Armadas, o serviço diplomático brasileiro e a área econômica no tocante a assuntos estratégicos militares.

Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, de 2004 até o fim de 2016, o Brasil investiu cerca de R$ 2,5 bilhões na Minustah. Cerca de R$ 431,3 milhões foram reembolsados pela ONU.

Com informações da Agência Brasil

Receita começa a pagar hoje o 2º lote de restituição do Imposto de Renda

Resultado de imagem para Receita começa a pagar hoje o 2º lote de restituição do Imposto de Renda
Receita Federal começa a pagar hoje (17) o segundo lote de restituição do Imposto de Renda de Pessoas Físicas 2017. Este lote também incluirá restituições residuais de 2008 a 2016, segundo informou o órgão. Cerca de 1,3 milhão de contribuintes que declararam Imposto de Renda neste ano vão receber dinheiro do Fisco.

Ao todo, serão desembolsados R$ 2,533 bilhões. A Receita também pagará R$ 467,2 milhões a 148,2 mil contribuintes que fizeram a declaração entre 2008 e 2016, mas estavam na malha fina. Considerando os lotes residuais e o pagamento de 2016, o total gasto com as restituições chegará a R$ 3 bilhões.

As restituições terão correção de 2,74%, para o lote de 2016, a 97,03% para o lote de 2008. Em todos os casos, os índices têm como base a taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada entre a data de entrega da declaração até este mês.

O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração. O contribuinte que não receber a restituição deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para ter acesso ao pagamento.

Os dois últimos lotes regulares serão liberados em novembro e dezembro. Se estiverem fora desses lotes, os contribuintes devem procurar a Receita Federal porque os nomes podem estar na malha fina por erros ou omissões na declaração.

A restituição ficará disponível durante um ano. Se o resgate não for feito no prazo, a solicitação deverá ser feita por meio do formulário eletrônico – pedido de pagamento de restituição, ou diretamente no e-CAC , no serviço extrato de processamento, na página da Receita na internet. Para quem não sabe usar os serviços no e-CAC, a Receita produziu um vídeo com instruções.

Com informações da Agência Brasil

Promoção do futebol nas escolas é política de Estado na China

Pequim/China - Alunos da escola n 1 de Sanlitun em Pequim treinam futebol (Ana Cristina Campos/Agência Brasil)
Na escola pública nº 1 de Sanlitun, na região central de Pequim, alunos do ensino fundamental e médio treinam semanalmente dribles, embaixadinhas e outros passes de futebol, esporte ainda pouco praticado na China. Pioneiro no país a adotar essa modalidade esportiva no currículo escolar, o colégio tem investido na descoberta de jovens talentos para as ligas profissionais.

A escola é uma das 20 mil no país alinhadas com o propósito de popularização da cultura futebolística estabelecido pelo Plano de Desenvolvimento do Futebol Chinês 2016–2050. Publicado no ano passado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o plano tem como umas das metas tornar a China uma superpotência no esporte até 2050.

Em março, a Associação Chinesa de Futebol divulgou objetivos de curto prazo, como a melhora da seleção nacional no ranking mundial passando do 82º lugar para o 70º, a formação de um milhão de jovens jogadores e a construção de 60 mil campos de futebol até 2020.

O diretor do Comitê de Especialistas para a Promoção do Futebol de Campo do Ministério da Educação chinês, Jin Zhiyang, disse que o objetivo do governo é chegar a 50 mil colégios no país com treinamento de futebol até 2025.

Segundo ele, a política de promoção do futebol nas escolas visa ao desenvolvimento sustentado do esporte no país, conhecido pela excelência em modalidades como tênis de mesa, natação e ginástica olímpica. “Queremos melhorar a saúde dos alunos e fundar uma base sólida para o desenvolvimento do futebol na China”, disse. “Não há pressa. É um projeto de longo prazo.”

A diretora da escola de Sanlitun, Wang Liru, conta que a equipe de futebol do colégio alcança os primeiros lugares nos pódios dos campeonatos escolares regionais por causa do treinamento intenso, do investimento na capacitação dos professores de educação física e em bons equipamentos esportivos, como campo e iluminação de quadra. A escola, que começou as aulas de futebol há dez anos, recebe uma verba anual de 500 mil iuanes (aproximadamente R$ 250 mil) do governo para ser investida no esporte.

A ideia, segundo a diretora, é descobrir talentos para o futebol desde o ensino fundamental e apoiá-los para que se profissionalizem na carreira. Entre os planos da escola para a promoção do esporte, figuram a contratação de treinadores estrangeiros, a intensificação do intercâmbio com os clubes profissionais do país e a montagem de uma equipe de futebol feminino.
Pequim/China - Alunos da escola n 1 de Sanlitun em Pequim treinam futebol (Ana Cristina Campos/Agência Brasil)
Governo chinês pretende chegar a 50 mil colégios no país com treinamento de futebol até 2025Ana Cristina Campos/Agência Brasil
Investimento milionário
Fã do esporte, o presidente chinês Xi Jinping tem promovido intensamente o apoio à modalidade. Ele diz esperar que a seleção nacional ganhe uma Copa do Mundo. Após encontro com o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Gianni Infantino, em Pequim, em 14 de junho, o presidente chinês declarou que tornar a China uma potência desportiva é um dos objetivos para o desenvolvimento do país. “O governo chinês atribui grande importância ao desenvolvimento do futebol e tem providenciado um apoio sólido e sustentado”, afirmou na ocasião.

Xi Jinping reconheceu que a popularidade e o nível de competitividade do futebol chinês estão aquém dos países onde o esporte está consolidado, mas que os esforços para mudar essa realidade incluem a promoção da cultura do futebol na sociedade, a profissionalização do sistema de gestão desportiva, a aposta na formação de futuros talentos, a melhora da infraestrutura esportiva e o incremento do intercâmbio com jogadores e treinadores estrangeiros.

Nesse sentido, a China vem investindo fortemente na contratação milionária de profissionais estrangeiros: o técnico Luiz Felipe Scolari e os jogadores Alexandre Pato e Hulk são alguns dos brasileiros que atuam em times chineses. Segundo o jornal oficial Diário do Povo, 16 clubes chineses pagaram cerca de US$ 410 milhões na contratação de estrangeiros durante a temporada de inverno 2016-2017.

*A repórter viajou a convite do Centro de Imprensa China–América Latina e Caribe

Com informações da Agência Brasil

Pais devem acompanhar o acesso de crianças à internet, alertam especialista

Resultado de imagem para acesso de crianças à internet
Julho é o mês das férias escolares e, com elas, vêm a preocupação de muitos pais sobre como os filhos aproveitam o tempo livre. O acesso à internet e às redes sociais é uma das formas de passar o tempo, mas deve ser feito com cuidado para não prejudicar as crianças e adolescentes.
Especialistas concordam que o acesso à rede mundial é um caminho sem volta, e a proibição do uso não é a melhor opção para os pais. O presidente da organização não governamental Safernet, Thiago Tavares, diz que a melhor estratégia continua sendo o diálogo, a conversa franca e a relação de confiança que deve existir entre pais e filhos.
“Da mesma forma que você conversa com seus filhos sobre os riscos que existem ao sair na rua, na escola, no cinema, você diz para ele não aceitar bala de estranhos, você também deve orientá-lo em relação ao uso seguro da internet”, diz. Ele recomenda também o uso de versões customizadas de sites e aplicativos, que selecionam o conteúdo apropriado para crianças.
O especialista não recomenda o monitoramento dos filhos com o uso de softwares espiões. Segundo ele, esses programas passam uma falsa sensação de segurança e podem comprometer a relação de confiança entre pais e filhos. “Proibir o uso da internet não adianta. E monitorar o que seu filho faz por meio de softwares espiões também não ajuda, porque quebra uma relação de confiança e é ineficiente, porque as crianças não acessam a internet de um único dispositivo”, justifica.
Espaço público
A mestre em psicologia clínica Laís Fontenelle orienta aos pais acompanhar os acessos virtuais dos filhos da mesma forma como é feito no mundo real. “O mesmo cuidado que tem de ter na internet é o cuidado que tem de ter em um espaço público. Os pais têm de monitorar da mesma forma que monitora a casa do amigo que o filho vai, a praça que vai frequentar, a festa, porque é como se fosse um espaço público, só que virtual”, explica.
No caso de crianças não alfabetizadas, o acesso à internet precisa sempre ser feito com a supervisão de um adulto, diz a psicóloga. “A mediação é imprescindível principalmente para crianças que não estão alfabetizadas. Elas vão com o dedinho no touchscreen [tela do celular ou tablet] e podem cair em um conteúdo que não é adequado para elas, e não têm a maturidade para lidar com o conteúdo que está ali”, adverte.
A psicóloga também “puxa a orelha” dos pais, alertando para a responsabilidade do exemplo dado às crianças. “Não adianta a gente fazer um overposting dos nossos filhos nas redes sociais, expondo tudo que acontece na vida deles: 'ganhou um peniquinho, comeu a primeira papinha' e dizer para eles não fazerem isso. Se a gente não sabe lidar com esses limites claros sobre o que pode ser publicizado sobre a intimidade das nossas vidas, eles nunca vão saber”, diz Laís.
Os principais riscos do uso da internet por crianças e adolescentes são os acessos a conteúdos inapropriados para a idade, como pornografia, a exposição da privacidade em redes sociais, o cyberbulling e a exposição da intimidade, principalmente na adolescência. “Os casos de vazamento de nudes [fotos de nudez] não param de crescer ano a ano”, diz o presidente da Safernet. Além disso, há o perigo do contato com estranhos, que pode resultar em tentativas de assédio, aliciamentos ou golpes.
Uma pesquisa divulgada no ano passado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil mostrou que 87% crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos têm perfil em redes sociais, e 66% acessam a internet mais de uma vez por dia. Segundo o estudo TIC Kids Online Brasil, 11% dos entrevistados acessaram a internet antes dos 6 anos de idade.
Trem-bala
A jornalista Melissa Gass levou um susto quando viu que o canal no Youtube da filha Lívia, de 7 anos, tinha mais de 15 mil visualizações. O sucesso veio quando a menina postou um vídeo dançando o hit Trem-Bala, da cantora Ana Vilela. “Como ela não posta muita coisa, eu não esperava, mas por causa desse vídeo acabou tendo uma repercussão maior. É muita exposição, a gente fica meio preocupado”, conta a mãe.
Em seu canal, Lívia mostra brincadeiras, músicas, livros e até receitas culinárias. “Eu gosto de ser famosa”, diz a menina, que também participa de aulas de canto, dança e vai começar a fazer teatro.
Para Melissa, não tem como proibir o acesso das crianças à internet, mas é preciso monitorar as atividades dos pequenos na rede. “A tecnologia é uma realidade. Com um ano de idade, ela mexia no celular, então não tem como fugir. Quando a gente proíbe, é pior, porque vai fazer escondido. Então a gente monitora, acompanha, incentiva o que pode incentivar”, explica.
Entre as orientações que os pais dão para Lívia, estão não seguir canais de adultos e não comentar nem trocar mensagem privada com desconhecidos. “A gente fala que têm adultos que querem fazer maldades para as crianças, então que ela tem de tomar cuidado, a gente dá essa orientação”, diz Melissa. A mãe também monitora as redes sociais da filha e, quando vê algo suspeito, desabilita o contato.

Com informações da Agência Brasil

Cigarro, álcool e HPV aumentam risco de câncer de cabeça e pescoço

Cigarro
A prevenção ao tabaco, a bebidas alcoólicas e ao papilomavírus (HPV) faz parte do alerta do julho verde, mês em que são reforçadas as campanhas contra o câncer de cabeça e pescoço. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que mais de 10 mil pessoas tenham morrido de câncer de laringe e cavidade bucal em 2015, de acordo com o levantamento mais recente.

Os tumores do câncer de cabeça e pescoço manifestam-se em lesões na boca, na faringe, na laringe e na tireoide. Não são classificados nessa modalidade de câncer os tumores no cérebro e nos olhos. Segundo Luiz Paulo Kowalski, diretor do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital A.C. Camargo, a automedicação e a falta de diagnóstico correto fazem com que de 70% a 80% dos pacientes cheguem ao médico com a doença em estado avançado.

Os sintomas do câncer incluem lesões brancas ou vermelhas, feridas, caroços, incômodo para engolir, rouquidão, dor e desconforto, com duração maior que duas semanas. “São sintomas que se confundem com doenças comuns. No caso da doença comum, em duas semanas os sintomas desaparecem, com ou sem tratamento. O câncer vai se tornando cada vez pior, os sintomas só se agravam. Aí deve despertar a atenção, 15 dias é o ponto chave”, esclarece o médico.

No caso de doença avançada, os sintomas são dor, sangramento, perda de dentes e perda de peso. O diagnóstico precoce traz mais chances de cura ao paciente. Há 20 anos, a taxa média de cura era 50%. Atualmente, com o aumento do diagnóstico precoce e os tratamentos mais modernos, o índice subiu para 65% a 70%. Os tumores de tireoides têm ainda mais sucesso, com taxa de cura superior a 90%.

A taxa de incidência apurada no país este ano pelo Inca mostra que homens são os mais afetados por esse tipo de câncer. Para o câncer de laringe, foram 6.360 novos casos de homens e 990 casos em mulheres. O câncer da cavidade oral afetou 11.140 pacientes masculinos e 4.350 mulheres.

Prevenção
Evitar os principais fatores de risco, como o cigarro, são a mais importante forma de prevenção. Segundo o médico, os diversos componentes químicos da combustão do tabaco, com forte potencial cancerígeno, afetam a boca, a garganta e a laringe. “As pessoas que fumam um maço por dia, por 20 anos, têm risco de cinco a dez vezes maior que a pessoa que nunca fumou. Se beber, aumenta de 60 a 80 vezes esse risco”, adverte.

A ingestão de bebidas alcoólicas é outro fator prejudicial. “O álcool é um solvente que facilita a penetração dos agentes cancerígenos na mucosa. O indivíduo que bebe muito, se alimenta mal e não tem cuidado com higiene oral, aumenta a proliferação de bactérias, que podem produzir infecções crônicas”, explica.

O terceiro fator de risco é o HPV, que pode ser transmitido para a boca por meio de sexo oral ou até pelo beijo. A incidência do HPV alterou o perfil do paciente, que antes era, em sua maioria, pessoas entre 55 e 60 anos. Com o vírus, a faixa etária diminuiu para 30 a 40 anos, predominante até entre pessoas que não fumam ou bebem. Segundo o médico, outras questões como dieta pobre em frutas e verduras também aumentam os riscos.

Tratamento
A cirurgia ou a radioterapia podem ser o tratamento nos estágios iniciais. Com o avanço do câncer, a quimioterapia ou a combinação das terapias também passam a ser indicadas. Kowalski destaca que a cirurgia, nos tempos atuais, deixaram de ter caráter mutilador. “Temos mídia assistida, laser, robótica e técnicas mais refinadas de reconstrução. Hoje, conseguimos retirar os tumores sem deixar sequelas significativas para o paciente, o sucesso do tratamento melhorou muito”, destaca.

Com informações da Agência Brasil

Exclusivo! Delação de Antonio Palocci põe TV Globo na mira da Lava Jato

Uma delação que pode comprometer uma das famílias mais ricas e poderosas do Brasil. O ex-ministro Antonio Palocci guarda informações bombásticas. Elas podem dar origem a uma nova fase da Operação Lava Jato para apurar negócios da TV Globo envolvendo sonegação fiscal, empresas de fachada no exterior e negócios em contratos do futebol. Veja na reportagem!

Com informações do Portal r7.com

Com rivalidades estaduais, oitavas da Série D têm confrontos definidos; confira

Série D tem os seus 16 times classificados para as oitavas de final (Foto: Divulgação)
Foram definidos, neste domingo, os 16 times que avançam às oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro. Destaque para dois confrontos estaduais: Flu de Feira-BA x Juazeirense-BA e Villa Nova-MG x URT-MG. Os duelos da próxima fase ocorrerão nos dois próximos finais de semana. Todos os times que estão à esquerda decidem seus jogos em casa.

De todos os jogos da segunda fase, apenas uma vaga foi decidida nos pênaltis: o Guarany de Sobral-CE, atuando em casa, eliminou o Sousa. Operário-PR, Espírito Santo-ES, Globo FC-RN e Villa Nova-MG, por outro lado, foram os únicos a avançarem com vitórias tanto dentro quanto fora de casa. As vítimas foram Desportiva Ferroviária, Boavista-RJ, Parnahyba e União Rondonópolis-MT. O Atlético-AC também merece ser lembrado. O Galo Carijó aplicou a maior goleada entre os 16 confrontos: 3 a 0 sobre o São Francisco-PA.

Com as eliminações, 14 estados ainda seguem na disputa. Bahia e Minas Gerais garantem vaga, pelo menos, nas quartas. Outro dado relevante é que o artilheiro momentâneo da quarta divisão, o atacante Weverton, do Princesa do Solimões, foi eliminado junto com o grupo e não pode aumentar a marca de nove gols. Melhor para Eduardo, do Atlético-AC, que com os dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o São Francisco, chegou a oito e ainda tem tempo para tomar o posto de goleador.

Confrontos das oitavas

Atlético-AC x Gurupi-TO
Santos-AP x Maranhão
Globo FC-RN x Guarany de Sobral-CE 
Juazeirense-BA X Flu de Feira-BA 
América-RN x Ceilândia-DF
Villa Nova-MG x URT-MG
Operário-PR x Espírito Santo-ES 
São Bernardo-SP x São José-RS


Por GloboEsporte.com, Manaus, AM

Estreante Paulo Sérgio marca, mas Fortaleza só empata com Remo no PV e sai de campo sob vaias

Jogadores do Fortaleza deixando o gramadoNão foi neste domingo que o Fortaleza conseguiu quebrar sua série de jogos sem vitória. Diante do Remo, no PV, a equipe empatou por 1 a 1 - gols marcados no primeiro tempo - e agora são quatro partidas sem vencer. Insatisfeita, a torcida vaiou bastante o Tricolor após o apito final. O Leão do Pici agora soma 15 pontos e na próxima rodada encara o Botafogo-PB, fora de casa, na sexta-feira, 21, às 21 horas. 
Escalado com Adenilson e Everton no meio-campo ofensivo, Hiago e o estreante Paulo Sérgio no ataque, o Fortaleza começou a partida deixando claro que tomaria a iniciativa. Para isso contava também com apoio de Pablo e Felipe pelos lados do campo, especialmente as iniciativas pela direita. Já o Remo, bem postado na defesa, se mostrava preparado para os contra-ataques e foi assim que quase abriu o placar aos oito minutos, em cabeçada de Dudu que Marcelo Boeck evitou com grande defesa. A estratégia do time do Pará deu certo logo depois, quando Luiz Eduardo tabelou com Eduardo Ramos e abriu o placar.

A desvantagem não mudou o panorama tático do Tricolor, que seguia com mais posse de bola, mas faltava objetividade nas finalizações, tanto que a primeira chance boa ocorreu apenas 17 minutos, mas Hiago desperdiçou. O Volume de jogo do Fortaleza seguia superior e o empate saiu aos 31. Pablo fez ótimo passe na cabeça de Paulo Sérgio, que, com categoria, balançou as redes.

O Fortaleza voltou para o segundo tempo pressionando bastante, mas as finalizações com perigo real eram raras. O Remo, com sua estratégia de atuar em velocidade, por pouco não fez o segundo tento, mas de novo Marcelo Boeck apareceu bem em chute de Pimentinha, aos 10 minutos. Pelo lado do Tricolor, as principais iniciativas eram pelo lado direito e foi assim que Paulo Sérgio teve duas boas chances para virar, mas foi infeliz nos arremates.

Precisando da vitória, o técnico Bonamigo fez duas substituições aos 21 minutos, quando Vinicius Pacheco e Guilherme Santos entraram nas vagas de Hiago e Bruno Melo. O panorama da partida seguiu exatamente o mesmo, mas com dificuldade para entrar na área, o Fortaleza abusava dos chutes errados de fora da área. Na mesma medida, o Remo apostava nos contra-ataques e teve grande chance de fazer o segundo gol, mas Guilherme Santos salvou finalização de Japinha na pequena área, aos 31 minutos.

Nos 15 minutos finais, o Fortaleza seguiu ocupando o campo ofensivo, mas não conseguiu furar a defesa paraense.

Por Fernando Graziani
Com informações do Jornal O Povo

Maranhão arranca empate sobre o Rio Branco-AC fora de casa e avança na Série D

Maranhão Atlético arranca empate com o Rio Branco e avança às oitavas
Em jogo válido pela segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série D, Rio Branco-AC e Maranhão se enfrentaram na noite deste domingo, no Florestão, em duelo eliminatório. Os acreanos chegaram a abrir o placar, mas sofreram o empate e a partida terminou no 1 a 1. Por ter vencido em casa por 2 a 0, os atleticanos avançaram para o próximo mata-mata da competição.

O Estrelão abriu o placar ainda no fim do primeiro tempo. Em um chute de longa distância, aos 45, Sandro marcou para os donos da casa. Na segunda etapa, de pênalti, Naôh, aos 30 minutos, empatou o jogo.

O Maranhão irá enfrentar o Santos-AP na próxima fase do Brasileiro da Série D. Por melhor campanha na classificação geral da competição, o Santos-AP fará o duelo de volta em casa. As partidas acontecerão nos próximos dois fins de semana. A divulgação oficial das datas deverá acontecer nesta segunda-feira.

Avançando sobre o Santos-AP, o Maranhão ficaria apenas um mata-mata para chegar à Série C. Na fase decisiva os confrontos serão definidos de acordo com a campanha geral de cada time. Os oito times classificados se enfrentarão em cruzamento olímpico. Os quatro semifinalistas já estarão automaticamente na divisão nacional superior.

Por GloboEsporte.com, Rio Branco, AC

Guarany de Sobral vence o Sousa-PB nos pênaltis e avança às oitavas da Série D

Jogadores perfilados antes do início da partida
A tarefa era difícil, mas o Guarany de Sobral conseguiu devolver o placar de 3 a 1 contra o Sousa-PB e conseguiu a classificação às oitavas de final da Série D após vencer na cobrança de pênaltis por 4 a 3.

Agora, o Guarany de Sobral vai enfrentar o Globo FC na próxima fase da quarta divisão nacional. A primeira partida será realizada no Junco, em Sobral, e o jogo da volta no Rio Grande do Norte

Com a necessidade de gols, o Guarasol começou o jogo na pressão e abriu o placar logo aos oito minutos do 1º tempo. Em cobrança de falta, Léo Paraíba acerta um chutaço para abrir o placar.

O gol no início motivou o time da casa, mas a ducha de água fria veio aos 29 minutos. Após erro na saída de jogo do Guarany, Isaías fica com a bola e com categoria manda pro gol.

A reação do time da casa só veio aos 25 minutos do 2º tempo, novamente com Léo Paraíba. Após falha da zaga paraibana, ele recebeu na área e mandou no ângulo, marcando belo gol.

O Guarany era só pressão e conseguiu o 3º gol aos 43 minutos da etapa final. Léo Paraíba cobrou falta, Pantera espalmou e Monga aproveitou rebote para levar a decisão para os pênaltis.

Elanardo, Ciro Sena, Michel e Monga marcaram para o Guarasol, enquanto Guilherme, Renan e Carlão fizeram parao Sousa. Só que Iranilson e Birungueta erram, sacramentando a classificação do Guarasol.

Com informações do Jornal O Povo