22 de março de 2019

Chuva de 160 milímetros em Santana do Cariri, no Ceará, deixa estrada destruída

Em Santana do Cariri, a força da água da chuva destruiu uma estrada que dá acesso à zona rural do município — Foto: Isaac MacêdoEm Santana do Cariri, a força da água da chuva destruiu uma estrada que dá acesso à zona rural do município — Foto: Isaac Macêdo

A cidade de Santana do Cariri, no Ceará, registrou a maior chuva das últimas 24 horas no estado. Foram 160 milímetros entre as 7h da quinta-feira e as 7h desta sexta-feira (22), conforme os dados parciais divulgados pela Fundação de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) às 8h15. Lá, uma estrada que dá acesso à zona rural do município foi destruída pela força da água.

Além de Santana do Cariri, mais quatro municípios tiveram acumulados a partir de 100 milímetros. Barroquinha apresentou 137,2 milímetros. No município de Bela Cruz, foram 125 milímetros. Em Granja, o acumulado foi de 111 mm e, em Camocim, o volume de exatos 100 mm.

Previsão
De acordo com a Funceme, a previsão para esta sexta-feira (22) é de nebulosidade variável com possibilidade de chuva durante a manhã e nos períodos tarde e noite. O céu deve apresentar poucas nuvens. A máxima é 31º e a miníma de 24º.

10 Maiores chuvas por dia
Santana do Cariri (Posto Santana do Cariri): 160 mm
Barroquinha (Posto Barroquinha): 137,2
Bela Cruz (Posto Prata): 125 mm
Granja (Posto Granja): 111 mm
Acaraú (Posto Lagoa do Carneiro): 99,1 mm
Uruoca (Posto Paracuá) : 94,8 mm
Campos Sales (Posto Campos Sales): 92 mm
Morrinhos (Posto Morrinhos): 81 mm
Campos Sales (Posto Açude Poço de Pedras): 70 mm
Uruoca (Posto Campanário): 69 mm

Com informações do G1 CE

Rios cearenses não alcançam boa qualidade da água, diz levantamento

Rio Cocó foi classificado como regular por indicadores como espumas, lixo flutuante, coliformes totais, entre outros — Foto: Fernando Travessoni/Diário do NordesteRio Cocó foi classificado como regular por indicadores como espumas, lixo flutuante, coliformes totais, entre outros — Foto: Fernando Travessoni/Diário do Nordeste

A sustentabilidade dos principais recursos hídricos do Ceará se mantém em situação de alerta. É o que aponta relatório divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica, neste Dia Mundial da Água (22/03), ao constatar que, dos oito rios e mananciais cearenses monitorados pela instituição, nenhum possui qualidade boa de suas águas.

Os rios Pacoti, Ceará, Cocó, Curu, os riachos Maceió e Parreão, a lagoa do Porangabussu e o açude Santo Anastácio foram classificados como regulares, levando em consideração indicadores como temperatura da água e do ambiente, espumas, lixo flutuante, coliformes totais, entre outros. A análise foi feita entre março de 2018 e fevereiro de 2019.

O resultado faz parte da pesquisa “O retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica”, feito a partir da análise de 220 rios brasileiros. O levantamento conclui que, em todo o País, os índices de qualidade dos mananciais estão perdendo sua capacidade de abrigar vida aquática, de abastecer a população e de promover saúde e lazer para a sociedade.

Dos 278 pontos de coleta de água monitorados no Brasil, somente 18 (6,5%) apresentaram qualidade boa e nenhum ótima. Outros 207 (74,5%) apresentam qualidade regular, 49 (17,6%) qualidade ruim e 4 (1,4%) péssima.

De acordo com o relatório, os usos desordenados ao longo do curso dos rios, assim como a falta de saneamento básico acabaram provocando interferência direta na qualidade da água. Já entre os mananciais que se mantiveram em boas condições, relaciona-se a existência de florestas, matas nativas e áreas protegidas.

Recuperação

Nas unidades de conservação do Ceará, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) destaca promover ações de recuperação, como a limpeza do rio Cocó, que garantiu o retorno da navegabilidade em alguns trechos; assim como a ampliação da Área de Proteção Ambiental - APA - do Estuário do Rio Ceará, com a incorporação do seu principal afluente, o rio Maranguapinho, totalizando quase 4 mil hectares de área protegida.

Conforme a Pasta, os projetos de florestamento e reflorestamento do Ceará, hoje, priorizam a recuperação de áreas degradadas em mananciais como os rios Cocó, Pacoti e Ceará.

Sobre os mananciais de Fortaleza, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) informa finalizar o processo de contratação e emissão da Ordem de Serviços do Programa de Monitoramento dos Recursos Hídricos, que contemplará o monitoramento de 27 Lagoas/Lagos/Açudes e 12 Rios/Riachos. Esse trabalho deve ter início no mês de abril.

Em paralelo, destaca desenvolver e implantar projetos de requalificação e urbanização dos recursos hídricos, viabilizando melhorias urbanas e ambientais. O projeto de requalificação do Parque Rachel de Queiroz, segundo a Seuma, contemplará a revitalização dos recursos hídricos ao longo do parque, como o Açude João Lopes, Riacho Alagadiço e o Açude da Agronomia, em benefício de cerca de 285 mil pessoas.

Com informações do G1 CE

Número de novos casos de tuberculose diagnosticados no Ceará é o maior em 10 anos

Foto: (Anny Barbosa/G1)
O número de novos casos de tuberculose diagnosticados no Ceará em 2018 foi o maior em dez anos. Foram 3.814 registros da doença no ano passado, enquanto 2017 foram 3.624. Os dados são do último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), divulgado nesta quinta-feira (21).

Desde 2008, o Ceará contabiliza 39.353 ocorrências da enfermidade. A incidência, contudo, passou por diminuição. Enquanto em 2008 era de 44,8 casos para cada 100 mil habitantes, em 2018 o índice desceu para 42/100 mil habitantes.

O município de Sobral, na Região Norte, teve a maior incidência da doença em 2018, registrando uma média de 76,5 por 100 mil habitantes (155 casos). Fortaleza vem em seguida, com uma média de 65,5 (1.672). Caucaia registrou a terceira maior média, de 59,6 (210), seguida de Juazeiro do Norte, com 47,2 (110). A doença foi diagnosticada em quase todo o território do Ceará.

Segundo a Sesa, os novos casos foram registrados em pessoas que não tinham sido vacinadas contra a doença. A vacina está disponível no Calendário Básico de Vacinação e disponível na rede pública para crianças. A BCG deve ser aplicada na crianças logo após o nascimento ou até, no máximo, os 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade.

Óbitos
A quantidade de óbitos por tuberculose registrada no ano passado chegou a 222 pacientes. Nos últimos 10 anos houve 2.333 mortes em decorrência da doença.

O número de mortes em 2018 foi maior que no ano anterior, quando 195 infectados perderam a vida.

No ano de 2016, a Organização Mundial de Saúde reconheceu a tuberculose como a doença infecciosa que mais mata no mundo, além de ser a primeira a levar portadores da AIDS à óbito.

Entraves no diagnóstico
No boletim, a Sesa aponta que um dos principais entraves para o controle da doença é a falha no exame dos contactantes, já que apenas 51% do total de casos novos foram examinados em 2018. A Meta do Ministério da Saúde é que 100% dos casos sejam investigados.

Em 2008, 90,6% das ocorrências foram notificadas após atendimento da Atenção Primária à Saúde (APS). Em 2018, no entanto, essa proporção caiu para 75,8%. o que representa uma redução de 16,3% em relação a 2008.

Em contraponto a este cenário, o número de notificações da enfermidade no nível hospitalar aumentou, passando de 6,1%, em 2008, para 17,9%, em 2018. A quantidade de registros feitos por unidades hospitalares, como policlínicas, centro de especialidades, unidades particulares e presídios, também cresceu, apesar de ser em menor proporção. Em 2008, o valor era de 1,3%. Em 2018, esse percentual foi para 3,8%, um crescimento de 1,3%.

Com informações do G1 CE