17 de abril de 2020

Alemanha diz que pandemia está sob controle

Profissionais de saúde durante epidemia de coronavírus na Alemanha
O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou hoje (17) que a pandemia da covid-19 está atualmente "sob controle" no país e que o número de contágios diminuiu significativamente.
"Podemos dizer que conseguimos passar do crescimento dinâmico [do número de contágios] para o linear, já que a taxa de infecção caiu", explicou. Ele adiantou que a Alemanha já testou 1,7 milhão de pessoas até o momento.
A nível global, a doença provocou mais de 145 mil mortes e infectou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado em dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater o coronavírus, os governos decretaram o isolamento, fecharam o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria e Espanha, a reduzir algumas dessas medidas.
Por RTP - Emissora pública de televisão de Portugal
Com informações da Agência Brasil

Novo coronavírus foi fabricado em laboratório chinês, diz descobridor do HIV

Novo coronavírus foi fabricado em laboratório chinês, diz descobridor do HIV
Os professores Luc Montagnier, Jean-Claude Chermann e Françoise Barre-Sinoussi, em seu laboratório do Instituto Pasteur em Paris, em 25 de abril de 1984 - AFP/Arquivos
Diferentemente do que divulgaram as autoridades, o novo coronavírus foi fabricado artificialmente em um laboratório chinês, provavelmente no segundo semestre de 2019, diz Luc Montagnier, prêmio Nobel de Medicina de 2008.
O cientista francês diz que “o laboratório de alta segurança da cidade de Wuhan é especializada nesse tipo de vírus, o coronavírus, desde o começo dos anos 2000. Eles têm expertise com isso. Isso me fez olhar de perto a sequência de RNA do vírus. Fiz essa análise, assim como o matemático Jean-Claude Perez, especialista em biomatemática”.
Ao analisar os detalhes da sequência, um grupo de pesquisadores indianos publicou uma pesquisa com o gene completo desse coronavírus, que demonstrava que ele incluía sequências de um outro vírus.
“Isso foi uma surpresa para mim, pois era exatamente o HIV.” Ele nega que possa ser uma mutação de algum paciente com Aids. Afirma que necessariamente foi fabricado em laboratório a partir de um outro vírus.
“A história que veio de um mercado de peixes é uma lenda.” Montagnier especulou que os chineses estavam desenvolvendo uma vacina contra a Aids, e usaram um coronavírus para isso. O coronavírus causador da Covid-19 teria então sido desenvolvido por acidente e se espalhou.
Ele fez essa declaração à rádio Frequénce Médicale. O assunto ganha mais gravidade porque as autoridades chinesas têm coibido a divulgação de pesquisas sobre a origem do vírus, o que despertou dúvidas entre os cientistas.
“Os iranianos reconheceram que derrubaram um avião por engano. Os chineses também deveriam reconhecer o erro, pelo bem da ciência.” Nos últimos dias, o vice-presidente americano Mike Pompeo afirmou que havia muitas dúvidas sobre a origem do coronavírus. O presidente francês, Emmanuel Macron, também manifestou dúvidas em entrevista ao jornal “Financial Times”.
A embaixada americana em Pequim já teria alertado há algumas semanas para a necessidade de maior controle sobre o Wuhan Institute of Virology (WIV), o centro que seria responsável pelo vírus. Ele possui um laboratório de alta segurança, construído com a ajuda da França, chamado “P4”.
Há informações de que a equipe que estaria à frente da produção do novo coronavírus seria multinacional, incluindo verba americana. O novo coronavírus teria sido produzido a partir de um coquetel de vírus que inclui o HIV e o coronavírus presente em morcegos, uma especialidade do WIV.
A tese está causando controvérsia entre os laboratórios franceses, e já foi contestada por cientistas do Instituto Pasteur e do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS). Para Montagnier, por ser artificial, o novo coronavírus tende a ser eliminado pela natureza com o tempo. Na costa leste dos EUA, estudos já demonstrariam que ele estaria atenuado. “Mas haverá muitas mortes até ”, diz o francês.
Com informações da Istoé

16 de abril de 2020

Associação Médica Brasileira manifesta apoio a Nelson Teich

Presidente da Associação Médica Brasileira fala na Assembleia a ...
A AMB (Associação Médica Brasileira) divulgou nota nesta 5ª feira (16.abr.2020) informando que apoiou a escolha de Nelson Teich para assumir o lugar de Luiz Henrique Mandetta no comando do Ministério da Saúde.
O anúncio da demissão foi feito na tarde desta 5ª feira após reunião de Mandetta com o presidente Jair Bolsonaro. A mudança ocorre em meio à pandemia de covid-19, que já provocou 1.924 mortes no país.
A AMB informou que participou do aconselhamento para a escolha do novo ministro. Lincoln Lopes, presidente da associação, também era 1 dos nomes cotados para a vaga. No entanto, a instituição informou que se manifestou pela escolha de Teich.
Segundo apurou o Poder360, o nome de Teich agradou muito na reunião de hoje com Bolsonaro e 8 ministros que estavam presentes. Houve 1 feedback foi muito positivo de todos.
Bolsonaro refletiu, durante a hora do almoço, e resolveu decidir de uma vez, sem falar com os demais candidatos ao cargo de ministro da Saúde. A ideia era ficar prospectando mais alguns dias.
Eis a íntegra da nota da AMB:
“A Associação Médica Brasileira informa que participou de audiência, na manhã e na tarde de hoje (16.abr), com o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Jair Bolsonaro, acompanhando o dr. Nelson Luiz Sperle Teich. Estiveram presentes pela AMB Lincoln Lopes Ferreira, presidente, Diogo Leite Sampaio, vice-presidente, e José Bonamigo, diretor.
Durante a reunião, os problemas da saúde no Brasil e os impactos do coronavírus foram abordados.
Na mesma oportunidade a AMB declarou seu apoio ao nome de Nelson Luiz Sperle Teich para ocupar a pasta da Saúde, pelo seu perfil altamente técnico, importante para o momento atual.
‘Na AMB referendamos o nome de Nelson Teich. É 1 nome que conta com nosso total apoio e pelo qual temos muita simpatia. Respeitado na classe médica, eminentemente técnico, gestor e altamente preparado para conduzir o ministério da Saúde’, declara Lincoln.”
Um ex-presidente da AMB, o médico Florentino Cardoso, está comandando estudos com o vermífugo nitazoxanida, conhecido como Annita, no tratamento de covid-19. Trata-se do mesmo remédio “secreto” no qual o ministro da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes deposita suas esperanças.
Nesta 5ª feira (15.abr), o mesmo dia em que Pontes falou do remédio “secreto”, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu a nitazoxanida na lista de remédios controlados.”
Com informações do Poder360.com

Saiba quem é Nelson Teich, o novo ministro da Saúde

O oncologista Nelson Teich será o novo ministro da Saúde. Ele vai substituir Luiz Henrique Mandetta, demitido nesta 5ª feira (16.abr.2020) pelo presidente Jair Bolsonaro.
O chefe do Executivo federal teve reunião na manhã desta 5ª feira (16.abr.2020) com Teich. Na ocasião, segundo apurou o Poder360, o oncologista agradou muito a todos os presentes na reunião. Além de Bolsonaro, 8 ministros estavam na sala. Todos gostaram da conversa.
Bolsonaro refletiu durante a hora do almoço e resolveu decidir de uma vez, sem falar com os demais candidatos ao cargo de ministro da Saúde. A ideia era ficar prospectando mais alguns dias.

O QUE PENSA NELSON TEICH

Nelson Luiz Sperle Teich é do Rio de Janeiro e tinha fortes defensores dentro do governo. Ele atuou como consultor para a área da saúde na campanha de Bolsonaro em 2018, quando chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Saúde pela 1ª vez e acabou perdendo a vaga para Mandetta.
Em 3 de abril, o oncologista publicou artigo no qual faz considerações sobre as ações de enfrentamento à pandemia da covid-19. Ele defende a criação de uma estratégia que “permita estruturar e coordenar a retomada das atividades normais do dia a dia e da economia” e reclama de “polarização” entre a saúde e a economia.
Esse tipo de problema é desastroso porque trata estratégias complementares e sinérgicas como se fossem antagônicas. A situação foi conduzida de uma forma inadequada, como se tivéssemos que fazer escolhas entre pessoas e dinheiro, entre pacientes e empresas, entre o bem e o mal“, escreveu. “Qualquer escolha e ação, seja ela da saúde, econômica ou social, tem que ter na mortalidade o seu desfecho final, por mais difícil que seja chegar a esses números. É a única forma de comparar as ações e escolhas que são feitas de uma forma técnica, justa e equilibrada.”
Teich escreveu que via o isolamento horizontal, no qual todos os que não desempenham atividades essenciais permanecem em casa, era, até o momento da publicação do artigo, a “melhor estratégia” para evitar a propagação do coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro é defensor do chamado isolamento vertical, no qual apenas pessoas do grupo de maior risco para a doença devem permanecer em quarentena.
Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país“, avaliou Teich.
Sobre o isolamento vertical, o oncologista escreveu:
Essa estratégia também tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema. Como exemplo, sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem a partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela Covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa. O ideal seria um isolamento estratégico ou inteligente.”
O oncologista foi fundador do grupo COI (Clínicas Oncológicas Integradas) e também teve participação no MDI Instituto de Educação e Pesquisa, no qual era sócio de Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos de Mandetta.
A empresa foi fechada em 28 de fevereiro do ano passado, mas a relação com Denizar não foi interrompida pelo encerramento da sociedade entre eles. Teich também foi consultor do secretário de setembro do ano passado a janeiro deste ano, segundo o próprio oncologista.
Por Mauricio Ferro
Com informações do Poder 360.com

Bolsonaro anuncia Nelson Teich como ministro da Saúde

O presidente Jair Bolsonaro e o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, durante pronunciamento no Palácio do Planalto
O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na tarde desta quinta-feira (16), o médico Nelson Teich como novo ministro da Saúde, no lugar de Luiz Henrique Mandetta, que ficou pouco mais de 16 meses no cargo. Teich assume o cargo em meio à pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de 30 mil pessoas no país, levando cerca de 1,9 mil pacientes a óbito. Em um pronunciamento no Palácio do Planalto, ao lado do novo auxiliar, Bolsonaro ressaltou que é preciso combinar o combate à doença com a recuperação econômica e garantia de empregos, e defendeu uma descontinuidade gradativa do isolamento social em vigor em todo o país. 
"O que eu conversei com o doutor Nelson é que gradativamente nós temos que abrir o emprego no Brasil. Essa grande massa de humildes não tem como ficar presa dentro de casa, e o que é pior, quando voltar, não ter emprego. E o governo não tem como manter esse auxílio emergencial e outras ações por muito tempo", afirmou. 
De acordo com Bolsonaro, houve um "divórcio consensual" entre ele e Mandetta, e destacou que o ex-ministro "se prontificou a participar de uma transição a mais tranquila possível, com a maior riqueza de detalhes que se possa oferecer". 
Em seu discurso após o presidente, Nelson Teich disse que não haverá uma definição "brusca ou radical" sobre a questão das diretrizes para o isolamento social, mas enfatizou que a pasta deve tomar decisões com base em informações mais detalhadas sobre o avanço da pandemia no país. Nesse contexto, ele defendeu um amplo programa de testagem para a covid-19 e ressaltou que está completamente alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, na perspectiva de retomar a normalidade do país o mais breve possível.  
"Existe um alinhamento completo aqui, entre mim e o presidente, e todo o grupo do ministério, e que realmente o que a gente está aqui fazendo é trabalhar para que a sociedade retome cada vez mais rápido uma vida normal", disse. 

Perfil 

O novo ministro da Saúde é médico oncologista e empresário do setor. É natural do Rio de Janeiro, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com especialização em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Também é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.
Teich chegou a atual como consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018, e foi assessor no próprio Ministério da Saúde, entre setembro do ano passado e janeiro deste ano. 
Por Pedro Rafael Vilela
Com informações da Agência Brasil

14 de abril de 2020

Mais de 50% dos pacientes com covid-19 no Brasil já se curaram

Ex-combatente da 2ª guerra, de 99 anos, deixa hospital no DF após se curar da covid-19

Ex-combatente da 2ª guerra, de 99 anos, deixa hospital no DF após se curar da covid-19


Pela primeira vez desde o início da pandemia de coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (14) uma estimativa de pacientes curados da covid-19. Segundo a pasta, são 14.026 pessoas (55% do total dos casos diagnosticados até hoje).
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, salientou que este número pode ser muito maior, já que só se pode falar de pacientes curados dentre os casos confirmados, que são 25.262 nesta terça-feira.
Desse total, excluem-se os óbitos (1.532) e os pacitens que ainda se encontram internados. Ao todo, 9.704 estão hospitalizadas, sendo que algumas ainda aguardam resultado dos exames.
O ministério utiliza uma metodologia mundial, que leva em conta o tempo passado desde o diagnóstico. Aqueles que não evoluíram para óbito depois de determinado período (normalmente entre duas e três semanas) são considerados recuperados.
Anticorpos
Paralelamente, o Ministério da Saúde vai iniciar um estudo, na próxima semana, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, para testar por amostragem os anticorpos da população daquele estado.
Esse processo de investigação epidemiológica é especialmente importante no caso da covid-19 porque estudos indicam que 86% dos infectados são assintomáticos.
Desta forma, acredita-se que uma parcela da população já pode ter anticorpos contra o vírus. O objetivo é saber pela amostragem qual seria esse percentual.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ressaltou que o contato com o vírus é como uma "autovacinação".
"Tem muita gente assintomática e [que] ganha anticorpo, tem muita gente com forma leve que é [positivo para] corona e nem procura atendimento."

Por Fernando Mellis
Com informações do R7

11 de abril de 2020

Novo protocolo de tratamento da Covid-19 inclui uso de cloroquina em hospitais estaduais do Ceará

Apesar do avanço no uso da cloroquina em pacientes com Covid-19, institutos de pesquisa e especialistas ainda têm restrições à aplicação — Foto: Reprodução/TV Globo
Apesar do avanço no uso da cloroquina em pacientes com Covid-19, institutos de pesquisa e especialistas ainda têm restrições à aplicação

Um novo protocolo de manejo clínico de pacientes com Covid-19, publicado neste sábado (11), inclui o uso da cloroquina ou hidroxicloroquina em pacientes internados nos hospitais estaduais do Ceará. As diretrizes foram desenvolvidas pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), através da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues.

O Ceará contabiliza 1.638 casos da doença provocada pelo novo coronavírus, e um total de 68 mortes, segundo a última atualização da plataforma IntegraSUS, às 14h15 deste sábado (11). O município de Iguatu confirmou a terceira morte por Covid-19 na cidade e o total de óbitos aumentou no Estado.

"Esse protocolo é muito simples. Pode ser usado em qualquer município cearense. E nós vamos analisar em cima do nosso registro estadual de todas as unidades, como é que isso se comporta. A gente espera reduzir em até 20% a necessidade de UTI com a aplicação dessa estratificação precoce", pontuou o secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins, o Dr. Cabeto, durante coletiva de imprensa na última quarta-feira (8).
Uma nota técnica publicada pela Sesa na última segunda-feira (6), sobre distribuição e fluxo de acesso aos medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina, detalha que as substâncias deverão ser distribuídas entre hospitais, preferencialmente aqueles com plano de contingência para Covid-19, e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Contraponto
Apesar do avanço no uso da cloroquina em pacientes com Covid-19, institutos de pesquisa e especialistas ainda têm restrições à aplicação. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por exemplo, emitiu uma nota técnica com orientações sobre a aplicação do medicamento para infectados com novo coronavírus. Em recomendação geral, cita que "é necessário gerar evidências sobre a segurança e eficácia da cloroquina para tratar pacientes infectados com o SARS-CoV-2, agente etiológico da Covid-19".

Com informações do G1 CE

Caixa já registrou 32,2 milhões de cadastros para auxílio emergencial

Lançamento do aplicativo CAIXA|Auxílio Emergencial
A Caixa Econômica Federal já registrou 32,2 milhões de cadastros para receber o auxílio emergencial de R$ 600. Os dados foram atualizados até as 12h de hoje (11).
Já foram feitas 272 milhões de visitas ao site do programa emergencial. No dia, foram feitas 643,7 mil ligações para buscar informação na central 111, que já recebeu 9,6 milhões de telefonemas, no total. Os downloads do aplicativo chegaram a 33,5 milhões: 32,3 do Android e 1,2 iOS.
Paga a trabalhadores informais de baixa renda e a beneficiários do Bolsa Família, a renda básica emergencial de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil (para mães solteiras) foi depositada de forma automática para quem já estava inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e tem conta no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, na última quinta-feira (9). Os demais trabalhadores têm que se cadastrar no aplicativo Caixa Auxílio Emergencial ou no site Auxílio Caixa para começar a receber na próxima semana.
Quem está no Bolsa Família não precisa se cadastrar e receberá o auxílio emergencial no mesmo dia do pagamento do programa social, que ocorre entre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário desse grupo receberá o maior valor entre o Bolsa Família e a renda básica emergencial no fim de abril, de maio e de junho.
Por Kelly Oliveira
Com informações da Agência Brasil

Projeto de apoio a estados pode gerar impacto de até R$ 222 bilhões


Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real,Cédulas do real

O projeto de ajuda aos estados para o enfrentamento da pandemia de covid-19 pode gerar impacto nas contas públicas de pelo menos R$ 105 bilhões ou até chegar a R$ 222 bilhões. É o que diz nota técnica do Ministério da Economia sobre o substitutivo do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 149 de 2019 (Plano Mansueto), apresentado na última quinta-feira (8) pelo deputado Pedro Paulo (DEM-RJ).
O texto prevê medidas como suspensão do pagamento de dívidas dos estados com a União e bancos, auxílio emergencial para compensar queda na arrecadação, descumprimento de teto de gastos e novas operações de crédito com garantia da União. O projeto pode ser votado no Plenário da Câmara dos Deputados na próxima segunda-feira. Na semana passada, não houve consenso entre os deputados para a votação.
Desse impacto total de R$ 105 bilhões, R$ 9 bilhões são suspensões de dívidas com Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); R$ 55 bilhões decorrem das operações de crédito autorizadas pelo substitutivo; e R$ 41 são transferências para recompor perdas de arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS).

Dívidas com a União

Na nota técnica, assinada pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, o governo destaca que o substitutivo prevê que os contratos de refinanciamento de dívidas dos estados com a União não precisarão ser pagos nos nove meses entre março e dezembro de 2020, ou seja, o prazo de suspensão é superior ao período de seis meses estabelecido em decisões liminares do Supremo Tribunal Federal no âmbito de ações impetradas pelos estados.
“Cumpre esclarecer ainda que o Distrito Federal e o Ceará não possuem ações judiciais solicitando a suspensão dos pagamentos das dívidas refinanciadas pela União e, portanto, também representam inovações do presente substitutivo. Além disso, os estados de Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul não estão pagando as dívidas com a União em decorrência de decisões em ações judiciais que pedem a antecipação de efeitos da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Os Estados nessa categoria são: Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e, portanto, também não terão seus impactos associados diretamente ao presente substitutivo. Por fim, há o caso do Estado do Rio de Janeiro, que desde sua adesão ao Regime de Recuperação Fiscal em setembro de 2017 não paga as dívidas refinanciadas pela União”, diz a nota técnica.

Cenários

Os técnicos do ministério esclarecem que esse total de R$ 105 bilhões de impacto não considera: pagamentos de dívidas refinanciadas pelos estados suspensas em decorrência das liminares relacionadas à covid-19; pagamentos de dívidas de Amapá, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte com a Caixa e o BNDES; efeitos de renegociações de dívidas com instituições financeiras nacionais (exceto Caixa e BNDES) ou organismos multilaterais; e as transferências para recomposição dos fundos de participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e dos Municípios (FPM). Se esses efeitos forem considerados e também a renegociação de todas as dívidas garantidas, o apoio federal aos estados no combate à covid-19 “seguramente ultrapassará R$ 159 bilhões”.
Embora não esteja previsto no substitutivo ao PLP 149, acrescentam os técnicos, provavelmente o texto final deve conceder operações de crédito para os municípios com uma regra semelhante à dos estados, o que acrescentaria R$ 39 bilhões de impacto.
A nota técnica destaca que há impactos financeiros de assuntos não relacionados com o combate à covid-19 que aparecem no substitutivo. “Notadamente o perdão quanto ao cumprimento da limitação de despesas primárias [não financeiras] correntes do art. 4º da LC 156, de 2016, que representa uma renúncia de até R$ 27 bilhões para a União, e o perdão de encargos moratórios de dívidas com discussões antigas no Judiciário, que representa um desconto de R$ 16 bilhões nos haveres do Tesouro Nacional”, diz a nota.
Ao se somar todos os efeitos, sejam eles expressos ou não no substitutivo, o impacto total ficaria entre R$ 148 bilhões e R$ 222 bilhões, “a depender de como se entende seus efeitos - isso sem contar eventual abertura de espaço para endividamento dos municípios”.
Os técnicos dizem ainda que “esse conjunto extraordinário de recursos será todo financiado por meio do aumento do endividamento público, pois não há novas fontes de receitas em nenhuma esfera do setor público consolidado [União, estados e municípios]”.

Déficit primário

Na nota, os técnicos dizem ainda que, mesmo sem levar em conta a aprovação do substitutivo, o déficit primário (despesas maiores que as receitas, sem considerar gastos com juros) do setor público, em 2020, deve se aproximar de R$ 500 bilhões, cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. “Assim, é importante que qualquer novo impacto fiscal seja debatido de forma cuidadosa para evitar um crescimento excessivo do déficit primário e da dívida pública, além do estritamente necessário para reduzir os impactos econômicos e sociais da crise do coronavírus e garantir os recursos necessários para o sistema de saúde de todos os entes da Federação”, diz a nota técnica.
Por Kelly Oliveira
Com informações da Agência Brasil

Safra de sequeiro deste ano no Ceará deve ser a segunda melhor da década



A maior colheita, neste ano, deve ser a do milho, cuja previsão é alcançar 700 mil toneladas

A previsão de que 2020 poderá ser um dos anos mais chuvosos da última década beneficia não somente a recarga dos açudes cearenses, mas também a colheita no campo. A equação de precipitações intensas e bem distribuídas, tanto territorialmente quanto em espaço de tempo, favorece a produção de grãos de sequeiro no Sertão. Conforme estimativa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), a colheita deste ano deve atingir a marca de 840 mil toneladas de grãos.

O número é o segundo melhor da década e representa 50% a mais da safra de 2019, quando foram colhidas cerca de 560 mil toneladas. Em 2011, conforme a Ematerce, foram colhidos 1.300.865 toneladas. "Estamos animados com as boas chuvas e sem ataques significativos de pragas", destacou Itamar Lemos, diretor técnico da Ematerce. Ele detalha que a maior produção, ao fim da colheita, em maio, mês que se encerra a quadra chuvosa, tende a ser a de milho. "Esperamos colher cerca de 700 mil toneladas", acrescenta.

Expansão

O diretor técnico da Ematerce explica que, com as previsões climáticas iniciais divulgadas ainda no início do ano, houve expansão da área de plantio. Em 2019, foram cultivados 918.621 hectares e, para este ano, a previsão é de 1.003.628ha. Um crescimento de 9,25% em relação ao ano passado.

O Governo do Estado, igualmente crendo numa boa safra, antecipou ainda para novembro do ano passado o início das entregas de sementes do Hora de Plantar, programa que beneficia cerca de 155 mil agricultores. A soma destes fatores, segundo Itamar, já "assegura 70% da safra nas regiões do Cariri e Norte do Estado", isto é, o risco de perda, nestas duas grandes porções do Ceará, é mínimo.

Nos dois primeiros meses deste ano, todas as oito macrorregiões tiveram pluviometria acima da média histórica. Em março, apenas no Litoral de Pecém e Maciço de Baturité, as precipitações ficaram abaixo do esperado. No entanto, o impacto para produção não será tão representativo uma vez que estas duas regiões não concentram grandes áreas de plantio.

Beneficiados

O gerente regional da Ematerce em Iguatu, Mauro Nogueira, recorda que aos agricultores que iniciaram o plantio mais cedo, os resultados serão ainda mais seguros. "Quem plantou em fevereiro, logo no início da quadra chuvosa, já tem assegurado algo em torno de 50% de toda a colheita". Já para os sertanejos que plantaram em março, "o plantio vai depender das chuvas de abril e maio", acrescenta Nogueira.

Para estes, porém, o quadro também deverá ser favorável. Os principais órgãos meteorológicos apontam boa chance de chuvas dentro ou acima da média para os meses de abril e maio deste ano. Segundo a Funceme, o prognóstico para este período é de probabilidade de apenas 20% para precipitações abaixo da média.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) também estimam continuidade de chuvas, sobretudo para o Centro-Norte do Estado, onde se concentra a maior área de plantio.

Colheita

O produtor rural Manoel Dias, de Lavras da Mangabeira, no Cariri cearense, enquadra-se naqueles que realizaram o plantio de forma precoce. Dois meses depois, surgiram os primeiros resultados. Manoel realizou, recentemente, a colheita de 3,5 hectares de grãos. A estimativa é, até o fim de maio, fazer o cultivo de mais 2 ha. "Neste ano, a perda vai ser mínima. Está chovendo bem e o plantio cresceu bastante", explicou.

Na zona rural de Várzea Alegre, o sentimento também é de alívio após sucessivos anos de baixa colheita devido ao período (2012-2018) de chuvas abaixo da média. Joaquim Bezerra cultivou dois hectares de milho e espera colher uma boa safra na primeira quinzena de junho próximo. "Não temos o que reclamar, só agradecer pelas boas chuvas".

Por Honório Barbosa
Com informações do Diário do Nordeste

Dinheiro liberado por Ministério da Saúde já está no caixa dos municípios





Sobral foi a segunda cidade a receber a maior quantidade de recursos (R$ 10 milhões), ficando atrás apenas de Fortaleza, que recebeu R$ 62,2 milhões

O aporte financeiro de R$ 126,6 milhões do Ministério da Saúde para os 184 municípios cearenses já está disponível no caixa das prefeituras, conforme ressaltou o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Nilson Diniz (PDT), que também é prefeito do Cedro. A verba é o primeiro recurso federal para ações de combate e enfrentamento ao coronavírus pagas as cidades cearenses. A medida foi publicada em portaria no Diário Oficial da União no dia 9 deste mês.

Por ter sido repassa de fundo a fundo (do FNS para FMS), os recursos já estão nos caixa das prefeituras. Mas devem começar a ser utilizados a partir de segunda-feira no reforço da saúde, conforme explica Nilson.

Com mais da metade das cidades cearenses em estado de calamidade pública, os recursos chegam para ajudar os prefeitos a adquirirem insumos e equipamentos necessários para proteger a população da doençao. Os valores foram disponibilizados para os municípios de acordo com o tamanho das redes de atenção básica, média e alta complexidades. Dessa forma, Fortaleza ficou com maior parte dos recursos (R$62,2 mi); seguida por Sobral (R$10 mi); Maracanaú (R$5 mi); Barbalha (R$5,8 mi); Crato (R$3 mi); Juazeiro do Norte (R$2,5 mi); Caucaia (R$1,9 mi); Itapipoca (R$1,8 mi); Quixadá (R$ 1,5 mi); Crateús (1,4 mi); Iguatu (R$ 1,3 mi); Brejo Santo (R$1,2 mi); Tianguá (R$1,1 mi) e Canindé (R$1 mi).

O presidente da Aprece informou que cada município fará uso do dinheiro para a saúde de acordo com a sua necessidade. No entanto, a maioria deles deve utilizar para comprar equipamentos de proteção individual (EPIs) e insumos médicos para reforçar a rede de atenmento das unidades básicas de saúde.

"Cada município tem sua estratégia, dependendo do seu tamanho.Mesmo os que não tem hospital, devem utilizar para comprar EPIs, insumos, para receber os pacientes na porta de entrada do sistema da rede de saúde pública, que são as unidades básica de saúde", explica.

Já municípios mais desenvolvidos, que compõem a rede de cobertura de hospitais polos regionais, devem utilizar esses recursos para reforçar a atenção básica, mas também para abastecer os hospitais de média e alta complexidade, como explica Diniz. 

"O Estado está ampliando o número de leitos de UTI no Interior, nesse locais (onde está ocorrendo a ampliação), a reestruturção deve ser feita com a ajuda das prefeituras também. Mas isso vai de acordo com a necessidade do município. Tem prefeitura que já investiu muito em uma área, como laboratório, por exemplo, e nesse momento precisa destinar mais para outro ponto, como saúde coletiva, intensificar vacinação da H1N1", explica

Além dos 126,6 milhões para os muicípios, o Governo do Estado também recebeu da União R$ 39,6 milhões De acordo com Nilson, os recursos fazem uma parte dos R$ 8 bilhões que a União tinha prometido a destinar para a Saúde, para ações de combate ao coronavírus. O valor seria distribuído entre estados e municípios de todo o País.

Com informações do Diário do Nordeste

3 de abril de 2020

Óbitos registrados por Covid-19 no Ceará têm média de 66 anos na Capital e 78 no Interior

Até a noite de quinta, 563 casos da doença haviam sido confirmados e 21 óbitos registrados
Os óbitos registrados por Covid-19 no Ceará têm médias de idade diferentes na Capital e no Interior: 66 e 78 anos, respectivamente. A informação, com base nas mortes registradas até a noite de quinta-feira (2) no Estado, foi concedida em coletiva pelo secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins, Dr. Cabeto.
Fatores como doenças pré-existentes e o tempo de tratamento também são analisados para montar o perfil da mortalidade. "No interior, por exemplo, a idade média é de 78 anos, com a variação de 60 a 89 anos. Essas cinco pessoas que faleceram eram portadoras de comorbidade. Em Fortaleza nós temos uma média que vai hoje de 37 a 90 anos, na faixa dos 66", comentou. Até o último balanço, 21 pessoas vieram a óbito por complicações após infecção pelo novo coronavírus.
Cuidados
De acordo com Dr. Cabeto, além da faixa etária, é necessário levar em consideração o acesso desses pacientes ao atendimento médico.
"Existe um ponto que é muito importante: conhecer que alguns dos casos desses óbitos ocorreram provavelmente por conta dos indivíduos não terem procurado o sistema e, aí sim, porque quando você procura o sistema e tem acesso a ele, a possibilidade de uma mortalidade cai bastante", explicou.
Entender quais os fatores envolvidos para cada paciente nesses casos seria o necessário para evitar os falecimentos. "Por esse motivo que afirmo que é preciso procurar as UPAs quando houver falta de ar, independentemente se houver fator de risco. É importante procurar uma unidade de saúde quando tiver algum sintoma do coronavírus e tiver acima de 60 anos de idade. Porque isso pode fazer reduzir a mortalidade", finalizou o secretário.

Com informações do Diário do Nordeste

2 de abril de 2020

IBGE vai passar a monitorar registros de covid-19

Um funcionário do hospital usa uma máscara protetora no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), após confirmação do primeiro caso de coronavírus em Brasília
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai iniciar um monitoramento nacional do novo coronavírus, que teve o primeiro paciente registrado no Brasil no dia 26 de fevereiro. Hoje (2) os casos chegam 6,8 mil, com 241 mortes confirmadas em decorrência da doença no país.
Segundo o IBGE, a parceria fechada com o Ministério da Saúde vai implementar uma versão inédita da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), com foco no monitoramento da covid-19.
O estudo formará um “painel longitudinal representativo da população brasileira”, de acordo com o instituto, aplicando o questionário para o mesmo grupo de pessoas, a fim de apresentar os resultados dos casos de síndrome gripal em dados agrupados para Brasil, grandes regiões e unidades da Federação.
Chamado de Pnad-Covid, o levantamento será feito pelo IBGE de forma remota, com pesquisa por meio do telefone com as mesmas pessoas por pelo menos três meses. As estatísticas oficiais obtidas serão divulgadas semanalmente.
O detalhamento da pesquisa e o cronograma ainda não foram finalizados pelo IBGE.
Por Akemi Nitahara 
Com informações da Agência Brasil 

Receita adia para junho pagamento da primeira cota do Imposto de Renda

Superintendência da Receita Federal, em Brasília.
A Receita Federal adiou a data de pagamento da primeira cota do Imposto de Renda da Pessoa Física e retirou a exigência de informar o número do recibo de entrega da última declaração. As medidas são em decorrência do adiamento do prazo final para entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, do dia 30 de abril para o dia 30 de junho de 2020, anunciada nessa quarta-feira (1º).
“Como consequência, a data do débito automático da 1ª cota passa de 10 de abril para o dia 10 de junho e as datas permitidas para o débito automático das demais cotas passam a ser aquelas compreendidas entre 11 de junho (originalmente era 11 de abril) e o último dia do prazo, agora, dia 30 de junho de 2020”, informou hoje (2) a Receita, em nota.
Sobre o recibo do ano anterior, a Receita informou que, historicamente, há contribuintes que se dirigem às unidades de atendimento do órgão para pegar o número do recibo da última declaração, seja porque perderam a versão impressa ou não têm mais acesso à mídia ou ao computador em que estava armazenado o recibo.
“Com a alteração do prazo e a retirada da exigência da informação do número do recibo, objetiva-se evitar eventuais aglomerações de contribuintes no atendimento da Receita Federal, bem como em empresas ou instituições financeiras, na busca de informes de rendimentos, e em escritórios de profissionais ou em entidades que prestem auxílio no preenchimento das declarações, de modo a contribuir com o esforço governamental de diminuir a propagação do novo coronavírus”, disse a Receita.
Por Kelly Oliveira 
Com informações da Agência Brasil

"Além do corpo, ataca o nosso espírito", conta consultor de Marketing após internação por Covid-19









“Uma doença forte e cruel. Além do corpo, ela ataca o nosso espírito”. Palavras fortes vem à tona quando o consultor de Marketing e Estratégia, Bosco Couto, 49, se recorda dos sintomas e do período de internação para combater o novo coronavírus (Covid-19). O cearense chegou a ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Fortaleza e foi auxiliado por uma respirador. Foram oito dias de acompanhamento médico permanente, até a alta hospitalar, na última sexta-feira (27).
Bosco Couto teve os primeiros sintomas da Covid-19 no dia 10 de março, com sintomas comuns, como febre, dor no corpo e nos olhos, semelhantes aos da dengue, o primeiro diagnóstico que recebeu. Quando apresentou pneumonia e falta de ar, foram as características decisivas para a internação. “A esta altura, estava me cansando fácil e ele (o médico) me mandou ir imediatamente para o hospital me internar”, relembra. 
Apesar de não apresentar mais nenhum sintoma da doença há sete dias, com exames regulares e ter recebido alta na sexta-feira (27), ele permanece em isolamento, mesmo dentro de casa.“Estou isolado por excesso de precaução e para mostrar às pessoas que elas devem ficar em casa”, declarou o consultor. “Conversando com meu médico, ele pediu para eu ficar isolado em casa até quinta (2), ou seja, sete dias após minha alta médica, mas penso em ficar até sábado”, completou. 
Fazendo parte do grupo de risco, por ter diabetes tipo 2, Bosco contou que durante os seus oito dias, onde passou um na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros cinco respirando com auxílio de respirador, o sua maior angústia era o isolamento, sem familiares ou amigos por perto. “Ficar nesta hora isolado totalmente só, sem ninguém seu por perto é muito ruim. Tive medo de não me despedir das pessoas”, confidenciou. 
Volta pra casa
Neste momento, a saudade da família se junta com a angústia do isolamento e a incerteza de um diagnóstico positivo, fazendo com que o alívio de voltar para a casa se torne uma sensação inigualável. “Melhorei o astral quando cheguei em casa. Mesmo isolado no quarto, com porta fechada e sem ter contato com meu filho e esposa, sabia que eles estavam do outro lado da parede e isto faz uma diferença grande”, pontuou. 
Depois de tudo que passou, Couto deseja agora conscientizar as pessoas de que a Covid-19 é uma doença grave, que precisa ser combatida. “A doença é séria e pode atingir todos, de qualquer idade e classe social. Gente jovem pode morrer, gente saudável pode morrer, o risco é maior para os mais velhos e com doenças pré existentes, mas não se trata só disso, de adoecer. Trata-se de parar a propagação, de não contaminar o outro. Trata-se de não sobrecarregar o Sistema de Saúde. Então a medida mais acertada é ficar em casa, seguir a quarentena”, concluiu. 

Com informações do Diário do Nordeste

1 de abril de 2020

Ceará deve receber 18 mil testes rápidos para Covid-19 doados ao Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde iniciou, nesta quarta-feira (1º), a distribuição dos 500 mil testes rápidos para diagnóstico de coronavírus no Brasil. Desse total, o Ceará irá receber 18.057 testes. Esse lote, segundo o Ministério da Saúde, é o primeiro de um total de 5 milhões de testes para o país adquiridos pela Vale e doados ao Governo Federal. O Ceará também receberá 2.280 testes de biologia molecular (RT-PCR), que é a testagem utilizada atualmente no Estado cujo resultado tem demorado até mais de 10 dias. 
A carga, conforme o Ministério da Saúde, saiu nesta quarta-feira (1º) da Coordenação de Armazenagem e Distribuição Logística de Insumos Estratégicos para a Saúde (COADI) do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), para os estados do Nordeste, sendo transportado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O mesmo avião transportará Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os estados da região. 
Os testes rápidos, segundo o Ministério da Saúde, irão atender os profissionais que atuam nos serviços de saúde e na segurança, como policiais, bombeiros e guardas civis com sintomas de síndrome gripal. 
A diferença entre os testes, além do tempo de resposta é que o RT-PCR detecta, a partir da amostra, a presença do vírus no organismo. Já os testes rápidos verificam a resposta do organismo ao vírus, como por exemplo, a presença de anticorpos contra o micro-organismo invasor.
Para os estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste a carga será levada em voos comerciais, cargueiros também por rodovias. A expectativa do Governo Federal é de que todos os estados estejam abastecidos com essa primeira remessa dos testes rápidos até o fim da semana.
O Ceará ainda aguarda a chegada de outros 50 mil testes rápidos, de um lote de 350 mil, adquiridos pelo Governo do Estado. 
Com informações do Diário do Nordeste

Senado aprova extensão de auxílio de R$ 600 a mais de 30 categorias

Sessão Deliberativa Remota destinada a deliberar sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 88/2020, que reconhece o estado de calamidade pública no Brasil.
O Senado aprovou na tarde de hoje (1º) um Projeto de Lei (PL) que acrescenta dezenas de categorias entre as elegíveis a receber o auxílio de R$ 600 mensais, conhecido como "coronavoucher", pelo período de três meses. A aprovação ocorreu por unanimidade, com 79 votos favoráveis. O projeto segue para a Câmara dos Deputados.
O PL aprovado hoje é complementar ao projeto aprovado pelo Congresso na última segunda-feira (30), que aprova o pagamento do auxílio a autônomos e informais. Esse projeto foi sancionado no fim da tarde pelo presidente da República, segundo informações do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE). Entre outros critérios, o beneficiário deve ter renda familiar mensal por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00).
O parecer ficou a cargo do senador Esperidião Amin (PP-SC). Ele relatou o projeto de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mas aglutinando as ideias de dez outros Projetos de Lei com temas correlatos. De acordo com o substitutivo apresentado pelo relator, são incluídas mais de 30 categorias que incluem motoristas de táxi e de aplicativos, caminhoneiros, músicos, ambulantes, feirantes, garçons, dentre outros. 
“Ampliamos o alcance, estabelecemos regras mais claras para atender os mais carentes e, finalmente, procuramos agilizar a forma de pagar”, disse Amin, em declaração divulgada à imprensa.
Para evitar a concentração do pagamento em poucos bancos, o projeto prevê a extensão do pagamento a todas as instituições financeiras e não financeiras de transferência de capital, como agências lotéricas e agências dos Correios. As fintechs, empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros digitalmente (como empréstimos e cartões de crédito), também estão autorizadas a fazer o pagamento.
Outro dispositivo incluído no projeto estipula que homens que criam sozinhos os filhos, o chamado provedor de família monoparental, têm direito a duas cotas do auxílio, ou seja R$ 1.200. No PL aprovado anteriormente e recém-sancionado, o recebimento das duas cotas só está autorizado a mulheres que vivem em situação monoparental.

Confira as categorias incluídas no PL aprovado hoje no Senado:

- Pescadores profissionais artesanais e os aquicultores, os agricultores familiares registrados no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF);
- os técnicos agrícolas;
- os cooperados ou associados em cooperativa ou associação de catadores e catadoras de materiais recicláveis;
- os taxistas e os mototaxistas; os motoristas de aplicativo; os motoristas de transporte escolar; os caminhoneiros; os entregadores de aplicativo;  
- as diaristas;
- os agentes de turismo e os guias de turismo;
- os trabalhadores das artes e da cultura, entre eles, os autores e artistas, de qualquer área, setor ou linguagem artística, incluindo intérpretes e executantes, e os técnicos em espetáculos de diversões;
- os mineiros; os garimpeiros, definidos como aqueles que, individualmente ou em forma associativa, atuem diretamente no processo da extração de substâncias minerais garimpáveis;
- os ministros de culto, missionários, teólogos e profissionais assemelhados;
- os profissionais autônomos da educação física; os trabalhadores do esporte, entre eles, atletas, para-atletas, técnicos, preparadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, árbitros e auxiliares de arbitragem, de qualquer modalidade, incluindo aqueles trabalhadores envolvidos na realização das competições;
- os feirantes, os barraqueiros de praia; os ambulantes, os feirantes, os camelôs, as baianas de acarajé, os garçons, os marisqueiros, os catadores de caranguejos;
- as manicures e pedicures;
- os sócios de pessoas jurídicas inativas, dispensada a apresentação da Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS).

Por Marcelo Brandão 
Com informações da Agência Brasil