Independente da decisão da Justiça, que dirá se o Goytacaz disputará ou não as semifinais da Taça Corcovado e o triangular final da Série B do Carioca, uma coisa é certa: Clodoaldo não defenderá as cores do Alvianil. Na semana passada, a diretoria do clube estendeu o contrato de alguns atletas já pensando nas possíveis disputas, mas decidiu descartar o atacante, artilheiro da equipe na competição, com sete gols, mas que não vinha atuando por conta de uma contusão. Peça fundamental da campanha de apenas uma derrota do Goyta no Carioca, o experiente "baixinho" faria falta no ataque de qualquer time. Sua ausência seria, no mínimo, lamentada. Mas o técnico do Time da Rua do Gás, Julio Marinho, não seguiu esse caminho. Julio preferiu se esquivar de qualquer tipo de polêmica e defendeu o clube na decisão de descartar o atleta.
- Clodoaldo estava há algum tempo sem treinar por contusão. Como não acertou, não houve acordo com o clube, ocorreu essa impossibilidade de renovação. Em alguns momentos no futebol, temos que entender a situação do clube - disse o treinador, sem explicar se participou ou não das conversas.
Sem jogar desde o dia 1º de junho, quando entrou no segundo tempo da partida contra o Paduano, mas saiu lesionado, Clodoaldo se recuperava no departamento médico desde então. De lá para cá, o Goytacaz disputou mais duas partidas até a competição ser paralisada. Esse período de inatividade do atacante, para Julio, foi o fator que mais pesou na dispensa.
- O grande problema nesse caso é que um jogador do nível do Clodoaldo, para mim, precisa estar em campo, jogando. Eu preciso do jogador dentro do campo. Como ele estava parado, ficou difícil a renovação - concluiu.
Rotina normal
O dia a dia do Goytacaz desde que a Série B do Carioca foi suspensa continua exatamente a mesma. Julio Marinho revelou que adota uma programação de treinos como se, a cada fim de semana, a equipe fosse disputar uma partida.
- Estamos trabalhando , focados num parecer favorável na Justiça. Temos feito uma programação como se fossemos entrar em campo no fim de semana, para não fugirmos do hábito da competição. Às vezes, conseguimos marcar um amistosos. Outras vezes, jogamos contra os juniores
Paralisada há quase 20 dias por conta de pendências judiciais, a Segundona do Carioca ainda não tem data para ser retomada.
Por Tébaro SchmidtCampos dos Goytacazes, RJ