4 de abril de 2015

Por que a chuva cai em gotas?

Porque é desse modo que a água se forma no interior das nuvens. Com o calor, a água deixa a superfície da Terra e passa a se acumular na atmosfera, em forma de vapor. Conforme ganha altitude, esse vapor se resfria e condensa, formando gotículas de água com diâmetros da ordem de 1 milésimo de centímetro. Essas gotículas são tão leves que flutuam como poeira em suspensão - e assim são formadas as nuvens. No interior de cada uma delas, essas gotinhas começam a se chocar, agregando-se em gotas cada vez maiores. É preciso cerca de um milhão de gotículas dessas para formar uma gota de chuva. À medida que elas aumentam de tamanho, vão ficando mais pesadas e deixam de flutuar - é então que caem, retornando à superfície terrestre em forma de chuva. Quando a temperatura diminui muito no interior da nuvem, a água ali presente também pode se congelar, formando pequenas pedras de gelo: o granizo.
Mão dupla A água das chuvas segue dois caminhos para formar rios
1. A água das chuvas e a do derretimento das neves escorrem pelo solo, formando pequenos veios que vão aumentando conforme se encontram
2. Rochas porosas permitem que a água penetre no subsolo - e as diferenças de altura e pressão a fazem ressurgir em outro local, formando nascentes
Mundo Estranho

É verdade que existe uma mancha gigante de lixo plástico no oceano?

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Uma não, duas. Elas ficam no meio do oceano Pacífico e, juntas, têm o dobro do tamanho dos Estados Unidos! Nesses depósitos de lixo flutuante já foram encontrados os mais bizarros resíduos, de cones de trânsito a brinquedos, tênis e malas de viagem. Metade dessa sujeirada toda é lançada no mar por navios e plataformas de petróleo. A outra parte deságua nos oceanos trazida por rios espalhados pelo mundo. O pior é que o desastre ecológico só aumenta: o volume de plástico no Pacífico mais que triplicou nos últimos dez anos. “O isolamento poderia fazer desse lugar um paraíso para os animais. Mas eles rondam a linha do lixo e só têm plástico para comer. Já encontramos todo tipo de objeto no estômago dos bichos”, diz o pesquisador Charles Moore, da Algalita Marine Research Foundation, entidade americana que trabalha na proteção da vida marinha. : -O
CORRENTE CONTÍNUA
Pacífico tem “redemoinhos que prendem lixo de todos os oceanos
Correntes marítimas como a Círculo Polar Antártica ligam os três oceanos da Terra. Assim, grande parte dos resíduos do Atlântico e do Índico acaba se dirigindo para o Pacífico, mesmo que leve décadas percorrendo os mares do mundo.
Em algumas regiões do oceano Pacífico, as correntes marítimas se movimentam em círculos, formando enormes “redemoinhos”. O lixo que entra nessas áreas, após vagar pelos oceanos de todo o planeta, fica preso nas correntes, formando as duas manchas gigantes de plástico.
O pior é que o lixo boiando na superfície é só uma pequena parte da sujeira. Com o passar dos anos, pedaços menores de plástico se diluem, formando uma espécie de sopa nojenta. Resultado: as manchas têm camadas com até 10 m de profundidade de lixo.
EFEITOS COLATERAIS
Lixo das manchas detona dieta dos animais
CARDÁPIO IMPRÓPRIO
Pesquisadores já encontraram tartarugas que comeram isqueiros, peixes engasgados com linhas de pesca e pássaros marinhos mortos com o estômago lotado de plástico ingerido na região das manchas.
ALTERAÇÃO HORMONAL
O lixo forma resíduos tóxicos que confundem os receptores hormonais de alguns animais. Há espécies que tiveram queda na produção de esperma e nascimento de mais fêmeas.
INTOXICAÇÃO À MESA
Ao comer peixes que passaram por essas regiões, o ser humano ingere também os produtos tóxicos absorvidos pelos animais.
SOLUÇÃO DIFÍCIL
Problema maior é eliminar “sopa plástica” abaixo da superfície
Pesquisadores ainda quebram a cabeça para encontrar um jeito de se livrar desse lixo. Apesar de trabalhoso, retirar os resíduos da superfície seria a parte mais fácil. O problema é o que está abaixo dessa camada. Como o plástico se quebra em pedaços quase microscópicos, remover essa “sopa plástica” significaria tirar também a água do mar com micro-organismos vivos, o que causaria um impacto ambiental ainda maior. Uma possível saída seria criar uma substância que fizesse uma faxina na região.
Grandes navios soltariam milhões de litros de um solvente especial. Essa substância teria que ser biodegradável e atóxica, para não interferir na vida marinha local.
O solvente quebraria as moléculas dos microscópicos pedaços de plástico, transformando-os em partículas inofensivas para a natureza, como átomos de carbono.
Mas há um problema: o excesso de átomos de carbono poderia alterar a vida marinha - até mesmo provocando mais mutações em algumas espécies.
Por Sonaira San Pedro
Mundo Estranho

Por que o mar é salgado?

Taí uma questão que intriga um monte de gente. Tanto que mundo estranho abordou o tema já na edição 2 da revista! Mas como isso ocorreu há muitos anos e essa ainda é uma dúvida muito recorrente entre os leitores, nós iremos respondê-la de novo!
A explicação todinha para esse mistério salgado está no ciclo da água no planeta, o que a gente explica em detalhes abaixo. Antes disso, vale lembrar que o cloreto de sódio - o nome químico do popular sal de cozinha - não é a única substância dissolvida nos oceanos. Na água do mar também há cloreto de magnésio, bicarbonato de cálcio, sulfato de magnésio, sulfato de cálcio e cloreto de potássio, entre outros. O sabor salgado do cloreto de sódio acabou predominando porque a substância é, de longe, bem mais abundante que as outras.
Água mole em pedra dura...O sal sai das rochas, é carregado pelos rios e se concentra nos oceanos
1. Para entender por que o mar é salgado, é preciso entender algumas curiosidades do ciclo da água. No nosso planeta, 84% do total da água evaporada em direção à atmosfera sai dos oceanos. No entanto, por causa da ação dos ventos, apenas 77% do total de água que retorna à superfície em forma de chuva cai sobre esses mesmos oceanos
2. Com os rios, a proporção é diferente: eles contribuem com 16% da água evaporada no planeta, mas recebem 23% das chuvas. Ou seja, os rios recebem mais água do que perdem, exatamente o contrário do que ocorre nos oceanos. Para manter o sistema em equilíbrio, os rios correm para o mar
3. Quando percorrem os continentes, as águas dos rios carregam íons — átomos ou conjunto de átomos "loucos" para se ligarem com outros íons — de cloro e de sódio. Esses íons se soltam das rochas nos leitos dos rios e se unem formando o cloreto de sódio, o sal de cozinha, que é levado junto com a água dos rios até o mar
4. Como o sal não evapora com a água, toda essa substância carregada pelos rios do planeta vai se acumulando nos mares. A repetição desse processo ao longo de centenas de milhões de anos de formação da Terra aumentou a concentração do cloreto de sódio nos oceanos, tornando-os salgados como são hoje em dia
Por Marina Bessa
Mundo Estranho

Por que as nuvens são brancas?

Elas contêm uma grande quantidade de gotículas e pequenos cristais de gelo, que agem como pequenos prismas, decompondo a luz solar nas sete cores do arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. "Assim, para quem olha a nuvem, o resultado final é a soma de todas essas cores: o branco", afirma o meteorologista Mário Festa, do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (USP). Já o formato da nuvem varia conforme a altitude em que ela se encontra. As mais altas, lisas e horizontais, são chamadas de estratos. As cirros, também em altitudes elevadas, são curtas e têm forma fibrosa. As cúmulos parecem flocos de algodão e encontram-se perto do solo. Já as cúmulos-nimbos, também próximas da superfície terrestre, são largas, fofas, escuras e geralmente produzem tempestades.

Mundo Estranho 

Quantos seres humanos a Terra seria capaz de suportar?























O número ideal seria entre 1,5 a 3 bilhões de pessoas. Atualmente, porém, a população é de 7 bilhões. Ou seja, já somos mais do que o dobro do que a Terra conseguiria abrigar de forma sustentável. De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), três fatores devem ser considerados para o cálculo: disponibilidade de comida, água e terra; padrão de consumo e capacidade do planeta de absorver a poluição; e número de pessoas. 

Para o pesquisador Alan Weisman, autor de Contagem Regressiva - A Nossa Última e Melhor Esperança para um Futuro na Terra, há um paradoxo. Não adianta aumentar a nossa capacidade de alimentar e manter bilhões de pessoas vivas se cada vez mais pessoas continuarem nascendo. 

"No início do século 20 éramos 2 bilhões e tínhamos vastas florestas, qualidade de vida, comida para todo mundo e pouca emissão de combustíveis fósseis. Ou seja, tínhamos um planeta saudável", afirma Weisman.

CRESCIMENTO INSUSTENTÁVEL
No século 20, a população mundial quadruplicou

Saco sem fundo: com o avanço da tecnologia e da medicina, mais gente vive por mais tempo. Também produzimos mais grãos utilizando o mesmo espaço - atualmente, nos EUA, cerca de 70% dos grãos alimentam gado (que geram alimento para o homem). Porém, quanto mais comida produzimos, mais pessoas surgem para serem alimentadas.

Alívio temporário: a taxa de natalidade mundial está diminuindo. Atualmente muitas pessoas vivem nas cidades e as famílias não precisam ter tantas crianças (antigamente, os filhos eram importante força de trabalho na lavoura). Além disso, os lares estão cada vez menores e o custo de vida maior. Por tudo isso, pessoas urbanas têm cada vez menos filhos.

Somos exagerados: desenvolvimento também não é garantia de abundância. Se toda a população consumisse como os americanos, a Terra não suportaria - precisaríamos do triplo de recursos existentes atualmente. Mas nem precisamos ir tão longe: com o consumo médio atual, já exploramos pelo menos duas vezes mais do que o planeta oferece.

Planejamento familiar: de acordo com Alan Weisman, podemos reduzir a quantidade de pessoas que vivem na Terra ao longo de três gerações sem tomar medidas extremas. "Há países que reduziram o número de habitantes apenas com distribuição de contraceptivos, educação e planejamento familiar, sem precisar obrigar as famílias a ter menos filhos".

Felipe B. Cruz
Planeta Sustentável 

Abrindo as semis do Cearense, Ceará e Guarani de Juazeiro medem forças no Romeirão



Para colocar um pé na final do Campeonato Cearense, Guarani de Juazeiro e Ceará medem forças neste sábado (4), no estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte. Melhor colocado na fase anterior, o Alvinegro de Porangabuçu entra em campo por dois resultados iguais. A bola rola a partir das 18h15.
Completo, o Guarani de Juazeiro quer surpreender o Ceará. Na segunda fase, o Leão do Mercado avançou com apenas quatro pontos, na segunda colocação do Grupo B2. A única dúvida é no ataque, entre Niel e Moré. Para fazer valer o fator casa e sair na frente da disputa por uma vaga na decisão, o Guaraju deve ir a campo com a seguinte formação titular: Fábio, Roberto Baiano, Regineldo, Paulo Ricardo, Pedro Júnior; Tourun, Erlon, Leylon, Gleidson; Niel (Moré) e Roberto Jacaré.
O Vovô também estará completo para a disputa. O técnico Silas Pereira, inclusive, ainda sonha em poder contar com Marinho, ausente nos últimos compromissos. Os titulares estão descansados, já que não atuaram no último compromisso contra o Confiança, pela Copa do Brasil. O time que entra em campo deve ser formado por: Luís Carlos, Tiago Cametá, Sandro (Gilvan), Charles, Fernandinho; Sandro Manoel, Uillian Correia, Ricardinho e Wescley; Assisinho (Marinho) e Magno Alves.

Por 
Juazeiro do Norte, CE

Mesmo com chuva, cearenses não têm como armazenar água

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Enquanto a ajuda não chega, os moradores de comunidades difusas que não têm como reservar o recurso, ainda têm fé que as coisas melhorem e estão apelando para São Francisco, o padroeiro da cidade
As consequências do enfrentamento da pior seca dos últimos 50 anos, no Ceará, tem dado muita dor de cabeça para a população. Pelo quarto ano consecutivo não chove satisfatoriamente no Estado e, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a previsão é que a estiagem se estenda pelos próximos meses.
A pouca água que vem caindo do céu, como resultado da quadra chuvosa, não tem aliviado a situação de milhares de famílias que vivem nas comunidades mais afetadas pela seca. No município de Canindé, localizado a 119 quilômetros da Capital, todos os mananciais estão secos, forçando mais de 70 mil habitantes a racionar o recurso, na zona urbana do Município.
De acordo com a Secretaria de Agricultura do Município, na zona rural, onde existem mais de 500 comunidades, a situação é bem mais grave e faltam alternativas para armazenamento. Medidas como a instalação de cisternas de polietileno para captação de água da chuva e que fazem parte do programa federal "Água Para Todos", estão fazendo falta para muitos destes moradores.
"A gente tem que cavar cacimba para armazenar uma água que nem serve para beber e nem os bichos querem. Agora, que está caindo essa chuva, a gente tenta pegar o que pode, mas não dá pra todo mundo. Aqui em casa a gente já ficou com uma garrafa d'água para três pessoas. O jeito é entregar a Deus", conta a dona de casa Mardênia da Silva, 38, moradora de Madeira Cortada, comunidade rural onde vivem mais de 100 famílias.
Até dezembro do ano passado mais de 34 mil cisternas foram instaladas no Estado, mas segundo o coordenador do Fórum dos Assentados e Agricultores de Canindé, Júnior Mourão, este número é insuficiente e não atende à demanda das famílias, que sobrevivem nas comunidades mais difusas.
"Só aqui temos mais de quatro mil famílias cadastradas para receber esta cisterna e até agora nada. A água cai do céu, mas o povo não pode juntar. Até se for comprar de carro-pipa, a gente não tem onde armazenar a água", disse.
Enquanto a ajuda não vem, os moradores ainda têm fé que as coisas melhorem e estão apelando para São Francisco, o padroeiro da cidade. "Um sonho que eu tenho é de ganhar essa cisterna. Aqui são cinco casas que sobrevivem com água de doação, porque não temos dinheiro pra comprar. Já perdi todos os animais que eu tinha por causa dessa seca. É muito sofrimento, o jeito é se virar como pode", lamenta a agricultora Luciana Soares, 49, que vive com os três filhos, na comunidade da Boa Vista, também na zona rural do município.
Diário do Nordeste

Criança é curada de alergia grave e come chocolate pela 1ª vez;

O pequeno Matheus Cunha, de apenas 5 anos, terá a primeira Páscoa com chocolate neste ano.  Ele foi curado de uma alergia à proteína do leite. Só depois de um rigoroso tratamento ele pôde comer o que muita criança adora. Tomar sorvete, comer chocolate, brigadeiro, bolo. A família inteira deixou Pernambuco para fazer o tratamento dele no Ceará.
Segundo a mãe da criança, Mirtes Cunha, os primeiros sintomas vieram quando ele ainda era bebê.Para evitar o pior, eles tiraram qualquer traço de leite da alimentação dele. “A partir de seis meses, quando eu inseri leite nele, foi quando descobri que ela estava se sentindo muito mal”, afirmou Mirtes Cunha.
Depois de três meses de tratamento, o Matheus comeu chocolate pela primeira vez. E para celebrar a data ele ganhou o seu primeiro ovo de páscoa da vida. Nem esperou, rasgou logo a embalagem. “Eu posso comer de verdade?”, perguntou, sorrindo. E foi também a primeira vez com  bolo de chocolate e brigadeiro. “Eu posso comer todo o bolo também?”
Matheus, de cinco anos, fez tratamento durante meses para poder comer chocolate pela primeira vez (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Matheus terá a primeira páscoa com chocolate
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Matheus não podia comer nada disso. Um simples gole de leite, segundo a mãe, dava reações alérgicas, como refluxo, diarreia, vômito e vermelhidão na pele. Agora, após o tratamento, Matheus está curado. Ele tinha alergia ao leite, quando há uma  reação à proteína. A alergia pode levar inclusive à morte, segundo médicos. Ela não  pode ser confundida com intolerância à lactose como explica a arlegologista, Fabiane Pomicinski.
“Na intolerância à lactose, o paciente não consegue digerir a lactose, que é o açúcar do leite, porque falta a enzima lactase. Aí fica fermentando essa lactose no intestino e vai provocar cólicas e diarreia. No paciente com alergia a leite o problema é a proteína do leite. Sendo assim ele não pode comer nada que contenha leite. Qualquer quantidade ingerida pode provocar problemas graves”, disse.
Agora, Matheus pode comer tudo, para alívio da mãe. “Estou muito feliz e bastante realizada. Um sonho realizado”, afirmou, emocionada.
Mesa de Matheus agora é farta de chocolate (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Mesa de Matheus agora é farta de chocolate (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)


Do G1 CE