23 de março de 2018

Presidente do Sport Recife confirma desistência da Copa do Nordeste 2019

O time já não vem disputando a atual edição da competição regional. Foto: Williams Aguiar/Sport Club Recife

O time já não vem disputando a atual edição da competição regional. Foto: Williams Aguiar/Sport Club Recife

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta-feira (23), na Ilha do Retiro, o atual presidente do Sport, Arnaldo Barros, confirmou que a equipe rubro-negra não irá participar da Copa do Nordeste de 2019. O time já não vem disputando a atual edição da competição regional.
"O Sport está fora da competição. Expliquei porque saí e não me arrependo. Agora, outros (clubes) estão chegando à mesma conclusão. Boa sorte para a Copa do Nordeste", disse o mandatário rubro-negro.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) chegou a enviar uma carta ao Sport pedindo para o clube informar se tinha ou não interesse em participar da Copa NE 2019, uma vez que os pernambucanos não quiseram participar da atual edição – alegando que financeiramente não era vantajoso.
O Sport acumula 12 participações na Copa do Nordeste e soma três conquistas: 1994, 2000 e 2014. O clube rubro-negro ainda tem dois vices: 2001 e 2017.
Com informações do UOL

PSB confia na filiação de Joaquim Barbosa, apesar de resistência interna

Joaquim BarbosaBarbosa voltou a conversar com partido, mas só fecha filiação se for candidato
PSB está confiante em relação à filiação do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, cotado para ser o candidato do partido na eleição presidencial. As conversas já duram meses, com longos momentos de silêncio por parte do ex-ministro da Suprema Corte. Nos últimos dias, porém, Barbosa voltou a conversar com os socialistas.
O movimento ocorreu após descartar a hipótese de ser vice na chapa da ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade), que fez o convite por meio do ex-ministro do Supremo Carlos Ayres Britto.
Nos últimos dias, Barbosa se reuniu em São Paulo com o vice-governador e pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes Márcio França. Esteve também com o governador de Pernambuco Paulo Câmara, em conversa no Rio de Janeiro.
A reaproximação foi mediada pelo deputado Alessandro Molon (RJ), recém filiado ao PSB. O parlamentar é próximo de Barbosa e tem feito o trabalho de articular a ponte dele com o partido, o que reanimou a cúpula do PSB.
A expectativa é de a filiação de ocorrer antes do prazo limite para que possa concorrer ao Palácio do Planalto, o dia 7 de abril, logo após a Páscoa.
Barbosa também voltou a conversar com a bancada do PSB no Congresso e com o presidente da legenda, Carlos Siqueira. “Essa semana voltei de Brasília com o sentimento que temos uma possibilidade crescente dele se filiar ao PSB”, diz o vice-presidente de Relações Governamentais da legenda, o ex-deputado Beto Albuquerque. “Ele (Barbosa) ficou um período sem contato com o partido e mais recentemente voltou a conversar”, afirma.
Albuquerque, contudo, defende que Barbosa passe por um período de adaptação no partido "para ter confiança no discurso que vai fazer" antes de decidirem pela candidatura à Presidência da República. “A ideia é que ele não virá já com a tese decidida de ser candidato. Ele vem para ter um período de adaptação, convivência, de discussão dentro do PSB e tenha um tempo de alguns meses já filiado para decidir se será ou não candidato”, sugere.
Essa hipótese é a que menos agrada ao ex-ministro do STF. Barbosa quer chegar ao partido já como candidato ao Planalto. Caso contrário, ele não se filia. “Chegar para não ser candidato é difícil”, diz uma pessoa próxima a ele.
O impasse foi o tema da conversa com França e Câmara. O presidente da legenda está negociando com o colégio eleitoral socialista para referendar Barbosa na convecção que escolherá seu candidato.
O PSB entende que é importante apresentar candidatura própria nesta eleição, quando outros partidos de esquerda disputarão o Planalto. Caso de PCdoB, com Manuela D'Ávila, e o PDT, com Ciro Gomes. A exposição é vista como necessária para formar um bancada forte no Congresso, o que garante acesso ao fundo partidário.
Por Nivaldo Souza
Com informações da Revista Carta Capital

Temer assume que vai disputar eleição em entrevista à revista Istoé

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O presidente Michel Temer afirmou à revista Istoé que “seria uma covardia não ser candidato” e que pretende defender, ele mesmo, o legado de seu governo e a continuidade das políticas atuais. Na entrevista, publicada na edição deste fim de semana, o emedebista lembrou que todos os demais presidentes tentaram a reeleição. Não repetir esse gesto, segundo ele, poderia passar a imagem de que estava se escondendo e que os demais candidatos se sentiriam livres para “bater” em sua gestão.
“Acho que seria uma covardia não ser candidato. Porque, afinal, se eu tivesse feito um governo destrutivo para o País eu mesmo refletiria que não dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um País que estava quebrado. Literalmente quebrado. Eu me orgulho do que fiz. E eu preciso mostrar o que está sendo feito”, afirmou Temer à Istoé. A entrevista foi feita na quarta-feira passada, 21.
Temer, que disse ter tomado a decisão “de um mês e meio para cá”, avaliou que o ideal seria ter apenas uma candidatura de centro, mas que o cenário que se desenha são de vários nomes. Ele ainda afirmou que o MDB já prepara uma espécie de “Ponte para o Futuro 2”, documento que norteou sua política econômica.
Apesar dos índices baixos de popularidade, o presidente já havia avisado a aliados que disputaria a eleição, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, domingo passado. A informação havia sido antecipada pelo site BR18. Temer avalia que o quadro político mudou com pré-candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM) e aposta na recuperação da economia e na intervenção no Rio para se cacifar. Ele já havia dito nesta semana que sua candidatura “não era improvável”.
Temer tem a seu favor o calendário eleitoral, já que pela legislação ele não precisa deixar o cargo até abril para concorrer – como acontece, por exemplo, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, outro nome cotado para disputa do Planalto.
Inquérito dos Portos
Sobre as acusações que constam no inquérito dos Portos, no qual foi incluído, Temer negou ter relações com a empresa Rodrimar, mas disse que não vai abrir o sigilo bancário antes que essas informações sejam disponibilizados pela própria Justiça – o inquérito não é sigiloso.
Com informações da Revista Istoé

Novo presidente peruano afirma que vai dar um basta à corrupção

Primeiro vice-presidente do Peru, Martín Vizcarra
Novo presidente do Peru, Martín VizcarraREUTERS/Guadalupe Pardo/Arquivo/Direitos Reservados

O novo presidente do Peru, Martín Vizcarra, iniciou seu mandato nesta sexta-feira (23) afirmando que "chegou a hora de dizer basta" à corrupção no país. "A justiça deverá atuar com independência, responsabilidade e rapidez, mas, ao mesmo tempo, o que aconteceu deve marcar o ponto final de uma política de ódio e confronto, de uma política de ódio e confronto que só prejudicou o país", declarou ele depois de assumir o cargo. A informação é da EFE.

O novo mandatário afirmou que os principais objetivos de seu governo serão recuperar a estabilidade, a confiança nas instituições e transformar a educação em um pilar central do desenvolvimento. "Nosso projeto é comandar o país pelo caminho da credibilidade e estabilidade. Manterei o que está funcionando, modificarei o que vai melhorar e resolver o que não está sendo feito até agora", disse.

No discurso solene perante o Congresso, Vizcarra abordou diretamente a questão da corrupção generalizada e das práticas desonestas que marcaram o final da presidência do seu predecessor, Pedro Pablo Kuczynski, assim como a inimizade e a disputa existente entre os poderes do Estado.

"A classe política e os que controlamos cargos temos obrigação de dar resposta às necessidades, reivindicações e aspirações dos peruanos e não nos enredar em brigas que terminam causando um enorme prejuízo ao Peru", acrescentou.

Martín Vizcarra disse querer que seu governo marque um "ponto final" nessa época e que inicie uma "refundação institucional do país onde a democracia e o respeito nacionais sejam bandeiras".
Ele tomou posse hoje como novo presidente do Peru, após o Congresso peruano aceitar a renúncia de Kuczynski, envolvido em uma grave crise política.

O engenheiro e empresário Martín Vizcarra, presta juramento como novo presidente de Peru em 23 março 2018

Vizcarra, que até hoje era primeiro vice-presidente e embaixador peruano no Canadá, recebeu a faixa presidencial e prestou o juramento do cargo, que deverá exercer até 28 de julho de 2021, perante o presidente do Congresso, o fujimorista Luis Galarreta.

Kuczynski renunciou pressionado pelo Congresso, perante evidências, em vídeo e áudio, das tentativas de seus aliados políticos, e de pelo menos um funcionário e um ministro, de comprar o voto de um legislador opositor para impedir a sua destituição (impeachment) por causa dos seus vínculos com a construtora brasileira Odebrecht.

Com informações da Agência Brasil

Andrigo não é mais jogador do Ceará; Inter solicitou o retorno do atleta

Andrigo deixa o Ceará e volta para o Internacional, a pedido do clube gaúcho (Foto: Mauro Jefferson/Cearasc.com )Andrigo deixa o Ceará e volta para o Internacional, a pedido do clube gaúcho (Foto: Mauro Jefferson/Cearasc.com )

O meio-campista Andrigo não é mais jogador do Ceará. O atleta, que era titular absoluto no Vovô, retornará ao clube de origem, o Internacional. Como o salário dele era pago integralmente pelo clube gaúcho, o Colorado poderia levar o atleta a qualquer momento, sem nenhuma compensação financeira. E foi o que aconteceu.

Recentemente, Andrigo foi envolvido em negociação entre Inter e Sport, que levaria o volante Rithely ao time do Rio Grande do Sul. No entanto, os acertos foram interrompidos por conta de uma lesão no atleta. Mas agora, o Inter soliticou formalmente o retorno de Andrigo.

Em sua passagem pelo Vovô, Andrigo marcou seis gols em 16 partidas. Desses 16, foram 12 como titular e quatro como reserva.

O Ceará volta a campo neste domingo (25), contra o Uniclinic, no primeiro jogo das semifinais do Campeonato Cearense. A partida começa às 16 horas, no Estádio Presidente Vargas.

Por GloboEsporte.com, Fortaleza, CE

Autor de gol, Valdeci lamenta eliminação do Ferrão: "Difícil explicar"

Valdeci, atacante do Ferroviário (Foto: Roberto Leite)Valdeci, atacante do Ferroviário (Foto: Roberto Leite)

O Ferroviário perdeu para o Fortaleza nesta quinta-feira e foi eliminado do Cearense. Valdeci, que marcou o único gol do Ferrão, lamentou pelo resultado. Agora, o time foca na Copa do Brasil, em que vai enfrentar o Atlético-MG.

- A equipe toda procurou fazer uma boa partida. Difícil explicar, mas independente de qualquer coisa, a gente sai com a cabeça erguida - afirmou Valdeci.

Já o volante Mazinho também comentou sobre o resultado. Para ele, o time errou ao não fazer uma boa segunda fase. Foram somente dois pontos somados em cinco jogos, com 13,3% de aproveitamento na segunda parte do estadual.

- Deixamos a desejar no segunda fase. Não foi esse jogo que deixou a gente de fora. Agora é levantar a cabeça que temos a Copa do Brasil - finalizou.

Por GlobEsporte.com, Fortaleza, CE

Justiça autoriza empresa a comercializar Aedes aegypti modificado

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Uma liminar da 20ª Vara da Justiça Federal em Brasília liberou a comercialização de insetos Aedes aegypti geneticamente modificados. A Anvisa vinha analisando a regulação do Organismo Geneticamente Modificado (OGM) OX513A, mas a análise foi suspensa pela ordem judicial. O OX513A é produzido pela empresa Oxitec.

A ação foi movida pela Oxitec contra a Anvisa. No pedido, a empresa argumentou que a agência não tem competência para a regulação comercial do mosquito, uma vez que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) declarou, em 2014, a inexistência de perigo para a saúde humana, animal ou ambiental em sua circulação. Na decisão, o juiz federal Renato Borelli afirmou que “a CNTBio possui competência para emitir decisão técnica sobre a biossegurança de OGM” e que “tal decisão vincula os demais órgãos e entidades da administração”. A Anvisa, conforme o magistrado, “deveria ter observado a decisão técnica da CNTBio e promovido o registro do produto”.

“A documentação trazida aos autos dá conta de processo administrativo que se desenrola desde 2014 e que discutiu até o momento, basicamente, a competência da Anvisa para análise do feito, reclamando a situação intervenção judicial em face dos danos causados ao livre exercício da atividade profissional. Diante do exposto, defiro a tutela de urgência para que seja determinado à Anvisa que suspenda o processo administrativo de registro e autorização de comercialização do Organismo Geneticamente Modificado – OGM OX 513A, ficando autorizada a comercialização do produto pela parte autora, até nova ordem judicial”, diz a decisão.

Os insetos geneticamente modificados são sempre machos e, ao copularem com as fêmeas, transmitem um gene que impede que seus descendentes cheguem à fase adulta. A empresa, que já produz os insetos em fábricas instaladas no Brasil, espera utilizá-los para reduzir a população selvagem do Aedes transmissor do vírus causador da dengue, zika e chickungunya.

Segundo informações oficiais da Oxitec, mosquitos foram liberados em cinco locais, incluindo as cidades brasileiras de Juazeiro (BA), Jacobina (BA) e Piracicaba (SP), obtendo, como resultado, redução da população de Aedes aegypti selvagem de 82% a 99% em algumas áreas afetadas.

O juiz federal Renato Borelli escreveu na decisão que “diligenciando por meio de pesquisa à rede mundial de computadores, acessei diversas publicações que mencionam o sucesso da liberação planejada dos mosquitos transgênicos na cidade de Piracicaba. Ainda, não encontrei menção à ocorrência de danos, como já previa o parecer do CTNBio acerca do assunto”.

Procurada pela Agência Brasil, a Anvisa informou que ainda não foi notificada da referida decisão e que, assim que isso ocorrer, analisará as medidas judiciais cabíveis. A questão vem sendo analisado pela agência desde 2014. A expectativa, conforme nota divulgada em 2016, era de regularizar a utilização desse mosquito em pesquisas no território nacional que produzam as evidências científicas necessárias sobre sua segurança e eficácia e, só então, avaliar a concessão do registro dos produtos.

Precaução

A liberação da comercialização foi criticada pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Segundo a professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (UPE), pesquisadora aposentada da Fiocruz e membro do Grupo de Trabalho Saúde e Ambiente da Abrasco, Lia Giraldo da Silva Augusto, “essa liberação não tem sustentação técnico-cientifica”.

Ela afirma que “não existem estudos de campo suficientes para garantir a segurança dessa tecnologia. E, além disso, você tem uso de antibióticos na própria produção do mosquito transgênico. Então, não há como dizer que há riscos prováveis à saúde, mas a empresa também não tem como dizer que eles existem. Deveria ser considerado o princípio da precaução”.

A pesquisadora integrava a CNTBio nos anos de 2016 e 2017 e participou da elaboração de nota técnica da Abrasco que criticou a liberação de testes sem estudos que assegurassem proteção e efetividade. A organização apontou que a análise se deu sem dados suficientes, com ausência de dispositivo de biossegurança e de forma rápida.

Além desses problemas, Lia Giraldo destaca que a tecnologia mantém o foco no combate ao mosquito, ao passo “se você for verificar, toda a problemática das arboviroses está relacionada com as questões ambientais, por questões de organização e falta de estrutura, como saneamento básico. Nós temos um descontrole da população de aedes por questões ambientais. O que se vem fazendo é focar no mosquito e não nas condições que propiciam a propagação do mosquito”, criticou.

Com informações da Agência Brasil

China diz não temer guerra comercial com os EUA e promete retaliações

Contêineres em um terminal do porto de XangaiContêineres em um terminal do porto de Xangai  REUTERS

China deu duas mensagens claras nos últimos dias diante da iminente imposição de tarifas a seus produtos por parte dos Estados Unidos. A primeira, que abrirá sua economia a setores agora proibidos e aumentará a proteção dos direitos de propriedade intelectual se houver diálogo. A segunda, que não teme uma guerra comercial e responderá se os Estados Unidos agirem unilateralmente. Com Trumpdisposto a taxar um amplo pacote de importações chinesas, Pequim se instalou nessa segunda opção e anunciou sua intenção de tributar vários produtos agrícolas e siderúrgicos norte-americanos.
O primeiro pacote provisório que está sendo preparado pelas autoridades chinesas inclui 128 produtos cujas importações são avaliadas em 3 bilhões de dólares (cerca de 9,94 bilhões de reais), montante semelhante aos danos que serão causados pelas tarifas que a administração Trump impôs sobre o aço e o alumínio chinês e que entram em vigor nesta sexta feira. Frutas frescas, frutas secas, vinho e tubos de aço serão taxados em 15%, enquanto a carne de porco e o alumínio reciclado terão uma taxa de 25%. A medida será efetivada, de acordo com o Ministério do Comércio, “se não houver acordo entre as duas partes dentro do prazo específico” determinado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), um período em que a China quer ganhar tempo para negociar.
A China evitou adotar medidas mais contundentes à espera de conhecer em detalhes a elevação das taxas anunciada por Trump na quinta-feira – que afetará importações no valor de 60 bilhões de dólares – porque ainda não se sabe sobre quais produtos incidirá. Mas alertou que os Estados Unidos “criaram um precedente muito ruim” e que não hesitará em defender seus interesses legítimos. “A China não quer uma guerra comercial, mas tampouco a teme. Temos confiança e somos capazes de lidar com qualquer desafio. Esperamos que os Estados Unidos recuem antes que seja tarde demais, que aja com prudência e não leve as relações econômicas e comerciais a uma zona de perigo”, disse o Ministério do Comércio em um comunicado.
Apesar de a ação de Trump ser o maior desafio protecionista de seu mandato, os especialistas concordam que sozinha não fará balançar a economia chinesa nem reduzirá o déficit comercial dos EUA com o gigante asiático, de 375 bilhões de dólares. A consultoria Capital Economics estima o dano em no máximo um décimo do crescimento do PIB do país, que cresceu 6,9% em 2017. “Há dez anos um movimento desse calibre teria sido muito mais prejudicial à China, porque sua economia dependia muitíssimo das exportações, mas essa circunstância mudou”, explica Xu Bin, professor de Economia e Finanças do CEIBS.
A questão é se esse jogo de toma lá dá cá entre as duas maiores economias do mundo – ninguém duvida de que a China tomará medidas depois de conhecer os detalhes dessa última rodada de tarifas – levará a um conflito comercial constante e duradouro se for parte de uma estratégia dos EUA para negociar acordos que permitam reduzir a enorme disparidade comercial entre os dois países, ou simplesmente uma forma de Trump satisfazer seus eleitores antes das eleições no fim do ano.
A seleção dos produtos afetados pelas novas tarifas em ambos os lados será fundamental nesse sentido e provavelmente forçará as negociações. Washington tentará escolher os produtos que têm menos impacto no bolso do consumidor ou na cadeia de suprimentos de suas empresas, algo particularmente difícil devido à natureza das exportações chinesas para os Estados Unidos. A China, segundo os especialistas, provavelmente se concentrará primeiro em produtos agrícolas e bens intermediários que afetam especialmente as regiões em que Trump teve grande votação.
A soja, por exemplo, figura entre os primeiros produtos nas apostas relativas às represálias que Pequim poderia adotar. As importações chinesas de soja dos EUA no ano passado atingiram 12,4 bilhões de dólares – um terço do total exportado – e nesta semana a imprensa oficial chinesa apoiou um futuro imposto sobre esse grão ao acusar os produtores norte-americanos de concorrência desleal. “É muito provável que a China se assegure de que os eleitores de Trump vejam que é seu líder, e não a China, que dificulta suas vidas”, diz Xu.

FORTES PERDAS NOS MERCADOS ASIÁTICOS

O medo de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo atingiu com força os mercados da região. Tóquio fechou o dia com uma queda de 4,5%, Xangai de 3,4% e Hong Kong de 2,5%. As perdas atingiram praticamente todos os setores com a perspectiva de a China reagir com medidas equivalentes ao anúncio de Trump de impor tarifas a centenas de importações procedentes do gigante asiático.
Valores como o ouro e o iene, considerados refúgio, se valorizaram. A moeda japonesa atingiu seu maior valor em relação ao dólar desde novembro de 2016.

Por Xavier Fontdeglória
Com informações do Jornal El País

Três empresários são presos em operação do MPCE que investiga fraudes em licitações no Ceará

Suspeitos criavam empresas de fachada para vencer licitações. Quatro carros foram apreendidos. (Foto: Ascom/MPCE)Suspeitos criavam empresas de fachada para vencer licitações. Quatro carros foram apreendidos. (Foto: Ascom/MPCE)

Três empresários foram presos nesta sexta-feira (23) na segunda fase da operação "Cascalho do Mar", que investiga crimes contra a administração pública em prefeituras cearenses. Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), os três homens foram presos por suspeita de fraudes em licitações, e um quarto envolvido foi detido no mesmo imóvel por posse ilegal de arma de fogo.

Os promotores de Justiça da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) iniciaram o cumprimento dos mandados judiciais às 6h, com apoio da Polícia Civil. Além das prisões, os agentes apreenderam quatro veículos, relógios, documentos, CPU e pendrives. Os alvos principais foram os empresários e procuradores das firmas investigados durante a operação.

Conforme o MPCE, os suspeitos tinham relação com empresas investigadas por supostas fraudes em licitações em diversos municípios do Ceará, desde 2011. Essas empresas venciam os processos licitatórios para prestar serviços de locação de veículos, locação de pessoal, merenda escolar, transporte escolar e coleta de resíduos sólidos nos municípios.
Relógios de luxo também foram apreendidos com os suspeitos.  (Foto: Ascom/MPCE)
Relógios de luxo também foram apreendidos com os suspeitos. (Foto: Ascom/MPCE)

Empresas de fachada
Os envolvidos são de uma mesma família e criavam diversas empresas de fachada. "Eles criavam várias empresas, ora como proprietários ora como procuradores, e usavam 'laranjas' para omitir seus nomes na razão social de algumas firmas. O objetivo era fraudar licitações em prefeituras cearenses", informou o MPCE, em nota.

Segundo a Procap, muitas empresas não tinham patrimônio próprio nem funcionários. Os empregados só eram contratados após a conquista das licitações. Os servidores eram indicados por vereadores e lideranças políticas dos municípios investigados, conforme o órgão.

Um dos alvos da operação foi uma empresa que não tinha nem sede própria. Os promotores de Justiça foram ao endereço informado e localizaram apenas um beco no Bairro Joaquim Távora.

Primeira fase
Em dezembro de 2017, o MPCE realizou a primeira etapa da "Operação Cascalho do Mar". Os mandados da primeira fase foram cumpridos em Paracuru, Fortaleza, Tauá, Eusébio, Caucaia e Groaíras.

O prefeito de Paracuru, José Ribamar Barroso Batista, chegou a ser preso por porte ilegal de arma. O filho do prefeito e dois empresários foram presos suspeitos de envolvimento no esquema ilegal.

A chefe do gabinete de Paracuru, que é filha do prefeito, também foi presa temporariamente na primeira fase, além da secretária de governo, e de outro empresário investigado, segundo o MPCE. O órgão disse que a secretária e o empresário já foram liberados.

Com informações do G1 CE

Opas pede a países das Américas que vacinem todos contra o sarampo

A OMS destaca que o o índice de imunização da segunda dose da vacina contra o sarampo na Europa é de menos de 95%.
A Opas está recomendando o reforço da vacinação contra o sarampo nas Américas OMS/ONU/Arquivo

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), está alertando os países das Américas a redobrar os esforços para vacinar suas populações contra o sarampo. Reforçar a vigilância para detectar possíveis pacientes e implementar medidas para responder com rapidez a casos suspeitos também são essenciais. A informação é da ONU News

O alerta da Opas acontece após a confirmação de casos de sarampo em nove países das Américas. Somente a Venezuela teve mais de 885 casos, sendo 159 apenas este ano. Segundo a agência da ONU, 14 pessoas foram confirmadas com sarampo no Brasil e 13 nos Estados Unidos. Casos foram registrados também no Canadá, no México e no Peru.

O sarampo foi declarado eliminado das Américas em 2016, sendo que a região foi a primeira do mundo a eliminar o sarampo, a rubéola e a síndrome da rubéola congênita, graças a 22 anos de campanhas de vacinação em massa contra as três doenças.

Entretanto, devido aos novos casos de sarampo, que é altamente contagioso, a Opas está pedindo novamente para que as duas doses da vacina MMR sejam aplicadas na população de todos os municípios das Américas.

Sintomas

O sarampo, uma das doenças mais contagiosas, afeta principalmente crianças. É transmitido pelo ar e pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Entre os sintomas, estão febre alta e manchas avermelhadas pelo corpo, podendo causar sérias complicações como cegueira, encefalite, diarreia severa, infecções de ouvido e pneumonia.

No Brasil

O governo brasileiro pediu anteontem (21) ajuda ao presidente da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, para alterar o acordo assinado entre membros da Opas, para conseguir obrigar venezuelanos a tomar vacinas ao entrar em território brasileiro. A informação foi dada em Brasília pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, em evento na Câmara dos Deputados.

O pedido foi feito em razão do grande número de casos de sarampo que têm sido notificados em Roraima, a partir da vinda de venezuelanos para o Brasil. Segundo o ministro, o Brasil já registrou óbitos e tem 100 casos de sarampo notificados, três deles em brasileiros.

Com informações da Agência Brasil

Trump atinge China com aumentos tarifários de 200 bilhões de reais

Donald Trump, na Casa Branca.Donald Trump, na Casa Branca.  AP
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abriu na quinta-feira a mãe de todas as guerras comerciais. Em um gesto carregado de pólvora nacionalista, o mandatário ordenou impor ao gigante asiático aumentos tarifários a suas importações no valor de 60 bilhões de dólares (200 bilhões de reais), limitar investimentos e preparar um pacote de sanções para impedir o “roubo de tecnologia e as práticas predatórias” de Pequim. O motivo, além do déficit comercial de 375 bilhões de dólares (1,25 trilhão de reais) [45% do total], foi a constatação pela Casa Branca de que a China usa suas empresas como ponta de lança de sua “expansão política e militar”.
O grande combate começou. No cenário se desenha uma longa e desgastante disputa entre as duas superpotências. Consciente disso, a Casa Branca diminuiu a tensão com seus aliados e suspendeu durante um mês à Europa, Brasil e Argentina o controverso aumento tarifário do aço e alumínio (33 bilhões de dólares — 110 bilhões de reais). Com esse movimento assegura um descanso na frente ocidental e pode lançar-se ao grande objetivo.
China é seu pesadelo desde os tempos de candidato. Não só causa a maior parte do déficit comercial dos EUA como seus avanços são vistos pelo presidente como uma ameaça direta aos interesses geoestratégicos dos EUA. Objetivo habitual de seus ataques de campanha, já no poder Trump moderou suas ameaças procurando uma aliança com Pequim para combater a escalada armamentista da Coreia do Norte. A China, que absorve 90% das exportações norte-coreanas, deu seu apoio. A pressão combinada de Washington e Pequim causou um sucesso aparente: que Pyongyang oferecesse um diálogo direto e colocasse a desnuclearização sobre a mesa.
Atingido esse objetivo e apesar de sua enorme fragilidade, o presidente dos EUA voltou ao seu discurso original. O núcleo da ofensiva é a investigação que Trump ordenou em agosto ao Departamento de Comércio sobre as práticas chinesas. Suas conclusões, base da subida tarifária e das futuras sanções, se ajustam perfeitamente à visão do presidente e de seu gabinete.
Pequim não joga em pé de igualdade. Taxa excessivamente as empresas norte-americanas, as obriga a compartilhar seus segredos para entrar em seu mercado e força a transferência tecnológica. Ao mesmo tempo, usa fundos públicos para comprar empresas de futuro e rouba patentes através da ciberinvasão. E tudo isso sob um plano pré-concebido: obter o controle da tecnologia, pela robótica, a inteligência artificial e a computação quântica, para chegar a uma posição de domínio mundial. “Não quer o comércio justo. Usa suas empresas como parte de sua política, incluindo a militar”, afirmou um funcionário de alto escalão da Casa Branca.
“Durante anos tentamos dialogar com a China, Bush e Obama o fizeram, mas o problema é que não levou a nada e essa perda de tempo custa dinheiro aos americanos. Por isso Trump decidiu dar esse passo. Os Estados Unidossimplesmente se defendem de uma agressão. Mas que todos tenham claro, isso não beneficia só o país e sim todo o comércio mundial”, finalizou.
Por Jan Martínez Ahrens
Com informações do Jornal El País

América Latina crescerá em média 2,6% entre 2018 e 2020, diz BID

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A América Latina e o Caribe crescerão em média 2,6% entre 2018 e 2020, abaixo do crescimento global, devido aos baixos níveis de investimento e produtividade, indicou nesta sexta-feira (23 o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ao apresentar seu relatório macroeconômico. A informação é da EFE.

Embora a América Latina vá voltar a crescer após dois anos de recessão, o fará a um ritmo muito mais baixo do que o de outras regiões, como a Ásia e a Europa emergente, que projetam um crescimento de 6,5% e 3,7%, respectivamente, nesse mesmo período, diz o banco.

Expansão desigual

A expansão latino-americana, no entanto, é desigual: espera-se que o Cone Sul (excluindo o Brasil) apresente um índice de crescimento de 2,9% entre 2018 e 2020, que o México cresça 2,7% nesse triênio e que o Brasil avance 2%.

"A boa notícia é que a maior parte da região voltou a crescer", disse José Juan Ruiz, economista-chefe do BID, ao informar a primeira parte do relatório no marco da assembleia anual da organização, realizada esta semana em Mendoza (Argentina).

Ruiz apontou contudo que "o crescimento não é suficientemente veloz para satisfazer as demandas da crescente classe média" e ressaltou que "o maior desafio é aumentar os níveis e a eficiência dos investimentos para que a região se torne mais produtiva, cresça de maneira mais veloz e estável e resguarde a região de 'choques' externos".

A reunião anual da instituição financeira pan-americana, que se estenderá até o próximo domingo, conta com a presença de centenas de líderes econômicos e políticos da região.

Com informações da Agência Brasil

Com nomeação de ultraconservador, Trump coroa sua guinada à direita

John Bolton (à esquerda) e H.R. McMaster
John Bolton (à esquerda) e H.R. McMaster REUTERS

Os expurgos continuam. O presidente Donald Trumpdemitiu o assessor de Segurança Nacional, general Herbert Raymond McMaster, e o substituiu por John Bolton, um falcão da era Bush. O anúncio, a dois meses das negociações diretas com a Coreia do Norte, completa a vertiginosa crise de Governo que começou em meados do mês com a saída do assessor econômico Gary Cohn e a demissão fulminante do secretário de Estado, Rex Tillerson. Os três formavam a ala moderada da Casa Branca e eram o principal freio à política ultranacionalista de Trump. Com o afastamento do trio, o presidente agora tem mãos livres para realizar seu programa mais radical.
A saída do tenente-general McMaster era dada como certa. Incapaz de segurar a língua, esse antigo herói de guerra era uma voz respeitada dentro e fora da Casa Branca, mas se indispôs desde o início com Trump, que o achava muito rebuscado e distante de suas propostas mais radicais. Apenas a admiração que o presidente sente em relação aos militares de alta patente e com experiência no campo de batalha deteve seus impulsos e, finalmente, lhe proporcionou uma saída suave comparada com a sofrida por Tillerson, demitido sem aviso prévio por um tuíte humilhante.
Casa Brancaafirmou que a saída de McMaster, a segunda de um assessor de Segurança Nacional em 14 meses, foi feita de comum acordo com o presidente. Mas não especificou qual será seu futuro. O general também não esclareceu, embora tenha adiantado que também abandona a carreira militar. “Depois de 35 anos de serviço à nossa nação, pedi minha exoneração do exército”, disse em um comunicado fornecido pela Casa Branca.
“H.R. McMaster venceu muitas batalhas e ajudou a desenvolver nossa estratégia de segurança, revitalizar nossas alianças no Oriente Médio e levar a Coreia do Norte à mesa de negociações”, disse o presidente.
O substituto de McMaster se encaixa na nova agenda de Trump. Em um ano de eleições legislativas, o presidente quer dar uma guinada à direita e levar adiante sua grande aposta nacionalista. O fim do multilateralismo, as guerras comerciais, a ruptura de tratados como o do Irã e o uso de ameaças militares compõem esse programa.
Ex-embaixador na ONU no mandato de George W. Bush, Bolton é conhecido por suas teses extremas em política internacional. Alinhado com o diretor da CIA e futuro secretário de Estado, Mike Pompeo, o novo assessor de Segurança Nacional exigiu a saída do acordo com o Irã e não descarta, por exemplo, a intervenção militar na Coreia do Norte. Um fator de enorme relevância nas conversas cara a cara que Trump aceitou em manter em maio com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un.
Eliminados McMaster, Tillerson e Cohn, o último sobrevivente da ala moderada é o secretário de Defesa, o tenente-general Jim Mattis. Protegido por seu prestígio, Trump não teria ousado demiti-lo. Mas ficou em minoria em um Executivo controlado pelos falcões e no qual a liderança é de Mike Pompeo, de quem se espera que seu primeiro gesto depois de assumir a Secretaria de Estado seja a saída do acordo nuclear com o Irã.
A crise também permitiu a ascensão do conservador e televisivo Larry Kudlow, em substituição a Cohn, e o retorno à arena do assessor Comercial, Peter Navarro, um ultranacionalista que incentiva a guerra tarifária contra a China e defende a ruptura do Tratado de Livre Comércio com a América do Norte.
Por Jan Martínez Ahrens
Com informações do Jornal El País