13 de dezembro de 2017

Pesquisador identifica mais de 400 substâncias secretadas da cabeça do pirarucu

Um importante passo no caminho da domesticação do pirarucu (Arapaima gigas), o maior dos peixes nativos do Brasil, foi dado pelo pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO), Lucas Simon Torati: a descoberta de hormônios, proteínas, peptídeos e prováveis feromônios no líquido secretado pela cabeça de animais adultos. O cientista analisa a hipótese de que os alevinos devem se beneficiar diretamente dessa secreção, por causa da sua composição bioquímica. A pesquisa identificou mais de 400 proteínas secretadas pelo peixe. A descoberta foi publicada na revista científica Plos One.
Em sua tese de doutorado defendida na University of Stirling, na Escócia, Torati conseguiu demonstrar que essa secreção contém esteroides sexuais possivelmente usados como feromônios, os hormônios que servem para provocar atração para o acasalamento. O cientista observou que sempre que o nível desses hormônios estava alto no sangue, também se elevava na secreção da cabeça. Tal revelação, inédita nos meios científicos, comprovou o caráter singular do pirarucu. Em geral, os peixes liberam os feromônios pelo sêmen ou pela urina, mas em nenhuma outra espécie foi identificada a sua presença no líquido da cabeça.
A pesquisa também constatou que o muco possui proteínas que podem beneficiar os alevinos, o que seria uma das causas que justificaria a presença constante de filhotes no topo da cabeça do peixe. “Nessa região há cavidades que, quando apertadas, liberam uma espécie de leite pelos poros. Começaram a surgir diversas hipóteses, como a de que os alevinos se alimentam desse líquido, uma espécie de lactação. Filhotes de acará-disco comem o muco da cabeça dos pais, mas não há muitos dados validando essa hipótese no caso do pirarucu”, conta Torati. “Inclusive não há nem uma terminologia científica para se referir a essa secreção que o peixe libera pela cabeça”, comenta.
Grande parte da pesquisa foi conduzida em colaboração com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) do Ministério da Integração Nacional, que mantém um centro de pesquisas em aquicultura no município cearense de Pentecoste, a 85 quilômetros de Fortaleza. A parceria permitiu que o cientista monitorasse esteroides sexuais de 20 casais.
Pesquisador Lucas Toratti fala sobre as substâncias secretadas pelo pirarucu e suas prováveis funções

Proteínas para o sistema imunológico

A pesquisa também avançou no estudo da relação da secreção com o cuidado parental, tratado no artigo científico da Plos One. Pela primeira vez, foi identificada a presença de proteínas e peptídeos nesse muco, o que, segundo Lucas Torati, apesar de sua reduzida quantidade, poderia beneficiar os alevinos, na medida em que há diversas proteínas do sistema imunológico do pirarucu adulto. Essa seria uma das causas de os filhotes ficarem próximos à cabeça do macho. “A composição da secreção poderia beneficiar o sistema imunológico dos alevinos. Outra razão de eles estarem sempre na cabeça do macho é para serem protegidos. O maior predador dos filhotes são as aves, e quando o pirarucu está fazendo cuidado parental, a cabeça do pai fica mais escura, camuflando sua cria”, destaca Torati.
Os estudos também identificaram a presença de prolactina na secreção, que em outras espécies está ligada ao cuidado dos pais com sua prole. Na tilápia (Oreochromis niloticus), por exemplo, o aumento desse hormônio está relacionado à elevação do muco do qual os alevinos se alimentam. “No caso do pirarucu não sabemos se isso ocorre com a secreção da cabeça, mas agora pelo menos conseguimos levantar essa hipótese a partir da nossa descoberta”, comenta o pesquisador
A caracterização da diversidade genética em populações naturais também foi alvo de pesquisas. Para isso, foram utilizadas ferramentas de sequenciamento de nova geração. Torati explica que, dependendo do lugar onde vive o pirarucu, sua diversidade genética muda. “Observamos que populações do Rio Amazonas e do Solimões possuem uma diversidade genética muito maior do que a do Rio Araguaia. E a região de Tucuruí, que está no meio dessas duas bacias, apresenta diversidade genética intermediária”, relata.
O estudo foi consistiu de sequenciamento de DNA. Os marcadores gerados a partir do genoma foram usados para entender a variação genética de populações do Tucuruí, Araguaia, Amazonas, Solimões e de uma população de cativeiro. Com isso, foi possível caracterizar esses estoques e os marcadores moleculares gerados, do tipo SNP, terão utilidade futura na identificação de reprodutores e caracterização de sua diversidade genética.

Gigante misterioso

O pirarucu é um peixe amazônico cheio de mistérios. Tema de lendas indígenas e sustento de populações ribeirinhas da região Norte, a espécie, ameaçada de extinção, ainda gera muitas dúvidas na sua morfologia, fisiologia e reprodução.
Originário das bacias do Amazonas, Tocantins-Araguaia e de Essequibo, na Guiana Francesa, o pirarucu (Arapaima gigas) é o maior peixe de escamas de água doce do planeta, com rápido ganho de peso, chegando a 250 quilos e três metros.
Segundo relatos indígenas, o macho e a fêmea liberam uma espécie de leite na cabeça no período de cuidado parental com os filhotes. O pesquisador da Embrapa identificou apenas uma secreção aquosa translúcida. “Sempre ouvi relatos de que ela é leitosa e branca, porém, nas amostras que coletei, ela se apresentou como aquosa e mucosa. É como se fosse uma água mais viscosa”, detalha o pesquisador.
“Certa vez fomos fazer um dia de campo em Manaus (AM) e, na ocasião, eu perguntei para alguns indígenas, que passam o dia inteiro na canoa vendo pirarucu, sobre o que eles achavam dessa secreção. Eles me atestaram que era um leite que você vê saindo na água”.

Por Elisângela Santos 

Com informações da Embrapa

Magno Alves desabafa e cobra definição da diretoria do Ceará: "Sejam objetivos. Tomem uma decisão"


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Magno Alves não tem papas na língua. Insatisfeito com a demora pela definição sobre sua permanência no Ceará, o atacante foi categórico ao falar sobre o imbróglio em torno do seu futuro no Alvinegro: exige uma definição o quanto antes da diretoria. Em recado claro, desabafou: "Ou quer, ou não quer. Interssa ou não interessa. Sou sincero e transparente. Sejam objetivos e tomem uma decisão", afirmou o jogador, em entrevista nesta terça-feira (12) ao programa Trem Bala da TVC e da TV O POVO. 

O atleta admitiu ainda um desapontamento também com a forma como o seu futuro vem sendo conduzido em Porangabuçu.

BATE-REBATE
Ao comentar uma declaração do presidente do Ceará, Robinson de Castro, que citou a pouca quantidade de jogos que o atleta disputou nas últimas temporadas, Magno afirmou que os números falam por si sós. "Não entendo esse argumento dele. É meio controverso. Como é que o jogador atuou pouco e mesmo assim foi o artilheiro do time na temporada (marcou 10 gols no ano). Temos que respeitar as opiniões, mas contra fatos não há argumentos", disparou. 

Outra mágoa que o atacante deixou no ar foi em relação ao fato de ter, por diversas partidas ao longo da Série B, ter fico fora até da lista de relacionados. "Uma coisa é não jogar (ser titular). Eu entendo. Mas nem ser relacionado é outra coisa.. Acho que foram 23 partidas sem jogar e não tive nenhuma lesão", reforçou o ídolo alvinegro, 6º maior goleador da história do Vovô. 

Apesar de todo o descontentamento com a situação atual, ele garantiu que está disposto a seguir jogando pelo Ceará. E descarta, pelo menos até definir sua situação com o Vovô, vestir qualquer outra camisa que não seja a do Alvinegro. Caso haja acordo para renovação, ele revelou que não toparia prolongar o vínculo apenas até o final do Campeonato Cearense, em maio. Até por ter planos de seguir jogando por bom tempo ainda. "Na minha mente, planejo jogar por mais dois anos. Não tenho histórico de lesões, nunca fiz cirurgia", ressaltou o atacante, de 41 anos. 

O contrato de Magno Alves com o Ceará chega ao fim em 31 de dezembro de 2017. Este ano, atuando pelo clube, o jogador participou de 41 partidas. Foi titular no Estadual, mas acabou parando na reserva em grande parte da campanha do acesso para a Série A do Brasileiro.

Por Bruno Balacó
Com informações do Jornal O Povo

Fortaleza acerta a contratação do centroavante Gustavo

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Gustavo, centroavante, 23 anos, com passagens pelo Goiás, Bahia, Corinthians e Criciúma, acerta com Fortaleza para disputas da temporada 2018
O Fortaleza Esporte Clube acerta, com o Corinthians, a contratação do centroavante Gustavo, de 23 anos, 1,89cm. 

Gustavo Henrique da Silva Sousa disputou campeonato brasileiro da série B pelo Goiás, atuando em 12 oportunidades, atleta também atuou pelo Bahia e Criciúma. Pelo time catarinense, na temporada de 2016, foi destaque, sendo artilheiro da equipe marcando 18 gols pelo brasileiro da série – B e foi vice-artilheiro do campeonato baiano em 2017. 

Derley (volante), Edinho (meia), João Henrique (meia), Léo Natel (atacante) e Roger Carvalho (zagueiro), foram os atletas já oficializados pelo Fortaleza. 

Ficha Técnica: 

Nome: Gustavo Henrique da Silva Sousa 
Posição: Centroavante 
Idade: 23 anos 
Altura: 1,89cm 
Peso: 76kg 
Clubes:. Goiás, Bahia, Corinthians, Criciúma, Atlético Tubarão, Taboão da Serra.