23 de abril de 2017

“Não vamos ceder mais”, diz Maia sobre reforma da Previdência

Fechado com Temer, Rodrigo Maia diz que alterar mais a reforma da Previdência seria demagogia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o governo não vai ceder mais na reforma da Previdência. Em entrevista ao Broadcast Político, do Estadão, Maia reconheceu que o governo não tem hoje os 308 votos necessários para aprovação da proposta de emenda constitucional na Câmara, em dois turnos. Mas, segundo ele, esse número será alcançado até a data da votação em plenário, em dia a ser definido em maio.
O deputado disse que o texto do relator, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), não será modificado mais, como querem servidores públicos e outras categorias. “Não haverá mais mudança no texto do relator. Não vamos mais ceder. Vamos com esse texto para ganhar ou perder”, disse ao repórter Igor Gadelha. “Qualquer novo recuo é demagógico e irresponsável”, emendou.
Segundo ele, atender aos apelos de servidores públicos e outras categorias significa expor os brasileiros à situação vivida pelo funcionalismo e pelos aposentados e pensionistas do Rio de Janeiro, que convivem com atrasos e parcelamentos devido à péssima situação financeira do estado. “Temos responsabilidade com o Brasil e com as futuras gerações. Quebraram o Brasil. Não queremos que os aposentados do INSS e servidores federais passem pelo drama dos servidores do Estado do Rio”, afirmou.
O presidente Michel Temer convocou ministros e parlamentares aliados para encontro esta noite no Palácio do Jaburu para discutir estratégias para a votação da reforma da Previdência. Veja a entrevista de Maia ao Broadcast Político
Como mostrou o Radar da Previdência, da  Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), o governo terá de convencer parlamentares a mudarem de voto para aprovar a proposta relatada por Arthur Oliveira Maia. Foram ouvidos 387 dos 513 deputados. Saiba quais deputados já divulgaram seus votos Somando-se os parlamentares ainda não abordados, os indecisos, os que não quiseram opinar e os que declararam voto favorável, a conta chega a 287 parlamentares – ou seja, 21 a menos que o exigido para a aprovação de uma emenda constitucional.
Mudanças negociadas
Arthur Oliveira Maia alterou diversos pontos da versão original apresentada pelo Planalto, em dezembro do ano passado. Prevendo uma derrota por conta da polêmica gerada em pontos como a idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres, o relator, em acordo com o governo, fixou a idade mínima de aposentadoria para mulheres em 62 anos e não mais em 65, como havia anunciado. Os homens, porém, só poderão requerer aposentadoria após os 65 anos. A discussão do relatório dele será feita esta semana. Já a votação está prevista para 2 de maio.
Pelo texto proposto, o período de transição será de 20 anos, com aumento progressivo, começando em 53 para mulheres e 55 anos para homens. Com a mudança anunciada pelo relator, a regra de transição para as mulheres acaba em 2036, um prazo menor do que o estabelecido para os homens, em 2038.
A contribuição mínima para ter acesso ao benefício, que atualmente é de 15 anos, manteve a proposta do governo com elevação para 25 anos. Esse também é um dos pontos questionados pela oposição. Neste contexto, o beneficiário que se aposentar com 25 anos de contribuição, receberá 70% da média do salário e não mais os 51% propostos no texto original do Planalto. Após 25 anos de contribuição, cada ano será contado a mais, possibilitando a obtenção de 100% da média aos 40 anos de contribuição e não aos 49 como antes.
O texto preliminar de Arthur Maia também elimina as idades mínimas para que um trabalhador possa entrar na transição da reforma. E o pedágio, ou o período a mais que o trabalhador terá de cumprir para manter parte das regras atuais, cai de 50% para 30% do tempo de contribuição que falta para a aposentadoria. Hoje, esse tempo é de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres.
Pela proposta do relator, os trabalhadores rurais terão idade mínima menor, de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres, com 15 anos de tempo de contribuição. O texto original não fazia essa distinção: todos teriam de se submeter à idade mínima de 65 anos. E a alíquota individual de contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), segundo o relatório de Arthur Oliveira Maia, deverá ser de 5% sobre um salário mínimo. Hoje, os trabalhadores rurais contribuem pela produção vendida.

Com informações do Congresso em Foco

Ídolo da Jovem Guarda, cantor Jerry Adriani morre aos 70 anos

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O cantor Jerry Adriani, ídolo da Jovem Guarda, morreu na tarde deste domingo (23) aos 70 anos. Ele lutava contra um câncer e estava internado no hospital Vitória, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro), desde o início de abril em decorrência de uma trombose na perna direita.
Ainda não há informações sobre o horário e o local do velório de Adriani. Segundo o site oficial do cantor, ele tinha 11 shows agendados até dezembro. O próximo seria na sexta (28) em em evento fechado em Campinas.
Na segunda (10), a família do cantor divulgou um comunicado pedindo apoio dos fãs. "Independentemente de seus credos, solicitem força e pronto restabelecimento ao querido amigo e cantor", escreveram.
O cantor foi internado pela primeira vez em março para tratar da trombose. Duas semanas após receber alta, teve de voltar por conta do câncer, que acabara de ser descoberto.
BIOGRAFIA
Jair nasceu em 29 de janeiro de 1947 em São Paulo. Iniciou a carreira de cantor em 1964, com o LP "Italianíssimo". Ficou mais conhecido em 1965, quando lançou "Um Grande Amor".
Na década de 1960, foi apresentador dos programas "Excelsior a Go Go", da TV Excelsior, e "A Grande Parada", da TV Tupi. Neste último, apresentava grandes nomes da MPB do momento. Atuou ainda na novela "74.5: Uma Onda no Ar", da TV Manchete.
No cinema, participou dos filmes "Essa Gatinha é Minha" (1966), "Jerry, a Grande Parada" (1967) e "Em Busca do Tesouro" (1967).

 Com informações do Jornal Correio do Estado

Consumo diário de refrigerante diet aumenta risco de derrame e demência, indica estudo

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De acordo com o estudo, tomar pelo menos uma lata de refrigerante diet por dia está associado a um risco quase três vezes maior de sofrer um acidente vascular cerebral ou desenvolver demência.
O estudo ressalta, no entanto, que a versão "normal" das bebidas, adoçadas com açúcar, não está associada ao risco de desenvolver qualquer uma dessas condições, contrariando algumas pesquisas já realizadas anteriormente.
"Não foi surpresa descobrir que a ingestão de refrigerante diet está associada com acidente vascular cerebral e demência. O que me surpreendeu foi que a ingestão de bebidas adoçadas com açúcar não está associada a esses riscos, porque as bebidas com açúcar são conhecidas por não serem saudáveis", disse Matthew Pase, que coordenou a pesquisa, em entrevista à CNN.
Os pesquisadores admitem, no entanto, que não conseguiram provar uma relação direta de causa e efeito entre a ingestão de bebidas adoçadas artificialmente e o aumento do risco de derrame e demência. Segundo eles, trata-se de uma associação, já que o estudo se baseia em observações e dados fornecidos por meio de um questionário sobre hábitos alimentares.

A pesquisa

Cerca de 4 mil pessoas participaram da pesquisa, que organizou dois grupos de estudo por faixa etária: 2.888 adultos com mais de 45 anos (para analisar a incidência de derrame) e 1.484 com mais de 60 anos (para avaliar os casos demência). Os dados, coletados por meio de questionários, foram cedido pelo Framingham Heart Study, extenso projeto da Universidade de Boston sobre doença cardiovasculares.
Os pesquisadores analisaram a quantidade de bebidas e refrigerantes diet e normal ingerida por cada participante, em diferentes momentos, entre 1991 e 2001. Em seguida, compararam com o número de pessoas foram vítimas de derrame ou demência num prazo de 10 anos . No período, foram observados 97 casos de acidente vascular cerebral (82 isquêmicos, causado por vasos sanguíneos bloqueados) e 81 de demência (63 compatíveis com Alzheimer).
"Após fazer ajustes por idade, sexo, educação (para análise da demência), ingestão calórica, qualidade da dieta, atividade física e tabagismo, maior consumo recente e maior de refrigerantes adoçados artificialmente foram associados a um risco maior de AVC isquêmico e demência, como a doença de Alzheimer", diz o estudo.
De acordo com a pesquisa, aqueles que consumiam pelo menos uma lata de bebida diet diariamente eram 2,96 vezes mais propensos a sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico e tinham 2,89 vezes mais tendência a desenvolver o mal de Alzheimer do que aqueles que bebiam menos de uma vez por semana.

Outros estudos

Essa não é a primeira vez que bebidas diet são associadas ao desenvolvimento de problemas de saúde. A pesquisa cita o estudo Northern Manhattan, que teria revelado que "o consumo diário de refrigerante adoçado artificialmente estava ligado a um risco maior de incidentes vasculares, mas não de acidente vascular cerebral".
Outro exemplo mencionado é o Nurses Health Study and Health Professionals, que mostrou que "o alto consumo de açúcar e refrigerantes adoçados artificialmente foi associado a um risco maior de derrame".
Com informações da BBC