21 de dezembro de 2020

Aberta consulta pública sobre flexibilização da Voz do Brasil em 2021

A partir desta segunda-feira (21) está aberta consulta pública sobre a flexibilização ou suspensão da transmissão do programa de rádio A Voz do Brasil em dias de grandes acontecimentos municipais, estaduais e nacionais, como em datas comemorativas.

É a primeira vez desde a sua criação, em 1935, que o programa com notícias oficiais sobre os poderes da República, vai passar por uma consulta pública para ouvir a sociedade. A intenção é elaborar o calendário do programa para o ano de 2021. As contribuições poderão ser feitas até o dia 19 de janeiro de 2021, no site Participa + Brasil.

"Pode ser a cobertura de uma festa tradicional de um município que teria que ser interrompida para passar A Voz do Brasil, ou pode ser uma partida de um evento esportivo, ou algo do gênero. Evidentemente que os radiodifusores também têm interesse nisso”, explicou o secretário de Radiodifusão, Maximiliano Martinhão.

Seleção

Atualmente, a flexibilização do horário de retransmissão do programa já é permitida no caso de emissoras que desejam transmitir jogos de futebol da seleção brasileira. A medida vale tanto para a seleção masculina quanto feminina, enquanto durar o estado de calamidade pública da pandemia. 

De acordo com a Portaria nº 1.394, a flexibilização do horário vale para transmissões de jogos com início marcado entre as 19h e as 20h30, desde que o programa seja transmitido sem cortes, até as 23h do mesmo dia.

Obrigatoriedade

Por lei, as emissoras de rádio são obrigadas a retransmitir, diariamente, A Voz do Brasil no horário entre 19h e 22h, exceto aos sábados, domingos e feriados. Dividido em quatro blocos, o programa de rádio mais antigo do Hemisfério Sul dedica 25 minutos às notícias do Poder Executivo, cinco minutos para o Poder Judiciário, 10 minutos para o Senado Federal e 25 minutos para a Câmara dos Deputados.

Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil

Aumenta preocupação com doenças ligadas ao Aedes aegypti

Com a chegada do verão no Brasil e da chuva em diversas regiões, uma preocupação de saúde pública aumenta: o crescimento da circulação do mosquito Aedes aegypti e das doenças associadas a ele (chamadas de arboviroses urbanas), como dengue, zika e chikungunya.

Conforme o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o tema, lançado em dezembro, entre janeiro e novembro foram registrados 971.136 casos prováveis de dengue no Brasil, com 528 mortes. As maiores incidências se deram nas regiões Centro-Oeste (1.187,4 por 100 mil habitantes), Sul (931,3/100 mil) e Nordeste (258,6/100 mil).

No mesmo período, as autoridades de saúde notificaram 78.808 mil casos de chikungunya, com 25 óbitos e 19 casos em investigação. As maiores incidências ocorreram no Nordeste (99,4 por 100 mil habitantes) e Sudeste (22,7/100 mil). Já os casos de zika, até o início de novembro, totalizaram 7.006, com incidência mais forte no Nordeste (9/100 mil) e Centro-Oeste (3,6/100 mil).

Na avaliação do professor de epidemiologia da Universidade de Brasília Walter Ramalho, este é o momento de discutir o problema do Aedes aegypti e as medidas necessárias para impedir sua proliferação. O maior desafio é diminuir os focos de criação dele.

O Aedes está no Brasil há mais de 100 anos. Em alguns momentos, já chegou a ser erradicado. Mas nos últimos 30 anos o inseto vem permanecendo e, segundo o professor Ramalho, se adaptando muito bem ao cenário de urbanização do país e do uso crescente de materiais de plástico, que facilitam o acúmulo de água propício à reprodução do mosquito.

“Todos esses materiais, que podem durar muito tempo na natureza, podem ser criadouros do mosquito. A gente tem que olhar constantemente o domicílio, não somente na terra como nas calhas. Este é um momento do começo da chuva. Se não fizermos esse trabalho e se a densidade do mosquito for elevada, não temos o que fazer”, alerta o professor.

Ele lembra que não se trata apenas de um cuidado com a própria pessoa e sua casa, mas com o conjunto da localidade, uma vez que domicílios com foco de criação acabam trazendo risco para toda a vizinhança.

O professor da UnB acrescenta que o cuidado no combate aos focos não pode ser uma tarefa somente do Poder Público. Uma vez que qualquer residência, terreno ou imóvel pode concentrar focos, é muito difícil que as equipes responsáveis pela fiscalização deem conta de cobrir todo o território.

Ramalho destaca que as doenças cujos vírus são transmitidos pelo mosquito são graves. A dengue hemorrágica pode trazer consequências sérias para os pacientes.

“A zika causou microcefalia no Nordeste e em algumas cidades de outras regiões. E precisamos nos preocupar com a chikungunya. Ela causa sintomatologia de muitas dores articulares. Muitas pessoas passam dois, três anos sentindo muitas dores. Isso causa desconforto na vida durante todo esse período”, afirma.

Campanha

No mês passado, o governo federal lançou uma campanha contra a proliferação do Aedes com o lema “Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo”.  O desafio é conscientizar os cidadãos sobre a importância de limpar frequentemente estruturas onde possa haver focos e evitar a água parada todos os dias.

A campanha conta com a difusão de peças publicitárias em meios de comunicação, alertando sobre esses cuidados e sobre os riscos da disseminação do mosquito e as consequências das doenças associadas a ele. 

Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil

Júpiter e Saturno: aproximação entre planetas é inédita na era dos telescópios

 

Se você acompanha as notícias astronômicas, já sabe que nesta segunda (21), teremos uma das maiores conjunções entre Júpiter e Saturno dos últimos 800 anos.

Muitos dos astrônomos amadores esperam ansiosamente por este evento há vários meses. Será a primeira vez na história que a humanidade poderá contemplar, via telescópios, uma conjunção tão próxima destes dois planetas. 

Simulação da visão da conjunção do dia 21 vista de um telescópio

A conjunção astronômica é um fenômeno relativamente comum. Ela ocorre quando dois ou mais astros encontram-se em alinhamento com a Terra, ficando aparentemente próximos no céu. 

Alinhamento entre Terra, Júpiter e Saturno no dia 21 de dezembro de 2020. Créditos: TheSkyLive.com

Como todos os planetas do Sistema Solar orbitam o Sol, praticamente no mesmo plano, este alinhamento entre planetas ocorre com certa frequência. Mas as pequenas diferenças nos planos orbitais dos planetas fazem com que, a cada conjunção, a distância aparente entre os astros seja diferente. Por isso é tão rara uma conjunção planetária como a da noite de 21 de dezembro, quando os planetas estarão separados por apenas 0,1 graus no céu.

Em astronomia, é comum utilizar medidas angulares para distâncias aparentes na esfera celeste. Como comparação, o diâmetro aparente da Lua no céu é de 0,5 graus. 

Distância aparente entre Júpiter e Saturno em 21/12/2020

Júpiter e Saturno são, sem dúvida, os planetas do Sistema Solar mais interessantes de serem observados por telescópio. Ambos são alvos preferenciais para os instrumentos de astrônomos amadores e astrofotógrafos.

Júpiter, o maior planeta em órbita do Sol, apresenta um sistema de tempestades que divide sua atmosfera superior em faixas de diferentes cores. Além da Grande Mancha Vermelha, um gigantesco vórtice de uma tempestade está ativa desde as primeiras observações de Júpiter por telescópio, feitas por Galileu Galilei, há mais de 400 anos.

Também foi Galileu quem primeiro observou as quatro maiores luas de Júpiter: Io, Europa, Calisto e Ganímedes, chamadas merecidamente de “luas de Galileu”.

Júpiter e suas faixas e sua Grande Mancha Vermelha. Créditos: Hubble/Nasa

Saturno, por sua vez, chama a atenção pelo seu belíssimo sistema de anéis que o circunda. Quando o Galileu observou o planeta pela primeira vez pelo telescópio, percebeu que havia alguma coisa em torno dele, mas não conseguia distinguir o que era. Eram apêndices, como alças, algo completamente diferente de tudo que já havia sido observado até então.

Inicialmente acreditava-se que eram Luas em uma órbita muito próxima ao planeta. Apenas meio século depois, Christiaan Huygens compreendeu a verdadeira natureza daqueles apêndices. Eram anéis, finos e planos, formados por uma nuvem de fragmentos orbitando o planeta. Huygens também descobriu Titan, a maior lua de Saturno.

Alguns anos depois, Domenico Cassini descobriu outras quatro grandes luas orbitando o planeta: Japeto, Reia, Tétis e Dione. Além disso, Cassini percebeu que os anéis não eram contínuos, como também uma pequena divisão na parte mais externa dos anéis, conhecida como “Divisão de Cassini”.

Saturno, seus anéis e a Divisão de Cassini. Créditos Hubble/Nasa

E tudo isso, toda a beleza e complexidade desses dois mundos que encantam os astrônomos há mais de 400 anos, poderá ser contemplada de uma só vez e de maneira inédita na próxima segunda (21). Tão rara, que a última vez ela ocorreu no ano 1226, quase 200 anos antes das primeiras observações de Galileu Galilei.

É uma oportunidade única de observar e fotografar os dois maiores planetas do sistema solar em um mesmo campo de visão do telescópio. Todos juntos, os dois gigantes gasosos, os anéis de Saturno com a Divisão de Cassini, a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, e as 9 maiores luas dos dois planetas, compondo uma única e espetacular imagem, que deve ficar gravada em nossa retina e em nossas câmeras também.

Como observar a conjuração entre Júpiter e Saturno?

A conjunção está no céu durante toda a semana. Júpiter e Saturno são os astros mais luminosos na direção do poente ao anoitecer, e eles já estão tão próximos um do outro, que se você esticar o braço, consegue ocultar os dois astros com a ponta do dedo mindinho.

Noite após noite, será possível acompanhar, a olho nu, os dois planetas cada vez mais próximos, até que no dia 21 chegarão à sua máxima aproximação.

Nesta noite, o melhor será observar os dois por um telescópio ou binóculo, para contemplar, em todos os seus detalhes, esse evento único. 

A ‘dança dos planetas’ Júpiter e Saturno no mês de dezembro e sua máxima aproximação no dia 21

Os planetas estarão visíveis no céu até, no máximo, por 2 horas após o por do Sol, se as condições meteorológicas permitirem. Mas se você perder essa conjunção na noite do dia 21, não se preocupe, porque não precisará esperar mais 800 anos para ver uma igual.

Daqui “apenas” 60 anos, em 2080, haverá uma outra conjunção entre Júpiter e Saturno tão próxima quanto esta. Talvez seja melhor não esperar tanto e preparar seus instrumentos para acompanhar a maior conjunção entre Júpiter e Saturno na era dos telescópios! 

Texto escrito por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia, membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira e diretor técnico da Bramon – Rede Brasileira de Observação de Meteoros

Com informações do Olhardigital.com

Francisco Diá é o novo técnico do Ferroviário/Ce

O Ferroviário tem novo técnico para a próxima temporada. Trata-se de Francisco Diá, que terá como primeiro desafio a Taça Fares Lopes, que se inicia em janeiro.

Francisco Diá é natural de Natal, tem 65 anos, conta com enorme experiência e muitas conquistas. O técnico venceu o Campeonato Potiguar desta temporada com o ABC, possui outros três títulos estaduais, sendo dois do Campeonato Paraibano, com o Campinense/PB, em 2015 e 2016, e um do Campeonato Maranhense, no ano de 2017, com o Sampaio Corrêa/MA, um vice-campeonato da Copa do Nordeste 2016 com o Campinense/PB, e vários acessos conquistados na carreira.

Com informações do ferroviario.com