28 de novembro de 2017

Em sua última preleção, Zé Roberto jogou medalhas no lixo: 'Pensem no legado'

Zé Roberto
Zé Roberto pediu que seus colegas jogassem por ele em sua última partida como jogador profissional Foto: Reprodução/ YouTube/ TV Palmeiras/FAM

Logo que chegou ao Palmeiras, Zé Roberto ficou famoso por uma preleção onde pedia para que cada membro do elenco e da direção presente ao vestiário alviverde batesse no peito do colega e dissesse que "o Palmeiras é grande". 
Nesta segunda-feira, 27, em sua última partida pelo clube, ele novamente disse palavras marcantes, desta vez emocionantes, levando muitos de seus companheiros à lágrimas. Citando família, amigos no futebol e jogando algumas de suas medalhas literalmente no lixo, Zé Roberto deixou as conquistas de lado e pediu para que seu colegas priorizassem o legado que deixariam no futebol.  

CONFIRA NA ÍNTEGRA À ÚLTIMA PRELEÇÃO DE ZÉ ROBERTO NO PALMEIRAS


"Rapaziada, eu queria aproveitar esse último tempo, (últimos) minutos, para agradecer. Só quero agradecer, presidente, Cícero (Souza, gerente de futebol), Alexandre (Mattos, diretor de futebol), agradecer à comissão técnica, staff, preparadores físicos, quero agradecer ao pessoal da massagem, aos roupeiros. Hoje para mim a noite é de gratidão, apesar que num momento como esse, ao qual eu tentei o máximo prolongar. Mas eu sabia que esse momento um dia ia chegar. Sabe por quê? Porque isso aqui, rapaziada, eu vivi isso aqui intensamente. Futebol foi a minha vida. E quando falo de futebol, quero trazer à memória de vocês o que nos dá esperança nessa noite. 
A esperança é que um dia, quando era criança, jogando bola na rua descalço, eu sonhei um dia ser jogador. Realizei o sonho, tive conquistas e cheguei no meu máximo. Foi difícil tomar essa decisão e esse tempo, rapaziada, vai chegar na vida de cada um que está aqui. Mas eu quero deixar uma palavra para cada um de vocês. Vivam isso aqui intensamente porque passa rápido e quando menos a gente espera, chegou o dia do triunfo, de um carreira vitoriosa. 
Eu saio daqui nessa noite sem ter mancha na minha carreira. Eu saio daqui nessa noite não apresentando para vocês conquistas, fama, títulos, dinheiro, não. Sabe por quê? Porque a fama um dia ela vai embora - (aponta e pede) o lixo, o lixo. Um dia, os títulos, eles são esquecidos. Então o que quero fazer com vocês nessa noite (pega o cesto de lixo) é que as minhas credenciais, se um dia elas vão ser esquecidas, eu quero jogar as minhas credenciais dentro do lixo (joga documentos no cesto). Porque pra mim não é o mais importante que tenho. Nesta noite, se eu não tenho a coisa mais importante na minha vida, que são a medalhas (pega as medalhas) eu jogo elas no lixo (coloca no cesto). Sabe por que? Porque um dia isso aqui acaba, é esquecido. 
Mas o que eu quero deixar nessa noite aqui é um legado, porque um legado ele se arrasta. E eu sei que se esse legado chegar dentro da sua casa, vai contagiar o seu filho. Se contagiar seu filho, vai contagiar o bairro. Se contagiar o bairro, vai contagiar a cidade. Se contagiar a cidade, vai contagiar o Brasil, o País ao qual nós estamos carentes de ídolos, de exemplos e de pessoas que têm perseverança. 
Eu queria finalizar a minha noite aqui, se talvez eu pudesse fazer um pedido para cada amigo que eu fiz nesses dois anos aqui, eu queria pedir pra vocês: joguem por mim nessa noite, e vamos ser felizes."
Com informações do Esportefera.com

Mais da metade da população brasileira jovem está infectada com HPV

Novo teste detecta ação do HPV no corpo
Vacina contra o HPV Foto: JF Diório/Estadão
Mais da metade da população brasileira jovem, de 16 a 25 anos, está infectada com o HPV, vírus causador do câncer de colo de útero e de outros tipos de tumor. A estimativa é de um estudo epidemiológico feito pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 27.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores entrevistaram 7.586 pessoas, das quais 2.669 foram submetidas ao teste de HPV. A partir dos exames, a prevalência estimada do vírus foi de 54,6 % da população dessa faixa etária. Deste grupo, 38,4 % apresentam tipos de HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
De acordo com o ministério, é a primeira vez que um estudo estima a prevalência do vírus na população brasileira. O dado é importante, afirma a pasta, para medir o impacto da imunização daqui a alguns anos. 
A vacina contra a doença está disponível para meninas de 9 a 14 anos. Neste ano, o imunizante também ficou disponível para meninos de 11 a 14 anos. 
Embora o imunizante seja gratuito e esteja disponível em todos os postos de saúde do País, o governo federal tem tido dificuldades de alcançar a cobertura vacinal ideal. Nos últimos anos, a taxa de adesão tem ficado em 50%.

Cidades

Ainda segundo a pesquisa, a capital com a maior taxa de prevalência de HPV é Salvador, com 71,9% da população infectada. Em seguida, aparecem Palmas (61,8%), Cuiabá (61,5%) e Macapá (61,3%). 
Na outra ponta da lista, com a menor prevalência, está Recife, com índice de 41,2%. A cidade de São Paulo tem taxa de 52%, próxima do índice nacional. Já os municípios de Brasília, Campo Grande e Belo Horizonte não informaram dados suficientes para que a estimativa fosse fechada.
O estudo mostrou ainda que 16,1% dos jovens têm alguma doença sexualmente transmissível (DST) prévia ou resultado positivo para HIV ou sífilis. A pesquisa sobre a prevalência do vírus, batizada de POP-Brasil, foi realizada em 119 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e um Centro de Testagem e Aconselhamento nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, com a participação de mais de 250 profissionais de saúde. 
Segundo o ministério, o estudo identificou os fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e regionais associados à ocorrência do HPV em mulheres e homens entre 16 e 25 anos de idade. O relatório completo da pesquisa será apresentado no ano que vem.

Perguntas & respostas

Vírus aumenta risco de tumor
1. Todos os tipos de HPV causam câncer?
Não, somente aqueles tipos considerados de alto risco são capazes de levar ao aparecimento de tumores. Já os considerados de baixo risco geralmente estão associados à ocorrência de verrugas genitais.
2. Que tipos de câncer são causados pelo HPV?
Além do de colo de útero, o vírus aumenta o risco de tumores de orofaringe, ânus, pênis, entre outros.
3. A vacina é segura?
Segundo sociedades médicas, o imunizante passou por pesquisas e é seguro, tendo sido aprovado e usado em mais de 130 países.
Correções
28/11/2017 | 16h23
Após esclarecimento com o Ministério da Saúde, o texto foi alterado informando que a prevalência de HPV estimada no estudo refere-se à população de 16 a 25 anos e não à população geral. O texto de divulgação do ministério também será corrigido no site do órgão, segundo a assessoria de imprensa.
Por Fabiana Cambricoli
Com informações do Jornal O Estado de S.Paulo

Especial – Há um ano ele renasceu


Foto: Reprodução
Para quem ama futebol, o dia 29 de novembro de 2016 foi, talvez, um dos mais difíceis. Mesmo para quem estava acostumado a viver os mais diferentes sentimentos que esse esporte pode proporcionar. A sensação era outra. Um nível além do comum de profunda tristeza, para ser mais exato. Impossível de comparar com um título perdido, um rebaixamento, um não-acesso. A Chapecoense entrava para a história, mas não de um jeito desejável.

Nesse fatídico dia, 19 atletas, 14 membros da comissão técnica, 9 dirigentes, 20 jornalistas, 7 tripulantes e 2 convidados, se foram. Ao todo, 71 vidas. Amigos, pais de família, filhos etc. Profissionais dedicados, em especial, de imprensa e futebol, que saíram do Brasil, rumo à Medellín, em busca de dar o seu melhor para aqueles que os esperavam.

Esperança em meio à tragédia

Dos 77 passageiros, seis permanecem entre nós. Os atletas Alan Ruschel, Neto e Jakson Follmann; o jornalista Rafael Henzel; e os tripulantes Erwin Tumiri e Ximena Suarez. Não se pode mensurar as dificuldades que cada um teve de superar, nem o quão gratos são pela nova oportunidade. De recomeçar, serem mais fortes e, principalmente, não permitir que o tempo apague a importância dos demais. Todos que aqui permanecem, por mais distantes que sejam/estejam, representam aqueles que se foram.

Um sobrevivente a mais

Você não leu errado. Há alguém que não consta na listagem, mas que teve seu destino mudado por inteiro. Seu nome? Marcelo Boeck. Nome que, na época, não era tão lembrado. Revelado no Internacional, onde foi campeão Mundial, figurava o plantel da Chape apenas como segunda ou terceira opção. Antes disso, viveu anos no futebol português. Um perfil que, analisado de forma superficial, não aparentava mais ter o desejo de aspirar tantas coisas. Engano.

Relacionado para o confronto decisivo diante do Atlético Nacional, uma ocasião especial lhe tirou da lista: o aniversário de seu filho, Arthur. Ou melhor, o seu também. Ambos nasceram no dia 28 de novembro. A partir daí, sua vida começou a mudar.

Novos ares... E conquistas

Passado o período de luto, Boeck foi apresentado como mais novo reforço do Fortaleza para 2017. Ainda com alguma desconfiança por parte da imprensa e torcedores, por vir de um banco de reservas, não demorou muito para demonstrar sua experiência e espírito de liderança. Em pouco tempo, se tornou capitão.

É fato que o primeiro semestre Tricolor não foi dos melhores. Eliminação nas Copas do Brasil e NE, além de uma eliminação na semifinal do Cearense. Mas isso, claro, não dependia apenas do arqueiro.

No segundo semestre do ano, porém, veio a redenção. Após uma campanha de oscilações na Série C, Boeck e seus companheiros chegaram ao mata-mata. Isso não era mais novidade para o torcedor, que já havia acompanhado o fracasso do time nesta mesma fase da competição em outras várias oportunidades.

Mas coube a esse elenco dar o primeiro passo inédito (e positivo) nesse inimigo pessoal, diante do Tupi: vencer uma partida. Numa Arena Castelão lotada, vitória por 2 a 0. Algo que, até então, não havia acontecido. Na sequência, fora de casa e com um adversário mais agressivo, derrota pelo placar mínimo. Nada que estragasse a festa. O acesso estava garantido.

Marcelo Boeck operou diversas defesas consideradas "impossíveis" e cresceu ainda mais na reta final da competição. Primeiro, no Castelão, ao defender uma excelente cabeçada. Depois, em Juiz de Fora, ao buscar a bola do jogo, que tinha endereço certo e poderia dar ares ainda mais dramáticos ao confronto. E ao final de tudo, com o acesso garantido, eis que vieram as inesquecíveis e emocionantes palavras:

"Dia 18 de novembro, dez dias antes daquela tragédia, eu recebi a primeira ligação do Fortaleza. No começo a gente ainda estava em final de Sulamericana e reta final de brasileiro. Como passei 9 aos na Europa, eu queria jogar. Todo jogador de futebol deseja isso. Naquele momento, eu não estava jogando e, por Deus, eu não estou morto hoje, porque o normal seria estar morto. Após aquela tragédia, passada aquela semana toda ruim, de luto, o Fortaleza ainda assim esperou. E a gente, eu e minha esposa, sentimos algo muito forte de vir ao Fortaleza. Uma Série C, um projeto desafiador, muita pressão, mas nós aceitamos. E hoje, eu creio que a explicação que eu não tinha sobre o por quê de não estar morto, era pra viver um momento como esse. Se hoje estou aqui, em primeiro lugar é a Deus, segundo lugar a minha esposa, por sem ela eu não sou nada. E a esse clube, esse grupo, que não merecia estar esses anos todos numa Série C.

Quando o Fortaleza quis fazer uma camisa com minha assinatura, após o cearense, haviam três cores a serem escolhidas: vermelha e azul, que já são tradicionais, e verde. E eles me deixaram muito à vontade. E a minha maneira de reconhecer tudo aquilo que meus companheiros da Chapecoense que partiram fizeram e o carinho dessa torcida, foi escolhendo essa cor. Hoje ela representa tudo aquilo que eu aprendi lá, tudo que eu sofri, mas principalmente todo carinho que eu recebi dessa torcida desde que cheguei aqui." 

Marcelo Boeck

Com informações do boraleao.net

Coreia do Norte lança míssil balístico

Coreia do Norte lança novo míssil balístico

A agência de notícias da Coreia do Sul, a Yonhap, revelou que os norte-coreanos lançaram novo míssil balístico, citando fontes militares. Fonte do governo norte-americano confirmou à Reuters esta informação.

A notícia de um novo lançamento de um míssil balístico da Coreia do Norte, foi confirmada por uma fonte do governo dos EUA, de acordo com a agência Reuters.

O porta-voz do Pentágono confirmou que estão a ser conduzidas investigações. “Detetámos um provável lançamento de míssil pela Coreia do Norte. Estamos a avaliar a situação e daremos pormenores adicionais quando estiverem disponíveis, disse Robert Manning aos jornalistas. 

A agência de notícias sul-coreana, Yonhap, informou que o míssil voou para o leste de Pyongsong na província do Pyongai do Sul.

A estação de televisão japonesa, NHK, está a avançar que o míssil caiu na zona económica exclusiva do Japão, citando o ministério da Defesa. 

A Coreia do Norte testou vários mísseis intercontinentais este ano, enquanto cresce a tensão sobre o seu programa nuclear. O lançamento mais recente de um míssil pelos norte-coreanos aconteceu em setembro. 

Com informações da RTP Noticias 

Nova reforma da Previdência: veja o que muda na proposta do governo

Michael Melo/Metrópoles

Seis meses após a aprovação do texto na comissão especial da Câmara dos Deputados, o governo federal apresentou quarta-feira (22/11) uma proposta de reforma da Previdência mais enxuta do que o original. O novo projeto mantém a idade mínima para homens e mulheres, reduz para 15 anos o tempo de contribuição mínima do trabalhador ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e propõe regras mais duras para servidores públicos.
A nova versão foi um esforço do Palácio do Planalto e do relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA), para facilitar a aprovação da reforma, parada na Câmara desde o envio de duas acusações contra o presidente Michel Temer (PMDB) para análise da Casa. A menos de um ano das eleições, parlamentares temem que mudanças duras nas regras de aposentadoria provoquem desgaste nas bases eleitorais.
De novidade em relação à versão original, a emenda aglutinativa redigida pelo relator diminui o tempo mínimo de contribuição para trabalhadores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social de 25 para 15 anos; estabelece em 25 anos o limite mínimo de participação para os servidores públicos; propõe novo cálculo do valor da aposentadoria e deixa de submeter as contribuições sociais à Desvinculação das Receitas da União (DRU).
Por ser uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), a reforma precisa de 308 votos entre os 513 deputados, em dois turnos de apreciação, para ser aprovada e, então, encaminhada ao Senado. A previsão do Planalto é que o texto seja analisado na Câmara ainda neste ano e, pelo Senado, no início de 2018, antes do começo das campanhas eleitorais.
Veja a seguir as principais mudanças na nova proposta de reforma da Previdência:
Quando o brasileiro poderá se aposentar?
O novo texto da reforma da Previdência mantém a idade mínima de aposentadoria aprovada na comissão especial da Câmara: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. A regra é válida tanto para trabalhadores do setor privado quanto para servidores públicos, mas só passará a ser aplicada após o período previsto nas regras de transição, diferentes para os dois setores.

Para professores, policiais militares e trabalhadores em condições prejudiciais à saúde, as regras são diferentes. Docentes de ambos os sexos poderão se aposentar com 60 anos. Para PMs, a idade mínima é de 55 anos – a mesma de empregados em posições com riscos à saúde.

Pessoas com deficiência não possuem idade mínima para requisição de aposentadoria. No caso dos segurados especiais, a regra continua a mesma em vigor atualmente: 55 anos para mulher e 60 para homem.
É importante lembrar que a nova reforma da Previdência estabelece que, para se aposentar, o trabalhador precisa obrigatoriamente obedecer a dois critérios: a idade mínima e o tempo mínimo de contribuição (ver itens abaixo).
Mudanças serão gradativas?
Antes de alcançar a nova idade mínima para aposentadoria, contudo, os trabalhadores dos setores público e privado passarão por um período de transição. Nesse intervalo, as idades serão acrescidas de um ano a cada biênio até chegar aos limites previstos na reforma (veja tabela abaixo).

As regras de transição são mais duras para os servidores públicos. Os funcionários ligados ao Regime Próprio de Previdência Social  alcançarão as idades mínimas de 65 anos para homens e 62 para mulheres já em 2032 enquanto que, para empregados do setor privado, o patamar só será válido em 2038.
Por qual período contribuir? 
Essa é a principal novidade da nova versão da reforma. Em sua emenda aglutinativa, o relator Arthur Maia baixou de 25 para 15 anos o tempo mínimo de contribuição para trabalhadores do Regime Geral de Previdência Social. A alteração da versão original mantém a regra do jeito que é hoje.

Novamente, contudo, servidores públicos foram submetidos a regras mais duras. Eles continuarão precisando atingir 25 anos de contribuição para ter direito à aposentadoria.
 
Como o benefício será calculado?
A nova versão do texto prevê outra fórmula para o cálculo do valor do benefício – ou seja, quanto cada trabalhador receberá de aposentadoria. Com o tempo mínimo de contribuição, o trabalhador só terá direito a apenas 60% do valor dos salários. O percentual sobe para 70% com 25 anos de contribuição, tanto no setor privado quanto no público.

De 25 a 40 anos de contribuição, quando o trabalhador tem direito à integralidade da aposentadoria, os percentuais aumentam conforme o acréscimo de anos trabalhados.
E os casos de aposentadoria rural?
Mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), valor repassado a pessoas com deficiência e idosos que comprovam possuir baixa renda, e na aposentadoria rural fora suprimidas do novo texto. Trabalhadores que se encaixam nos parâmetros continuarão nas regras atuais.

Será possível somar benefícios?
O novo projeto mantém, ainda, o limite de dois salários mínimos para o acúmulo de benefícios, como aposentadoria e pensão. Caso o valor supere o limite, o trabalhador poderá escolher o rendimento mais alto.

Por Liana Costa
Com informações do Metropoles.com

Fortaleza faz reformas para 2018 e não pensa em utilizar Pici em jogos oficiais

Reforma do Alcides Santos tem melhorias no gramado  (Foto: Divulgação/FortalezaEC)Reforma do Alcides Santos tem melhorias no gramado (Foto: Divulgação/FortalezaEC)

Para 2018, o Fortaleza realiza algumas reformas em suas instalações. Umas, a pedido de Rogério Ceni, novo técnico. Outras, começaram ainda na gestão de Luís Eduardo Girão, ex-presidente, e seguem na gestão de Marcelo Paz. A reforma e novas instalações no Hotel Otoni Diniz, no clube, tem previsão para finalizar no dia ‪5 de dezembro. A drenagem do campo do estádio Alcides Santos tem previsão para finalizar no dia ‪15 de dezembro‬ ‪de 2018.
Ao GloboEsporte.com/ce, o clube, no entanto, descartou a utilização do estádio Alcides Santos mesmo em partidas de pequeno porte do estadual do próximo ano.

- Não cabe o número de sócios-torcedores atual: 12.895 - comunicou por meio de assessoria de imprensa.

A Comissão de Obras foi instalada pelo Conselho Deliberativo no dia 6 de janeiro de 2017, conforme previsão estatutária do FEC, com o intuito de projetar e realizar obras que visassem as melhorias de infraestrutura do clube. É composta por 3 conselheiros nomeados e mais uma equipe de tricolores dispostos a colaborar com o andamento dos projetos. Tudo mirando centenário do clube. As obras previstas são: museu e sala de troféus abertos para visitação; nova sala de atendimento ao sócio e loja de produtos; lanchonete; sala de vídeos; nova fachada; reforma da praça Ney Rebouças.

- Indpendente da vinda do Ceni, a gente já tinha definido a Comissão de Obras em janeiro deste ano. Hoje, a comissão tem cerca de 14 profissionais envolvidos. Toda a área adminstrativa será no primeiro piso, com nova infraestrutura. Tudo já estava pensado para o Centenário. A pintura e os letreiros foram renovados. O alojamento vai agora se tornar o hotel. A estadia de profissionais será no próprio Pici - declara o engenheiro Rodrigo Monteiro, da Comissão de Obras.

Hotel, reforma, Pici  (Foto: Divulgação/FortalezaEC)
Hotel, reforma, Pici (Foto: Divulgação/FortalezaEC)

Além das obras previstas, confira algumas que já foram realizadas e estão em andamento: espaço ecumênico Lucas, O Evangelista, já inaugurado no aniversário do clube; melhorias na sede administrativa (pintura e reforço estrutural) e pintura e colocação do letreiro no Alcides Santos. Ceni conseguiu com patrocínios próprios a construção do campo society.
- Com a vinda do Ceni, ele só fez reforçar a necessidade da drenagem do campo. Devemos finalizar até 15 de dezembro. E o Rogério pediu um campo society com grama sintética para a temporada de chuvas. Ele conseguiu com patrocinadores próprios esse campo. A instalação será feita por ele - afirma.
O clube afirma que as melhorias estão sendo feitas com as doações da torcida e com o sócio-torcedor. O site é leao100.com.br.

Por GloboEsporte.com, Fortaleza, CE

Generais poderiam se negar a executar ordem de Trump por ataque nuclear?


Mísseis nucelaresDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionO uso de armamentos nucleares poderia ser considerado ilegal por tratados internacionais

As declarações recentes de um general americano sobre como reagiria a uma ordem presidencial por um ataque nuclear abriram um debate sobre se, afinal, é possível interromper uma determinação do tipo. A resposta rápida é sim. E tese, é possível contrariar uma ordem presidencial. Mas, para isso, ela precisa ser considerada ilegal e é nesta definição do que é ou não legal que o assunto se torna mais complicado. Entenda:
O temor de uma guerra nuclear ressurgiu nos últimos meses, com a crescente tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. Os testes nucleares de Pyongyang e seus frequentes lançamentos de mísseis fazem vir à tona o receio de ataques com bomba atômica.
Na eventualidade de o presidente americano Donald Trump decidir iniciar um ataque, qual seria o protocolo a seguir? E alguém poderia se opor a uma ordem do presidente dos Estados Unidos, que também é o comandante-chefe das Forças Armadas?
Segundo especialistas em segurança pública e militares, embora, em tese, ninguém seja autorizado a recusar uma ordem do presidente, na prática, generais exigiriam uma boa explicação para o uso de armamento nuclear. E, no fim, seriam obrigados a dizer "não" a uma ordem que considerassem ilegal.

O protocolo

Se o presidente dos Estados Unidos decidisse aprovar o uso de alguma arma nuclear, ele, primeiro, teria que discutir uma variedade de opções de tipos de armamentos e formas de ataques com seus assessores.

Donald TrumpDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionTrump assegurou que a Coreia do Norte vai se deparar com 'fogo e fúria nunca antes vistos' se continuar a fazer ameaças

O governante, então, emitiria uma ordem ao Pentágono, usando os chamados "códigos de ouro"- números secretos que aparecem em um dispositivo similar a um token (chave eletrônica) de autenticação de banco e que vão se atualizando permanentemente.
Alguns números devem ser memorizados, enquanto outros aparecem em um cartão apelidado de "biscoito".
Os protocolos para lançar um ataque nuclear se encontram em uma maleta preta, reforçada com metal, que acompanha o presidente dos Estados Unidos a todo lugar.
O objetivo é que ela possa estar à mão mesmo longe da Casa Branca, caso haja necessidade de uma ofensiva.

oficial militar carregando maletaDireito de imagemAFP
Image captionDentro da mala está o código que pode desencadear uma guerra nuclear

Diz-se que a maleta nunca está a mais de três metros do líder máximo do país.
"O presidente está sempre acompanhado de um militar que leva uma mala. Ali está o equipamento de que necessita para se comunicar com os assessores de primeiro escalão", explica à BBC Bruce Blair, um membro já aposentado da equipe de lançamento nuclear dos Estados Unidos.
"Na pasta também há um gráfico de um plano de guerra - em uma folha estão especificados os objetivos, o número de mortos e as armas à disposição. Assim, é fácil entender a dimensão da situação em poucos segundos", acrescenta.
Dentro da maleta não só há códigos para lançar um ataque de destruição em massa, mas também dois livros. Um contém uma detalhada explicação dos tipos de ofensiva nuclear que podem ser realizados e o outro, uma lista de "lugares seguros" para que o presidente americano e sua família busquem abrigo.
Em algumas ocasiões em que a maleta foi avistada, era possível observar uma antena saindo dela. De acordo com a publicação Business Insider, a "caixa negra", que pesa cerca de 20 kg, tem um sistema de telecomunicações para estabelecer uma linha direta com o Pentágono.

Explosão nuclearDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionConflito nuclear pode ter consequências imprevisíveis para a vida na Terra

Chaves das armas nucleares

O uso dos códigos serve para confirmar a identidade do presidente, que é o único autorizado a ordenar um ataque deste tipo.
Uma vez confirmado que a ordem vem do chefe de Estado, o pessoal a cargo do controle das armas retira de uma caixa-forte uma chave que permite desbloquear os dispositivos nucleares.

Míssil sendo lançadoDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionApós ordem presidencial, militar tem que dar a volta em uma chave para iniciar ataque

"Duas pessoas têm a responsabilidade de ativar o lançamento. A única coisa que eles têm de fazer é girar uma chave. Este procedimento não dura mais que um minuto", indica Blair, que trabalhava em um bunker na base de uma montanha em Nevada, Estado que fica no oeste dos Estados Unidos.
A ação de girar a chave para lançar o míssil nuclear depende dos dois indivíduos a quem é dada essa atribuição, mas eles são treinados para obedecer ao presidente.
Sendo assim, existe alguém, em qualquer dessas etapas, a quem é permitido dizer "não" a uma ordem do Executivo?

Cadeia de comando

Um documento do Serviço de Investigação do Congresso esclarece: "O presidente dos Estados Unidos tem a autoridade exclusiva de autorizar o uso de armas nucleares norte-americanas".
Em geral, ninguém é autorizado a se sobrepor a uma decisão do presidente - essa autoridade faz parte de seu papel como comandante-chefe das Forças Armadas.

John KennedyDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionKennedy foi o primeiro presidente a contar com uma maleta nuclear à disposição

Em tese, o vice-presidente poderia anular a ordem se a maioria do gabinete presidencial concordasse que o chefe de Estado não está em condições para servir. Na prática, em termos de tempo, seria difícil que uma situação assim ocorresse.
Mas Peter Feaver, professor de ciência política da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, assegura que o presidente Trump não pode lançar um ataque nuclear tão facilmente como publica um tuíte.

Ojiva nuclearDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionA equipe que ativa o lançamento de mísseis está sempre a postos para cumprir eventual ordem

"O presidente dá uma ordem que se transmite por uma cadeia de comando. Alguém mais embaixo gira a chave ou pressiona o botão", explica.
Feaver comenta que, se o presidente contatasse as Forças Armadas para ordenar um ataque, isso provocaria um "processo de consulta": os generais iriam querer saber o objetivo dele com a medida e o motivo de querer usar armas nucleares.
Ou seja: Trump teria a autoridade legal para ordenar o ataque. Mas teria quer persuadir os militares a levarem a cabo essa ordem.
Neste mês, por exemplo, o general John Hyten, que coordena o Comando Estratégico dos Estados Unidos, assegurou que desobedeceria a uma ordem do mandatário se a considerasse ilegal.

General John HytenDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO general John Hyten (segundo à esq.) assegurou que rechaçaria uma ordem de ataque nuclear se a considerasse ilegal

"Eu aconselho o presidente e ele me diz o que fazer. Se for ilegal, adivinhe o que vai acontecer? Eu vou dizer: 'presidente, isso é ilegal'. E adivinhe o que ele vai fazer? Ele vai dizer: 'o que seria legal?'. E nós apresentaríamos as opções, um misto de possibilidades de resposta a qualquer que seja a situação", disse Hyten.
"Se você executa uma ordem ilegal, você pode ir para a cadeira para o resto da sua vida", destacou o general.
Mas o que tornaria ilegal uma ordem nuclear?

Limites

Alguns especialistas argumentam que todos os usos de armas nucleares são ilegais.
Mas mesmo que uma afirmação tão categórica como essa possa ser questionada, é possível argumentar que em certas circunstâncias seria ilegal disparar armas nucleares.
Anthony Colangelo, professor da Southern Methodist University, em Dallas, argumenta que tipos específicos de ataques nucleares poderiam violar regras internacionais de direitos humanos.

Mísseis nucelaresDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionO uso de armamentos nucleares poderia ser considerado ilegal por tratados internacionais

Algumas normas humanitárias internacionais regem a forma como os países devem se comportar quando estão em guerra. Elas estão previstas em tratados firmados pelos Estados Unidos, como os Convenções de Genebra, e em jurisprudência de leis nacionais.
Uma violação da lei, por exemplo, seria usar armas nucelares quando armamentos convencionais poderiam atingir o mesmo objetivo. Ou quando o uso de material atômico poderia causar a morte indiscriminada de combatentes e civis.
E essa não é apenas a opinião do professor Colangelo. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos reconhece em seu manual que a "lei de guerra governa o uso de armas nucleares".
Se as ordens do presidente são ilegais, qualquer um que as siga, independentemente da cadeia de comando, pode potencialmente ser responsabilizado por crimes de guerra.
Mas obviamente nem todos os militares são igualmente capazes de detectar uma ordem ilegal. A tripulação de um submarino, por exemplo, não terá tido acesso à mesma informação que o presidente e as autoridades do primeiro escalão.
E o professor Colangelo destaca que pode não ser recomendável encorajar militares na base da cadeia de comando a questionar ordens que cheguem até eles.
"Toda a estrutura militar de comando se desmoronaria se os subordinados começassem a questionar ordens."
Com informações da BBC