16 de abril de 2020

Associação Médica Brasileira manifesta apoio a Nelson Teich

Presidente da Associação Médica Brasileira fala na Assembleia a ...
A AMB (Associação Médica Brasileira) divulgou nota nesta 5ª feira (16.abr.2020) informando que apoiou a escolha de Nelson Teich para assumir o lugar de Luiz Henrique Mandetta no comando do Ministério da Saúde.
O anúncio da demissão foi feito na tarde desta 5ª feira após reunião de Mandetta com o presidente Jair Bolsonaro. A mudança ocorre em meio à pandemia de covid-19, que já provocou 1.924 mortes no país.
A AMB informou que participou do aconselhamento para a escolha do novo ministro. Lincoln Lopes, presidente da associação, também era 1 dos nomes cotados para a vaga. No entanto, a instituição informou que se manifestou pela escolha de Teich.
Segundo apurou o Poder360, o nome de Teich agradou muito na reunião de hoje com Bolsonaro e 8 ministros que estavam presentes. Houve 1 feedback foi muito positivo de todos.
Bolsonaro refletiu, durante a hora do almoço, e resolveu decidir de uma vez, sem falar com os demais candidatos ao cargo de ministro da Saúde. A ideia era ficar prospectando mais alguns dias.
Eis a íntegra da nota da AMB:
“A Associação Médica Brasileira informa que participou de audiência, na manhã e na tarde de hoje (16.abr), com o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Jair Bolsonaro, acompanhando o dr. Nelson Luiz Sperle Teich. Estiveram presentes pela AMB Lincoln Lopes Ferreira, presidente, Diogo Leite Sampaio, vice-presidente, e José Bonamigo, diretor.
Durante a reunião, os problemas da saúde no Brasil e os impactos do coronavírus foram abordados.
Na mesma oportunidade a AMB declarou seu apoio ao nome de Nelson Luiz Sperle Teich para ocupar a pasta da Saúde, pelo seu perfil altamente técnico, importante para o momento atual.
‘Na AMB referendamos o nome de Nelson Teich. É 1 nome que conta com nosso total apoio e pelo qual temos muita simpatia. Respeitado na classe médica, eminentemente técnico, gestor e altamente preparado para conduzir o ministério da Saúde’, declara Lincoln.”
Um ex-presidente da AMB, o médico Florentino Cardoso, está comandando estudos com o vermífugo nitazoxanida, conhecido como Annita, no tratamento de covid-19. Trata-se do mesmo remédio “secreto” no qual o ministro da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes deposita suas esperanças.
Nesta 5ª feira (15.abr), o mesmo dia em que Pontes falou do remédio “secreto”, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu a nitazoxanida na lista de remédios controlados.”
Com informações do Poder360.com

Saiba quem é Nelson Teich, o novo ministro da Saúde

O oncologista Nelson Teich será o novo ministro da Saúde. Ele vai substituir Luiz Henrique Mandetta, demitido nesta 5ª feira (16.abr.2020) pelo presidente Jair Bolsonaro.
O chefe do Executivo federal teve reunião na manhã desta 5ª feira (16.abr.2020) com Teich. Na ocasião, segundo apurou o Poder360, o oncologista agradou muito a todos os presentes na reunião. Além de Bolsonaro, 8 ministros estavam na sala. Todos gostaram da conversa.
Bolsonaro refletiu durante a hora do almoço e resolveu decidir de uma vez, sem falar com os demais candidatos ao cargo de ministro da Saúde. A ideia era ficar prospectando mais alguns dias.

O QUE PENSA NELSON TEICH

Nelson Luiz Sperle Teich é do Rio de Janeiro e tinha fortes defensores dentro do governo. Ele atuou como consultor para a área da saúde na campanha de Bolsonaro em 2018, quando chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Saúde pela 1ª vez e acabou perdendo a vaga para Mandetta.
Em 3 de abril, o oncologista publicou artigo no qual faz considerações sobre as ações de enfrentamento à pandemia da covid-19. Ele defende a criação de uma estratégia que “permita estruturar e coordenar a retomada das atividades normais do dia a dia e da economia” e reclama de “polarização” entre a saúde e a economia.
Esse tipo de problema é desastroso porque trata estratégias complementares e sinérgicas como se fossem antagônicas. A situação foi conduzida de uma forma inadequada, como se tivéssemos que fazer escolhas entre pessoas e dinheiro, entre pacientes e empresas, entre o bem e o mal“, escreveu. “Qualquer escolha e ação, seja ela da saúde, econômica ou social, tem que ter na mortalidade o seu desfecho final, por mais difícil que seja chegar a esses números. É a única forma de comparar as ações e escolhas que são feitas de uma forma técnica, justa e equilibrada.”
Teich escreveu que via o isolamento horizontal, no qual todos os que não desempenham atividades essenciais permanecem em casa, era, até o momento da publicação do artigo, a “melhor estratégia” para evitar a propagação do coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro é defensor do chamado isolamento vertical, no qual apenas pessoas do grupo de maior risco para a doença devem permanecer em quarentena.
Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país“, avaliou Teich.
Sobre o isolamento vertical, o oncologista escreveu:
Essa estratégia também tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema. Como exemplo, sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem a partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela Covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa. O ideal seria um isolamento estratégico ou inteligente.”
O oncologista foi fundador do grupo COI (Clínicas Oncológicas Integradas) e também teve participação no MDI Instituto de Educação e Pesquisa, no qual era sócio de Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos de Mandetta.
A empresa foi fechada em 28 de fevereiro do ano passado, mas a relação com Denizar não foi interrompida pelo encerramento da sociedade entre eles. Teich também foi consultor do secretário de setembro do ano passado a janeiro deste ano, segundo o próprio oncologista.
Por Mauricio Ferro
Com informações do Poder 360.com

Bolsonaro anuncia Nelson Teich como ministro da Saúde

O presidente Jair Bolsonaro e o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, durante pronunciamento no Palácio do Planalto
O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na tarde desta quinta-feira (16), o médico Nelson Teich como novo ministro da Saúde, no lugar de Luiz Henrique Mandetta, que ficou pouco mais de 16 meses no cargo. Teich assume o cargo em meio à pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de 30 mil pessoas no país, levando cerca de 1,9 mil pacientes a óbito. Em um pronunciamento no Palácio do Planalto, ao lado do novo auxiliar, Bolsonaro ressaltou que é preciso combinar o combate à doença com a recuperação econômica e garantia de empregos, e defendeu uma descontinuidade gradativa do isolamento social em vigor em todo o país. 
"O que eu conversei com o doutor Nelson é que gradativamente nós temos que abrir o emprego no Brasil. Essa grande massa de humildes não tem como ficar presa dentro de casa, e o que é pior, quando voltar, não ter emprego. E o governo não tem como manter esse auxílio emergencial e outras ações por muito tempo", afirmou. 
De acordo com Bolsonaro, houve um "divórcio consensual" entre ele e Mandetta, e destacou que o ex-ministro "se prontificou a participar de uma transição a mais tranquila possível, com a maior riqueza de detalhes que se possa oferecer". 
Em seu discurso após o presidente, Nelson Teich disse que não haverá uma definição "brusca ou radical" sobre a questão das diretrizes para o isolamento social, mas enfatizou que a pasta deve tomar decisões com base em informações mais detalhadas sobre o avanço da pandemia no país. Nesse contexto, ele defendeu um amplo programa de testagem para a covid-19 e ressaltou que está completamente alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, na perspectiva de retomar a normalidade do país o mais breve possível.  
"Existe um alinhamento completo aqui, entre mim e o presidente, e todo o grupo do ministério, e que realmente o que a gente está aqui fazendo é trabalhar para que a sociedade retome cada vez mais rápido uma vida normal", disse. 

Perfil 

O novo ministro da Saúde é médico oncologista e empresário do setor. É natural do Rio de Janeiro, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com especialização em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Também é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.
Teich chegou a atual como consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018, e foi assessor no próprio Ministério da Saúde, entre setembro do ano passado e janeiro deste ano. 
Por Pedro Rafael Vilela
Com informações da Agência Brasil