13 de agosto de 2015

Reformulação total – Pisada Forrozeira contrata Leandro Mendes e anuncia nova formação

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Com o desligamento dos cantores: Juliana Martins e Claudioney para integrar um novo projeto, a Banda Pisada Forrozeira, acaba anunciar a sua nova linha de frente.
Depois de contratar a cantora, Aldynha Vox (ex-Forró Cangaço e Forró Boca a Boca), é a vez do cantor, Leandro Mendes, até então integrante da Banda Brasas do Forró, ser confirmado como o novo cantor da banda, assim também como o vocalista, Bianno Cantor, formando um trio. 
A estreia oficial da nova frente da Pisada Forrozeira composta pelos vocalistas: Leandro Mendes, Aldynha Vox e Bianno Cantor acontecerá no dia 06 de setembro na cidade de Jaguaribara-CE, onde será gravado um novo CD promocional.
Diário do Forró

PSB lembra 10 anos sem Miguel Arraes e um ano sem Eduardo Campos

  

Treze de agosto é, para o PSB e para a política brasileira, um dia de relembrar – além de duas grandes perdas – o legado de dois homens públicos que transformaram sua vida em verdadeiros exemplos para o Brasil. Em 13 de agosto de 2005, o País perdeu Miguel Arraes. Em 13 de agosto de 2014, perdeu Eduardo Campos.

A triste coincidência da partida de dois dos mais importantes políticos da história do Brasil iniciou há muitos anos, em Pernambuco, onde eles forjaram suas lutas e suas histórias. E foi a partir da vida desses dois homens que o Brasil passou a conhecer Pernambuco e uma nova forma de fazer política. 

Miguel Arraes – Dr. Arraes – como era carinhosamente chamado – nasceu em Araripe, interior do Ceará, e construiu sua carreira política em Pernambuco. Foi o grande líder da esquerda brasileira no Nordeste e um dos maiores do Brasil. Teve sua vida pública marcada pelo compromisso com a redução das desigualdades sociais, com a educação de qualidade e pela luta em prol da democracia brasileira.

Além de Secretário da Fazenda de PE, Arraes foi deputado estadual e federal, prefeito do Recife e governador de Pernambuco por três mandatos. No dia 1º de abril de 1964, quando era governador, foi deposto pelo Golpe que instituiu a ditadura militar no Brasil e ficou preso em quartéis do Recife e da Ilha de Fernando de Noronha. 

Em 1965, partiu com da família para o exílio na Argélia, onde permaneceu por 14 anos. Em 1979, com a anistia, voltou ao Recife e não desistiu da política.

"Nunca me preocupei com rótulos. O rótulo de radical, conciliador, não tem nenhum sentido para mim, como não tinha sentido me chamarem de comunista no passado. O que importa é a prática política; o que importa são os posicionamentos que se tomam ao lado de determinadas camadas sociais em defesa de teses que interessam à nação como um todo".

Em 1982, foi eleito deputado federal; em 1986, foi eleito pela segunda vez para governar Pernambuco. Em 1990, já filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) foi eleito, novamente, deputado federal, desta vez com a maior votação proporcional do País. Em 1993, foi eleito presidente nacional do PSB, cargo que ocupou até 2005. Em 1994, foi eleito pela terceira vez governador de Pernambuco. Em 2002, elegeu-se mais uma vez deputado federal.

Arraes morreu aos 88 anos, no dia 13 de agosto de 2005, no exercício do seu mandato no Congresso Nacional. Em todos os anos de vida pública, deixou um importante legado, especialmente na educação, na área social e no setor rural.

Com trajetória exemplar, Miguel Arraes é lembrado até hoje com muita emoção pelo povo pernambucano.

Eduardo Campos – Neto de Miguel Arraes, Eduardo herdou do avô a paixão e a vocação política. Desde muito cedo se dedicou à sua formação e capacitação. Em 1986, abriu mão de um mestrado nos EUA e ajudou a campanha de Arraes para o Governo do Estado de Pernambuco. O projeto foi vitorioso, e ele acabou nomeado chefe do gabinete do governador. Desde então sempre mostrou seu pensamento inovador e sua visão de futuro, características que, aliadas ao carisma, foram sua marca.

No ano de 1990, Campos filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e concorreu pela primeira vez a deputado estadual. Elegeu-se e, na Assembleia Legislativa de PE, desempenhou como poucos o papel de liderança, destacando-se como um dos melhores parlamentares da bancada de oposição.
Com olhar no futuro, Eduardo avançou. Decidiu concorrer a deputado federal e foi eleito, em 1994, com grande votação – 133 mil votos. De 1996 a 1998 foi Secretário da Fazenda em novo governo de Arraes em PE. Em 1998 e 2002 reelegeu-se deputado federal. O próximo desafio, seguindo em forte ascensão, foi comandar o Ministério de Ciência e Tecnologia. Já na política partidária, Eduardo substituiu o avô na presidência do PSB, em 2005.

Com experiência e coragem, o passo seguinte foi concorrer ao governo de Pernambuco. E, de forma brilhante, em 2006, fez uma grande campanha, dialogando diretamente com a população. Foi eleito com 65% dos votos.

A dedicação e o vigor de Campos fizeram de Pernambuco um novo Estado. Os resultados garantiram a reeleição do projeto com 82% dos votos válidos. Nos oito anos como governador, o neto do Dr. Arraes foi eleito por cinco vezes o melhor governador do Brasil e, ao deixar o Palácio do Campo das Princesas, tinha 90% de aprovação.

Sem jamais desistir de olhar para o futuro, em 2014 enfrentou o maior desafio da sua trajetória política: a candidatura à Presidência do Brasil. Com coragem e audácia, percorreu o Brasil apresentando suas ideias. Por onde passava, ganhava a confiança de milhões de pessoas.
“Não vamos desistir do Brasil. É aqui que nós vamos criar nossos filhos. É aqui que nós temos que criar uma sociedade mais justa.”

A campanha, porém, foi interrompida no dia 13 de agosto, em meio à corrida eleitoral. Eduardo e mais seis pessoas morreram em um acidente aéreo. Na véspera Eduardo Campos tinha feito um pedido ao povo brasileiro: “Não vamos desistir do Brasil!”.

Miguel Arraes e Eduardo Campos nos deixaram um importante legado: além da certeza de que a política deve ser feita com o coração, com carisma, coragem, capacidade e responsabilidade, através da liderança deles, os pernambucanos e os brasileiros reaprenderam a sonhar.

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PSB busca líder nacional um ano após a morte de Eduardo Campos

Um ano após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, o PSB busca um líder nacional capaz de garantir união à legenda e disputar, com chance de vitória, a Presidência da República.
O partido tenta ainda conquistar espaço nos estados, com a filiação de nomes capazes de concorrer com chances de vitória às eleições para governador, em 2018.

Carismático e herdeiro de uma família com forte tradição política em Pernambuco, Eduardo Campos era a maior liderança do PSB. A morte prematura em meio à campanha pela Presidência, no ano passado, gerou um vácuo e incertezas sobre o futuro do partido que ele ajudou consolidar.

Para manter a visibilidade obtida na eleição de 2014, líderes do PSB tentam convencer a viúva do ex-governador, Renata Campos, a concorrer à Presidência da República em 2018.
João Campos, filho de Eduardo Campos, discursa na Câmara durante sessão em homenagem ao pai (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)João Campos, filho de Eduardo Campos, discursa na Câmara durante sessão em homenagem ao pai (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
A maior aposta do PSB para o futuro, porém, é João Campos, filho do ex-governador. Estudante de engenharia civil, o jovem de 24 anos quer seguir os passos do pai e deve estrear no campo político disputando uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2018.
“O filho do Eduardo vai ser candidato a deputado federal”, confirmou ao G1 o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

O vice-presidente de Relações Governamentais do partido, Beto Albuquerque (RS), também aposta no sobrenome e desenvoltura de João Campos, que já assumiu, na própria família, o papel de porta-voz – ele é incumbido de fazer os discursos em eventos públicos e conceder entrevistas.

“A gente tem que continuar firmes no propósito de continuar fazendo protagonismo. O João vai terminar a faculdade dele e certamente vai dar continuidade à política. Acho que ele vai ser candidato a deputado federal em 2018”, disse Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente da República, em 2014, na chapa liderada por Marina Silva após a morte de Campos.
A presença de Marina Silva no PSB, aliás, é considerada temporária, devido às divergências políticas entre ela e a direção do partido.
O nome da ex-senadora sequer é citado pelos dirigentes do PSB nos planos da sigla, e a expectativa é de que ela migre para a Rede Sustentabilidade, partido que tenta fundar, assim que a criação da legenda for autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Filho
João Campos não descarta a candidatura a deputado, mas adota tom de cautela ao falar do assunto.

“Hoje, eu sou estudante de engenharia da Universidade Federal de Pernambuco e meu plano é terminar a faculdade, me formar. O futuro a Deus pertence. Depois de terminar a faculdade posso pensar melhor, discutir e avaliar no tempo correto o que devemos seguir”, afirmou João Campos, que também herdou do pai a aparência e os olhos claros.
A viúva de Eduardo Campos, Renata, na Câmara dos Deputados (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)A viúva de Eduardo Campos, Renata, na Câmara dos Deputados (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

Mulher

Mais difícil que encorajar o jovem a seguir carreira política será convencer a mãe dele a disputar a Presidência em 2018.
Discreta, Renata Campos tem reiteradamente dito que defenderá o legado do marido, mas nos bastidores.
“Acho que, nesse cenário de o partido ter candidato, a Renata Campos é um nome ainda cedo para discussão, mas temos que cultivar a possibilidade de ela ser nossa candidata a presidente. Ela não admite, mas em política a gente tem que discutir as coisas mesmo sem acordo”, diz Beto Albuquerque.

Muito próximo à família de Eduardo Campos e afilhado político do ex-governador, o atual governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), destaca que Renata não tem interesse em ingressar na política. Logo após a tragédia de agosto do ano passado, o PSB tentou convencer, sem sucesso, a viúva a ser candidata a vice na chapa de Marina Silva.

“Renata, no momento, não se mostrou disposta a fazer a travessia para a política eleitoral. Ela foi uma grande pessoa que ajudou Eduardo, mas como militante do partido. Ela quer continuar ajudando o partido, nos ajudar a governar bem. Ela tem sempre contribuído, mas tem o seu espaço. Ela vai ter voz, como sempre teve no partido, e vai almejar aquilo que ela entende que será bom para ela”, disse Câmara ao G1.

Apesar da resistência de Renata, o presidente nacional do PSB não descarta a candidatura. “É uma possibilidade concreta, mas o partido também não precisa só considerar lideranças conhecidas, pode lançar novos nomes”, disse Carlos Siqueira.

Presidência

Mesmo com a indefinição em torno do nome, a certeza do partido é de que terá, de qualquer forma, candidato próprio à Presidência nas próximas eleições.
“Nós não temos mais o Eduardo e vamos demorar para ter outro líder completo, como ele se apresentava. Agora, a forma de você lançar lideranças é  trabalhar internamente com a perspectiva de continuar disputando a presidência da república, ainda que não tenha alguém como Eduardo”, defende Beto Albuquerque.
“Se você observar, procure um Eduardo Campos no PT, no PSDB. Não era uma liderança qualquer. Da mesma maneira que o PSB não tem, os outros não têm. Isso vai se forjando na luta política. Não se fabrica um líder”, afirma Siqueira.
Em busca de filiações

Além de buscar um “líder nacional”, o PSB investe na filiação de políticos de renome para viabilizar candidaturas próprias para prefeituras, em 2016, e governos estaduais, em 2018. Senadores do PT e do PSDB estão entre os alvos da legenda.

“Estamos conversando com o governador do Mato Grosso [Pedro Taques, do PDT], o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a senadora Lúcia Vânia (sem partido-GO). Quanto às eleições municipais, temos candidaturas em pelo menos dez capitais. Nossas prioridades são capitais e cidades-polo”, relatou o presidente do PSB.

Se o senador tucano Álvaro Dias aceitar migrar de partido, poderá disputar o governo do Paraná pelo PSB em 2018. O partido também negocia a filiação dos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Marta Suplicy (PT-SP), que também almejam o comando de prefeitura ou governo estadual.

“Sim, fui procurado pelo PSB, como também fui procurado por outros partidos. Conversei com senadores do PSB, como Romário, Lídice da Mata, Fernando Bezerra, mas também estou conversando com inúmeros partidos. Recebi muitos convites, estamos conversando”, confirmou Paim ao G1.

Unidade partidária
Após a morte inesperada de Eduardo Campos, o maior desafio do PSB foi garantir unidade. Na época da tragédia, quem assumiu o comando da sigla foi Roberto Amaral, então vice-presidente.

Quando o partido decidiu apoiar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo turno da eleição presidencial, Amaral se opôs e foi substituído no comando por Carlos Siqueira.

“O maior desafio foi encontrar um ponto de equilíbrio entre os que comandavam o partido com Eduardo Campos. Ele era a liderança maior, e o partido teve que buscar, no colegiado, uma forma de comandar o partido. Isso foi feito com Carlos Siqueira, que conseguiu unificar. E tomamos decisões corajosas, como ser independente em relação ao governo, não ter cargos”, ressalta o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Beto Albuquerque também destaca que o PSB teve que enfrentar um período de instabilidade com a morte do homem que dava cara ao partido e que concentrava em si as principais decisões.

“O partido sofreu muito a perda do Eduardo. Ele era um polo aglutinador. Conduzia o partido e as decisões da legenda. Ao alterarmos a direção do partido, assumimos o Carlos Siqueira, eu e o Renato Casagrande. A principal tarefa nesse semestre foi manter o partido unificado. Sempre que você perde o polo aglutinador, corre-se o risco de haver uma desunião e fragilização política”, disse.

Nathalia Passarinho e Fernanda Calgaro
Do G1, em Brasília

PAULO CÂMARA DEFENDE LEGADO DE EDURADO CAMPOS

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Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) diz que “é nosso dever ajudar a construir um Brasil do qual Eduardo Campos pediu para o povo jamais desistir”; “Eduardo dizia que o sonho dele era ver um Brasil no qual o filho do rico estudasse na mesma escola do filho do pobre. Para isso, o seu governo criou a maior rede do país de escolas públicas em tempo integral”, ressalta 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), destacou o legado de Eduardo Campos e disse que “é nosso dever ajudar a construir um Brasil do qual Eduardo Campos pediu para o povo jamais desistir”. Então presidenciável em 2014 pelo partido, Campos morreu em um acidente de avião em Santos.
“Eduardo dizia que o sonho dele era ver um Brasil no qual o filho do rico estudasse na mesma escola do filho do pobre. Para isso, o seu governo criou a maior rede do país de escolas públicas em tempo integral”, ressaltou entre seus projetos.
Eduardo nos deixou há um ano, mas seu legado ficou. É nosso dever ajudar a construir um Brasil do qual ele pediu para o povo jamais desistir
Qual o real peso dos líderes nos episódios mais importantes ao longo da história? Até que ponto esses protagonistas foram determinantes e fizeram a diferença, mudaram o rumo dos acontecimentos?
Essas são questões que emergem quando analisamos a falta que o ex-governador Eduardo Campos faz ao Estado de Pernambuco e ao Brasil. Na última segunda-feira (10), ele teria completado 50 anos de vida.
Eduardo foi o mais brilhante político brasileiro da sua geração. Tive o privilégio de acompanhar de perto essa trajetória, ao longo de 20 anos –mais intensamente entre 2007 e 2014, quando integrei sua equipe de secretários de Estado.
Eduardo se dividiu com perfeição no papel de líder político nacional e de gestor comprometido, atento a tudo o que dizia respeito ao governo que comandava. Era um perfeccionista que buscava suas metas com uma determinação singular.
Eduardo era esse líder diferenciado por duas razões que andam, infelizmente, escassas no Brasil: ele possuía uma imensa capacidade de dialogar e, acima de tudo, sabia se colocar no lugar do outro. Como ele dizia: "Conheço de gente". Dessa forma, Eduardo construiu um modelo de gestão que teve como objetivo melhorar a vida daqueles que mais precisam do poder público.
A partir de janeiro de 2007, Eduardo liderou em Pernambuco a implantação de um modelo de gestão que preza o mérito, o trabalho e a eficiência. Mas isso tudo só faz sentido porque o objetivo final é prestar um serviço público de qualidade ao povo pernambucano.
Foi sob esse princípio que Eduardo criou programas sociais reconhecidos internacionalmente, como o Mãe Coruja, de combate à mortalidade materno-infantil, o Pacto pela Vida, que uniu a sociedade para enfrentar a violência e reduzir o número de homicídios, o Ganhe o Mundo, responsável por abrir o intercâmbio aos alunos da rede estadual de ensino e o PE Conduz, que assegura o transporte de pessoas com mobilidade comprometida.
Eduardo dizia que o sonho dele era ver um Brasil no qual o filho do rico estudasse na mesma escola do filho do pobre. Para isso, o seu governo criou a maior rede do país de escolas públicas em tempo integral.
Nos últimos sete meses, como governador de Pernambuco, estive com várias lideranças empresariais, sindicais, políticas e da sociedade civil. Todos os que conheceram Eduardo Campos ou tiveram a oportunidade de conversar com ele relataram –sem exceção– emocionados o que foi aquela experiência.
Percebi um verdadeiro encantamento pelo que Eduardo dizia e defendia. Olho no olho, Eduardo tinha essa capacidade formidável de falar com a esperança de um Pernambuco melhor, de um Brasil mais desenvolvido, mais justo e solidário.
Eduardo não desistia. Não se intimidava diante das dificuldades. É de sua lavra a recomendação, que busco cumprir, de "não dar intimidade a problema". A paixão com a qual defendia suas ideias e propostas iria conquistar o povo brasileiro naturalmente, como conquistou os pernambucanos.
Eduardo Campos foi tirado da gente há um ano, coincidentemente no mesmo dia 13 de agosto em que, dez anos atrás, doutor Miguel Arraes, seu avô, também nos deixou. O legado de ambos, entretanto, permanecerá vivo, defendido pelos companheiros de PSB (Partido Socialista Brasileiro), amigos, admiradores e familiares.
Enquanto aqui esteve, Eduardo fez a diferença. Como todos os grandes líderes da humanidade. É nossa obrigação conduzir o seu legado e seus ideais de um Brasil que ele teve a esperança de ajudar a construir. De um Brasil do qual ele pediu para o povo jamais desistir.
brasil247.com

'Nossas vidas saíram do roteiro', diz viúva Renata sobre morte de Campos

Família de Eduardo Campos compareceu a diversas homenagens durante a semana. Pedro, Maria Eduarda, João, Renata e José costumam estar juntos em todos os eventos (Foto: Roberto Pereira / SEI)Família de Eduardo Campos compareceu a diversas homenagens durante a semana. Pedro, Maria Eduarda, João, Renata e José costumam estar juntos em todos os eventos, levando muitas vezes o bebê Miguel (Foto: Roberto Pereira / SEI)
Fazer planos para o futuro é habitual para a família Campos. Eduardo sonhava chegar à presidência da República. Pai presente, demonstrava a alegria com a chegada do quinto filho, Miguel, batizado em homenagem ao seu avô, Miguel Arraes. Era a certeza de mais festas de escola, como as dos outros quatro filhos que costumava frequentar. "Infelizmente, nossas vidas saíram do roteiro. Digo sempre que essa tragédia não estava no script, mas não nos resta outra coisa se não celebrar a vida, lembrar sua história”, afirmou a viúva, Renata Campos, durante seu único pronunciamento público, ocorrido durante um evento do PSB no Recife na última segunda (10).
Essa tragédia não estava no script, mas não nos resta outra coisa se não celebrar a vida"
Renata Campos
O acidente que matou o ex-governador de Pernambuco e então candidato à presidência Eduardo Campos pelo PSB, além de outras seis pessoas, completa um ano nesta quinta-feira (13). Em seu estado natal, o político continua a ser chamado de ‘Eduardo’. Para família, é o 'Dudu'. "Dudu foi um grande pai, companheiro, filho, irmão, amigo, um grande homem público. Sua sensibilidade, coragem e determinação, seu otimismo e generosidade, marcaram sua vida e fizeram a diferença na vida de muita gente", disse Renata.
A família Campos é reservada. Entrevistas são raras, mesmo comparecendo a vários eventos ao longo desta semana, que marca tanto o aniversário de Eduardo, comemorado na última segunda (10), quanto um ano da morte. Discreta, a viúva estava sempre acompanhada dos filhos, Maria Eduarda, João, Pedro, José e, por vezes, até mesmo o caçula, Miguel, de pouco mais de um ano.
Ato suprapartidário em homenagem aos 50 anos de nascimento do ex-governador Eduardo Campos (Foto: Wagner Ramos/Sei)Em ato suprapartidário em homenagem aos 50 anos de nascimento do ex-governador Eduardo Campos, o caçula Miguel chamou a atenção ao brincar, do colo da irmã Maria Eduarda, com o busto do pai (Foto: Wagner Ramos/Sei)
Mesmo com o peso da saudade, todos buscam sorrir e agradecer às pessoas nas cerimônias. Quando Renata não é a porta-voz, cabe a João falar pela mãe e irmãos. "Ele era o melhor pai do mundo, era um pai muito atencioso, carinhoso, presente, um amigo leal, um companheiro de todas as horas, um homem de palavra, era uma pessoa espetacular. Tanto é que você pode ver a quantidade de amigos que ele deixou, a quantidade de admiradores. [...] Mesmo com a agenda cheia de coisa, cheia de compromisso, ele nunca deixou de participar de uma festa nossa da escola, de um aniversário, nunca deixou de viver a família na essência", recordou o filho.
Sua alegria era uma coisa contagiante, ele sabia tirar partido da vida"
Ana Arraes, ministra do TCU e mãe de Campos
A relação próxima com a família sempre foi uma das características de Eduardo, que era visto frequentemente acompanhado pela mulher ou pelos filhos em agendas públicas. Sempre com um sorriso no rosto, era acostumado a abraçar as pessoas e conversar com todos. "Desde menino, ele era comunicativo, falava com todo mundo, interagia com todo mundo. Sua alegria era uma coisa contagiante, ele sabia tirar partido da vida, sabia levar uma vida difícil, dura, mas com muita leveza", relembrou a mãe, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes.
Quem os vê sorrindo, pode achar que a saudade foi superada. A ausência ainda é forte, mas foi uma opção da família comemorar a vida, mais do que relembrar a morte. "Foram muitas as demonstrações que tivemos de que não estávamos e não estamos sós. Demonstrações dos amigos, dos pernambucanos, dos brasileiros e também estrangeiros. Se não fosse assim, teria sido insuportável viver esse ano", explicou a viúva.
Renata Campos acompanhou missa ao lado dos filhos (Foto: Katherine Coutinho/G1)Renata Campos acompanhou missa em homenagem aos 50 anos de Eduardo ao lado dos filhos  (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Ninguém esperava uma morte, ainda mais em um acidente aéreo. Lembrar do filho ainda leva Ana Arraes às lágrimas. "Não é normal uma mãe enterrar um filho. É um fato muito difícil de se falar; a saudade, a falta. Um filho bom. Eu agradeço a Deus por ter tido um filho bom, um bom cidadão, um bom amigo, um bom gestor e um homem que fazia política com amor, dedicação", disse a ministra.
Turbulências nacionais
João Campos lembrou que foi "um ano muito difícil, completamente diferente, um ano que nós não esperávamos". As turbulências na política e economia levam muitos a questionar qual seria a posição de Eduardo diante do atual quadro nacional. Aliado durante muitos anos do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), primeiro com Lula, de quem foi ministro da Ciência e Tecnologia, e também da presidente Dilma Rousseff, rompeu com o governo quando anunciou a própria candidatura.

Para João, o papel do pai seria o de mediador. Mesmo que não fosse eleito para a Presidência, decerto iria tentar intermediar a crise. "Acho que ele tinha capacidade de diálogo, de juntar os bons e principalmente de lutar pelo bem do país, de não fazer uma disputa pelo poder, de não fazer uma disputa por espaço, mas sim de discutir a agenda que o Brasil merece, que o Brasil precisa. Então, acho que ele estaria disposto a juntar quem tem o interesse de fazer o bem do país, formar um grande time para escrever uma nova página", apontou.
No colo de João, José fotografa os detalhes da missa de 50 anos do pai em São Lourenço da Mata, na segunda (10), acompanhado também por Pedro e Maria Eduarda, além da mãe, Renata Campos, com Miguel no colo (Foto: Katherine Coutinho / G1)No colo de João, José fotografa os detalhes da missa de 50 anos do pai na cidade de São Lourenço, na segunda (10), acompanhado também por Pedro e Maria Eduarda, além da mãe, Renata Campos, com Miguel no colo (Foto: Katherine Coutinho / G1)
A família teve uma agenda intensa essa semana, com homenagens no Recife, em São Lourenço da Mata e até mesmo em Brasília. Na segunda (10), uma coletânea com os discursos do ex-governador de 2007 a 2014 foi lançada num ato suprapartidário no Recife, com a presença do senador e presidente nacional do PSDBAécio Neves, o ministro da Defesa Jaques Wagner(PT), a ex-senadora Marina Silva, entre outros políticos. O dia foi também da comemoração dos 50 anos de Eduardo Campos.
Katherine CoutinhoDo G1 PE

Homenagens ao ex-governador Eduardo Campos


Há um ano, o país vivia a efervescência da eleição presidencial. No meio do caminho, porém, uma tragédia mudou o curso da história política do Brasil. A morte de Eduardo Campos, em um acidente aéreo, em 13 de agosto de 2014, paralisou o Brasil e deixou os pernambucanos atônitos. Se estivesse vivo, o ex-governador do estado completaria nesta segunda-feira 50 anos. Duas datas, nesta semana, que serão registradas pelo Diário de Pernambuco através de cadernos especiais. 

As homenagens a Eduardo Campos durante todo o mês de agosto ocorrerão na capital, nos municípios do interior de Pernambuco, em Brasília e até mesmo através de uma instituição internacional, o Banco Mundial. As celebrações começam hoje e serão prestadas para marcar os 50 anos de nascimento e um ano da morte do ex-governador, que filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Os eventos foram planejados conjuntamente com os familiares do líder socialista, as direções estaduais e nacionais do partido e a Fundação João Mangabeira.


A orientação da família do ex-governador é de que as atividades sejam uma celebração à vida. Vítima de acidente aéreo no dia 13 de agosto do ano passado, em São Paulo, Eduardo completaria 50 anos no próximo dia 10. Na última semana, a direção estadual do PSB confirmou a iniciativa do Banco Mundial de enviar uma carta à viúva do ex-governador, Renata Campos, comunicando que a instituição decidiu criar um prêmio de gestão pública com o nome de Eduardo Campos.


A premiação acontecerá no início do próximo ano, em Washington, Estados Unidos, e deverá ser entregue por Renata. “É motivo de orgulho poder reconhecer por meio deste gesto a brilhante trajetória e contribuição de Eduardo para a gestão pública do estado, do Brasil e de toda América Latina e o Caribe”, escreveu o presidente do Banco Mundial, Luiz Alberto Moreno.

As homenagens se estenderão por mais quatro dias, a partir de hoje, em diversos locais. A programação também prevê sessões solenes na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado. O primeiro evento começa com um ato público, às 9h, no Arcádia do Paço Alfandega e contará com a presença de diversas lideranças políticas locais e nacionais do PSB e de outras legendas. Também farão parte das homenagens missas, inauguração de uma escola técnica, lançamento de um livro com discursos do ex-governador e visita do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Júlio ao túmulo de Eduardo Campos, no cemitério de Santo Amaro.

Programação das homenagens a Eduardo Campos


Segunda-feira (10/08)
9h - Ato Público na Casa de Recepção Arcádia do Paço Alfandêga com a presença da família Campos, lideranças políticas de Pernambuco, do PSB local e nacional, lideranças de outras legendas nacionais. Também haverá a apresentação de um vídeo sobre a vida de Eduardo e o lançamento do livro do jornalista Evaldo Costa com os discursos do governador ao longo do seu período de governo (7 anos e quatro meses)

18h - A ex-primeira dama do estado Renata Campos participa com a família de uma missa campal na igreja matriz de São Lourenço da Mata


Terça-feira (11/08)
9h - Inauguração pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio, do Compaz do Alto Santa Terezinha na presença do governador Paulo Câmara e da família de Eduardo. O equipamento de prevenção à violência terá o nome do ex-governador


18h - Sessão solene na Assembleia Legislativa de PE (Alepe)


Quarta-feira (12/08)
10h - Sessão solene na Câmara dos Deputados. O ato contará com a presença da família do ex-governador Eduardo Campos e de lideranças do PSB, bancada federal do Pernanbuco e prefeitos


Quinta-feira (13/08)
14h30 - O prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara farão uma visita ao túmulo de Eduardo no Cemitério de Santo Amaro


16h - O governador Paulo Câmara assinará no Palácio das Princesas mensagem encaminhando projeto de lei para a Assembleia Legislativa que dará nome de Eduardo Campos ao edifício da Secretaria de Planejamento (Seplag), localizado na Rua da Aurora. Será chamado Instituto de Gestão Governador Eduardo Campos. Na ocasião haverá a fixação de uma placa registrando que o ex-governador deixou o Palácio das Princesas para se candidatar a Presidência da República.


20h Missa na Matriz de Casa Forte em memória de Eduardo Campos, na Praça de Casa Forte e para marcar os 10 anos da morte do ex-governador Miguel Arraes.


Sexta-feira (14/08)
8h30 - O governador Paulo Câmara irá ao interior do estado para inaugurar a escola técnica Governador Eduardo Campos, em São Bento do Una, junto com a família do ex-lider socialista.


Segunda-feira (24/08)
Haverá o lançamento na Assembleia do livro com o perfil de Eduardo Campos no período em que atuou como deputado.


Diario de Pernambuco

Campanha 'Sou mulher, não aceito violência' será lançada no Ceará

O Núcleo de Gênero Pró-Mulher (Nuprom) de Fortaleza lança no próximo dia 17, às 14h, a Campanha Sou mulher, não aceito violência!, em parceria com a Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Estado do Ceará (APDM), no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, na rua Assunção, 1.100 – José Bonifácio.

O evento de abertura da campanha contará com a participação do psicólogo e doutor em Sociologia, professor titular do Curso de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Georges Daniel Janja Bloc Boris, que proferirá uma palestra com o tema “Falas Masculinas ou Ser Homem em Fortaleza: Múltiplos Recortes da Construção da Subjetividade Masculina na Contemporaneidade”.

Em breve, será realizada a divulgação da campanha no interior do Estado do Ceará, nas regiões do Cariri, Metropolitana de Fortaleza e Norte, a partir de subtemas propostos em cada um dos três encontros, visando estimular a participação dos homens no processo de responsabilização de suas atitudes, bem como na compreensão de fatores históricos e culturais que contribuem para as suas ações violentas.


Ceará News 7

ANEEL PEDE REDUÇÃO DE 18% EM BANDEIRA VERMELHA NAS CONTAS DE LUZ

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Redução seria para R$ 4,50 para cada 100 quilowatt-hora consumido, ante os R$ 5,50 atualmente em vigor, na proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica; se confirmado, o novo valor valeria entre setembro e dezembro deste ano
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs nesta quinta-feira uma redução na taxa das bandeiras tarifárias vermelhas para 4,50 reais para cada 100 quilowatt-hora consumido, ante os 5,50 reais atualmente em vigor, uma queda de cerca de 18 por cento.
Se confirmado, o novo valor valerá entre setembro e dezembro deste ano e deverá reduzir em 2 por cento, em média, a conta de luz dos consumidores residenciais, estimou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
Além disso, a Aneel estima que a queda no valor da bandeira vermelha reduzirá em 1,7 bilhão de reais a arrecadação do sistema de bandeiras até o fim do ano.
As bandeiras tarifárias indicam para o consumidor o custo na geração. As atuais bandeiras vermelhas sinalizam custos mais elevados. Os recursos arrecadados com a bandeira cobrem custos de geração das térmicas e exposições ao mercado de curto prazo.
A proposta de redução apresentada pela Aneel decorre de solicitação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que na semana passada mandou desligar 2 mil megawatts gerados em termelétricas que têm custo de operação superior a 600 reais por megawatt-hora.
Segundo Rufino, apesar de o desligamento das térmicas ter permitido a proposta de baixar o custo da bandeira vermelha, ainda não permite mudar a cor para amarela, na qual a taxa adicional corresponde a 2,50 reais para cada 100 quilowatt-hora.
"Não temos cenário para mudar a (cor da) bandeira nos próximos meses", disse Rufino.
Ele lembrou que, para que a bandeira fique amarela, é necessário desligar termelétricas com custo de operação abaixo de 388 reais por MWh.
"Como desligamos as térmicas com custo acima de 600 reais, não é provável que se desligue as que estão abaixo de 388 reais", disse.
Rufino, porém, explicou que o valor da bandeira vermelha pode ser alterado, como propõe a agência, em caso de fatos excepcionais, como foi o caso da decisão do CMSE.
Ele disse ainda que a Aneel pode eventualmente reduzir o valor da bandeira vermelha se, por exemplo, caírem as liminares judiciais que transferem custos dos geradores para os consumidores.
A proposta de redução da taxa da bandeira vermelha permanecerá em audiência pública entre os dias 14 e 24 de agosto. Depois disso, a ideia da Aneel é aprovar a mudança no dia 28 deste mês para que a nova taxa já entre em vigor em setembro.
(Por Leonardo Goy)
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Icasa chega ao 2º dia de greve e ameaça não entrar em campo

A situação péssima do Icasa parece não ter fim. Nesta quarta-feira, o elenco não foi ao gramado para treinar pelo segundo dia consecutivo e ameaça não enfrentar o Salgueiro, no próximo final de semana pela 12ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. O motivo: salários atrasados.


O segundo dia de greve preocupou a diretoria do Icasa, pois os jogadores afirmaram que só entrarão em campo se houver o pagamento integral dos salários atrasados e da premiação de R$ 10 mil prometida pelo dirigentes pela vitória sobre o América-RN, por 1 a 0, no último sábado. 

Alguns jogadores acumulam até três meses de salários atrasados. Nomes mais experientes como o zagueiro Gabriel Santos, ex-Palmeiras e Ponte Preta, e o volante Marcone, ex-Atlético-GO, deixaram o clube sem receber um tostão. Foi assim com outros onze jogadores que deixaram o clube nos últimos meses.

O presidente do Icasa, Paes de Lira, garantiu que o pagamento será feito até o próximo final de semana. O dirigente espera verba da Prefeitura de Juazeiro do Norte para completar o acerto. Nesta quinta-feira, o Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Ceará (SAFECE) fará uma reunião com dirigente do Verdão do Cariri para cobrar uma posição. 

A entidade promete levar o caso para o STJD e para a CBF. Desta forma, o Icasa pode perder pontos na classificação da Série C.

Futebol Interior