16 de junho de 2018

Abel Braga não é mais o técnico do Fluminense

Abel Braga não é mais técnico do Fluminense (Foto: Mailson Santana/Fluminense)

O Fluminense informa que Abel Braga não é mais o técnico da equipe tricolor. A decisão sobre a interrupção do trabalho, por desejo do treinador, foi comunicada neste sábado. A terceira passagem do comandante pelo clube se encerra após um ano e meio de parceria.
Abel Braga é o segundo técnico com mais partidas à frente do Fluminense, num total de 329. Foi campeão brasileiro em 2012, carioca em 2005 e 2012, da Taça Rio em 2005 e 2018, e da Taça Guanabara, em 2012 e 2017. Neste último período, foram 109 jogos, com 43 vitórias, 29 empates e 37 derrotas.
O presidente Pedro Abad lamentou a decisão do treinador.
- Certamente é uma perda muito grande para o Fluminense. Abel estava conosco desde o início da gestão. Mas entendeu que era o momento de encerrar este ciclo. Respeitamos a decisão dele e já estamos em busca de uma reposição à altura para o carro-chefe do nosso clube - avisou o presidente tricolor.
Com informações do Fluminense.com

Brasil é país mais preocupado com notícias falsas, diz estudo global

internet

O Brasil aparece como o país mais preocupado com as chamadas “notícias falsas” (fake news) em um estudo global que analisou a realidade de 37 nações. Dos entrevistados brasileiros, 85% manifestaram preocupação com a veracidade e a possibilidade de manipulação nas notícias lidas. A lista é seguida por Portugal (71%), Espanha (69%), Chile (66%) e Grécia (66%). Na opinião dos autores, a polarização política nesses países provocada por eleições, referendos e outros grandes processos de disputa na sociedade podem ter favorecido essa percepção.

Já os menos preocupados com a possibilidade de uma notícia não ser verdadeira ou contar algum tipo de desinformação são Holanda (30%), Dinamarca (36%), Suécia (36%), Alemanha (37%) e Áustria (38%). Os autores destacaram na análise que, diferentemente dos Estados Unidos, a Alemanha passou recentemente por eleições em que a disseminação de notícias falsas não apareceu como um problema grave.

Quando tomada a amostra de forma conjunta, a média geral das pessoas consultadas pelo levantamento preocupadas com a veracidade das informações lidas na Internet ficou em 54%.

O Relatório sobre Notícias Digitais do Instituto Reuters, uma das mais importantes pesquisas do mundo sobre o tema, foi divulgado nesta semana. O levantamento fez entrevistas para identificar hábitos de consumo da população em relação a veículos de mídia e produtos jornalísticos.

Percepção
Os autores da pesquisa apontam uma percepção maior do que a realidade vivida pelas pessoas. Do total dos entrevistados, 58% disseram estar preocupados com notícias “fabricadas” mas apenas 26% conseguiram identificar casos concretos. Essa diferenciação, entretanto, não foi feita por país, não permitindo identificar se essa disparidade ocorre nas nações onde a preocupação foi maior, como no Brasil.

“Quando olhamos para os resultados do nosso estudo, descobrimos que quando consumidores falam sobre ´fake news´ eles estão preocupados também com mau jornalismo, práticas de caça de cliques e enviesamento”, argumentam os autores da pesquisa.

Providências
Mesmo assim, as pessoas consultadas colocaram a necessidade de providências sobre o assunto. Na avaliação dos entrevistados, os principais responsáveis por adotar medidas de combate às chamadas notícias falsas deveriam ser os veículos tradicionais de mídia (75%) e as plataformas digitais (71%).

Na compreensão dos autores, essa percepção estaria relacionada ao fato de muitas reclamações com foco na veracidade ou manipulação estarem relacionadas a mídias tradicionais, e não a conteúdos fabricados por sites desconhecidos.

A adoção de alguma regulação pelo Estado para atacar o problema ganhou aceitação sobretudo entre asiáticos (63%) e europeus (60%). Na Europa, a regulação do tema tem ganhado espaço. No último ano, a Alemanha aprovou uma lei que passa a responsabilidade pela fiscalização de conteúdos falsos e ilegais às plataformas. No Brasil, já há diversos projetos de lei tramitando no Congresso visando estabelecer regras sobre o tema. 

Por Jonas Valente
Com informações da Agência Brasil

Pobres do país levam nove gerações para alcançar renda média, diz OCDE

Moradora do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, pinta a bandeira do Brasil numa parede.Moradora do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, pinta a bandeira do Brasil numa parede.  AP
Uma família brasileira pode levar até nove gerações para deixar a faixa dos 10% mais pobres e chegar à de renda média do país, segundo estudo sobre mobilidade social elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Nesse quesito, o Brasil só fica na frente da Colômbia e empata com a África do Sul numa lista de 30 países analisados pelo estudo O elevador social está quebrado? Como promover mobilidade social, divulgado nesta sexta-feira. Na Colômbia, são necessárias 11 gerações para que uma família alcance a renda média nacional. A organização destaca que o estudo é ilustrativo e que não deve ser levado ao pé da letra.
A percepção do brasileiro, de acordo com pesquisa da Oxfam mencionada no estudo, endossa o cenário: seis em dez cidadãos pensam que esforço não é o bastante para um pessoa que nasceu pobre alcançar uma situação de vida confortável. De acordo com o levantamento da OCDE, 35% dos filhos de pais posicionados no um quinto mais pobre do Brasil terminam a vida nesse mesmo estrato social. Além disso, apenas 7% deles chegarão a figurar entre os 20% mais ricos.
Mais pobres podem levar até 9 gerações para atingir renda média no Brasil
Por outro lado, 43% dos filhos com pais mais ricos seguirão com o mesmo nível de renda, enquanto apenas 7% deles têm chance de piorar de vida. Para se ter uma ideia da situação brasileira, a média da OCDE indica que apenas 31% do um quarto mais pobres seguem da mesma forma, enquanto 17% se elevam ao um quarto mais rico. A mobilidade social é maior em países como Estados Unidos e muito maior nos países nórdicos.
E como se acelera o elevador social no Brasil? Não há receitas milagrosas, mas algumas pistas. A OCDE sugere ao Brasil melhorar o gasto público, principalmente nas áreas de educação — com mais investimento no ensino básico — e saúde — alocando recursos para os tratamento mais importantes e para as pessoas quem mais precisem. A formação de desempregados por meio do Pronatec também é destacada pelo organismo internacional, assim como a redistribuição de renda por meio de reformas que extingam isenções e o aumento do gasto social em programas para auxiliar os cidadãos mais vulneráveis.
Apesar dos números ruins, segundo a mesma pesquisa os brasileiros que já conseguiram subir na escala social têm menos risco de piorar de vida na comparação com habitantes de países emergentes como China, África do Sul e Indonésia. E por que todos esses dados importam? Porque saber se uma geração vive melhor ou pior do que seus pais não é só uma percepção ou uma curiosidade. Também é um fator econômico chave, segundo a OCDE.
O estudo investiga o impacto de "eventos gatilhos" — como mudanças no mercado de trabalho, divórcio ou parto — na mobilidade da renda. O emprego é o principal determinante da trajetória de renda individual, mas, em vários países, "as mudanças relacionadas à família também podem desempenhar um papel muito importante". "Em particular, as mulheres são mais gravemente afetadas do que os homens por perdas de renda após o divórcio", diz o estudo. Uma rede de transferências sociais é um fator crucial para evitar a mobilidade descendente, segundo a OCDE, enquanto a mobilidade ascendente resulta principalmente da dinâmica do mercado de trabalho.

Produtividade

O conceito de mobilidade social influi na produtividade econômica de um país e na qualidade de vida de seus cidadãos. E também tem fortes implicações políticas: um alto risco de cair na escala da mobilidade e a perda de status social que isso implica não só reduz a satisfação pessoal, mas também “mina a coesão social e a sensação das pessoas de que sua voz conta, especialmente entre pessoas de rendimentos médios e baixos”. Isso, por sua vez, “reduz a confiança no sistema sociopolítico, com potenciais consequências negativas na participação democrática”. E isso, adverte o organismo com sede em Paris, “reforça os extremismos políticos ou o populismo”.
Por Rodolfo Borges  e Silvia Ayuso
Com informações do El País

Partidos receberão R$ 1,7 bilhão para campanha eleitoral, diz TSE

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou hoje (15) que o montante total do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) será de R$ 1,716 bilhão. Criado no ano passado para regulamentar o repasse de recursos públicos entre as legendas, o fundo será repartido entre os diretórios nacionais dos 35 partidos com registro no TSE, em conformidade com as regras de distribuição estabelecidas na Resolução nº 23.568/2018, aprovada pela Corte Eleitoral no fim de maio.
Pelas regras, 98% do montante serão divididos de forma proporcional entre os partidos, levando em conta o número de representantes no Congresso Nacional (Câmara e Senado). Isso significa que as siglas que elegeram o maior número de parlamentares em 2014 e aquelas que seguem mantendo o maior número de cadeiras legislativas receberão mais recursos, com destaque para PMDB, PT e PSDB, que vão contar com cotas de R$ 234,2 milhões, R$ 212,2 milhões e R$ 185,8 milhões, respectivamente. Em seguida, aparecem o PP (R$ 131 milhões) e o PSB (R$ 118 milhões) entre as legendas beneficiadas com as maiores fatias.  
Apenas os 2% restantes (R$ 34,2 milhões) serão repartidos igualmente entre os partidos com registro no TSE, independentemente de haver ou não representação no Congresso. Nesse caso, os partidos que não contam com nenhum parlamentar no Legislativo federal receberão a quantia de mínima de R$ 980,6 mil do fundo eleitoral. 
Essas serão as primeiras eleições gerais do país na vigência da proibição de doação financeira de empresas a candidatos e partidos políticos, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada em 2015. Por causa disso, os recursos do Fundo Eleitoral representam a principal fonte de financiamento da campanha.  
De acordo como o TSE, os recursos do fundo somente serão disponibilizados às legendas após a definição dos critérios para a sua distribuição interna dentro dos partidos, que devem ser aprovados, em reunião, pela maioria absoluta dos membros dos diretórios nacionais. Tais critérios devem prever a obrigação de aplicação mínima de 30% do total recebido do fundo para o custeio da campanha eleitoral de mulheres candidatas  pelo partido ou coligação. Os maiores partidos ainda não definiram de que forma vão dividir os recursos do fundo eleitoral entre os seus candidatos. 
Em seguida, os órgãos nacionais das legendas devem encaminhar ofício ao TSE indicando os critérios fixados para a distribuição do fundo. O documento deve estar acompanhado da ata da reunião que definiu os parâmetros, com reconhecimento de firma em cartório, de prova material de ampla divulgação dos critérios de distribuição, e da indicação dos dados bancários da conta corrente aberta exclusivamente para a movimentação dos recursos.
Por Pedro Rafael Vilela 
Com informações da Agência Brasil

Fortaleza bate Brasil - RS na Série B e segue 100% no Castelão

Dodô marcou o primeiro gol (Foto: Julio Caesar/ O POVO)

O Fortaleza venceu o Brasil-RS por 2 a 0 na noite desta sexta-feira, 15, no Castelão e segue com aproveitamento de 100% em casa, na Série B. Dodô e Diego Jussani marcaram os gols do Leão. O resultado fez o Tricolor chegar aos 26 pontos e abrir cinco de vantagem para o segundo colocado, o Avaí.

Com cinco modificações, o Fortaleza sentiu certa dificuldade no início da partida. Diante do um Brasil fechado, dando pouco espaço, o tricolor cearense finalizou pouco na primeira etapa, apenas cinco vezes. Se faltaram oportunidades, sobrou eficiência. De três bolas pra meta, duas entraram. 

A primeira aos 32 minutos, quando, após uma jogada pelo lado direito, Dodô experimentou chutar de fora da área e acertou o ângulo direito do goleiro Marcelo Pitol. A outra aos 41, quando edinho cobrou falta da direita e Jussani, de costas, desviou para o gol. O goleiro Xavante saiu mal e acabou facilitando. 

Depois de colocar dois gols à frente no placar, o Leão controlou a partida. Na volta do intervalo, porém, o Brasil fez pressão. Com duas alterações feitas por Clemer, o time passou a finalizar bastante, mas quase sempre errado. Ainda assim, Boeck fez pelo menos duas defesas difíceis.

O Leão também teve chance de ampliar. Numa jogada de Edinho, a bola desviou em um zagueiro e acertou o travessão na caída. Rogério Ceni abriu mão do atacante referência, Wilson, pra colocar Wesley e já havia sacado Marcinho, que teve atuação discreta (bem como todos os substitutos escalados) e colocado João Henrique, mas o terceiro gol não saiu. 

Com o placar, o Fortaleza reencontrou o caminho das vitórias já que há duas partidas não triunfava. O próximo desafio será diante do Oeste, no sábado, 23, novamente no Castelão. 

Com informações do O Povo