26 de janeiro de 2014

Empresária paraibana é pivô de novo escândalo de corrupção em Brasília

Empresária Ana Cristina Aquino. (Foto: Reprodução)
A empresária natural da cidade de Monteiro, no Cariri da Paraíba, Ana Cristina Aquino, está protagonizando o mais novo escândalo em Brasília, que envolve o ex-ministro do Trabalho e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o atual ministro da Pasta, Manoel Dias, também do PDT.

Ana Cristina, que é dona das transportadoras AG Log e a AGX Log Transportes, revelou ao Ministério Público Federal um esquema que cobra propina para criação de sindicatos. Ela detalhou a atuação de uma máfia e contou que entregou R$ 200 mil a Carlos Lupi, de um acerto de R$ 3 milhões, para garantir um sindicato cegonheiro. As informações foram publicadas na revista Isto É.

Segundo a publicação, a Polícia Federal em Minas Gerais já tem indícios de que as empresas de Ana Cristina serviam como passagem para o dinheiro usado no pagamento das propinas para a criação de sindicatos.

“Depois de receber R$ 200 mil e prometer aos representantes da AG Log que o Sincepe seria criado em um prazo recorde de 40 dias, Lupi foi varrido do cargo durante a faxina que a presidenta Dilma Rousseff  começava a fazer no seu governo. Ele foi demitido por envolvimento em denúncias de corrupção, que incluíam exatamente os processos irregulares de criação de sindicatos”, diz a publicação.

À revista, o ex-ministro Carlos Lupi afirmou que só irá se manifestar quando tiver acesso aos documentos que Ana Cristina diz ter entregue ao Ministério Público.

O setor dos sindicatos movimento mais de R$ 2 bilhões por ano no Brasil. 

Portal Correio

Luizianne Lins diz que não é carta fora do jogo na sucessão de Cid

Há um ano longe do Poder Executivo, a ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), parou um pouco para se olhar. Dez quilos mais magra, olhos de menina, a petista anda fazendo coisas de gente que está fora das rodas do poder dos paços e palácios. Quando não está em Fortaleza, num apartamento simples que terminou de pagar com um financiamento da Caixa Econômica, na Aldeota, ela investe em se manter no anonimato no Rio de Janeiro, ao lado de Tiê.
O filho, hoje com 14 anos, adolesceu enquanto ela fazia o papel de prefeita da capital cearense. Quando Tiê rebentou, Luizianne já acumulava cruzadas políticas. “Esse é o primeiro ano da minha vida após 24 anos dentro do parlamento, no Executivo e em movimentos sociais (como líder sindical e estudantil)”.
Tímido e simpático, Tiê está experimentando a mãe de uma outra maneira. No Rio de Janeiro, onde dificilmente são abordados, ele não é o “filho da prefeita” nem tem de escutar indelicadezas ou piadinhas. Habitantes de um apartamento alugado no Leblon, combinaram deixar na garagem, em Fortaleza, o Fiat Pálio da família de dois. De caso pensado, esquadrinha Luizianne Lins. “Lá nos deslocamos a pé ou de bicicleta”, diz, com a tranquilidade de quem se reencontrou com alguns prazeres simples. “Voltei a ir para o cinema, fazia tempo!”.
Fora do poder, a petista também teve de refazer algumas rotinas e costumes. Quando menos esperou, viu-se sem telefone celular. A conta foi a mais de R$ 1.500,00 sem que percebesse - ainda pelo hábito de longas conversas de bastidores políticos que se mantiveram - e a operadora bloqueou a conta da ex-prefeita.
“Sempre usei funcionais, coloquei na ponta do lápis e optei pelos pré-pagos”. Sem constrangimento, riu do dia em que estava falando com o senador Eunício Oliveira (PMDB) e teve que dizer que seus créditos estavam acabando. Pediu que ele ligasse de volta pra ela. “Ele demorou para entender ou acreditar”, brinca com um iPhone e um aparelho mais simples na mão. Ela vai se reacostumando à vida na aldeia.
Luizianne tem agora um orçamento medido. Um bom salário, mas longe dos benefícios legais de gabinete que teve direito como vereadora, deputada estadual e prefeita. Beira hoje os R$ 10 mil por duas atividades: é professora efetiva do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC) - licenciada das aulas para fazer o mestrado no Rio - e atua como conselheira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por ter ficado entre os cinco primeiros colocado na PUC do Rio, poderia até requerer a bolsa como mestranda. Abriu mão por quem se classificou abaixo dela. “No BNDES, toda semana, avalio projetos e há reuniões a cada três meses”.
Foi um achado ter uma vaga no BNDES “carioca”. A presidente Dilma Rousseff havia lhe oferecido um cargo na Secretaria de Políticas para Mulheres, em Brasília. Mas os planos, principalmente por causa de Tiê e do mestrado, direcionavam para o Rio. Fizesse ou não o sucessor em Fortaleza, iria reorganizar a vida na capital fluminense. “Não queria ser comentarista de governo de ninguém”.
O retorno
Para além da volta à prática de atividade física, acupuntura, passeios de bicicleta com filho e cinema, Luizianne Lins agora dá sentido aos bastidores da política. Está tão forte e influente como sempre esteve. Age na articulação e conversa com quem pode dar outro tom à linha traçada pelos Ferreira Gomes para o Ceará. Foi assim quando se encontrou várias vezes com o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), desafeto de Cid e Ciro Gomes (ex-PSB, agora do Pros). “A política está medíocre. Acreditei que Cid pudesse ser diferente de Ciro. Ele também não pensa nas pessoas”.
Disposta a reeditar 2004, quando saiu candidata a Prefeita de Fortaleza sem o apoio de cardeais do PT local e nacional (o candidato de Lula era Inácio Arruda, do PCdoB), Luizianne diz que “topa ser candidata à sucessão de Cid Gomes”. Não é prioridade nem projeto de vida no momento, ressalta a petista. Voltaria para os embates dos palaques “para tornar menos previsível a campanha”. A política fervilha no sangue.
A seu favor, Luizianne tem uma pesquisa encomendada pelo próprio Partido dos Trabalhadores que a aponta como a segunda maior líder para influenciar as eleições de 2014. O senador José Pimentel confirma. Segundo a ex-prefeita, num cenário sem o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), ela e o senador Eunício Oliveira dividem o potencial de modificar cenários.
Luizianne faz outras contas. Elmano Freitas, seu candidato derrotado nas eleições para prefeito em 2012, saiu com 47% dos votos no 2º turno. “Fortaleza está insatisfeita”. E mais, o PT dobrou o número de prefeituras no Interior do Estado: de 15 para 29. Além disso, afirma baseada em pesquisa, a maior preferência partidária pelo PT é no Brasil é no Ceará (38%). Ela não é carta fora do jogo.
CONTRA TODOS
Luizianne Lins não é a preferida. O diretório estadual do PT, comandado por Diassis Diniz, um apadrinhado do deputado federal José Guimarães, já declarou que apoiará quem Cid Gomes (Pros) indicar. A intenção dos petistas aqui, segundo Ruy Falcão, presidente nacional da sigla, é angariar votos para a reeleição da “companheira” Dilma.Não importa se haverá dois ou três palanques políticos e qual o pedigree dos aliados. Luizianne não se dá por vencida.
Confira o vídeo:



O Povo

A Copa no centro dos protestos

Manifestantes mascarados em frente ao Masp: protesto na capital paulista acabou em depredação de agências bancárias e veículos incendiados. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
No dia em que os rolezinhos não conseguiram uma mobilização expressiva no país, manifestantes protestaram em pelo menos 10 capitais brasileiras contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Além de Brasília, foram registrados atos no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Goiânia, no Recife, em Curitiba, em Belo Horizonte, em Porto Alegre, em Vitória e em Fortaleza. Na capital paulista, onde houve uma série de eventos para comemorar os 460 anos da cidade, foram registrados os maiores problemas, com atos de vandalismo e confronto com policiais militares. 


Segundo as autoridades, duas agências bancárias foram depredadas e ao menos dois veículos — sendo uma viatura da PM — foram incendiados. Não foram informados o número de detidos e feridos. No fim da tarde, a prefeitura cancelou shows e festas que ocorreriam em vários bairros de São Paulo.

Antes da confusão, munido de cartazes que pediam escolas, hospitais e transporte coletivo padrão Fida, o Movimento Não vai ter Copa fechou os dois sentidos da Avenida Paulista. A Polícia Militar de São Paulo comunicou que a manifestação reuniu aproximadamente mil pessoas. Assustados com a movimentação, alguns comerciantes da Avenida Brigadeiro Luis Antônio, por onde passou o protesto, fecharam as portas. Após uma hora, o comércio voltou a funcionar normalmente.

Alguns integrantes do grupo black blocs, mascarados conhecidos por protestar de maneira violenta, participaram do ato. Eles fecharam a Avenida Paulista no sentido Consolação. Uma hora depois, a própria PM bloqueou o sentido Paraíso e as pessoas que protestavam tomaram a Paulista, no trecho próximo ao Masp. 

Durante a manifestação, palavras de ordem contra a Copa eram ouvidas. Os ativistas entoavam gritos como “Não vai ter Copa” e “Ô, Brasil, vamos acordar! Um professor vale mais do que o Neymar”.

No Rio de Janeiro, o local escolhido foi a Avenida Atlântica, em frente ao Hotel Copacabana Palace. Apenas 130 pessoas participaram do ato. Além do Mundial de Futebol, o grupo protestava contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). Alguns manifestantes ainda pediam a extinção da Polícia Militar no estado fluminense.

O policiamento no local foi reforçado por homens do 19º BPM. Um manifestante foi conduzido à delegacia para averiguação, mas foi liberado logo em seguida. Nas redes sociais, 5 mil pessoas tinham confirmado presença no evento.

Pichações
Em Goiânia, um pequeno grupo de pessoas foi até o centro da cidade. A concentração ocorreu por volta das 9h, em frente ao Teatro Goiânia, no cruzamento das avenidas Anhanguera e Tocantins. Depois, eles seguiram até o Palácio Pedro Ludovico, sede do governo do estado. De acordo com a Polícia Militar, a passeata foi pacífica e ninguém foi preso. No entanto, algumas pessoas queimaram pneus e picharam muros durante o trajeto. Um ônibus ficou parado no meio da manifestação, e os passageiros foram impedidos de descer.

No Recife, a mobilização também foi fraca. Aproximadamente 100 pessoas participaram de uma caminhada pela Avenida Agamenon Magalhães. A Polícia Militar, que contava com um efetivo de 20 policiais, acompanhou tudo a distância. 

Nos principais cruzamentos da capital pernambucana, o grupo sentava no asfalto por alguns minutos. O trânsito ficou congestionado em alguns locais da cidade. Parte dos manifestantes protestaram em um shopping de luxo da cidade. Dez pessoas ligadas ao Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe foram até o centro de compras, mas não foram registrados tumultos.

Em outras capitais, como Belo Horizonte, Porto Alegre, Vitória e Fortaleza, os protestos foram pequenos e, apesar de um outro caso de vandalismo, não houve maiores incidentes. 

Correio Braziliense

Ligações misteriosas geram medo de golpe nas redes sociais

Um possível novo golpe, feito através deligações telefônicas, tem sido denunciado por usuários de redes sociais neste fim de semana. De acordo com relatos deixados no Facebook por pessoas de várias partes do País, ao atender as ligações de números que começam com "065 65 20", uma voz automatizada pediria dados pessoais para aplicar um possível golpe.
Houve quem dissesse que a voz automatizada sugeriria um tipo de pacto satânico. Foto: Reprodução Facebook
Ao fim da ligação, algumas pessoas relataram que uma quantia significativa de créditos teria sido gasta, pois se trataria de uma ligação internacional.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) indica que as pessoas lesadas pelo golpe procurem a Polícia para prestar queixa, e que entrem em contato com as operadores de celular para saber se seus números foram, de fato, clonados ou se houve algum tipo de desconto na fatura do celular.
DN