31 de julho de 2018

O poder das urnas nas nossas mãos

Metade dos senadores com mandato até 2023 deixará cargo para tentar governo
Ano eleitoral é sempre um bom momento para analisarmos a conduta de gestores que, após quatro anos de mandato, tentam nova vitória nas eleições. As urnas dirão, ainda que de forma parcial, conforme já expressado neste espaço, se as ações e decisões daqueles alçados à condição de mandatários de gabinetes – seja no Executivo ou no Legislativo – tiveram o resultado esperado por eles.
Será que as atitudes tomadas por muitas dessas autoridades, muitas vezes mal-intencionadas, em alguns casos mal preparadas ou simplesmente manobradas, realmente afiançam votos? Atitudes essas que beiram a irresponsabilidade, tomadas sem a necessária reflexão sobre suas consequências, causando desequilíbrio fiscal e endividamento público, e onerando sempre o lado mais fraco, a população?
Há 18 anos, em maio de 2000, foi sancionada a Lei Complementar nº 101, a chamada de Lei de Responsabilidade Fiscal, criada para evitar riscos e corrigir desvios que capazes de ameaçar o equilíbrio fiscal. Com esse instrumento, os governantes passaram a ter metas para cumprir no caminho entre receitas e despesas, além de ter de obedecer a limites claros de gastos públicos.
Mas será que a lei é uma realidade? Podemos dizer que União, estados e municípios cumprem suas regras e mantêm o equilíbrio fiscal necessário para estabilizar o país e permitir o seu desenvolvimento? E será que os responsáveis pelo descumprimento da lei sofrem as punições previstas – a perda de mandato, por exemplo?
Mas será que a lei é uma realidade? Podemos dizer que União, estados e municípios cumprem suas regras e mantêm o equilíbrio fiscal necessário para estabilizar o país e permitir o seu desenvolvimento? E será que os responsáveis pelo descumprimento da lei sofrem as punições previstas – a perda de mandato, por exemplo?
A resposta é, em muitos casos, sim. A lei é cumprida e os entes públicos conseguiram equilibrar suas contas e planejar seus gastos de forma inteligente.
No entanto, a resposta é não para muitos outros casos em que o desequilíbrio das contas levou até mesmo governos estaduais a implorarem pela ajuda da mão amiga da União, que acabou criando soluções com a anuência do Congresso. É como se o problema fosse jogado para debaixo do tapete.
É verdade que já avançamos bastante. Hoje, parte dos governos e órgãos públicos brasileiros conta com mecanismos de controle de gastos e fiscalização eficientes, o que nem sequer se imaginava possível há duas ou três gerações.
O problema está no “boa parte”. Lamentavelmente, como seria de se esperar numa sociedade justa e saudável, não são todos os que se encaixam nessa situação. Muitos dependem visceralmente dos recursos dos estados e da União, como prefeituras. Ou estão tão endividados que, mesmo com arrecadação alta, não conseguem sequer pagar o salário de seus servidores, como aconteceu no Rio de Janeiro. A solução foi apelar à União para renegociar a dívida.
Para completar, está em vigor desde dezembro de 2016 a Emenda Constitucional 95, a controversa regra que congelou os gastos e investimentos públicos por 20 anos – até 2036. Mais uma ferramenta criada para conter gastos públicos e garantir o ajuste fiscal? Ou mais um instrumento que ignora as possibilidades de desenvolvimento e enriquecimento da Nação e tolhe, desde a raiz, a aplicação da inteligência administrativa e da criatividade empreendedora, variáveis natas do brasileiro.
A construção de um país mais consciente em relação aos gastos públicos e ao mesmo tempo mais confiante no seu próprio potencial não se faz sem um alicerce forte. Para que as contas se equilibrem e a economia encontre um caminho de avanços, é preciso que os representantes do povo estejam conscientes dessa necessidade e encampem essa ideia.
Enquanto tivermos políticos e gestores despreparados e mal-intencionados, para os quais todas as ações buscam resultados pessoais em detrimento do coletivo, dificilmente as engrenagens dessa mudança serão alteradas.
Precisamos de uma mudança de mentalidade, de comportamento, que só virá pelas nossas mãos, pelo cidadão que pensa no bem comum da sua rua, bairro, cidade, estado, país. Se é verdade que está na urna a resposta do cidadão à atuação de quem optou pelo benefício próprio e não comum, também é verdade que é a urna nossa ferramenta para mudar o resultado desse jogo.
Por  
Com informações do Congresso em Foco

Sérgio Frota apresenta nova comissão técnica do Sampaio Corrêa e anuncia outro atacante

O presidente Sergio Frota apresentou o treinador Paulo Roberto em coletiva para a imprensa (Foto: Elias Auê)

O ciclo do técnico Paulo Roberto Santos já começou no Sampaio Corrêa. Em coletiva para a imprensa, realizada em um hotel da cidade, o treinador e sua comissão técnica foram apresentados pelo presidente Sergio Frota, que deu boas vindas ao novo comandante.

“O futebol é muito dinâmico, e a mudança era necessária. O Paulo Roberto é um treinador com um perfil vitoriosos, que já tínhamos até tentado trazê-lo em outras oportunidades, é um profissional comprometido. O momento é delicado, mas vamos enfrentar esse desafio juntos”, frisou o presidente Tricolor.
Ciente da responsabilidade, Paulo Roberto Santos reconhece as dificuldades, mas acredita na reação do Sampaio na competição: “O futebol é um desafio constante. A situação é incômoda, mas é reversível. Vamos trabalhar com muita seriedade, exigir o empenho dos atletas e apoio do nosso torcedor, que terá um papel fundamental nessa caminhada”, afirmou o novo treinador boliviano.
Com a competição a pleno vapor, Paulo Roberto sabe que precisará organizar a equipe com observações pontuais do dia a dia, e deixa claro como pretende ver o time em campo: “Não temos tempo a perder. Iremos fazer as avaliações durante os treinamentos, jogos, para termos um grupo homogêneo e não sentirmos tanto a falta dos desfalques, como vem acontecendo recentemente. Nossa intenção é ter uma equipe que marque forte e faça uma transição rápida para o ataque. Se conseguimos aplicar essa estratégia dentro de campo, será um passo importante para atingirmos o nosso objetivo”, destacou.
Com a palavra sobre reforços, o presidente Sergio Frota confirmou mais um nome, e garantiu que ainda está de olho no mercado para encorpar ainda mais o elenco: “Ontem, já chegaram o Julinho, Adilson Goiano, Jociney e o Mateusinho, atacante que foi destaque da equipe do São José/RS. O zagueiro Rogério chegou hoje, também por indicação do Paulo Roberto, e fechamos com o centroavante Alison, que estava no Mirassol. Um bom centroavante, com boas passagens pelo Atlético/GO e Náutico. Mas ainda estamos observando e tratando com alguns outros nomes para reforçarmos o grupo. A torcida pode acreditar que faremos uma campanha muito melhor, a partir de agora, e afirmo: Não vamos cair”, sentenciou.           
Após a apresentação, a nova comissão técnica Tricolor (formada pelo auxiliar técnico, Alan Dotti, e Walter Grassmann, preparador físico) seguiu para o CT José Carlos Macieira, onde estava programado o treinamento desta tarde. Paulo Roberto terá quatro dias para preparar a equipe até o seu primeiro desafio à frente do Sampaio, no próximo sábado, contra o Criciúma.
Com informações do sampaiocorreafc.com

Saúde quer vacinar 11 milhões de crianças contra sarampo e pólio

Fiocruz promove hoje (08), campanha de vacinação contra sarampo e paralisia infantil. Além da vacinação há diversas atividades educativas promovidas pela instituição (Tomaz Silva/Agência Brasil)
O cirurgião-dentista Ricardo Gadelha, 44 anos, foi diagnosticado com poliomielite pouco antes de completar 2 meses de vida. Em meio às sequelas que a doença deixou, sobretudo nos membros inferiores, ele garante fazer a sua parte pra que a chamada paralisia infantil não volte a fazer novas vítimas. Os filhos de Gadelha, Samuel, 14 anos, e Davi, 11 anos, foram devidamente imunizados contra a pólio. “Não quero nem desejo essa sequela pra ninguém. Filho protegido é filho vacinado. Nós, pais, temos essa responsabilidade”, reforçou.

A partir da próxima segunda-feira (6), todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem ser levadas aos postos de saúde para receber a dose contra a pólio e também contra o sarampo. O Dia D de mobilização nacional foi agendado para o dia 18, um sábado, mas a campanha segue até o dia 31 de agosto. A meta do governo federal é imunizar 11,2 milhões de crianças e atingir o marco de 95% de cobertura vacinal nessa faixa etária, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o Ministério da Saúde, foram adquiridas 28,3 milhões de doses de ambas as vacinas – um total de R$ 160,7 milhões. Todos os estados, segundo a pasta, já estão abastecidos com um total de 871,3 mil doses da Vacina Inativadas Poliomielite (VIP), 14 milhões da Vacina Oral Poliomielite (VOP) e 13,4 milhões da Tríplice Viral, que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba. 

A campanha de vacinação deste ano é indiscriminada, ou seja, pretende imunizar todas as crianças na faixa etária estabelecida. Isso significa que mesmo as que já estão com esquema vacinal completo devem ser levadas aos postos de saúde para receber mais um reforço. No caso da pólio, crianças que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida devem receber a VIP. As que já tomaram uma ou mais doses devem receber a VOP. E, para o sarampo, todas devem receber uma dose da Tríplice Viral – desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.

Queda nas coberturas
Doenças já erradicadas no Brasil voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais de saúde. Baixas coberturas vacinais, de acordo com o próprio ministério, acendem "uma luz vermelha" no país. Até o momento, a pasta contabiliza 822 casos confirmados de sarampo – sendo 519 no Amazonas e 272 em Roraima. Ambos os estados têm ainda 3.831 casos em investigação. Casos considerados isolados foram confirmados em São Paulo (1), no Rio de Janeiro (14), no Rio Grande do Sul (13), em Rondônia (1) e no Pará (2).

Em junho, países do Mercosul fizeram um acordo para evitar a reintrodução de doenças já eliminadas na região das Américas, incluindo o sarampo, a poliomielite e a rubéola. Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile se comprometeram a reforçar ações de saúde nas fronteiras e a fornecer assistência aos migrantes numa tentativa de manter baixa a transmissão de casos. Dados do governo federal mostram que 312 municípios brasileiros estão com cobertura vacinal contra pólio abaixo de 50%.

Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do quadro, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano. Em algumas partes do mundo, a doença é uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade. 

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de eliminação da circulação do vírus. Atualmente, entretanto, o país enfrenta surtos de sarampo em Roraima e no Amazonas, além de casos já identificados em São Paulo, no Rio Grande do Sul, em Rondônia e no Rio de Janeiro.

Pólio
Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomielite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos de idade, mas também pode contaminar adultos. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas, e há semelhanças com infecções respiratórias – como febre e dor de garganta – e gastrointestinais – como náusea, vômito e prisão de ventre.

Cerca de 1% dos infectados pelo vírus desenvolve a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.

Por Paula Laboissière 
Com informações da Agência Brasil

Enem: professores e servidores podem ser inscrever para aplicar provas

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Professores da rede pública e servidores públicos federais que queiram trabalhar na aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2018 podem se inscrever a partir de hoje (31), pela internet. No caso dos professores, podem participar os das redes estaduais e municipais de ensino.
As inscrições vão até o dia 20 de agosto. As provas do Enem 2018 serão aplicadas nos dias 4 e 11 de novembro.
Os inscritos que forem aprovados vão receber capacitação por meio de um curso à distância. Quem já participou da aplicação de provas anteriores do Enem também deverá fazer a capacitação. Para atuar no dia da prova é preciso ter, no mínimo, 70% de aproveitamento nas atividades do curso.

Critérios para inscrição

Alguns dos critérios para se inscrever são: ter o ensino médio; ser servidor público federal ou docente da rede estadual ou municipal de ensino efetivo e registrado no censo escolar; não estar inscrito ou ter cônjuge, companheiro ou parentes inscritos para as provas do Enem 2018; não ter vínculo com as atividades do processo de elaboração, impressão, distribuição, aplicação e correção da redação exame. Ainda é indispensável ter smartphone ou tablet com acesso à internet móvel.
O trabalho é remunerado e o valor pago é de R$ 318 por dia de atuação na Rede Nacional de Certificadores (RNC) do Enem 2018. A carga horária diária é de 12 horas.
Por Yara Aquino 
Com informações da Agência Brasil

Aumento da dívida pública desafia próximo presidente

dinheiro
Seja quem for o próximo presidente do Brasil, uma coisa parece certa a esta altura: irá conviver com um aumento constante da dívida pública. Conforme projeção do Tesouro Nacional para investidores, a proporção do endividamento passará dos atuais 75,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para 82% em 2022, último ano do mandato. Mesmo que o próximo mandatário venha a ser reeleito, só verá a dívida cair em 2025 – terceiro ano de um hipotético segundo mandato.
A visão do Tesouro é compartilhada por economistas de matizes diferentes, dentro e fora do governo. A Agência Brasil ouviu o mesmo diagnóstico na academia (PUC-RJ, FGV-IBRE, Unicamp e UFMG) e em outras instituições públicas (Ipea e Senado). Especialistas acrescentam que a alta da dívida acompanhará o próximo presidente mesmo com ajuste fiscal.
“Nós temos no momento um quadro em que a dívida pública se encontra em elevação, e tende a se manter nessa trajetória mesmo diante de um esforço fiscal que o governo venha a fazer no sentido de reduzir despesas e aumentar receitas”, alerta o diretor-adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Marco Cavalcanti.
“Não existe mágica a ser feita aqui. Temos uma dívida alta. Essa dívida gera uma necessidade de pagamento de juros. Além disso, há o déficit primário que não consegue reduzir a zero ou tornar superavitário em pouco tempo”, acrescenta o pesquisador do Ipea. O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. 

Cenários

O Ministério do Planejamento Desenvolvimento e Gestão desenhou dois cenários fiscais. Em ambos, a diferença entre as receitas e despesas do setor público seguem negativas nos próximos anos. Enquanto as contas públicas estiverem vermelhas, a dívida federal seguirá pressionada.
No primeiro cenário, são adotadas “algumas reformas estruturantes que viabilizam o equilíbrio fiscal de longo prazo”. Nessas condições, as contas públicas ficam negativas até 2022. No segundo cenário, além das reformas estruturantes, estão em vigor “reformas microeconômicas que elevam o potencial de crescimento” e assim o resultado primário torna-se positivo um ano antes (2021).
O caminho poderá ser mais longo e tortuoso sem crescimento econômico. “Indicador de atividade econômica mais baixo afeta a trajetória da dívida”, resume Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, do Senado Federal. O retrospecto recente dos dados do Tesouro e do IBGE evidenciam que a dívida pública começou a subir quando a economia perdeu força, a partir de 2014.
“Só é possível pensar na estabilização da dívida pública brasileira com a retomada do crescimento. [Também] não há possibilidade de estabilizar o déficit público com a queda do PIB”, aponta Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Unicamp.
Vilma Pinto, pesquisadora da área de Economia Aplicada da FGV-IBRE, mostra como o quadro de piora da economia repercute na deterioração fiscal. Ela analisa a última década da economia e aponta que entre 2008 (ano da crise financeira internacional) e 2018, “houve queda de 2,5 pontos percentuais das receitas primárias e aumento de 3,2 pontos percentuais nas despesas primárias. O saldo líquido é uma piora de 5,7 pontos percentuais do PIB”.

Repercussão política

Para Carlos Ranulfo, professor titular do Departamento de Ciência Política da UFMG, a situação fiscal será um grande desafio para o próximo presidente da República. Ao buscar a retomada do crescimento, o novo governo não poderá criar mais déficit.
Em sua opinião, além do PIB baixo, o eleito em outubro de 2018 sofrerá com assédio dispendioso de um futuro Congresso “muito pragmático e muito clientelista”. O Poder Legislativo é, tradicionalmente, um foco de pressão por gastos públicos, já que tenta atender as diversas demandas, muitas delas  corporativistas,  de grupos de  eleitores.
O cientista político avalia que, durante a campanha, a situação da dívida poderá favorecer candidatos que tenham uma performance mais fiscalista e falas que sensibilizem o mercado financeiro - que quer estabilização das contas públicas. Esse perfil, no entanto, não costuma ser popular entre os eleitores. “Ninguém faz campanha vendendo cautela, mas vendendo esperança”, comenta.
Entre discursos prudentes e falas espontâneas que despertem expectativas de melhora imediata da situação fiscal, o economista José Márcio Camargo (PUC-RJ) teme anúncios de calotes da dívida pública e promessas não detalhadas de limitação de gastos com a dívida.
“Não vejo problema em limitar a dívida, desde que diga o que vai fazer com o que sobrar”, assinala. “Suponha que o tal limite estabeleça que o governo só pode pagar um déficit do PIB de até 4%. Suponha que o déficit real, porém, tenha sido de 8%. Como vai ser coberta essa diferença? Vai ser coberta com emissão de moeda? Isso significa inflação. Vai ser coberta com a redução da despesa? Ou vai ser coberto via aumento de impostos?”, indaga.
Por Gilberto Costa
Com informações da Agência Brasil

CBF anuncia uso do árbitro de vídeo em 14 partidas da Copa do Brasil

Árbitro de vídeo, copa 2018 REUTERS/John Sibley/File Photo
Árbitro consulta o VAR durante partida da Copa do Mundo da Rússia - John Sibley/Reuters/Direitos reservados

O polêmico árbitro de vídeo, que estreou na Copa da Rússia, entre críticas e elogios, será utilizado na Copa do Brasil, já esta semana. Conhecido pela sigla VAR (do inglês video assistant referee), o sistema será utilizado a partir das quartas de final, em um total de 14 partidas. O custo de operação, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), será de R$ 50 mil por jogo, totalizando R$ 700 mil. Mas o valor total do investimento, incluindo treinamento de pessoal, só será divulgado ao final da competição.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30), pelo coordenador do Árbitro de Vídeo no Brasil, Sérgio Corrêa, e o instrutor de arbitragem e criador do projeto, Manoel Serapião, na sede da entidade, na Barra da Tijuca. O VAR será utilizado nos confrontos de ida e volta entre Grêmio x Flamengo, Corinthians x Chapecoense, Santos x Cruzeiro e Bahia x Palmeiras.

Serapião explicou que o objetivo é evitar erros claros da arbitragem, principalmente em lances que podem ser decisivos para o resultado da partida. Já foram capacitados 80 árbitros, sendo 32 habilitados, que não precisarão ser árbitros da Federação Internacional de Futebol (Fifa).


“Estamos contentes pelo benefício do VAR para o futebol, para evitar erros claros. A filosofia é o respeito ao telespectador. No caso da Copa do Brasil, vamos usar todas as câmeras usadas pela empresa de transmissão. Serão de 14 a 15 câmeras, dependendo da empresa, Globo ou Fox. Mas com sete câmeras, mais uma invertida, já cobrimos 95% do que ocorre em campo”, disse Serapião.

O instrutor de arbitragem e criador do projeto do árbitro de vídeo no Brasil, Manoel Serapião, e o coordenador Sérgio Corrêa, anunciam o início do VAR na Copa do Brasil, durante coletiva na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
O criador do projeto do árbitro de vídeo no Brasil, Manoel Serapião, e o coordenador Sérgio Corrêa, anunciam o uso do VAR - Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo ele, o VAR será utilizado em toda situação de gol, como impedimentos, faltas ou mão na bola, pênaltis e cartão vermelho. Sobre o Brasileirão, ele disse que este ano não será possível utilizar o sistema, pela grande quantidade de partidas, geralmente 10 ao mesmo tempo.

Segundo Corrêa, o sistema dará mais confiança nas decisões, mas nunca terá de 100% de acerto.

“Afirmo, com maior tranquilidade, que teremos 14 jogos com 98,8% de acerto, contra 93% sem o VAR. Temos certeza que vamos atingir 98% a 99% de acerto, 1% não é possível”, disse Corrêa.


Ele frisou que o planejamento da CBF está pronto para qualquer competição, na medida em que os clubes quiserem. Na Copa do Brasil, o custo com o sistema será todo bancado pela entidade. O áudio entre os árbitros, segundo ele, não será disponibilizado automaticamente aos clubes, que terão de requisitar formalmente.

Por Vladimir Platonow 
Com informações da Agência Brasil

Ferroviário vence Treze por 3 a 0 e fica perto do título da Série D

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O Ferroviário está mais perto do título do Campeonato Brasileiro Série D. O time cearense recebeu o Treze para o primeiro jogo da final na noite desta segunda-feira, no Castelão, em Fortaleza, e venceu pelo placar de 3 a 0. Os gols da partida foram marcados por Janeudo, Edson Cariús e Robson Simplício.

Com o resultado em casa, o Ferroviário poderá até perder por dois gols de diferença no confronto de volta, que será no estádio Amigão, em Campina Grande, às 18h30 do próximo sábado. O Treze precisará vencer por três gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis ou por mais que isso se quiser o título no tempo normal.

Caso se torne campeão, o Ferroviário vai assegurar sua primeira conquista no cenário nacional. O Treze também nunca levantou o caneco de um Campeonato Brasileiro e ainda segue acreditando na possibilidade de ser campeão.

Os clubes já estão confirmados na Série C de 2019, junto com São José-RS e Imperatriz-MA. O Ferroviário disputou pela última vez o torneio em 2009, enquanto a equipe paraibana esteve em 2015.

O Ferroviário foi superior na maior parte do primeiro tempo e abriu o placar com Janeudo aos 23 minutos. O Treze conseguiu equilibrar as ações, mas pecou muito nas finalizações e acabou não evitando a derrota parcial.

Na segunda etapa, o artilheiro Edson Cariús ampliou com gol de cabeça aos 20 minutos. Com o lateral Silva expulso aos 32, o Treze ainda viu o rival fazer o terceiro aos 41. Robson Simplício roubou a bola no ataque e fechou a conta: 3 a 0. O resultado coloca o time cearense muito perto do título nacional.

Com informações do Terra.com