O Fortaleza apoia em parte o plano de mudanças na disputa da Copa do Nordeste articulado pelas federações de Ceará, Pernambuco e Bahia. Tem, inclusive, sugestões de alterações no Regional. Contudo, a diretoria do clube é completamente contra que isso ocorra antes de 2018. Nos bastidores, o rival Ceará — que no atual cenário não conseguiu a vaga via Estadual — se articula para entrar, conforme novos critérios propostos, na disputa do próximo ano.
“Somos contra qualquer tipo de virada de mesa. Mudar, só em 2018”, afirma o vice-presidente do Tricolor, Ênio Mourão.
Ao O POVO, o cartola garantiu que o Leão é a favor da diminuição no número de clubes (20 para 16) e de participantes classificados pelos estaduais (nove campeões) e pelo ranking nacional (sete melhores), reivindicações feitas pelas três federações à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Liga do Nordeste.
O que não agrada ao Tricolor, apesar de ter sido voto vencido em encontros com outros clubes, é a diminuição do número de datas de 12 para nove. O Leão considera que essa redução deva ocorrer no Estadual, para abrir mais espaço no calendário ao Nordestão.
“Todas essas deliberações já foram discutidas em reuniões do ‘Clube dos 7’ (formado por Ceará, Fortaleza, Náutico, Sport, Santa Cruz, Bahia e Vitória). Estamos cientes de tudo”, destacou Mourão. Uma proposta lançada pelo Tricolor foi a de criação de uma Segunda Divisão do Nordestão.
CBF SÓ PENSA EM 2018
O vice-presidente da CBF para Região Nordeste, Gustavo Feijó, garante que “está completamente descartada” mudança para o certame de 2017. “A CBF vai avaliar essa demanda, mas qualquer alteração será apenas em 2018. E as reuniões para definir isso têm que ser feitas com as federações dos nove estados. Precisamos trabalhar a harmonia entre todas as federações do Nordeste”.
Sobre a mudança de critérios e número de datas, Feijó entende que o Regional precisa crescer a cada ano, mas ao mesmo tempo não se pode enfraquecer os estaduais.
O Povo