25 de setembro de 2017

Seis brasileiros têm a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres

Complexo da MaréCena do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, em 2014. A pobreza diminuiu, mas a desigualdade ainda é aterradora
Um novo relatório da ONG britânica Oxfam a respeito da desigualdade social no Brasil mostra que os seis brasileiros mais ricos concentram a mesma riqueza que os 100 milhões de brasileiros mais pobres. Os dados estão no relatório A Distância Que Nos Une, lançado nesta segunda-feira 25 pela Oxfam Brasil. 
A conclusão tem origem em um cálculo feito pela própria ONG, que compara os dados do informe Global Wealth Databook 2016, elaborado pelo banco suíço Credit Suisse, e a lista das pessoas mais ricas do mundo produzida pela revista Forbes.
Segundo a Forbes, Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) têm, juntos, uma fortuna acumulada de 88,8 bilhões de dólares, equivalente a 277 bilhões de reais atualmente.
A Oxfam lembra em seu relatório que, ao longo das últimas décadas, o Brasil conseguiu elevar a base da pirâmide social, retirando milhões da pobreza, mas que os níveis de desigualdade ainda são alarmantes. “Apesar de avanços, nosso país não conseguiu sair da lista dos países mais desiguais do mundo. O ritmo tem sido muito lento e mais de 16 milhões de brasileiros ainda vivem abaixo da linha da pobreza”, explica Katia Maia, diretora-executiva da ONG.
Segundo o estudo da ONG, entre 2000 e 2016, o número de bilionários brasileiros aumentou de aproximadamente 10 para 31. Em conjunto, eles possuem um patrimônio de mais de 135 bilhões de dólares. Mais da metade dos bilionários (52%) herdou patrimônio da família, o que revela a incapacidade do Estado brasileiro de desconcentrar a riqueza – algo que sistemas tributários mais progressivos, como visto em países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), podem ajudar a fazer.
Na outra ponta, estimativas para os próximos anos são ruins para o Brasil a respeito da pobreza. Segundo o Banco Mundial, só em 2017 até 3,6 milhões de pessoas devem cair outra vez na pobreza.
Para a diretora da Oxfam Brasil, essa situação é inadmissível e precisa ser enfrentada por todos para que realmente seja solucionada. “Existe uma distância absurda entre a maior parte da população brasileira e o 1% mais rico, não apenas em relação à renda e riqueza, mas também em relação ao acesso a serviços básicos como saúde e educação. Atacar essa questão é responsabilidade de todos", afirma.
Ainda segundo a ONG, uma pessoa que recebe um salário mínimo mensal levaria quatro anos trabalhando para ganhar o mesmo que o 1% mais rico ganha em média, em um mês, e 19 anos para equiparar um mês de renda média do 0,1% mais rico. 
O relatório estima ainda que as mulheres terão equiparação de renda com homens somente em 2047 e os negros ganharão o mesmo que brancos somente em 2089, mantida a tendência dos últimos 20 anos. Pelo ritmo atual, o Brasil vai demorar 35 anos para alcançar o atual nível de desigualdade de renda do Uruguai e 75 anos para chegarmos ao patamar atual do Reino Unido, se mantivermos o ritmo médio de redução anual de desigualdades de renda observado desde 1988.
Também segundo a Oxfam, os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95% da população.
Com informações da Revista Carta Capital

Coreia do Norte diz que sistema nuclear só será usado como "última opção"

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A Coreia do Norte afirmou hoje (23) na Organização das Nações Unidas (ONU) que está entrando na fase "final" do estabelecimento de um sistema nuclear que tem fins de defesa e só será utilizado como "última opção".

"Estamos prestes a completar a nossa capacidade nuclear", afirmou na Assembleia Geral da ONU o ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho.

Ele informou que recentemente o seu país testou com sucesso uma bomba de hidrogênio que poderia ser montada em um míssil intercontinental, "como parte dos esforços para chegar ao objetivo de completar uma força nuclear". Ri Yong não mencionou em que data o teste foi feito, mas poderia ser o realizado em 3 de setembro e considerado por especialistas como a bomba mais poderosa desde que o país deu início aos ensaios nucleares, em 2006.

O ministro disse que, para o seu país, este esquema procura ser um "elemento dissuasório" para evitar que os Estados Unidos possam realizar "uma invasão militar". "O nosso objetivo é estabelecer um equilíbrio de poder com os Estados Unidos", insistiu.

Em um discurso de cerca de meia hora, ele qualificou como "injustas" as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU pelos testes balísticos e nucleares da Coreia do Norte e disse que "é absurdo pensar" que com estas sanções seu país mudará de rumo sobre o tema.

Com informações da Agência Brasil

Novo voo direto entre Fortaleza e Paris custará R$ 2 mil ida e volta


A Air France confirmou, nesta segunda-feira (25), o voo direto que vai ligar Fortaleza a Paris. O trajeto será realizado a partir de 2018 por meio de sua nova companhia aérea, a Joon.
Fortaleza é o terceiro destino brasileiro para a França, que já conta com decolagens e pousos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Serão dois voos semanais, com valor de 249 euros cada (incluindo impostos) – este valor em reais equivale a R$ 978,57, com o euro a R$ 3,93.
Também nesta segunda, o governador do Ceará, Camilo Santana, está em São Paulo. É que as empresas Gol, Air France e KLM confirmaram a instalação de HUB no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza.
Empresa jovem
A proposta da Joon é de fornecer serviço low cost, ou seja, a baixo custo, atraindo um público mais jovem. Segundo a Air France, a companhia aérea foi projetada para atender às expectativas de uma nova geração de viajantes, que buscam experiência de viagem.
Além do Brasil, a Joon também tem voos para a Europa, incluindo Barcelona, Berlim, Lisboa e Porto. Os voos partem do Aeroporto de Paris – Charles de Gaulle.
Com informações do Jornal Tribuna do Ceará 

Português já é uma língua global e vem crescendo, afirma chanceler luso na ONU

Língua global, o português está presente como língua materna em países da Ásia, Europa, América do Sul e África
Idioma global, o português está presente como língua materna em países da Ásia, Europa, América do Sul e ÁfricaFoto: ONU News - Divulgação

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, acredita que em pouco tempo a língua portuguesa será um idioma oficial das Nações Unidas e defendeu que o português já é uma língua global. Ele fez a declaração este final de durante uma entrevista exclusiva à ONU News, em Nova York, à margem dos debates da Assembleia Geral da ONU.

Segundo o chanceler luso, "o português é a língua mais falada no Hemisfério Sul e está entre as cinco mais faladas no mundo", tendo atualmente cerca de 260 milhões de pessoas que têm o idioma como língua materna. Ele afirmou que a língua portuguesa deve crescer ainda mais nas próximas décadas por razões demográficas, e que essa subida ocorrerá principalmente no continente africano.

"De acordo com as projeções da ONU, por meados deste século, os falantes de português chegará perto de 400 milhões. E pelo fim do século, teremos quase 500 milhões de pessoas em todo o mundo falando português como idioma nativo."

O chefe da diplomacia de Portugal acredita que nas próximas décadas o idioma será oficial em várias instituições internacionais; analistas estimam que 500 milhões de pessoas falem português até o fim do século.

Língua oficial
Santos Silva disse que, através do empenho de todos, o idioma pode ser reconhecido em várias organizações internacionais como língua oficial. Ele destacou que o número de pessoas que utilizam as variantes da língua é importante, mas que a qualidade do conteúdo produzido é fundamental. E disse acreditar que o português ainda se afirmará em outras áreas do conhecimento.

"Ela tem que ser também uma língua de ciência e de cultura, e tem que ser uma língua de comunicação e de negócios. E estamos a trabalhar na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) nessa direção, com o Instituto Internacional de Língua Portuguesa sediado em Cabo Verde e dirigido por uma moçambicana. Nós da nossa parte contribuímos também com o nosso Instituto Camões [de difusão da língua e da cultura]".

O primeiro-ministro português António Costa (E), durante encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres, em Nova York.
O primeiro-ministro português António Costa (E), durante encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres. ONU/KIM HAUGHTON/LUSA
O ministro comentou a declaração do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, de que a CPLP está empenhada em promover o português em organizações internacionais incluindo a ONU. Costa  frisou o desejo dos países lusófonos de ver o português figurar entre as línguas oficiais das Nações Unidas.

Na ONU a decisão sobre o estatuto de uma língua figurar como oficial compete aos países-membros da Assembleia Geral. Atualmente, existem seis línguas oficiais nas Nações Unidas: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.

Com informações da Agência Brasil

No Brasil, 45% da população ainda não têm acesso a serviço adequado de esgoto

Encontro Nacional pela Mata Atlântica, conhecido como Viva a Mata, ocorre às vésperas do Dia Nacional da Mata Atlântica, em 27 de maio. A situação das bacias e rios do bioma deve entrar nas discussões. A partir d
No país, 45% dos brasileiros não têm acesso a serviço adequado de esgotoMarcelo Camargo

No Brasil, 45% da população ainda não têm acesso a serviço adequado de esgoto. O dado consta no Atlas Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Ministério das Cidades.

O estudo traz informações sobre os serviços de esgotamento sanitário no país, com foco na proteção dos recursos hídricos, no uso sustentável para diluição de efluentes e na melhor estratégia para universalização desses serviços.

Foram realizadas avaliações em cada um dos 5.570 municípios do país, sempre considerando as diversidades regionais e a abordagem por bacia hidrográfica. No estudo, são consideradas exclusivamente as residências urbanas e não foi avaliada a prestação do serviço na área rural.

O documento divide o país em 12 regiões hidrográficas: Amazônica, Tocantins-Araguaia, Atlântico Nordeste Ocidental, Parnaíba, Atlântico Nordeste Oriental, São Francisco, Atlântico Leste, Atlântico Sudeste, Atlântico Sul, Uruguai, Paraná e Paraguai.

Investimentos
De acordo com o Atlas Esgotos, a universalização do esgotamento sanitário na área urbana do país necessitaria de R$ 150 bilhões em investimento, tendo como horizonte o ano de 2035. Cerca de 50% dos municípios, que precisam de serviço de tratamento convencional de esgoto, demandam 28% do valor estimado. Já 70 dos 100 municípios mais populosos requerem solução complementar ou conjunta e concentram 25% do total de investimento.

Os custos com coleta e com tratamento variam conforme a região, sendo maiores no Norte e menores no Sudeste. Para o Brasil como um todo, os gastos com coleta representam 2,7 vezes mais do que os previstos em tratamento.

Entretanto, segundo a ANA e o ministério, apenas o aporte financeiro não é suficiente para a universalização, sem capacidade adequada de administração do serviço. No país, existem vários exemplos de sistemas de coleta e tratamento de esgoto que foram abandonados ou sequer entraram em operação devido a problemas associados a gestão.

Na maioria dos municípios (4.288) o serviço é prestado pela própria prefeitura ou há um prestador que precisa aprimorar a capacidade de gestão. Entretanto, parte significativa da população urbana (87 milhões de habitantes), projetada para 2035, está nos municípios cujo prestador de serviço tem situação institucional consolidada.

Segundo o Atlas Esgotos, os serviços de esgotamento sanitário podem ser prestados de forma indireta, quando delegados para autarquia municipal, companhia estadual ou concessionária privada; ou de forma direta, sem prestador de serviço, sendo realizado pelas próprias prefeituras.

O estudo ressalta que, mesmo com as duas possibilidade de organização, há municípios sem coleta e tratamento de esgoto.

Nesse contexto, 2.981 municípios têm delegado os serviços de saneamento (forma indireta), sendo que cerca de 50% deles têm coleta e tratamento de esgotos, alcançando pelo menos 10% dos habitantes. Por outro lado, 2.589 municípios não têm prestador de serviço, e apenas 5% desse grupo oferecem tratamento coletivo de esgoto.

A forma indireta de gestão é adotada pelas cidades maiores que delegam, na maior parte das vezes, o serviço para companhias estaduais. Nos municípios de pequeno porte, o serviço fica a cargo das prefeituras. Ao observar as regiões, na porção leste do país (Nordeste, Sudeste e Sul), é possível identificar que a maioria dos municípios tem serviço de esgotamento sanitário delegado, enquanto mais a oeste (Norte e Centro-Oeste) predominam aqueles cuja responsabilidade pela prestação do serviço recai sobre as prefeituras.

Carga orgânica
Conforme o estudo, o Brasil produz cerca de 9,1 mil toneladas de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) por dia, parcela orgânica dos efluentes vindos do esgoto doméstico. Desse total, 48% são provenientes de 106 municípios com população acima de 250 mil habitantes.

A DBO é um dos mecanismos usados para medir a poluição das águas e a qualidade do tratamento de esgoto. Quanto mais DBO, maior o grau de poluição na água.

De acordo com o atlas, durante o tratamento, 60% de DBO precisam ser removidos. Entretanto, na maioria das cidades brasileiras (4.801) os níveis de remoção da carga orgânica são inferiores a 60% da quantidade gerada.

Os baixos níveis de remoção são encontrados em todas as regiões, em especial no Norte e no Nordeste. Dos 5.570 municípios, 70% removem no máximo 30% da carga orgânica gerada.

No outro extremo, apenas 769 cidades (14%) têm índices de remoção de DBO superiores a 60%, concentradas principalmente na Região Sudeste. Apenas 31 dos 100 municípios mais populosos conseguem remover carga orgânica acima de 60%.

Em relação à unidades da Federação, apenas o Distrito Federal remove mais de 60%. Os estados de São Paulo e Paraná chegam perto desse índice, enquanto que nos demais estados os índices são menores.
No país, de toda a carga orgânica gerada (9,1 mil toneladas de DBO/dia), somente 39% são removidos nas estações de tratamento de esgoto.

Com isso, uma parcela significativa de poluentes é lançada diretamente nos corpos d’água das bacias, “comprometendo a qualidade das águas para diversos usos, com implicações danosas à saúde pública e ao equilíbrio do meio ambiente”, de acordo com a publicação. Pelo menos, cerca de 110 mil quilômetros de cursos d’água, notadamente na porção leste do país, têm baixa qualidade de água.

O atlas está disponível na página da ANA.
Com informações da Agência Brasil

Marcelo Boeck escapa da tragédia da Chape, emociona-se com acesso, e vira herói do Fortaleza.

Ele escapou da tragédia da Chape e virou herói no Leão:
Quando o telefone de Marcelo Boeck tocou no dia 18 do novembro do ano passado, o goleiro mal poderia imaginar que esta ligação salvaria sua vida. Do outro lado da linha, dirigentes do Fortaleza queriam sua contratação para a temporada de 2017. Ele acabou ficando fora da lista do relacionados para a final da Copa Sul-Americana, quando houve o acidente com o avião da Chapecoense.

Agora, é a vez do goleiro salvar o Fortaleza. Foi assim durante toda a campanha na Série C, com muitos milagres debaixo do travessão. Roteiro que se repetiu no último sábado, na derrota por 1 a 0 para o Tupi em Juiz de Fora (MG), com o camisa 1 evitando em cima da linha o que seria o gol de mais uma eliminação do Leão em oito anos de Terceira Divisão. Só que não desta vez!
Herói, Marcelo Boeck foi tietado por torcedores no gramado do Mario Helênio (Foto: Thiago Lima)
Herói, Marcelo Boeck foi tietado por torcedores no gramado do Mario Helênio (Foto: Thiago Lima)

Pelas mãos de Boeck, o Fortaleza garantiu o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro em 2018. O goleiro, capitão e maior destaque do time se emocionou e chorou copiosamente após a partida, no gramado do Estádio Radialista Mario Helênio. Religioso, ele acredita ter encontrado a explicação para não estar no avião da Chapecoense naquele fatídico dia da tragédia.

– Após aquela tragédia, aquela semana toda ruim, de luto, o Fortaleza ainda assim esperou. E a gente, eu e minha esposa, sentimos algo muito forte de vir para o Fortaleza. Uma Série C, um projeto desafiador, muita pressão, mas nós aceitamos. Creio que a explicação que não tinha, do porque não estou morto, hoje tenho: para viver um dia como esse – refletiu o goleiro, que também já passou pelo Internacional.

– Se hoje estou aqui, em primeiro lugar devo a Deus, em segunda à minha esposa, porque sem ela não sou nada. E a esse grupo e esse clube, que não merecia estar esses anos todos em uma Série C. Deus quis que fosse aqui em Juiz de Fora, porque minha esposa é daqui, minha família está toda aqui. Ficou marcado eternamente.
Boeck com a esposa Dayane, que é de Juiz de Fora e estava no jogo (Foto: Divulgação)
Boeck com a esposa Dayane, que é de Juiz de Fora e estava no jogo (Foto: Divulgação)

A ligação com a Chapecoense continua forte, tanto que seu uniforme, com dirieto ao próprio autógrafo no peito, é verde em alusão ao clube catarinense. Boeck agradeceu a sensibilidade da diretoria em permitir usar a camisa de uma cor que não faz parte da bandeira do clube, mas que guarda um grande valor sentimental.

– Quando o Fortaleza quis fazer uma homenagem a mim, havia três cores. Vermelha e azul, que são as cores do clube, e a verde. Eles me deixaram muito à vontade, foi a minha maneira de reconhecer tudo aquilo que meus companheiros que partiram na Chapecoense, por isso escolhi a verde. Hoje ela representa muito para mim, tudo aquilo que aprendi lá, tudo o que sofri, mas principalmente o carinho que recebi dessa imensa nação (aponta para a torcida do Fortaleza em Juiz de Fora).
Goleiro foi saudar a torcida que veio de longe para ver de perto o acesso (Foto: Raphael Lemos)
Goleiro foi saudar a torcida que veio de longe para ver de perto o acesso (Foto: Raphael Lemos)

Já garantido na Série B do ano que vem, o Fortaleza vai em busca agora de seu primeiro título nacional. Para isso, precisará passar pelo Sampaio Corrêa para chegar à final da Terceira Divisão. A CBF ainda irá definir datas e horários dos jogos da semifinal.

– Posso dizer que tive uma noite de um grupo que soube suportar toda a pressão e dificuldade para chegar nessa glória. Agora é poder comemorar porque o peso foi grande, um jogo de oito anos. E vamos em busca de uma final. Esse clube merece, e a gente está aqui para isso.

Por Thiago Lima
Com informações do GloboEsporte.com, Fortaleza Ce

Entenda como vive a população da Coreia do Norte na ditadura de Kim Jong-un

Resultado de imagem para população da Coreia do NorteVitrine do regime norte-coreano, a capital cultua o líder Kim Jong-un, cujo regime garante dar todo acesso à saúde, educação e diversão


Pyongyang – Carros novos, edifícios altos, centros de estudos com milhares de computadores, um exclusivo clube de hípica, lojas com produtos encontrados em um típico país capitalista. Kim Jong-un transformou Pyongyang em vitrine do regime. O governo direciona a maior parte dos investimentos não destinados ao seu programa nuclear à capital da Coreia do Norte, onde, ao menos oficialmente, todos têm acesso a serviços básicos da melhor qualidade, além de amplas e completas instalações para atendimento nas áreas da saúde e educação, além de entretenimento.

Chama ainda mais a atenção em Pyongyang a ausência de qualquer sinal de desigualdade social ou dos mais simplórios problemas de saúde entre os seus 2,8 milhões de habitantes. Em 10 dias de estada na cidade, a reportagem não encontrou um único mendigo nas ruas, tampouco alguém descalço ou com roupas velhas. Também não avistou deficiente físico, cadeirante, nem alguém de muletas. Nem sequer uma pessoa com gesso ou faixa. É como se os moradores da capital não adoecessem.

Pyongyang abriga só a elite do país, as pessoas consideradas mais fiéis ao governo. A capital exibe um bom número de táxis e outros veículos e vive um pequeno boom na construção civil. As guardas de trânsito, que ficaram famosas por orientar o tráfego por horas em ruas vazias, têm tido mais trabalho. Mas nada que justifique a presença delas em qualquer cruzamento da cidade onde há semáforo. Não há engarrafamento em Pyongyang. Ainda é possível ver avenidas sem um veículo por minutos, de dia. Às 21h, tudo fecha. Quase todas as luzes se apagam. Nas ruas, só se veem as fotos e estátuas do líderes iluminadas.

Os norte-coreanos não podem ter um carro próprio. É lei, mas as elites sociais, formadas basicamente pelos integrantes dos postos mais altos do Partido Comunista, andam em táxis novos e sempre limpos ou em sedãs chineses e Pyeonhwa, de fabricação local. Uma minoria mais poderosa e abonada desfila por Pyongyang em atuais modelos da BMW e da Mercedes Benz, que contrastam com as Mercedes azul- claro dos anos 1980, destinadas a transporte de convidados, e com velhos bondes do transporte público. Pollos da cor branca, novos, são os carros oficiais mais usados por membros do partido em serviço.


Celulares e cachorros 

O acesso à saúde e à educação continuam sendo gratuitos, assim como o consumo de energia elétrica e gás. Mas não há mais as cadernetas para controle de ração para cada família. Elas deram lugar a cédulas e a cartões de crédito, aceitos só na Coreia do Norte. A maioria dos moradores de Pyongyang recebe um salário estatal — cerca de 5 mil wons em média, o equivalente a US$ 50 no câmbio oficial. Eles pagam muito menos pelos mesmos produtos do que os estrangeiros, proibidos de frequentar estabelecimentos destinados só aos locais. Nos bairros mais novos, constata-se um novo fenômeno norte-coreano: a criação de animal doméstico.


Uma cidade sem selfie
A classe média pode, se tiver dinheiro suficiente, consumir produtos estrangeiros, tomar um café ou jantar e almoçar em restaurantes. O celular chegou ao país em 2008, mas seu uso é limitado. Não há como fazer ligações internacionais, nem para estrangeiros morando no país. Os norte-coreanos tiram fotos com seus aparelhos e trocam arquivos MP3 entre si. Mas não há selfie. Portanto, não há paus de selfie. Os norte-coreanos também leem livros nacionais e o jornal do Partido dos Trabalhadores, Rodong Sinmun, nos celulares. Os moradores não param de destacar as virtudes de Pyongyang. Os guias e intérpretes escalados para acompanhar os estrangeiros nas raras excursões turísticas fazem de tudo para impressioná-los. Chamam a atenção até para itens comuns no exterior, como a captação de energia solar ou um elevador. “Moderno” é o adjetivo mais ouvido pelos visitantes. “Edifício moderno”, “zoológico moderno”, “veículos modernos”.

Por Renato Alves
Com informações do Jornal o Estado de Minas