18 de abril de 2016

Presidente da Anatel sinaliza fim da era da internet ilimitada no Brasil


O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, explicou que a era da internet ilimitada está chegando ao fim. Apesar de cautelar da agência publicada nesta segunda-feira (18/4) ter proibido por 90 dias as empresas de banda larga fixa de reduzirem a velocidade da conexão ou cortarem o acesso, Rezende afirmou que a oferta de serviços deve ser "aderente à realidade".


"Não podemos trabalhar com a noção de que o usuário terá um serviço ilimitado sem custo", afirmou Rezende. "Em nem todos os modelos cabe ilimitação total do serviço, pois não vai haver rede suficiente para tudo."

O presidente da Anatel reconheceu, porém, que a culpa, nesse caso, é das empresas, que "deseducaram" o cliente. "Acho que as empresas, ao longo do tempo, deseducaram os consumidores, com essa questão da propaganda de serviço ilimitado, infinito. Isso acabou, de alguma maneira, desacostumando o usuário. Foi má-educação", afirmou.

Para Rezende, é importante que a Anatel dê garantias para que não haja um desestímulo aos investimentos pelas companhias nas redes. "Acreditamos que isso é um pilar importante do sistema. É importante ter garantias para que não haja desestímulo ao investimento. Não podemos imaginar um serviço ilimitado."


Consumo


Uma das principais obrigações que as empresas terão que atender, conforme determinação da Anatel, é criar ferramentas que possibilitem ao usuário acompanhar seu consumo para que ele saiba, de antemão, se sua franquia está próxima do fim. Se a opção for criar um portal, o cliente poderá saber seu perfil e histórico de consumo, para saber que tipo de pacote é mais adequado.


Além disso, a empresas terão que notificar o consumidor quando estiver próximo do esgotamento de sua franquia e informar todos os pacotes disponíveis para o cliente, com previsão de velocidade de conexão e franquia de dados.

Uma vez que a Anatel apure o cumprimento dessas determinações, em 90 dias, as empresas poderão reduzir a velocidade da internet e até cortar o serviço se o limite da franquia for atingido. Para não ter o sinal cortado ou a velocidade reduzida, o usuário poderá, se desejar, comprar pacotes adicionais de franquia.

"Acreditamos que as empresas falharam e estão falhando na comunicação com o usuário", afirmou Rezende. "Também acho absurdo suspender serviço sem avisar usuário", acrescentou.

Rezende disse não ver relação entre a mudança na postura das empresas e a queda da base de assinantes de TV por assinatura. Entre agosto de 2015 e fevereiro de 2016, as empresas perderam quase 700 mil clientes, de acordo com a base de dados da própria Anatel. Ao mesmo tempo, a Netflix, serviço de vídeo por streaming, já contava com 2,2 milhões de assinantes no início do ano passado. "Neste momento, não vejo essa concorrência", afirmou Rezende.

Rezende disse que as empresas que quiserem continuar a oferecer pacotes de internet ilimitada poderão fazê-lo. Segundo ele, esse erro também já foi cometido pelas empresas quando ofereciam pacotes ilimitados de voz.

"Quem quiser oferecer pacote ilimitado vai ver até onde vai suportar esse modelo de negócios", afirmou. "Acho que as empresas tiveram um erro estratégico lá atrás de não perceber que qualquer mudança, como serviço ilimitado de dados, levaria a um momento em que seria preciso corrigir a rota, sob risco de queda de investimentos."

Ao comparar o uso da internet com o consumo de energia elétrica, a superintendente de Relações com Consumidores da Anatel, Elisa Leonel, disse que o modelo de franquias é opcional, mas ressaltou que alguns consumidores poderiam se surpreender com a conta no fim do mês se o modelo fosse de consumo aberto.

"As empresas poderiam deixar o cliente consumindo megabytes o mês todo e mandar a conta, mas como o consumidor não está habituado a isso, pode levar a susto no final do mês", afirmou Elisa. "A franquia garante o controle do seu uso, mas não é obrigatório. É para o bem dele."

O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Max Martinhão, disse que a medida chega para dar equilíbrio e segurança para o consumidor. "As coisas estavam acontecendo de forma muito desordenada", afirmou. "A medida traz tranquilidade nesse momento."

O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), que representa as principais empresas do setor, informou que não iria se pronunciar sobre a cautelar, porque cada empresa tem um posicionamento sobre a questão.

Agência Estado

Sem contatos, Sport Recife, tem pronto perfil de novo técnico: "Formador de equipe"

Arnaldo Barros Sport (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Arnaldo Barros diz que Sport vai consultar mercado com calma (Foto: Aldo Carneiro / PE Press)
Pouco tempo depois de demitir o técnico Paulo Roberto Falcão, a diretoria do Sport já se lançou no mercado em busca de um novo treinador para comandar a equipe. E primeiro passo foi dado. De acordo com o vice-presidente Arnaldo Barros, a ideia é trazer um profissional com características que antecessor não possuía.

- Nós precisamos de um treinador que tenha realmente o perfil de formador da equipe, que se contente de trabalhar com os atletas que temos em casa e que tenha a ambição da vitória, que é a característica do Sport. Falcão tem muitas dessas características e outras nós precisamos que o novo treinador tenha.

Ainda segundo o dirigente, não existia treinador em contato com a diretoria até a tarde desta segunda-feira. As negociações vão ser feitas com tranquilidade.
- Vamos em busca de um novo treinador, sem pressa, mas ao mesmo tempo sabendo que precisamos desse profissional o quanto antes, porque o Campeonato Brasileiro bate na porta. Não temos negociação aberta porque essa decisão foi comunicada pelo presidente hoje.

Questionado sobre Alexandre Gallo, que negociou com o Sport no ano passado, na época de Falcão, Barros, como sempre, evitou falar em nomes. Gallo foi demitido da Ponte Preta na última semana.

- Não falamos em nomes. Só falaremos de nomes depois que exista algum contrato assinado com o Sport.

Por 
Globo Esporte - Recife

Após eliminação no Nordestão, Falcão é demitido pela diretoria do Sport Recife

Falcão Sport (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Falcão não suporta eliminação e deixa o Sport (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Contratado por ser a favor de trabalhos a longo prazo e empolgado com a diretoria do Sport, que não costuma demitir treinadores, o técnico Paulo Roberto Falcão não conseguirá cumprir o seu vínculo como Rubro-negro. Ele não resistiu ao resultado do último domingo, quando o Leão foi eliminado pelo Campinense na semifinal da Copa do Nordeste. Mais do que o resultado em si, pesou na decisão da diretoria o fato de o time não conseguir evoluir desde o começo do ano.
O auxiliar-técnico Thiago Gomes permanece como funcionário do clube e comanda o time na próxima quinta-feira, no primeiro duelo das semifinais do Campeonato Pernambucano, contra o Salgueiro. Já o preparador físico Paulo Paixão também deixa a Ilha do Retiro.
Em entrevista coletiva no final da tarde desta segunda-feira, o vice-presidente Arnaldo Barros deixou claro que a demissão de Falcão se deu muito mais pela qualidade do futebol apresentado do que pelos resultados em si.

- O Sport não se pauta por resultados e sim pela evolução da equipe e pelo que nós queremos que o time apresente em campo.

O ano de 2016 do Sport tem sido cheio de críticas ao time e, especialmente, ao técnico, que foi chamado de “burro” diversas vezes pelos torcedores, no primeiro duelo diante do Campinense, na Ilha do Retiro. Na ocasião, o treinador não estava conseguindo fazer o time render e gerou a ira dos rubro-negros.

O Sport realizou 21 jogos em 2016 e o aproveitamento de Falcão no ano é de apenas 53%, com dez vitórias, quatro empates e sete derrotas. O Leão deu vexames, como nas derrotas para América-PE e Salgueiro, ambas em casa, mas também conseguiu vencer jogos importantes, como os clássicos contra Náutico e Santa Cruz, por exemplo.

A história de Falcão no Sport começou no ano passado. Ele foi contratado no dia 20 de setembro depois da saída de Eduardo Baptista para o Fluminense. Ao todo, Falcão fez 34 jogos e encerrou a sua participação com um aproveitamento de 55%.

A partir de agora, a diretoria começa a trabalhar em busca de um novo treinador e a ideia é que ele já comande o time na quinta-feira, quando o Leão enfrenta o Salgueiro e começa a decidir uma vaga na final do Campeonato Pernambucano. Como de costume, a política na Ilha do Retiro é de silêncio, mas existe a grande chance de Alexandre Gallo encabeçar a lista.

Antes de contratar Falcão, o Leão chegou a negociar com Gallo e teve conversas avançadas, mas Falcão era um desejo antigo do presidente João Humberto Martorelli e acabou virando a primeira opção.

Por 
Globo Esporte - Recife

Dilma diz se sentir 'injustiçada' por decisão sobre impeachment



A presidente Dilma Rousseff reiterou várias vezes, durante pronunciamento nesta segunda-feira (18) no Palácio do Planalto, que se sente injustiçada com a decisão da Câmara dos Deputados sobre o prosseguimento do processo de impeachment ao qual responde.
Por 367 votos a 137, os deputados aprovaram neste domingo (17) autorizar a abertura do processo no Senado, instância responsável por julgar se a presidente cometeu crime de responsabilidade.

Dilma afirmou que se sente injustiçada, entre outras razões, porque a sessão da Câmara foi presididida por alguém que é acusado de ter contas ilegamente no exterior, em referência ao deputado Eduardo Cunha.
"Também me sinto injustiçada por não permitirem nos últimos 15 meses que eu tenha governado num clima de estabilidade política", declarou.
De acordo com a presidente, a injustiça também é praticada porque, segundo afirmou, não cometeu crime de responsabilidade e devido a um suposto tratamento diferenciado.
"Não há crime de responsabilidade. Os atos pelos quais eles me acusam foram praticados por outros presidentes da República antes de mim e não foram caracterizados como atos ilegais ou criminosos", declarou. "A mim se reserva um tratamento que não se reservou a ninguém. Os atos que me acusaram foram praticados baseados em pareceres técnicos."
Mais um fator de "injustiça" apontado por Dilma foi a votação no Congresso das chamadas "pautas-bomba", projetos que geram despesas adicionais para o governo. "Isso [a injustiça] se expressa em pautas-bomba, que no ano passado chegaram a montar em R$ 40 bilhões", afirmou.
"Me sinto inustiçada, injustiçada porque considero que esse processo é um processo que não tem base de sustentação. E é por isso que me sinto injustiçada. A injustiça sempre ocorre quando se esmaga o processo de defesa mas também quando, de uma forma absurda, se acusa alguém por algo, primeiro, que não é crime e, segundo, acusa e ninguém se refere a qual é o problema", declarou.
Ela destacou, porém, que não se sente desanimada e que não vai se abater nem se deixar paralisar. "Tenho ânimo, força e coragem para enfrentar – apesar de, com sentimento de muita tristeza – essa injustiça', disse a presidente.
Na etapa de perguntas de seis jornalistas sorteados para indagá-la, Dilma foi questionada pelo G1 sobre se o fato de o Supremo Tribunal Federal ter referendado duas vezes o processo de impeachment não fornece a esse mesmo processo a base legal.
"Isso não tem a ver com o conteúdo. O fato de o Supremo decidir ou não decidir que o andamento do processo tem de ser assim ou assado não significa que decidiu sobre o mérito. Aliás, a única decisão que eu, pelo menos, tenho conhecimento sobre mérito é no sentido de dizer que os processos de impeachment em andamento não podem ser acrescidos de outros adendos. Ele tem de ater à denúncia original", afirmou.
Leia abaixo o que a presidente falou sobre outros temas durante o pronunciamento e ao responder às indagações dos jornalistas:
Michel Temer
"Esta tentativa de eleição indireta se dá porque aqueles que querem ascender ao poder não têm votos para tal. Além disso, acredito que é importante reconhecer que é extremamente inusitado, estranho e, sobretudo, estarrecedor, que um vice-presidente, no exercício do seu mandato, conspire contra a presidenta abertamente. Em nenhuma democracia do mundo uma pessoa que fizesse isso seria respeitada porque a sociedade humana não gosta de traidores."

Economia
"Eu acredito que será necessário um grande rearranjo do governo. Acho que nós teremos um outro governo no sentido de que vamos construir um novo caminho. Na verdade, estrou enfrentando, já enfrentei o terceiro turno das eleições, agora vou entrar no quarto turno e, depois do quarto turno, tem, além das medidas que já anunciados e que tenho certeza que são importantes, nós lançaremos outras medidas."

'Repactuação' do governo
"Podemos vir a repactuar o govenro. Agora, não se trata de modificar ministérios nem de tomar alguma medida em termos de cargos. Aliás, obvimente, aquela pessoas que votaram no impeachment, não há justificativa política, ética, para que permaneçam. Não podem permanecer no governo por uma simples questão de consequência dos seus próprios atos. Estranho seria o contrário."

Judicialização do processo de impeachment
"Sabe o que acontece? Nós não abrimos mão de nenhum dos instrumentos que temos para defender a democracia. Portanto, não se trata de judicializar processo nenhum. Trata-se de exercer em todas as dimensões e conqquências o direito de defesa."

Senado
"Sobre os senadores, teremos com os senadores relação absolutamente diferente da Câmara. Até porque essa é realidade politica do país. Nós teremos interlocução sempre muito qualificada com os senadores."

Lula
"O presidente Lula, de fato, tem me ajudado muito nesse processo. Nós esperamos que seja nesta semana autorizada a vinda dele para a chefia da Casa Civil da Presidência. A gente espera também que se isso ocorrer ainda esta semana, certamente ele virá. A minha relação com o presidente Lula é a mesma de sempre. Nós somos companheiros especiais porque ao longo dos últimos anos nós trabalhamos juntos, durante seis, sete anos, diuturnamente e também agora voltamos a trabalhar juntos."

Ditadura
"Sem sombra de dúvida, a ditadura é um milhão de vezes pior. Até porque na ditadura não é só você. As pessoas, o cidadão comum, não têm direito a nada, não têm liberdade de expressão, a pessoa não pode reivindicar salário melhor. A ditadura é, sem sombra de dúvida, o pior dos mundos. A democracia pode não ser perfeita, pode não ser absolutamente sem falhas, mas ainda é o melhor regime que o ser humano construiu ao longo da história. Não tem comparação."

Oposição
"Quero dizer que também me sinto injustiçada por outro motivo. Por não permitirem que eu tivesse, nos últimos 15 meses, governado num clima de estabilidade política. Vejam vocês. Contra mim, praticaram sistematicamente a tática ou estratégia do 'quanto pior, melhor'. Pior para o governo. Melhor para a oposição."

Eduardo Cunha
"É muito interessante porque não há contra mim nenhuma acusação de desvio de dinheiro. Não há contra mim acusação de enriquecimento ilícito. Não fui acusada de ter contas no exterior. Por isso, me sinto injustiçada, porque aqueles que praticaram atos ilícitos e têm contas no exterior presidem a sessão que trata de uma questão tão grave como é a questão do impedimento de uma presidenta da República."

Filipe Matoso
Do G1, em Brasília

Pedido de impeachment de Dilma é entregue ao Senado Federal

O presidente da Câmara dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reunido com o presidente do Senado Sen. Renan Calheiros (PMDB-AL) para a entrega do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff
Reunido com líderes partidários, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, entregou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ao presidente do Senado, Renan Calheiros











O pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi entregue nesta segunda-feira (18) ao Senado Federal. O processo foi autorizado pela Câmara dos Deputados no fim da noite de domingo. A oficialização da entrega reuniu os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.
Cunha ressaltou a necessidade de rapidez na tramitação da matéria, devido à atual paralisia do País. "São 34 volumes, 12.040 páginas. A partir de agora, o condutor do processo é o Senado. Não me cabe comentar qualquer que seja a forma que o Senado decidir fazê-lo. A única coisa que eu argumento é que é um processo - a partir do início dele autorizado pela Câmara -, em que a demora é muito prejudicial para o País. Hoje tem meio governo. Então, para que essa paralisia não se prolongue, o ideal é que, dentro da legalidade, seja feito o mais célere possível, para que a vida do País possa voltar a sua normalidade, de uma forma ou de outra".
Eduardo Cunha acredita que a indefinição do processo deve continuar interferindo, inclusive, na pauta de votação da Câmara: "A representação do governo na Casa deixou de existir, porque deixou de existir, para a Câmara, o governo. Por isso é que a celeridade do Senado é muito importante. Eu não acredito que nenhuma matéria relevante será apreciada na Câmara sem que esse processo seja definido no Senado".
Seguir a ConstituiçãoO presidente do Senado também se reuniu, nesta segunda-feira, com a presidente Dilma Rousseff e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Renan Calheiros garantiu que a apreciação do pedido de impeachment no Senado vai seguir a Constituição, o Regimento da Casa e a Lei do Impeachment.
"Nós pretendemos fazer isso com absoluta isenção e total neutralidade. Há pessoas que pedem para agilizar o processo, mas não poderemos agilizar o processo de tal forma que pareça atropelo, ou delongar de tal forma que pareça procrastinação. Nós garantiremos o processo legal, o prazo de defesa e o contraditório", afirmou Renan.
Comissão especial

A autorização da Câmara para que os senadores apreciem o pedido de impeachment será lida na tarde desta terça-feira, durante a Ordem do Dia do Plenário do Senado. Antes, haverá reunião de líderes partidários daquela Casa para a definição de calendários e da composição da comissão especial, com 21 senadores, que terá 10 dias úteis para elaborar um parecer pela admissibilidade ou não do pedido de impeachment.

Os embates entre PMDB e PT já começaram quanto à disputa pela presidência e relatoria da comissão, como ressalta o vice-líder do PT, senador Lindberg Farias (RJ). "Sim, vamos brigar. Nós temos que ter um relator isento. Se atropelarem a gente, nós vamos recorrer ao Supremo Tribunal Federal."
O presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), sugeriu uma alternativa: “Como o PMDB, em tese, é beneficiado com o afastamento da presidente Dilma, e o PT quer a manutenção da presidente Dilma, talvez a melhor solução seria nenhum dos dois ter relatoria".
O relatório da comissão especial será submetido ao Plenário do Senado. Em caso de aprovação da admissibilidade do pedido de impeachment por maioria simples de senadores, a presidente da República será afastada do cargo por até 180 dias, que é o prazo que o Senado terá para concluir o julgamento do processo.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Newton Araújo


Agência Câmara 

Subtenente é morto durante assalto em uma agência bancária de Pacajus

Francisco Wellington tinha 45 anos. (FOTO: reprodução)
Francisco Wellington tinha 45 anos. (FOTO: reprodução)
O subtenente da Polícia Militar Francisco Wellington da Silva, 45 anos, foi morto nesta segunda-feira (18) durante um assalto a uma agência bancária no município de Pacajus, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A ação aconteceu por volta das 14h, no centro da cidade, quando dois homens armados entraram na agência. Este é o sétimo policial morto em 2016 no Ceará.
Segundo a polícia, o subtenente Francisco Wellington teria entrado no estabelecimento bancário com um pacote, possivelmente para realizar um pagamento ou depósito. Porém foi surpreendido por dois homens armados que anunciaram o assalto. O policial estava armado mas não teve tempo de reagir.
Francisco Wellington foi baleado e morreu na área dos caixas eletrônicos. Durante a ação, uma mulher que estava dentro do banco foi atingida. Os suspeitos fugiram em um veículo prata, que supostamente teria sido abandonado na Estrada da Coluna, no município de Horizonte.
A perícia constatou que a vítima foi atingida por 13 disparos e os homens fugiram com o malote. O policial trabalhava na cidade de Pacajus há aproximadamente 20 anos. No próximo sábado (23), ele iria comemorar o aniversário de 1 ano do filho. A polícia está averiguando imagens da câmera de segurança do local para localizar os criminosos.
A ocorrência alerta para o número de policiais mortos no Ceará nos últimos tempos. Pelo menos quatro dos agentes mortos em 2016 estavam de folga e morreram ao serem vítimas de ações criminosas. Em 2015, dos 14 policiais mortos, nove estavam de folga. A maioria foi vítima de disparo de arma de fogo, decorrente de homicídio doloso ou latrocínio.
Mortes de policiais em 2016
– 7 de janeiro: Hudson Danilo Lima Oliveira, soldado da Polícia Militar
O PM foi chamado para uma ocorrência de assalto em uma fazenda de Jaguaretama, no interior do Ceará. De acordo com o Comando de Policiamento do Interior (CPI), houve troca de tiros quando o soldado chegou ao local. Ele foi baleado na cabeça e socorrido no Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza, onde ficou internado em estado grave.
No dia 9 de janeiro, foi constatada a morte cerebral. Na noite do dia 8, quatro pessoas foram capturadas. Uma delas agiu diretamente no crime. As outras deram apoio para o criminoso fugir.
– 19 de janeiro: Benedito Gomes Assunção, Cavalaria da Polícia Militar
Policial, que não estava de serviço, se envolveu em uma discussão de trânsito com dois irmão, em Juazeiro do Norte. Poucos minutos depois, os dois suspeitos foram presos em flagrante. Antônio Nogueira da Cruz, 26, e Francisco Valtermar Nogueira da Cruz, 33, foram presos com um revólver calibre 38.
– 26 de janeiro: José Eudes da Silva Monte, sargento da Policial Militar
O PM foi baleado na cabeça durante roubo a um coletivo da linha Conjunto Ceará-Antônio Bezerra, em Fortaleza, e faleceu na manhã do dia 28 de janeiro. Foram presos Raquel Rodrigues Lima, 19, que responde na Justiça por adulteração de veículo; Carlos Maik Pinto Martins, 24, que possui antecedentes por homicídio e tráfico de drogas; Raimundo Nonato Sousa Barroso, 24, que responde por roubo e dois homicídios e Cristian Nilton Nascimento da Silva, 20, apontado pela polícia como o responsável por atirar no policial. 
– 12 de fevereiro: Augusto Herbert Félix, soldado da Polícia Militar (Raio)
O soldado aguardava o semáforo abrir, em um cruzamento de Fortaleza, quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta. Ele reagiu e trocou tiros com os assaltantes, mas não resistiu aos ferimentos. O crime aconteceu no Bairro Planalto Pici.
O subtenente estava caminhando no Centro de Jaguaretama, no interior do Ceará, quando foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta. Ele foi atingido por vários disparos. Equipes da PM foram acionadas ao local.
O policial civil estava indo deixar a namorada em casa no bairro Cidade dos Funcionários quando foi surpreendido por dois homens armados. Após o anúncio do assalto, Alisson reagiu e matou um dos criminosos. No entanto, o inspetor foi atingido no peito pelo segundo assaltante. Ele chegou a ser encaminhado com vida ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
– 18 de abril: Francisco Wellington da Silva, subtenente da Polícia Militar 
O policial militar Francisco Wellington da Silva, 45 anos, foi morto durante um assalto a uma agência bancária no município de Pacajus, RMF. A ação aconteceu por volta das 14h, no centro da cidade, quando dois homens armados entraram na agência e levaram um malote do subtenente.  O policial estava armado mas não teve tempo de reagir. Foi baleado e morreu na área dos caixas eletrônicos.

Por Rosana Romão

Tribunadoceara.uol.com

Cobra que se alimentava de cabras de um sítio é capturada por morador no Ceará

A cobra foi capturada e será devolvida ao seu habitat, na Floresta Nacional do Araripe. (FOTO: Reprodução/José Itamar)
A cobra foi capturada e será devolvida ao seu habitat, na Floresta Nacional do Araripe. (FOTO: Reprodução/José Itamar)
José Itamar, 56 anos, proprietário do Sítio Serra Velha, no município de Salitre – a 450 quilômetros de Fortaleza– , estava preocupado com o sumiço das cabras que criava. Ao contrário do que o homem acreditava, não era um ladrão que roubava seus animais, mas uma cobra.
A jiboia de quatro metros que estava se alimentando dos animais de criação foi capturada por José, após engolir uma cabra. Sem saber o que fazer, o homem ligou para a Rádio Cidade AM de Campos Sales e pediu ajuda ao radialista Dan Oliveira. “O José Itamar ligou e falamos fora do ar. Ele explicou a situação, disse que tinha capturado a cobra, que não queria matá-la, mas que precisava que ela fosse retirada do sítio para evitar prejuízos”, conta Dan.
O radialista entrou em contato com a Polícia Ambiental de Juazeiro do Norte, que atendeu o chamado e foi até a propriedade retirar o animal. O policial Rodrigo Barbosa explica que o animal vai ser devolvido ao seu habitat natural ainda nesta sexta-feira (15). “O proprietário relatou que o réptil estava se alimentando de uma criação de caprino, que o mesmo possui, sendo que esta manhã flagrou o réptil devorando uma de suas cabras. A cobra foi capturada e será devolvida ao seu habitat, na Floresta Nacional do Araripe, destaca.
O chefe do escritório regional do Ibama em Iguatu, Fábio Bandeira, explica que apesar do tamanho – que pode a princípio assustar -, a cobra não oferecia nenhum risco aos humanos que entraram em contato com ela. “Se trata de um animal que não é venenoso, que só caça quando sente fome. Esse tipo de cobra não tem o instinto de atacar só por atacar e agora ela só vai caçar outro animal quando estiver novamente com fome”, explica.
Segundo Fábio, existem duas possíveis causas para a proximidade do animal com os seres humanos, as desmatamento e as chuvas. “As pessoas costumam achar que o animal está invadindo sua área, mas é o contrário. Os seres humanos que estão invadindo cada vez mais as florestas, habitat desses animais. Acontece, também, de cobras desse porte aparecerem quando há grandes chuvas que acabam fazendo com que esses animais que vivem em cima da serra, desçam para regiões mais baixas”, aponta.
Contraponto
O biólogo e apresentador do programa Zoa da TV Jangadeiro, Hugo Fernandes-Ferreira, afirma que a possibilidade da cobra capturada por José Itamar ter quatro metros é remota. Segundo o especialista, jiboias costumam ter em média dois metros de comprimento, podendo, em casos raros, chegar a três metros e meio.
“Uma cobra de três metros não consegue comer jamais uma cabra adulta. Mesmo comer um filhote seria difícil para esse animal. Uma jiboia grande, de um metro e 80 centímetros só consegue comer mamíferos de pequeno e médio porte como gatos, cutias ou um cachorro. Mas uma cabra seria impossível”, explica.
Hugo aponta que possivelmente o fazendeiro esteja perdendo suas cabras para um animal como a onça vermelha. “O fazendeiro pode estar atribuindo o problema para a cobra que ele viu na mata, mas ele pode estar perdendo sua criação para uma onça vermelha, mesmo que não seja comum vê-las por estarem em perigo de extinção, ou para um grupo de cachorros domésticos em estado selvagem. Mas, se esse fosse o caso, as cabras não sumiriam”, aponta.
Confira o vídeo da captura do réptil: 

Por Juliana Teófilo

Tribunadoceara.uol.com

“Camilo terá de reconstruir uma polícia destruída por Cid”, avalia Lúcio Alcântara

Lucio Alcantara Fernanda Moura (1)
Lucio Alcantara Fernanda Moura (1)
Ex-governador Lúcio Alcântara diz que não tem pretensões de disputar cargo público novamente. (Foto: Tribuna do Ceará/Fernanda Moura)
Quase dez anos desde que deixou o Palácio do Cambeba (residência oficial antes da reforma do Palácio da Abolição), o ex-governador Lúcio Alcântara não se conforma com a condução da segurança pública pelo seu sucessor, o agora ex-governador Cid Gomes (PDT). Para o presidente estadual do PR, Cid “destruiu a Polícia com a história de fazer outra”. Ele entende que atual governador, Camilo Santana (PT), está reconstruindo a estrutura de segurança no Ceará.
Lúcio Alcântara concedeu entrevista ao Tribuna do Ceará na segunda-feira (12), em sua residência, em Fortaleza. Além das críticas a Cid Gomes, o ex-governador falou sobre o cenário político nacional e municipal e as atividades que desempenha desde que deixou o Governo.
Apoiador do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), Lúcio criticou que a crise econômica e política no Brasil é culpa tanto do Governo como da oposição que, para ele, “podia ter colaborado mais”. “A melhor solução seria eleição geral para presidente, mas isso está politicamente difícil”, pontua.
O PR se articula para lançar a candidatura do deputado estadual Capitão Wagner para a Prefeitura de Fortaleza, com apoio do PSDB do senador Tasso Jereissati, afirma Lúcio. Ele critica que adversários políticos, como os irmãos Cid e Ciro Gomes (ambos do PDT), tentem minimizar a influência do deputado, dizendo que ele só entende de segurança pública. “Não posso me calar quando vejo demagogia”, afirma.
A desavença política com os Ferreira Gomes é antiga. Cid derrotou Lúcio em 2006 em sua campanha pela reeleição. O sucessor, contudo, é acusado pelo presidente do PR de ter mentido em suas promessas de campanha. “A preocupação do meu sucessor era destruir a imagem do meu governo e desfazer tudo o que eu tinha feito”, afirma Lúcio. Cid preferiu não comentar a críticas.
Confira a entrevista completa concedida ao repórter Matheus Ribeiro:
Tribuna do Ceará  Como o senhor enxerga o atual cenário político nacional?
Lúcio Alcântara – É muito lamentável que a gente chegue onde chegamos. Há uma culpa grande do governo do PT, mas houve uma colaboração da oposição. (A oposição) mesmo combatendo e procurando saídas para o afastamento da presidente, podia ter colaborado mais, aprovando algumas medidas que qualquer um que seja presidente vai ter que tomar para o Brasil sair do fosso. A melhor solução seria eleição geral para presidente, mas isso está politicamente difícil. Embora o impeachment seja uma medida excepcional, embora a nossa história seja de muitos presidentes que, por uma razão ou outra, não concluíram o mandato, vão ter que chegar a essa medida extrema que é o impeachment. A essa altura eu não vejo outra alternativa, sabendo que vamos ter muitas dificuldades com essa sucessão.
Tribuna – O PR tem certa indefinição em ser a favor ou contra o impeachment. Alguns são contra, outros são isentos. Como tem sido o diálogo dentro do partido?
Lúcio – Para o PR fechar a questão, é uma deliberação nacional. Não é nossa. Temos o deputado federal Cabo Sabino, que já se pronunciou (a favor do impeachment), os dois deputados estaduais, Capitão Wagner e Fernanda Pessoa e o Roberto Pessoa, que é presidente de honra do partido, e eu, que acabei de manifestar (apoio ao processo). A deputada (federal) Gorete Pereira mantem-se ainda indecisa. Quer escutar ainda a opinião pública, pois está ligada a muitos prefeitos, a municípios que dependem muito de recursos.
Tribuna – Como está o diálogo do PR com o PSDB para o apoio ao Capitão Wagner à Prefeitura de Fortaleza
Lúcio – Muito bom. Está sendo produzido em menor parte por mim, em maior parte pelo Capitão Wagner e o nosso presidente de honra, Roberto Pessoa. Praticamente já se fechou uma aliança com o PSDB. Temos muito tempo para a realização das convenções, mas esse acordo já está praticamente acertado entre os dois partidos.
Tribuna  Como o próprio Capitão Wagner trata as questões das críticas que ele recebe?
Lúcio – Muita gente tenta diminui-lo, dizendo que ele só entende de segurança. Mas ele, na verdade, está colhendo material, se preparando para formular um plano de governo. Ele é uma pessoa serena, fala sempre com compostura. Não é aquele tipo estérico que a gente vê em alguns que são ligados à área da segurança. Quando o governador o chamou, foi lá dar suas colaborações. Não posso me calar quando vejo demagogia, certas posturas para atrair pessoas que não percebem as coisas. O próprio irmão do ex-governador (Ciro Gomes, irmão de Cid Gomes) uma vez disse: “nós vamos derrotar o Capitão”, como se ele só entendesse de segurança. Ele mesmo (Ciro), no governo do irmão, disse que havia milícia (dentro da Polícia do Ceará) e nunca mostrou. Por que o deputado do governo não o deixa (Ciro) ir lá (na Assembleia Legislativa)? Há um pedido de convocação para ele explicar essas questões (da milícia). É muito grave, (há) muita acusação vaga.
Tribuna – O senhor pretende inserir alguém de confiança na prefeitura da cidade de São Gonçalo do Amarante (cidade natal de Lúcio)?
Lúcio – Não temos ainda uma decisão. Há conversas com outros partidos de oposição, mas o quadro ainda não está definido. Vamos aprofundar os entendimentos e acelerar essa decisão. A ideia geral – e nisso nós temos mantido várias conversas com o Luiz Pontes, presidente do PSDB, o deputado estadual Danniel Oliveira (PMDB), que representa o senador Eunício Oliveira (PMDB), e o Solidariedade –, para ver, onde for possível, uma união em torno de um candidato.
Tribuna – Como o senhor avalia a segurança pública após o seu governo?
Lúcio – Uma razão do descrédito da classe política, porque a própria Dilma (Rousseff) se elegeu prometendo o que ela não pôde fazer. Eu, por exemplo, me elegi em 2002 e, por reconhecer que esse problema é grave e sério, nunca disse que acabaria com a violência e resolveria o problema. Mas disse que lutaria, que faria tudo o que estivesse ao meu alcance. Recentemente os jornais fizeram algumas matérias sobre isso, inclusive sobre a evolução da violência aqui, no Ceará, e mostraram que o meu período foi o mais tranquilo. A violência aumentou um pouco, mas foi o período em que menos aumentou, apesar das dificuldades políticas e de recursos. O meu sucessor (Cid Gomes) ganhou a eleição dizendo que acabaria com a violência, o que é um tremendo absurdo. Estava que nem a Dilma, prometendo o que não podia fazer. Então criou Ronda (do Quarteirão), disse que você chamaria a Polícia e ela estaria na sua porta em cinco minutos, que você saberia o nome do policial, e, na verdade, houve um aumento exponencial da violência. Nos oito anos dele, só em Fortaleza, morria mais gente do que em todo o meu governo no Ceará todo. Com o agravante: primeiro que ele mentiu, prometeu acabar atrás de voto e a segurança era, como hoje, uma coisa que incomoda. Então, a primeira coisa: ele mentiu para o povo. A segunda: foi o gasto. Ele sempre dizia: “mas eu fui o que mais gastou”. Pior, porque foi o que mais gastou e teve os piores resultados. Estão aí os carros sucateados, uma despesa enorme, com uma manutenção enorme. A manutenção, em alguns casos, era quase o preço de uma nova. Pernambuco baixou a criminalidade com carros pequenos e outras medidas mais práticas. Havia uma arrogância e um desperdício e o resultado foi péssimo. É preciso ser humilde diante disso. É necessário sempre buscar as melhores solução, mas nunca enganar o povo, nunca mentir.
Tribuna – Quais as medidas que o senhor enxerga para mudar essa situação?
Lúcio – A primeira coisa o governador Camilo Santana está fazendo que é a de recompor as forças de segurança. O meu sucessor destruiu a Polícia com a história de fazer outra. Ele só abria a boca para falar mal da Polícia, da qual ele mesmo era o comandante. Não quero dizer que a Polícia não tem lado ruim. Ela tem e são muitos, mas ele só viu o lado negativo. Camilo mostrou-se capaz de dialogar. A preocupação do meu sucessor era destruir a imagem do meu governo e desfazer tudo o que eu tinha feito. Fizemos uma coisa que funcionou no Rio de Janeiro: o disque denúncia. Trouxemos e instalamos aqui. Havia um sistema montado, com denúncias anônimas. A primeira coisa que ele (Cid Gomes) fez foi acabar com isso. Ele foi petulante, arrogante e acabou destruindo isso. O Laécio Noronha (advogado e autor do livro Políticas Públicas de Segurança), na última campanha do Eunício Oliveira (candidato ao Governo do Estado em 2014), publicou um livro com todas as sugestões, diagnósticos e propostas sobre segurança pública que estão sendo feitas. Camilo está evitando desperdícios, comprando carros menores… Perdemos oito anos com esse desmando na área da segurança.
Tribuna – O que lhe motiva a continuar participando dessas questões para melhorar a segurança pública no Ceará?

Lúcio – Não pretendo disputar mais nenhum cargo político. Mas, por tudo o que eu recebi do povo cearense, pelos cargos e oportunidades que tive, tenho uma responsabilidade que está acima de procurar ter desempenhado bem as funções que ocupei. Encaro isso como minha obrigação. Pela experiência e gratidão que tenho ao povo do Ceará, tenho o dever de fornecer um pouco do meu conhecimento à sociedade. Acabo sendo um ombudsman da sociedade. Tenho certa responsabilidade partidária, por está presidindo um partido político, mas hoje me sinto muito mais livre para falar e me manifestar, pois agora estou querendo colaborar. Hoje, estou presidindo o Instituto do Câncer, que meu pai foi um dos fundadores, então eu estou colaborando lá.

Tribuna do Ceará entrou em contato com o ex-governador Cid Gomes, mas ele optou por não responder às críticas de Lúcio Alcântara.
Por Jéssica Welma
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