Os deputados federais que formam a bancada cearense na Câmara Federal, em Brasília, acabaram ficando divididos na sessão de ontem, que votou o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).
Isso porque, 11 deles se declararam contrários à continuidade do processo – desta vez no Senado; nove se manifestaram a favor do impedimento do governo da petista. Houve uma abstenção – por parte da deputada Gorete Pereira (PR), que antes se dizia contrária ao impeachment, mas justificou sua mudança de opinião. “Pela Constituição Brasileira, contra a corrupção, queremos uma eleição nova. Tenho que me abster porque não posso acreditar nem em uma chapa nem na outra”, disse. Já o parlamentar Aníbal Gomes (PMDB) não compareceu ao plenário da Câmara, devido a um grave problema de saúde que o levou a realizar uma cirurgia de emergência e ele permanecia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Dentre os integrantes da bancada cearense, os deputados Cabo Sabino (PR), Danilo Forte (PSB), Genecias Noronha (PSD), Moses Rodrigues PMDB), Moroni Torgan (DEM), Raimundo Gomes de Matos (PSDB), Ronaldo Martins (PRB) e Vitor Valim (PMDB) votaram a favor da continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma, no Senado Federal. Uma das surpresas da votação de ontem, foi a manifestação do deputado Adail Carneiro (PP) – que anteriormente teria dito que votaria pela continuidade do mandato da presidente, acabou votando a favor do impeachment. Na oportunidade, ele chegou a pediu desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à própria Dilma Rousseff e, inclusive, ao ex-governador Cid Gomes, por tal mudança de opinião. Isso porque, segundo ele, teria de ouvir ao apelo da voz das ruas, uma vez que a população brasileira tem comparecido maciçamente às ruas, pedindo a saída da petista do comando do Palácio do Planalto.
Dentre os parlamentares que se posicionaram a favor da continuidade do governo de Dilma Rousseff à frente das decisões do País, ficaram o deputado Ariosto Holanda (PDT), que já havia dito que seria contrário ao que os governistas chamaram de “golpe contra a democracia”. Seguiram esse mesmo raciocínio os deputados Chico Lopes (PCdoB), Domingos Neto (PSD), José Airton Cirilo (PT), José Nobre Guimarães (PT), Luizianne Lins (PT), Leônidas Cristino (PDT), Odorico Monteiro (PROS) e Vicente Arruda (PDT). Estes votos já eram esperados em favor do Palácio do Planalto, uma vez que a grande maioria faz parte da base aliada do Partido dos Trabalhadores ou já participaram do próprio governo de Dilma Rousseff ou do ex-presidente Lula.
O deputado Danilo Forte (PSB-CE) declarou na noite deste domingo, 17, votar “sim ao impeachment” da presidente Dilma Rousseff pelo respeito a Constituição e a responsabilidade fiscal.
“O Ceará é feito por homens e mulheres de bem. E em respeito ao meu povo que me mandou para cá não para ser achincalhado, não para ser chamado de covarde, de picareta, de vendilhão do voto, mas para ter a honradez de um povo que precisa reconstruir a esperança e que foi enganado num castelo de mentiras que elegeu a presidente Dilma no segundo mandato”, disse.
O parlamentar cearense declarou também ter votado favorável ao pedido de impeachment por entender que o atual governo “cometeu erros” que não conseguiram ser explicados pelo advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo. “Ele não conseguiu defender o indefensável”, disse.
Jornal oestadoce.com
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