17 de março de 2017

Clima definiu os diferentes formatos de nariz, indica pesquisa

Nariz
A forma e o tamanho do nariz são o resultado da adaptação aos diferentes tipos de clima na Terra. Segundo pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista científica PLOS Geneticsas populações de áreas com o clima quente e úmido têm tendência a apresentar um nariz maior do que as de regiões frias e secas. A análise é a primeira a ser feita em indivíduos vivos e indica que, mais que uma diferenciação genética, o formato do nariz é uma adaptação ao ambiente. O estudo é importante pois abre caminho para a compreensão de como certas doenças podem estar relacionadas à esse ajuste humano ao ambiente.
 A explicação para a diferença seria que os narizes mais estreitos, como o dos europeus, têm a função de umedecer e aquecer o ar antes dele descer pela faringe e traqueia em direção ao pulmão, impedindo o surgimento de doenças respiratórias. Ou seja, quanto mais fino o nariz dos europeus, melhor sua sobrevivência. De acordo com os autores, segundo a teoria da seleção natural, a característica persistiu e se desenvolveu conforme o processo de evolução, podendo ser observada até hoje.

Nariz adaptado

A ideia de que o formato do nariz está ligado ao clima do ambiente, entretanto, não é novo. No final do século XIX, o anatomista britânico Arthur Thompson havia sugerido a correspondência entre o formato do nariz e o clima. “Segundo ela, narizes longos e finos apareceram em áreas secas e frias, enquanto narizes curtos e largos ocorreram em áreas quentes e úmidas. Muitas pessoas testaram a questão com medidas do crânio, mas ninguém tinha feito medições em pessoas vivas”, explicou Mark D. Shriver, um dos autores do estudo e professor de antropologia e geneticista da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, em comunicado.
Para testar se a adaptação ao clima seria responsável pelo formato do nariz humano, os pesquisadores analisaram as medidas de, pelo menos, quarenta pessoas nativas de quatro regiões do globo: Oeste africano, Leste e Sul asiáticos e Norte europeu. A escolha dessas áreas foi devido à distância entre elas e diferença observável nos rostos dessas populações. As medições levaram em conta características como a largura das narinas, a área e a distância entre elas, a altura e área externa do nariz. A análise foi feita com imagens faciais em 3D. Os pesquisadores também consideraram o clima das quatro regiões.
Comparando essas medidas à temperatura e à umidade absoluta dos diferentes locais, os cientistas perceberam a forte correlação entre as características faciais dos avaliados e sua distribuição espacial. Observou-se que narizes mais largos são mais comuns em lugares mais quentes e úmidos e, os mais finos, em lugares secos e frios.
Os cientistas ainda acreditam que outros fatores podem influenciar o formato nasal, como a seleção sexual. Isso porquê as preferências culturais na escolha do parceiro sexual podem ter contribuído para a expressiva diferença entre as regiões.
Além de destrinchar este processo evolutivo, a adaptação das fossas nasais ao clima pode ter repercussões médicas e antropológicas. O aprofundamento da questão pode revelar se a forma e o tamanho da cavidade nasal estão ligados ao risco de se contrair uma doença respiratória quando a pessoa vive em um clima diferente de seus ancestrais.
“Os estudos sobre a adaptação humana ao meio ambiente são essenciais para nossa compreensão das doenças e poderão esclarecer as origens de certas patologias, como a anemia por células falciformes, a alergia à lactose ou o câncer de pele, mais frequentes em certas populações”, destaca Arslan Zaidi, coautor do estudo e pesquisador do departamento de Antropologia da Universidade Estadual da Pensilvânia.
Com informações da Revista Veja

Vasco demite técnico Cristóvão Borges

cristóvão borges vasco macaé (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)Cristóvão Borges não é mais o técnico do Vasco (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)
Chegou ao fim a segunda passagem de Cristóvão Borges pelo Vasco. Nesta sexta-feira, um dia após a derrota por 1 a 0 para o Vitória - e, consequentemente, a eliminação na Copa do Brasil -, o clube comunicou a saída do treinador. Alvo da torcida nos últimos jogos, Cristóvão deixa o cargo com sete vitórias, dois empates e cinco derrotas entre jogos oficiais e torneio de pré-temporada. 
Em seu site, o Vasco publicou o seguinte comunicado, assinado pelo presidente Eurico Miranda:
A direção do Club de Regatas Vasco da Gama comunica a saída do treinador Cristóvão Borges a partir desta sexta-feira (17/03). O Vasco agradece os serviços prestados pelo profissional, que sempre trabalhou com dedicação.
Desde que foi anunciado, ainda em dezembro de 2016, Cristóvão nunca teve unanimidade no Vasco. Parte da torcida se manifestou contrária à contratação do treinador. Ele, porém, recebeu o apoio de Eurico, que ressaltou a primeira passagem do treinador, entre 2011 e 2012. 
Entretanto, os resultados ruins logo minaram a paciência da torcida. Nas últimas partidas, Cristóvão foi constantemente hostilizado. A pressão chegou a um ponto que convenceu Eurico, avesso a mudanças de treinadores, capitular. 
Luxemburgo e Ricardo Gomes cotados
Agora, a diretoria trabalha para buscar o substituto de Cristóvão. Não há ainda um nome de consenso, embora a preferência seja por alguém com experiência. Parte da cúpula defende a contratação de Vanderlei Luxemburgo, que tem relação estremecida com Eurico Miranda. 
Outro nome que agrada é o de Ricardo Gomes. Porém, o técnico é amigo de Cristóvão, que foi seu auxiliar e assumiu o Vasco em 2011 justamente após o AVC sofrido pelo então comandante. Neste cenário, é improvável que Ricardo aceite caso seja realmente procurado. 
Por 
Rio de Janeiro

Maestro, Ricardinho vence ansiedade e quer ser regido por torcedor do Vovô

Ricardinho é um maestro que entende pouco de música e bastante de futebol. Dá veia criativa e liderança ao Ceará. Ou, pelo menos, teve essa característica na passagem entre 2013 e 2015. Agora, depois de uma cirurgia no joelho, tenta voltar orquestrando de novo um time que ainda se estabiliza antes da Série B do Campeonato Brasileiro. Ricardinho está pronto para estrear nas quartas de final do estadual, neste domingo, diante do Uniclinic, às 16 horas, no Castelão. 
Ricardinho, meia, Ceará (Foto: Thaís Jorge)Ricardinho, meia do Ceará (Foto: Thaís Jorge)
- Cabeça e vontade de estar no jogo. Estou treinando gradativamente por uma evolução. Na quarta, fiz um coletivo o tempo todo. Me senti bem. Estou à disposição. Vou voltar com a mesma motivação e a mesma vontade de sempre. - Desde a artroscopia (cirurgia para lesão), em agosto, em Belo Horizonte, com o médico do Atlético-MG e da Seleção Brasileira, são quase sete meses. É muito difícil focar parado. Esse longo tempo tentar controlar a ansiedade. Fica a dúvida para saber se dá para voltar no nível bom e fazendo o que antes conseguia fazer. Mas é que eu amo, é o que eu gosto de fazer, o meu trabalho. O mais difícil é mesmo controlar a ansiedade - detalhou, em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com. 
Ricardinho foi uma peça fundamental na campanha do Ceará de 2015, quando o time venceu o Nordestão de maneira invicta e também escapou do rebaixamento à Série C do Brasileiro. À época, tinha Lisca no comando. Agora, tem Givanildo Oliveira. E o meia comentou sobre o novo treinador. 
- Não tem um treinador igual. Cada um tem suas qualidades e características. Uns mais expressivos, outros mais quietos, mais calados, falam o necessário. O professor Givanildo briga pelos diretos dos atletas, procura orientar da maneira dele, é um vencedor como atleta e técnico. Cabe para a gente ser inteligente e conseguir tirar o máximo que ele tem para nos ensinar e oferecer. Temos que evoluir com ele para a temporada. 

Com um time ainda em formação e precisando de mais criatividade no meio e mais efetividade no ataque, Ricardinho admite que chega com responsabilidade ao Alvinegro em 2017 e não quer decepcionar as arquibancadas. Ele sabe do peso, mas confessa estar contente nesta nova passagem pelo Ceará, que, segundo ele, o acolheu. 

- Responsabilidade sempre tem. Não vou conseguir resolver todos os problemas do time. É um coletivo. Mas quero colocar minha qualidade, ter essa responsabilidade. Me sinto em casa aqui e tenho o apoio dos torcedores. E com essa ajuda quero dar o meu melhor.

Ricardinho Ceará Bahia Copa do Nordeste (Foto: LUCIO TAVORA/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO)Ricardinho está pronto para voltar a campo (Foto: Lúcio Távora/Agência A Tarde/Estdão Conteúdo)
Fã de música gospel e sertanejo, aquilo que escuta diariamente, Ricardinho nem titubeia ao definir aquela canção que o emociona no estádio. É da voz das arquibancadas alvinegras que vem o incentivo. É o som que ele sente saudade de ouvir desde agosto e o que pede a partir da estreia, quando quer fazer um gol de falta. 


- Seria muito gratificante ouvir a música que a torcida cantou para mim, em 2015. Não tem como o jogador não entrar mais motivado e confiante e não dá para falar da alegria que é escutar "Quer jogar, quer jogar, o Ricardinho vai te ensinar". Primeiro, tu começa a pensar em voltar a treinar. Depois, você começa a pensar no jogo, no Castelão lotado. Quero fazer um gol de falta, seria gratificante na minha reestreia. Ajudar o Ceará. 

E, no estilo de um maestro modesto, encerra. 

- Colocaram esse apelido pelas minhas características em campo por organizar, de procurar sempre colocar o companheiro na cara do gol. E também por liderança. Procuro fazer o meu melhor dentro de campo. Quando o coletivo tiver bem, o individual vai aparecer. E o objetivo é o Ceará conquistar as vitórias e o resultado.

 Por 
Fortaleza, CE

Regularizado, Pedro Ken comenta expectativa em estrear pelo Ceará

pedro ken vasco desembarque (Foto: Edgard Maciel de Sá)
Após acertar com o Ceará, o meia Pedro Ken já está regularizado no Boletim Informativo Diário (BID), da CBF. O jogador é mais um reforço para a temporada 2017. Com passagens pelo Cruzeiro, Avaí, Vitória e Vasco, chega para completar o time de Givanildo Oliveira que volta a campo no domingo (19), pelo Cearense. Aos 29 anos, o atleta já participou de quatro edições da Série B e conquistou o acesso em todas. Antes do Alvinegro, estava no Terek Grozny, na Rússia.
- Estou com grandes expectativas para essa temporada, e o Ceará foi um dos grandes motivos para minha vinda ao Brasil. Minha principal motivação é a torcida. Os estádios estão sempre cheios, e a torcida está sempre junto com o time. É pelo torcedor que nós jogamos, e o Ceará é um clube de massa, que tem uma torcida apaixonada e que merece estar na primeira divisão - disse o jogador. 
Já regularizado, o meia está à disposição para atuar pelo time já no próximo domingo (19), quando enfrenta o Uniclinic nas quartas de final do Cearense. Animado com a chegada ao clube, Pedro Ken reforça o desejo em contribuir para o acesso à Série A.
- O clube é organizado, tem jogadores de qualidade, um técnico bem sucedido. Acredito que se todo mundo remar pro mesmo lado, as coisas irão acontecer para o Ceará. E eu torço muito por isso, principalmente pelo acesso do clube. Busco ser muito dinâmico, coletivo e competitivo. Posso jogar como meia, volante, atacante ou lateral. Vou procurar sempre dar o meu melhor para ajudar o Ceará - reforçou o jogador.
Por Fortaleza, CE

Recomeço: Icasa se reestrutura em busca de acesso e título na Série B

Recomeço. Esta é a palavra de ordem no Icasa. O rebaixamento à Segunda Divisão do Cearense demorou a ser digerida pela diretoria. Com presidente novo, treinador novo, o Verdão do Cariri chega à competição em busca não só do acesso, mas do título do torneio. Com a profissionalização da base, o Icasa chega forte para o certame estadual. O presidente (e torcedor, como ele mesmo fala) Valdenor Agra garante que o clube chega para roubar a cena. 
- O objetivo, por ser um presidente torcedor, é de ser campeão. A gente não quer outra coisa, a não ser ser campeão. A gente teve uma dificuldade muito grande com o Icasa para essa temporada. A gente está tentando fazer milagre. A fé nos conduz à vitória - afirmou o presidente.
O Verdão do Cariri começou a pré-temporada há mais de um mês. Trouxe alguns atletas experientes para reforçar o elenco do time do Cariri. O lateral-direito Marcos Vinícius, que estava no elenco do Verdão que conquistou o acesso à Série B do Brasileiro em 2009, está de volta para esta campanha de 2017. 
Guarani de Juazeiro x Náutico Romeirão (Foto: Tiago Medeiros)Romeirão é a casa do Icasa na temporada 2017 (Foto: Tiago Medeiros)

O atacante Rafael Cearense, que passou pelo futebol cearense e estava no Campinense, também reforça o elenco do Verdão. O goleiro Vitor Lagoa, ex-Tiradentes, também é outro jogador experiente que chega ao Icasa para assumir papel de liderança. Laertes, meia ex-Fortaleza, e Romário, zagueiro ex-Guarany de Sobral, formam a espinha dorsal do Icasa para a Série B estadual.
Aliado à experiência dos mais antigos, o Verdão do Cariri também irá olhar para a base. No decorrer da competição, pretende aproveitar os destaques mais novos no time principal e, com isso, montar um elenco que também dispute a Taça Fares Lopes.
- Nós temos atletas de 17 anos que se destacaram em alguns amistosos. Temos um atacante, o Vitor Caririaçu, que tem 17 anos e já está brigando por vaga no time titular. Foi revelado em um amistoso que nós fomos fazer no início do ano - explicou o mandatário alviverde.
Roni Araújo, técnico do Icasa (Foto: Divulgação/Icasa)Roni Araújo, técnico do Icasa (Foto: Divulgação/Icasa)
Treinador conhecido
Roni Araújo foi o escolhido pela presidência icasiana para comandar o barco em 2017. Esta será a terceira passagem do treinador pelo alviverde. Em 2014, o treinador assumiu a equipe no Campeonato Cearense em 11 partidas. Ano passado, fez cinco jogos na Taça Fares Lopes. No total, foram cinco vitórias, cinco empates e seis derrotas.

- Escolhemos esse treinador porque acreditamos no potencial dele e na identificação com o clube. Montamos um elenco forte e acreditamos que o Roni Araújo tem condições de fazer um bom trabalho.
Sobre o campeonato
O Icasa estreia na Segundona do Cearense contra o Maracanã, no Estádio Domingão, em Horizonte. O jogo está marcado para o domingo (19). A bola rola a partir das 16 horas. O Campeonato será disputado em três fases. Dos sete, classificam-se quatro (apenas em jogos de ida) para as semifinais, decididas em jogos de ida e volta. Os dois primeiros lugares da competição sobem para a Série A em 2018, enquanto o último colocado cai para a Série C do estadual na temporada seguinte.
Por 
Juazeiro do Norte, CE

Os empresários visavam o lucro e não a saúde pública, afirma Polícia Federal

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Os grandes conglomerados de empresas do setor agropecuário brasileiro - JBS e BRF - adotaram procedimentos de barateamento dos produtos visando apenas no aumento dos lucros, mesmo que para isso a qualidade do produto repassado aos consumidores fosse baixa.

A Polícia Federal, em coletiva na manhã desta sexta-feira, afirmou que a prioridade das empresas envolvidas na Operação Carne Franca era o "capitalismo, o mercado, e não a saúde pública", informou o Delegado responsável pelo caso, Maurício Grillo.

Segundo o Jornal O Globo, entre os empresários presos estão o gerente de Relações Institucionais do Grupo BRF e um funcionário do grupo JBS. O jornal também afirma que a Operação prevê o bloqueio de R$ 1 milhão das contas de 46 investigados.

Após a deflagração da Operação, as ações das empresas tiveram forte queda na bolsa de valores nesta sexta. Segundo a Veja, entre as muitas marcas comercializadas pela empresa JBS, estão a Friboi e a Seara. Já a BRF tem entre seus principais nomes, a Sadia e a Perdigão.  
 
Com informações do Jornal O Povo

Gravações mostram 'técnicas' para venda de carnes podres

Gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal mostram um esquema de venda de carnes podres de frigoríficos brasileiros para o mercado doméstico e externo.
A operação "Carne Fraca", deflagrada nesta sexta (17) pela PF, investiga uma suposta organização criminosa liderada por fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, que, com o pagamento de propina, facilitavam a produção de produtos adulterados, emitindo certificados sanitários sem fiscalização.
Alguns dos maiores frigoríficos do país, como JBS, BRF e Seara são alvo da operação. O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, também aparece na investigação em uma conversa interceptada com o suposto líder do esquema criminoso, o qual chama de "grande chefe". A PF, no então, não vê irregularidades na atuação do ministro.
Frigoríficos menores também aparecem na investigação, como o Peccin, com sede no Paraná. Em uma das conversas interceptadas, um dos donos da empresa e a mulher discutem o uso de carne de cabeça de porto em linguiças, o que é proibido pela legislação.
Em outra gravação, os sócios do frigorífico discutem como reaproveitar um presunto que, embora podre, "não tem cheiro de azedo", e por isso poderia ainda ser vendido. Em outra, combinam adicionar ácido sórbico a amostras de carne enviadas para análise de qualidade para que elas não sejam reprovadas pela fiscalização.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com a empresa.
VEJA AS TRANSCRIÇÕES
- Conversa entre os irmãos Normélio Peccin e Idair Piccin, sócios do frigorífico Peccin:
Normelio - Tu viu aquele presunto que subiu ali ou não chegou a ver?
Idair - Ah, eu não vi; Cheguei lá, mas o Ney falou que tá mais ou menos. Não tá tão ruim.
Normelio - Não, não tá. Fizemos um processo, até agora eu não entendo, cara, o que é que deu naquilo ali. Pra usar ele, pode usar sossegado, não tem cheiro de azedo, nada, nada, nada.
- Conversa entre Idair Piccin e a mulher, Nair Piccin, sua mulher:
Idair - Você ligou?
Nair - Eu, sim eu liguei. Sabe aquele de cima lá, de Xanxerê?
Idair - É.
Nair - Ele quer te mandar 2.000 quilos de carne de cabeça. Conhece carne de cabeça?
Idair - É de cabeça de porco, sei o que que é. E daí?
Nair - Ele vendia a 5, mas daí ele deixa a 4,80 para você conhecer, para fechar carga
Idair - Tá bom, mas vamos usar no que?
Nair - Não sei
Idair - Aí que vem a pergunta né? 'Vamo' usar na calabresa, mas aí, é massa fina é? A calabresa já está saturada de massa fina. É pura massa fina
Nair - Tá
Idair - Vamos botar no que?
Nair - Não vamos pegar então?
Idair - Ah, manda vir 2.000 quilos e botamos na linguiça ali, frescal, moída fina
Nair - Na linguiça?
Idair - Mas é proibido usar carne de cabeça na linguiça
Nair - Tá, seria só 2.000 quilos para fechar a carga. Depois da outra vez dá para pegar um pouco de toucinho, mas por enquanto ainda tem toucinho [ininteligível]
Com informações da Folha Press

Fraudadores produziam carne com substâncias cancerígenas, diz delegado da PF

O delegado da Polícia Federal responsável pela Operação Carne Fraca, Maurício Moscardi Grillo, afirmou nesta sexta-feira, 17, que a investigação mostra que a preocupação das duas maiores empresas alimentícias, a JBS e a BRF, era com seus cofres em detrimento da saúde pública da população. A declaração foi dada durante entrevista coletiva sobre a operação em Curitiba.
A Operação envolve ainda outras empresas do ramo no País, segundo o delegado. Há cerca de 40 pessoas jurídicas envolvidas no esquema que incluía venda de produtos vencidos com a embalagem modificada.Foram investigadas grandes empresas do setor, como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas. Também há envolvimento, segundo a PF, de frigoríficos menores, como Mastercarnes, Souza Ramos e Peccin, do Paraná, e Larissa, que tem unidades no Paraná e em São Paulo.
"O que interessa para esses grandes grupos é o mercado independente da saúde pública da população. Há uma falsa preocupação das empresas com a sociedade", disse o delegado. Em outro braço do esquema, grupos criminosos pagavam propina para partidos políticos.
Segundo Grillo, foi identificado envolvimento do PP e do PMDB. Mas, de acordo com ele, essa parte não foi aprofundada porque o foco da investigação era a saúde pública, corrupção e lavagem de dinheiro.
Grillo explicou que os proprietários das empresas se beneficiavam do esquema e estavam dentro da situação, portanto não eram vítimas, mas corruptores. Segundo ele, também estavam envolvidos o ex-superintendente do Ministério da Pesca e da Agricultura no Paraná, o superintende de Goiás e um alto funcionário em Minas Gerais.
No caso da Superintendência de Goiás, Grillo disse que havia facilitação para enviar mercadoria contaminada com Salmonella para o exterior. O delegado disse que havia pedido intervenção nessa fábrica no interior de Goiás, mas que o juiz solicitou que a investigação fosse realizada pelo Ministério da Agricultura.
Itens cancerígenos
A operação Carne Fraca encontrou uma série de irregularidades na fabricação e comercialização de proteínas no País, com investigação concentrada no Paraná, mas também com desdobramentos em outros Estados, como Goiás e Minas Gerais.
A operação apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos, incluindo grandes empresas como BRF e JBS.
O delegado Moscardi Grillo disse na coletiva que as algumas das empresas investigadas usavam ácido e outros elementos químicos muito acima do permitido por lei para maquiar o aspecto físico de alimento vencidos e estragados. "Alguns são cancerígenos e usados para poder maquiar a característica física", afirmou Grillo.
Ele disse que estas irregularidades foram encontradas principalmente em frigoríficos menores da Região Sul, mas não só. Ele disse ainda que algumas empresas injetavam água para aumentar o peso da carne.
O delegado afirmou ainda que também foi encontrada carne processada, em que na verdade não havia proteína animal e sim, soja. "Inclusive há uma destas empresas que forneciam merenda escolar no Paraná que não havia carne dentro, era proteína de soja", disse afirmando se tratar do Frigorífico Souza Ramos.
A Polícia Federal citou ainda casos de Salmonella - bactéria que causa infecção em humanos e pode ser transmitida por alimentos. Neste casos, fiscais do governo federal recebiam propina para liberar a comercialização do produto contaminado. "Encontramos também pagamento de propina para fabricação de proteína em fábricas contaminadas com Salmonella", afirmou.
Ele disse ainda que contêineres com alimento contaminado, com destino à exportação para Europa, também foram encontrados.
Com informações do Jornal o Estadão

Evitar consumo de glúten aumenta risco de diabetes, diz pesquisa

Grãos de trigo
O glúten é uma proteína presente em cereais como o trigo (Foto: AFP)
As dietas sem glúten caíram no gosto popular por prometerem resultados positivos para quem deseja emagrecer. Mas retirar essa proteína, presente em cereais como o trigo, pode acarretar em problemas. Um estudo realizado pelo Departamento de Nutrição de Harvard, uma das universidades mais renomadas do mundo, indica que deixar de consumir glúten pode aumentar os risco de diabetes.

A pesquisa foi feita com 200 mil pessoas, durante 30 anos, que responderam a um questionário de frequência alimentar a cada dois e quatro anos. O resultado apontou que a maioria dos voluntários comeu menos de 12 gramas por dia. Dentre estes, os pesquisadores perceberam que os que consumiram mais glúten tiveram menos chances (13%) de desenvolver diabetes tipo 2 do que aqueles que consumiram menos de quatro gramas diárias. Quase 16 mil pessoas desenvolveram a doença, segundo o estudo.

Os pesquisadores ainda não sabem explicar por que o maior consumo da proteína está associado ao não desenvolvimento da doença. Para eles, a resposta pode estar no fato de que essas pessoas também comeram mais fibras, que são conhecidas por protegerem o corpo contra o diabetes tipo 2.

Especialistas advertem que a dieta sem glúten só deve ser adotada, sob recomendação médica, por pacientes com doença celíaca - inflamação na parede do intestino causada pela reação ao glúten. Algumas pessoas são intolerantes a essa proteína, contudo, não chegam a apresentar a inflamação. Nesses casos, os médicos avaliam se é necessário retirar totalmente o glúten da dieta.

Com informações do Jornal O Povo

IBGE contratará 26,4 mil pessoas para Censo Agropecuário

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O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão autorizou a contratação temporária de 26.440 profissionais para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fazer o Censo Agropecuário 2017. As contratações serão feitas por meio de processo seletivo simplificado, e a duração dos contratos será de até um ano, com possibilidade de prorrogação limitada a três anos.

Serão 19.013 vagas para o posto de recenseador, 4.946 para agente censitário supervisor, 1.285 para agente censitário municipal, 381 para agente censitário administrativo, 375 para agente censitário regional, 266 para analista censitário e 174 para agente censitário de informática. O valor das remunerações ainda não foi definido. A portaria com a autorização foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (17).

Com informações da Agência Brasil