15 de abril de 2019

Vamos falar (bem) da ansiedade?

Capa da revista 'Anxy' sobre a raiva
Antes se dizia que alguém estava “atacado dos nervos”. Era o comentário sobre o colega de trabalho de licença ou a amiga que ficava dias inteiros na cama, uma forma de resumir o que não se queria ou não se sabia nomear.
Já não se diz “problemas nervosos”, soa antiquado e simplista. Sabemos que cerca de 260 milhões de pessoas são diagnosticadas com ansiedade no mundo, segundo os dados da OMS, e 300 milhões com depressão, a principal causa mundial de incapacitação. O número de doentes por depressão aumentou 18% entre 2005 e 2015, segundo a mesma organização. Para além do debate acalorado sobre se as condições de vida atuais provocam mais depressão ou simplesmente é que a detectamos melhor do que no passado, a verdade é que o léxico relacionado a transtornos mentais invadiu nossas vidas. Com mais ou menos noção nos referimos a crises de ansiedade, mas também usamos com rapidez frases como “depressão pós-férias” (para dizer que estamos tristes de voltar à rotina depois do verão). Isso não significa de forma alguma que as doenças mentais estejam normalizadas. A saúde mental continua sendo objeto de preconceitos, tão fortes que há quem, como o psicólogo especializado Stephen Hinshaw, os compare com os que em outras épocas sofriam os doentes de lepra.

“O estigma social, familiar ou profissional é mais forte do que qualquer sintoma de nosso transtorno”, afirma taxativamente Daniel Ferrer Teruel, da associação ActivaMent. O tabu, afirma, é transversal, afeta todas as camadas sociais e passa de geração em geração. Por isso os ativistas dessa causa ainda lutam contra a discriminação profissional e social, e contra medidas como as correias em hospitais ou a medicação forçada, que consideram violações dos direitos humanos.
A cultura reforça os clichês herdados. Uma análise de 20.000 diálogos de programas de televisão de 2010 concluiu que retratavam pessoas com doenças mentais como “temíveis, causadoras de vergonha e sofredoras”, e 70% das vezes como violentas, um dos estigmas mais persistentes e danosos. Os especialistas repetem à exaustão que só em torno de 3% da população, independentemente de seu estado mental, apresenta condutas agressivas. Mas o dado fica eclipsado por notícias que destacam os quadros clínicos de assassinos e agressores. Preferimos uma explicação ruim — uma que nos diferencie e nos afaste dos loucos, que nos diga que estamos a salvo — do que nenhuma.
Em meio a esse panorama surge uma luz: o estigma geral sobre saúde mental parece começar a enfraquecer. Alejandro Guillén, diretor de comunicação da Confederação Saúde Mental Espanha (que agrupa 300 organizações e 47.000 associados) acredita que a percepção coletiva está melhorando, que nos últimos anos estão se abrindo discussões que há pouco pareciam impossíveis. Ele e outros especialistas reconhecem, isso sim, que se avançou muito mais na aceitação social da depressão e da ansiedade do que no resto dos problemas mentais. Pode ser que seja porque são dois dos transtornos mais comuns e percebidos como mais fáceis de superar. “Mas é uma mudança importantíssima. O processo de recuperação pode começar, exatamente, ao contar o que acontece com as pessoas, porque o silêncio agrava os problemas”, afirma Guillén.


Capa da revista 'Anxy' sobre a raiva
Capa da revista 'Anxy' sobre a raiva


Não faltam aqueles que hoje encontraram fórmulas para falar mais e melhor sobre saúde mental. Quando se olha a revista Anxy, com suas capas de cores vivas e títulos como ‘Raiva’ ou ‘Masculinidade’, espera-se reportagens de design ou música. No entanto, o que se vê é uma publicação criada para falar sobre ansiedade, depressão e traumas, sobre “nossos mundos interiores, os que com frequência evitamos compartilhar, as lutas internas, os medos que nos fazem acreditar que o resto do mundo é normal e nós, não”. Indhira Rojas (República Dominicana, 1983) lançou esta revista bimestral em 2016 no Silicon Valley, arrecadando fundos (cerca de 60.000 dólares) pela internet, motivada por sua própria terapia com desenhos e colagens. Descobriu que a maioria do que se publicava sobre saúde mental tinha um ângulo puramente médico, com uma estética e um design pouco atraentes. Rojas decidiu introduzir uma visão mais artística e abrir um diálogo porque, afirma, a maneira formal em que algo é apresentado tem a capacidade de nos motivar e um potencial expressivo do qual as palavras carecem. Uma embalagem feia torna o assunto, complicado em si, totalmente “não palatável”. A rejeição é multiplicada.
Uma visão parecida inspira Jara Pérez, que faz um tipo de terapia que ela denomina “acompanhamento psicológico por videoconferência”. Sua página na web e nas redes sociais, cheias de piadas, fotogramas e filmes e imagens conceituais, poderiam ser as de uma millenial qualquer. Mas Pérez aposta nessa estética por um motivo claro: quer se aproximar de um público jovem que aprecia a linguagem visual compartilhada (os memes) e a ironia como ferramenta para compartilhar experiências dolorosas.
Diante das gerações anteriores, os jovens de hoje têm mais referências e informação sobre saúde mental e, em boa medida, a desmistificam. Estão expostos a debates sobre o assédio na escola e a automutilação e veem famosos — Justin Bieber, Lady Gaga, Demi Lovato; na Espanha, Iniesta ou youtuber El Rubius — falar de vícios, ansiedade e depressão. Mas o silêncio ainda pesa sobre a bipolaridade, e ainda mais sobre transtornos como a esquizofrenia. Guillén, da Confederação Saúde Mental, destaca o imenso impacto que os rostos populares têm em campanhas de conscientização, mas reconhece que é difícil que se exponham. “O que muitos famosos fazem quando contam, por exemplo, que sofrem de ansiedade é ligar seus problemas à pressão que suportam no trabalho.”
Nas redes esse tipo de confissão prolifera entre personagens conhecidos ou nem tanto. O que é mais autêntico do que uma dose de vulnerabilidade em meio a um monte de gente que parece ter vidas melhores do que a sua? As marcas também se dão conta. “Estamos percebendo que a saúde é muito mais ampla do que pensávamos antes”, afirma Nieves Noha, analista de tendências da consultoria Exito. Ela detecta cinco etapas de conscientização nos últimos anos: primeiro, nos concentramos na saúde corporal; depois, começamos a prestar atenção à saúde mental e emocional, e agora começamos a olhar para a relacional (relações tóxicas etc.) e inclusive a ambiental (qual é o efeito da arquitetura ou do design). Por isso há quem aproveite a vulnerabilidade como ferramenta de marketing. Um exemplo recente: Kendall Jenner, modelo e membro do clã Kardashian, criou grande expectativa ao anunciar que lançaria uma mensagem “corajosa” e “autêntica”, algo que soava a confissão íntima (falaria de suas inseguranças? Kendall tem os mesmos problemas do restante da humanidade?). No fim, anunciou um creme anti-acne.
As redes são armas de dois gumes com efeitos pouco saudáveis, mas não se deve esquecer que também permitem encontrar conexões, fazer com que nos sintamos menos sozinhos no mundo. De fato, parte do humor dos millenials e da geração Z gira em torno da depressão e da ansiedade. Uma espécie de novo movimento dadaísta de memes salpicados de autoconsciência, consequências da recessão econômica e da perda de referenciais. E da sensação de que é melhor rir desse vazio existencial do que permanecer calados.
Por Raquel Seco
Com informações do El País

Casos de sarampo no mundo crescem 300% em 2019, diz OMS

Casos de sarampo crescem 300% no mundo em 2019 — Foto:  Foto: Cristine Rochol/PMPA
Casos de sarampo crescem 300% no mundo em 2019 — Foto: Foto: Cristine Rochol/PMPA

Os casos de sarampo registrados no mundo tiveram alta de 300% em 2019, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta segunda-feira (15). Segundo dados dos três primeiros meses do ano, já foram reportados 112.163 casos da doença em 170 países diferentes. Em 2018, foram 28.124 casos no mesmo período em 163 países.
Segundo a OMS, a alta segue uma tendência dos últimos dois anos. Os surtos atuais acontecem na República Democrática do Congo, Etiópia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Madagascar, Mianmar, Filipinas, Sudão, Tailândia e Ucrânia.
Nos últimos meses, altas nos números de casos também aconteceram em países com alta cobertura de vacinação, como os Estados Unidos, Israel, Tailândia e Tunísia.
A OMS alerta que a taxa de cobertura vacinal global está abaixo da meta, em 85%, e que os números de cobertura da segunda da dose da vacina são ainda menores: 67%.

Brasil perde certificado de erradicação

O Brasil perdeu o certificado de erradicação do sarampo após a confirmação de mais um caso endêmico, ou seja, dentro do território brasileiro em 23 de fevereiro no Pará.
O país viveu um surto da doença em 2018 com mais de 10 mil casos registrados especialmente no Amazonas e em Roraima.
Em janeiro de 2019, o Brasil tinha três estados com surto da doença: Amazonas, Roraima e Pará. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, o país registrou 10.374 casos. O pico foi atingido em julho de 2018, com 3.950 casos.
Até 19 de março, houve confirmação laboratorial de 48 casos de sarampo no Brasil. Destes, 20 estão relacionados a casos importados e 28 a casos endêmicos, sendo 23 no Pará e cinco no Amazonas.

Com informações do G1

Rogério Ceni festeja 10º jogo invicto com Fortaleza e quebra tabu ao vencer Ceará por dois gols após 11 anos

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A vitória do Fortaleza por 2 a 0 diante do Ceará, no primeiro jogo da decisão do Campeonato Cearense, foi a primeira do técnico Rogério Ceni sobre o maior rival. Em coletiva, Ceni comentou sobre o feito, mas atribuiu os méritos a todo o elenco do Fortaleza. Lisca, que treina o Ceará, segue sem vencê-lo. São 10 jogos de invencibilidade do Fortaleza em sequência. Há cinco jogos, o Leão não sofre gol.

O Fortaleza quebrou ainda um importante tabu. Com elenco principal, desde 2008, que o Tricolor não vencia o Ceará por diferença de dois gols. Última vez foi no dia 9 de março daquele ano pelo Campeonato Cearense: 3 a 1.

- Todo clássico tem suas marcas. É um jogo de futebol. Se tivesse perdido do Floresta, não teria a oportunidade de estar aqui. Para o torcedor, fica o gosto. Mas temos domingo que vem. Decide o campeonato. A vitória é doce, mas acaba. O time mostrou que tem condições de brigar pelo título. Joguei mais de 180 clássicos como atleta, contra Palmeiras, Corinthians e Santos. Aqui já era o sétimo, são três, três e um. Em algum momento, você vai vencer. Não é a minha vitória, é a vitória do Fortaleza - afirma.

O Fortaleza vem de uma classificação no Nordestão, após superar o Vitória. Neste domingo (14), conseguiu vencer o maior rival com dois gols de Edinho. No próximo jogo, tem a vantagem. O Vovô precisa de uma vitória por dois gols de diferença para ser campeão, enquanto o Leão ergue a taça até com empate ou derrota por um gol.

- O Fortaleza fez dois grandes jogos (contra Vitória e Ceará), vem melhorando gradativamente. Mas, a cada jogo, se escreve uma nova história. São 10 jogos (invictos), isso é bacana, mas o mais importante é como o time vem jogando, tentando criar uma identidade. Precisamos ter mais peças.

O jogo de volta da final do Campeonato Cearense ocorre próximo domingo (21), às 16 horas, na Arena Castelão.

Confira os jogos com Ceni invicto:
Fortaleza 4 x 0 Confiança
Fortaleza 0 x 0 Ceará
Ceará 1 x 1 Fortaleza
Fortaleza 2 x 1 Floresta
Moto Club 1 x 1 Fortaleza
Guarany-S 0 x 1 Fortaleza
Fortaleza 1 x 0 ABC
Fortaleza 1 x 0 Guarany-S
Fortaleza 4 x 0 Vitória
Fortaleza 2 x 0 Ceará

Por Thaís Jorge 
Por GloboEsporte.com — Fortaleza, CE

Fiocruz desenvolve teste para Zika mais barato e rápido

Pesquisa Zika Culex Fiocruz
Exames para identificar infecção pelo vírus da Zika em breve vão poder ser feitos em 20 minutos. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco, desenvolveram um método simples e 40 vezes mais barato que o tradicional. A expectativa é que chegue aos postos de saúde antes do final do ano, beneficiando, principalmente, os municípios afastados dos grandes centros, onde o resultado do teste de Zika pode demorar até 15 dias. As informações são de um dos criadores da técnica, o pesquisador da unidade Jefferson Ribeiro.
“Tendo em vista que a técnica atual (PCR) é extremamente cara e o Brasil tem poucos laboratórios de referência que podem realizar o diagnóstico de Zika – até um tempo atrás eram apenas cinco, inclusive a Fiocruz de Pernambuco -, uma cidade pequena, no interior do estado, acaba prejudicada. A amostra precisa sair do interior, ir para a capital, para ser processada, enfim, se pensarmos nesses municípios, o resultado pode demorar 15 dias”, destaca Ribeiro.
Outra vantagem do novo teste é que pode ser feito por qualquer pessoa nos posto de saúde, não exige treinamento complexo. Com um kit rápido, basta coletar amostras de saliva ou urina, misturar com reagentes fornecidos em um pequeno tubo plástico e depois aquecer em banho maria. Vinte minutos depois, se a cor da mistura se tornar amarela, está confirmado o diagnóstico de Zika, se ficar laranja, o resultado é negativo. Hoje, o teste PCR (reação em da polimerase), com reagentes importados, é feito com material genético retirado das amostras, o que demora mais.
O teste elaborado pela Fiocruz Pernambuco é também mais preciso, ou seja, tem uma taxa de erro menor, acusando a doença mesmo em casos que não foram detectados pela PCR.
A expectativa dos pesquisadores é que o kit seja desenvolvimento pela indústria nacional, com a participação da Bio-manguinhos, e disponibilizado até o fim do ano. Testes semelhantes já são usados para o vírus da dengue e outras bactérias. “Essa é a nossa pretensão, para facilitar a disponibilidade para o Sistema Único de Saúde”, disse Ribeiro.

Zika

O número de casos de Zika, que pode causar microcefalia em bebês, vem diminuindo nos últimos anos. No entanto, o país ainda teve 8.680 diagnósticos em 2018 (em 2017 foram 17.593), com maior incidência no Norte e Centro-Oeste. A doença está relacionada à falta de urbanização e de saneamento básico e costuma aumentar nas estações chuvosas.
A Zika é transmitida principalmente por picadas de mosquito, mas também durante a relação sexual desprotegida e de mãe para filho, na gestação. Provoca complicações neurológicas como a microcefalia e a Síndrome de Guillain Barré. Começa com manchas vermelhas pelo corpo, olho vermelho, febre baixa e dores pelos corpos e nas juntas, geralmente, sem complicações.
O novo teste para a Zika foi desenvolvido no mestrado em Biociências e Biotecnologia em Saúde, com orientação do professor Lindomar Pena. Em breve, será publicado em detalhes em revista científica. Anteriormente, os pesquisadores publicaram artigo com os resultados dos testes para amostras de mosquitos infectados e não de secreções humanas.
Por Isabela Vieira 
Com informações da Agência Brasil

Para professor belga, ensino domiciliar acolhe desejos de estudantes

Alunos da Escola Classe da 206 Sul aprendem sobre a importância de cuidar bem dos livros didáticos, que nos anos seguintes deverão ser usados por outros estudantes.
O acadêmico belga Jan De Groof, um dos principais estudiosos do ensino domiciliar, argumenta que essa modalidade educacional tem valor porque "faz as perguntas corretas". Em palestra realizada em Brasília ontem (13), a convite do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), ele disse que a sociedade deve levar em conta não só os sistemas que são oferecidos pelas escolas e pelo governo, mas também as vias alternativas escolhidas por pais que os contestam.
Entre as preocupações de De Groof evidenciadas no evento estão os discursos ideológicos que podem ser difundidos a partir do ambiente escolar tradicional. Em sua fala, o professor catedrático, que foi conselheiro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na área de direito à educação, sublinhou que acredita ser necessária a preservação da autonomia de pensamento, uma vez que a educação pode ser definida como "a transmissão de crenças, valores e cultura".
Para ele, o papel do Estado no tocante à educação, é claro: "O Estado deve regulamentar [a educação] e estabelecer padrões mínimos." A Constituição da Bélgica, destacou, considera direito básico dos cidadãos o acesso à educação, mas não torna obrigatória a assiduidade nas escolas. 
Ele esclareceu ainda que o homeschooling, como é também chamada a educação domiciliar, dá ênfase ao acolhimento dos desejos dos estudantes, abrindo a possibilidade, inclusive, de escuta daqueles que se desanimam com a ida à escola por sofrer bullying.
Na avaliação do professor, os setores da sociedade são corresponsáveis pela educação. Ele também defende que o direito à educação é o segundo mais essencial, ficando atrás somente do direito à vida. 
"Há uma corresponsabilidade entre os pais, a família, a escola, o educador, a sociedade e o Estado. Precisamos nos manter céticos quanto à influência do Estado sobre a mente da criança", afirmou.
A rede de colégios do país europeu é, segundo o pesquisador, majoritariamente formada por instituições não governamentais. Ao todo, calcula ele, 75% delas têm essa característica, sendo muitas delas católicas, judaicas e protestantes. O perfil se aproxima com o que existe na Holanda, segundo o estudioso.

Exigências

Durante a palestra, o acadêmico também comentou que, na Bélgica, são exigidos dos pais ou responsáveis que aderem ao ensino domiciliar um cadastro formal, a apresentação de um plano pedagógico, com detalhamento das metas de aprendizado, e a aprovação do aluno por meio de provas. Essas mesmas etapas estão citadas no projeto de lei elaborado pelo governo brasileiro e que deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional para passar a ter validade.
A regulamentação do homeschooling consta das 35 metas prioritárias dos 100 primeiros dias do governo Jair Bolsonaro.

Entendimento do STF

No ano passado o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu não reconhecer essa modalidade de ensino, por entender que não há no país uma lei que autorize a medida.
Durante a discussão no STF, manifestaram-se contrárias ao homeschooling a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República, que argumentou que a modalidade "não encontra fundamento próprio na Constituição Federal". 

Demanda

A demanda por regulamentação do ensino domiciliar foi levada ao governo pela Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned). O último levantamento da associação, de 2018, mostra que 7,5 mil famílias educam os filhos em casa - número que representa mais que o dobro das 3,2 mil famílias identificadas em 2016.
A estimativa é de que 15 mil crianças recebam, hoje em dia, educação domiciliar, em todo o país. Ao divulgar a ideia de editar uma MP, o governo federal informou que a expectativa era de que o quantitativo de famílias saltasse para 31 mil.
Por Letycia Bond 
Com informações da Agência Brasil