13 de fevereiro de 2017

Brasileiro tira de circulação um terço das moedas emitidas no país por ano


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O hábito dos brasileiros, de encher cofrinhos, tira de circulação um terço das moedas emitidas no país por ano. Para desespero de comerciantes, caixas e cobradores de ônibus, a população guarda até 7,4 bilhões de unidades que deveriam estar no mercado, facilitando o troco e viabilizando transações. As medidas para driblar a falta de moedas passam pela compra com ágio, apelo aos clientes e até recompensas para os consumidores que pagam com o dinheiro de metal. Para piorar, o custo de produção das moedas é maior do que o das cédulas e, na maioria delas, o valor de face não paga o gasto com a confecção.

Nos mercados menores, distantes de bancos, é comum ter cartazes pedindo por troco e até oferecendo dinheiro para compra. Em Tamandaré (PE), um estabelecimento oferece 3% a mais para quem estiver disposto a trocar moedas por papel. Na capital federal, o supermercado Veneza precisa apelar ao bom senso dos clientes. No microfone, o fiscal de loja Sebastião Batista, de 24 anos, implora para que quem tem cofrinhos leve as moedas para trocar nos caixas e ajudar no atendimento.

O gerente do estabelecimento, Evantuir Ramos, 48, explica que não basta ir ao banco para conseguir troco. “Muitas vezes, o banco também não tem. A gente precisa fazer um agendamento para as trocas. Não é fácil”, alerta. Outro problema, ressalta, é quando saem moedas comemorativas, como na época das Olimpíadas. “A situação fica ainda mais crítica. As pessoas colecionam”, diz.

O quadro poderia ser ainda pior, mas, atualmente, 70% das compras são feitas com cartões. O caixa Kairo Noleto, 18, conta que a saída é arredondar, às vezes para cima, outras para baixo. “Mas os clientes reclamam. Acham que o mercado lucra com isso. Só que tem dias que fecho com menos dinheiro, outros com mais. Faço um fundo de caixa porque sempre vou precisar arredondar”, conta. Kairo revela que muitas pessoas nem sequer se esforçam para facilitar o troco. “Aí quando veem que preciso trancar o caixa e sair para conseguir moedas, é que elas começam a olhar nos bolsos”, reclama.

Não é o caso do motorista Benjamin Bispo de Miranda, de 47 anos. Consciente, ele, que sempre compra com dinheiro, não guarda moedas em casa. “Eu ando com elas no bolso. Sei da dificuldade que é fazer troco, então faço minha parte. Moeda é para circular”, ensina.

Pesadelo
Pois é na circulação de passageiros, todos os dias, que o problema se agrava. Com tarifas quebradas, de R$ 3,50 e R$ 4,95, as moedas são o pesadelo dos cobradores de ônibus. “O pessoal tem que se virar porque nem a arrecadação tem o suficiente para distribuir”, conta a assistente de Arrecadação da empresa de transporte coletivo Piracicabana, Cleide das Graças Oliveira. Ela diz que os cobradores trocam entre eles, na virada dos turnos, apelam aos passageiros e até guardam de um dia para o outro.

A falta de moedas acabou até mesmo com um tipo de comércio muito comum, as lojas de R$ 1,99. O dono da Casa Melo Presentes, Victor Hugo Melo, de 23 anos, afirma que precisou abolir o valor depois que a Casa da Moeda parou de emitir as de R$ 0,01. Embora elas tenham validade até hoje, deixaram de ser produzidas em 2004 e sumiram de circulação. “Nós arredondamos os preços, mesmo assim é difícil. Nos faltam, principalmente, as de R$ 1 e R$ 0,50”, assinala.

O comerciante explica que muitos consumidores compram, com notas grandes, mercadorias de baixo valor só para trocar o dinheiro. “Isso atrapalha demais o nosso negócio. Temos que apelar aos clientes mais fiéis. Eu, casualmente, estou com o porta-moedas cheio hoje porque um deles abriu o cofrinho e trocou o dinheiro na nossa filial em Taguatinga. Aí eu trouxe um pouco para cá”, diz, organizando a nova unidade, no Sudoeste.

Entesouramento
O Banco Central (BC) explica que esse fenômeno de guardar moedas em cofrinhos, gavetas ou no carro, chamado “entesouramento”, ocorre no mundo inteiro. Estudos da instituição apontam que os brasileiros entesouram 7,4 bilhões de moedas. A autoridade monetária admite, no entanto, que a produção de numerário foi impactada, desde 2014, pela “necessidade de redução da despesa pública” no âmbito federal. Mas ressalta que “a área técnica tem envidado esforços para administrar os estoques disponíveis com a finalidade de atender de forma mais equânime possível às demandas”.

Em 2016, o BC disponibilizou 761 milhões de novas moedas, volume 11% superior a 2015, quando foram 685 milhões de unidades. “Em 2017, já foram disponibilizadas mais 86,7 milhões de moedas, alcançando 119 moedas por habitante”, explica, por meio da assessoria de imprensa. Existem em circulação 24,68 bilhões de unidades de moedas ou R$ 6,23 bilhões em valor, o que corresponde a uma disponibilidade per capita de R$ 30.

Falta de hábito
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que estudo do BC mostra que as moedas acumuladas representaram 32% do total emitido em 2015. Atualmente, o estoque de moedas existente no mercado corresponde a 100 unidades para cada habitante, números equivalentes à média internacional, destaca a entidade. Entretanto, usar moedas não é hábito dos brasileiros, diferentemente do que ocorre em outros países em que é comum o maior pagamento e recebimento de moedas metálicas.

O diretor de operações da Febraban, Walter de Faria, explica que o hábito de guardar e não usar moedas é um resquício do período de inflação alta. “O dinheiro perdia valor muito rapidamente e, por isso, as moedas eram menosprezadas”, diz. Após a estabilização do real, no entanto, as moedas esquecidas na bolsa ou na gaveta podem ser suficientes até para pagar pequenas contas. “É importante que as pessoas se sensibilizem sobre o valor que elas têm e sobre a importância também das cédulas de pequenas denominações. Elas precisam circular no mercado, pois facilitam o troco no comércio e reduzem as despesas do governo com novas emissões de dinheiro”, explica o executivo.

Para quem possui o saudável hábito de economizar, o diretor de Educação Financeira da Febraban, Fabio Moraes, orienta que não é preciso abrir mão da poupança diária para ajudar na circulação de moedas. O diretor aconselha que se abra o cofrinho com frequência para a troca de moedas poupadas por cédulas de maiores denominações. Outra sugestão do executivo é que se faça uma aplicação com o montante guardado. “Além de ajudar o sistema financeiro a colocar moedas em circulação, você também faz o seu dinheiro render, ao colocá-lo em uma aplicação financeira em vez de mantê-lo parado em casa, perdendo valor”, sugere.

Iniciativa
O Banco Central considera relevantes todas as iniciativas que levam à conscientização da população sobre a importância de as cédulas serem preservadas e as moedas, postas em circulação. “Mostraram-se exitosas experiências como a do Metrô de São Paulo, que desenvolveu uma campanha de comunicação e instalou máquinas ‘Cata Moedas’ nas estações, incentivando a compra de bilhetes com moedas e dinheiro trocado e estabelecendo pontos para a realização da troca”, ressaltou a assessoria da autoridade monetária.

Com informações do Correio Braziliense

Gilbraltar: O aeroporto europeu onde uma avenida cruza a pista dos aviões

Gibraltar é um minúsculo território de apenas 29 mil habitantes no extremo sul da Península Ibérica. Mas ficou conhecido no mundo todo por ter um dos aeroportos mais excêntricos.
A pista de pousos e decolagens do aeroporto é cruzada por uma grande avenida, bem na divisa do território inglês com a Espanha. E os aviões que frequentam o terminal não são pequenininhos, não!
Na hora em que um avião vai pousar ou decolar, semáforos fecham a avenida para o tráfego de veículos e da passagem para as aeronaves. Dá até pra atravessar a pé! No mínimo curioso, não?

O CURIOSO AEROPORTO DE GIBRALTAR

Aeroporto de Gibraltar: Avenida cruza pista dos aviões [Foto: kimhollingshead - CC BY-NC-SA 2.0][Foto: kimhollingshead – CC BY-NC-SA 2.0]
Aeroporto de Gibraltar: Avenida cruza pista dos aviões [Foto: Rob - CC BY-ND 2.0][Foto: Rob – CC BY-ND 2.0]
Aeroporto de Gibraltar: Avenida cruza pista dos aviões [Foto: Luis Jou García - CC BY-NC-SA 2.0][Foto: Luis Jou García – CC BY-NC-SA 2.0]
Aeroporto de Gibraltar: Avenida cruza pista dos aviões [Foto: NervousEnergy - CC BY-NC-SA 2.0][Foto: NervousEnergy – CC BY-NC-SA 2.0]
Aeroporto de Gibraltar: Avenida cruza pista dos aviões [Foto: Tony Evans - CC BY-ND 2.0][Foto: Tony Evans – CC BY-ND 2.0]
Aeroporto de Gibraltar: Avenida cruza pista dos aviões [Foto: Wilson Loo Kok Wee - CC BY-NC-ND 2.0][Foto: Wilson Loo Kok Wee – CC BY-NC-ND 2.0]

Olha só o vídeo:

Por Blog Esse Mundo é Nosso
Com informações do R7.com

Cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm epilepsia, alerta OMS

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Aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de epilepsia, um tipo de transtorno mental crônico que afeta homens e mulheres de todas as idades. Os números, divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), posicionam a epilepsia como uma das doenças neurológicas mais comuns no planeta.

No Dia Internacional da Epilepsia, lembrado hoje (13), a entidade alertou que quase 80% dos casos registrados globalmente estão em países de baixa e média renda. Os dados revelam que três quartos das pessoas com a doença que vivem nessas localidades não recebem tratamento adequado – ainda que o transtorno responda aos remédios em até 70% dos pacientes.

“Em muitas partes do mundo, pessoas com epilepsia e suas famílias sofrem com o estigma e a discriminação”, destacou a OMS.

Doença
A epilepsia é caracterizada por convulsões recorrentes – breves episódios de movimento involuntário que podem envolver uma parte do corpo ou todo o corpo, algumas vezes acompanhados de perda de consciência e do controle da bexiga ou do intestino.

Os episódios de convulsão são resultado de descargas elétricas excessivas num grupo de células cerebrais, sendo que diferentes partes do cérebro podem ser atingidas pelo problema. As convulsões podem variar entre breves lapsos de atenção e espasmos musculares até episódios prolongados e severos.

Uma única convulsão não necessariamente significa diagnóstico de epilepsia, já que até 10% da população global apresenta pelo menos um episódio desses ao longo da vida. A doença é caracterizada após o registro de duas ou mais convulsões não provocadas.

“A epilepsia é uma das mais antigas condições reconhecidas no mundo, com registros escritos datando de 4000 a.C. Medo, desconhecimento, discriminação e estigma social têm cercado a epilepsia há séculos. Esse estigma permanece em diversos países atualmente e pode impactar na qualidade de vida das pessoas com o transtorno e suas famílias”, informou a OMS.

Sinais e sintomas
As características das convulsões variam e dependem da parte do cérebro inicialmente afetada pelo transtorno e do quão rápido ele se espalha. Sintomas temporários podem ocorrer, como perda de consciência, além de perturbações de movimento, sensação (incluindo visão, audição e paladar) e humor.

Pessoas com convulsões tendem a apresentar mais problemas físicos, como fraturas e contusões provocadas pelos episódios, assim como taxas mais altas de condições psicológicas, incluindo ansiedade e depressão. Além disso, o risco de morte prematura em pacientes com epilepsia chega a ser três vezes maior que na população em geral, sendo que as maiores taxas são registradas em países de baixa e média renda.

“Grande parte das causas de morte relacionadas à epilepsia em países de baixa e média renda são potencialmente preveníveis, como quedas, afogamento, queimaduras e convulsões prolongadas”, acrescentou a OMS.

Causas
A epilepsia não é contagiosa. O tipo mais comum, denominado epilepsia idiopática, afeta seis entre dez pessoas com a doença e não tem causa definida. Já o tipo de epilepsia de causa conhecida é denominado epilepsia secundária ou epilepsia sintomática. As principais causas, nesses casos, são:

- dano cerebral provocado por lesões pré-natais ou perinatais, como perda de oxigênio ou trauma durante o parto e baixo peso ao nascer;
- anormalidades congênitas ou condições genéticas associadas a malformações cerebrais;
- ferimento grave na cabeça;
- derrame que limite a quantidade de oxigênio no cérebro;
- infecções do cérebro, como meningite, encefalite e neurocisticercose;
- determinadas síndromes genéticas;
- tumor cerebral.

Com informações da Agência Brasil

13 de fevereiro, Dia Mundial da Rádio

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O Dia Mundial da Rádio celebra-se anualmente a 13 de fevereiro.
A data foi escolhida pois foi neste dia que a United Nations Radio emitiu pela primeira vez, em 1946, um programa em simultâneo para um grupo de seis países.
A data foi declarada em 2011 pela UNESCO e o primeiro Dia Mundial da Rádio foi celebrado em 2012.
O tema para o Dia Mundial da Rádio 2017 é "A rádio é você", enaltecendo a participação pública na rádio. Pode juntar-se à celebração do dia no site oficial da data.
A rádio continua a ser o meio de comunicação social que atinge as maiores audiências, continuando a adaptar-se às novas tecnologias e a novos equipamentos, com a transmissão online via streaming, por exemplo.
É um meio bastante útil para a população, seja como ferramenta de apoio ao debate e comunicação, de promoção cultural ou em casos de emergência social. Para os profissionais de comunicação social, a rádio é uma plataforma para se divulgarem factos e histórias.
A rádio acompanhou os principais acontecimentos históricos mundiais e hoje continua a ser um meio de comunicação fundamental. Este meio de comunicação social adaptou-se à era digital e continua a ser um meio fiável para a população, que recebe a informação na hora, sendo esta uma das características mais positivas da rádio.

Com as informaçõo da RFI

Titular da SSPDS deu palestra em sua terra natal, Itapajé Ce

André Costa e Danilo Forte em pose ao lado dos alunos da Escola Adriano Nobre.
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do André Santos Costa, visitou, no fim de semana, o município de Itapajé, sua terra natal. Foi na sexta-feira, atendendo a um convite do deputado federal Danilo Forte (PSB).
Ali, André Costa deu palestrou para um grupo de estudantes da Escola Profissionalizante Adriano Nobre – que está entre as melhores escolas públicas do Ceará, onde expôs sobre sua carreira de 17 anos, tendo dedicado a maior parte dela à Polícia Federal. Danilo e André são filhos de Itapajé
Ao final, o deputado e o secretário conversaram com comerciantes locais sobre a situação da violência no município, em evento da CDL.
(Foto – Divulgação)
Com informações do Blog do Eliomar de Lima

Camilo Santana: "Eu vou defender a chapa Ciro/Haddad" para as eleições de 2018


Pupilo de Ciro e Cid Gomes, o governador do Estado Camilo Santana (PT) parece ter aprendido a principal lição de seus aliados: esperar a hora certa. Embora se recuse a tratar de política, o petista de 49 anos tem dado sinais inequívocos de que prepara um passo que o levará para fora do partido ao qual é filiado.
Ao defender, pela primeira vez, o nome de Ciro para a Presidência em 2018, o chefe do Executivo estadual não apenas manifesta uma predileção, mas expõe hoje a distância insanável que o separa dos seus correligionários. Confira os principais trechos da entrevista. 
O POVO - Criou-se uma expectativa muito grande no início deste ano quanto à sua permanência no PT. O que há de concreto nisso e qual é a situação do senhor hoje dentro do partido? Camilo Santana - Tudo tranquilo. Próxima pergunta (risos)... Olha, diante da situação que o Brasil está passando nesses dois anos, recessão econômica, desafios, principalmente a questão hídrica, tenho focado todas as minhas energias e todo meu tempo para cuidar do Ceará, cuidar da gestão, da segurança, da educação, fazendo com que as coisas andem com mais agilidade. Tenho convite (de outros partidos), tenho, mas estou tranquilo. 


OP O senhor já foi formalmente convidado por outra legenda? 

Camilo – Por várias, mas haverá o momento certo para discutir isso.
OP  Então existe a possibilidade (de deixar o PT).
Camilo Fazemos parte de um grupo, uma coligação de vários partidos, que pensa o país, pensa o município, pensa o Estado. Essa discussão pode acontecer a qualquer momento. 



OP O senhor descarta sair? 


Camilo – Eu não descarto nada.
OP – O PT cobra muito que o senhor deixe as coisas mais claras, se vai sair ou não. Como o senhor vê essa pressão?
Camilo Ninguém é mais claro do que eu quanto às minhas posições. Quando o Elmano (de Freitas, deputado estadual pelo PT) foi candidato a prefeito e eu era secretário (das Cidades) do Cid Gomes, eu apoiei o Elmano. Desta vez, defendi o Roberto Cláudio (PDT) à reeleição. Apesar de ter respeitado o partido no primeiro turno, sempre defendi que era um erro do PT (lançar Luizianne Lins à Prefeitura em 2016). Mais claro do que eu... Qualquer decisão que tomar ou não, sempre será de forma muito franca, sincera, com muito diálogo, tanto com a população quanto com os partidos que compõem as forças que dão sustentação ao governo. 

OP Essa decisão (de eventualmente deixar o PT) leva em conta episódios como esse, de o senhor defender que o PT apoiasse o Roberto Cláudio e o partido ignorar sua decisão? 

Camilo – Acho que não se pode pensar no passado, tenho que pensar no futuro. Divergências, embates e contradições, a gente teve em várias campanhas, até na minha. Vamos pensar no futuro. Eleição é só em 2018.
OP – O senhor fala que o momento é inadequado, mas o ano que antecede as eleições é sempre movimentado. Caso mude de legenda, vai precisar de tempo para se organizar politicamente.
Camilo Haverá o momento certo para discutir isso. Ontem mesmo recebi aqui o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), por quem tenho o maior respeito. Foi um grande gestor. Acho que o cenário nacional vai definir muito (o quadro local). Sou simpático à candidatura do Ciro. Eu até defendo Ciro e Haddad, é minha chapa. 
Pra renovar. 
OP – O senhor acha que o Lula já deu?
Camilo – Tenho a maior admiração pelo Lula, mas acho que talvez seja o momento de colocar novos nomes e novos quadros na política brasileira. Acho que o Lula foi o maior presidente que esse país já teve, mas está na hora de... Eu vou defender a chapa Ciro/Haddad.  
OP – O senhor se referiu ao ex-governador Ciro Gomes. Muita gente fala que o senhor é mais aliado dos Ferreira Gomes do que petista. Como o senhor vê isso? Sua identificação é realmente maior com o grupo do que com o partido?
Camilo – Eu sou o Camilo, mas nós fazemos parte de um trabalho político no Ceará. Eu tive a honra de participar desse trabalho desde que Cid foi governador. É um projeto no qual acredito, que pensa o Ceará do futuro, que investe no que, para mim, é o que há de mais importante para qualquer estado crescer, que é a educação, e o Ceará está mostrando isso. É fruto de uma política continuada. Os resultados que estamos vendo na educação independem de partido e de ideologia. Você imaginar que, no País, nós termos as melhores escolas. Entre as 100 melhores escolas, nós temos as primeiras. Isso é fruto de uma política que começou em 2007. Nós fazemos parte de um projeto que acredita nisso. Dá espaço para novas lideranças surgirem no Estado.  
OP – Hoje um dos seus principais adversários, Eunício Oliveira (PMDB), é presidente do Senado. Foi um passo importante para ele, que tem pretensões de disputar 2018. O senhor se sente ameaçado por essa investida?
Camilo – De forma alguma. Quem tem o poder é o povo. Vou querer muito a ajuda dele para o Ceará. 

OP – O senhor pensa em não disputar 2018?
Camilo – O meu grupo deseja que eu seja candidato à reeleição. Repito: eu não quero antecipar 2018. Eu tenho procurado me dedicar muito para que o Ceará continue sendo um dos estados mais equilibrados do país, um dos estados com melhores resultados na educação, que conseguiu reduzir homicídios em dois anos, que conseguiu bater recorde de transplantes. Mesmo com todas as dificuldades.
OP – Metade do seu mandato é marcada por duas mudanças administrativas simbólicas e estratégicas. Uma delas é a chegada de Maia Jr., um tucano de bico grosso, como se costuma dizer, na Secretaria do Planejamento. E, na Segurança Pública, a de André Costa, um nome muito polêmico e midiático. O que essas duas mudanças representam para os próximos dois anos de governo? 
Camilo – A mudança na secretaria se deu porque o Delci (Teixeira, ex-titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social) também queria sair por um problema familiar. Tem a mãe muito doente no Rio Grande do Sul. Saiu por uma questão própria.
OP – Mas o Delci tinha perfil muito discreto. O senhor já conhecia o perfil do novo secretário?
Camilo – Eu não vou negar, não. Eu estava procurando um secretário que tivesse mais disposição de ir pra rua. 



OP – A postura dele tem agradado ao senhor, então. 


Camilo – É uma demonstração que o governo quer dar pra sociedade de que nós estamos agarrados com o problema. Ele não é um secretário de gabinete. Isso é bom pra tropa, pra liderar o processo.
OP – O Ceará já teve um secretário com esse mesmo perfil, o Francisco Bezerra. O senhor vê diferença?
Camilo – Totalmente diferente. O André (Costa, atual titular da SSPDS) trabalha com inteligência e cooperação com outras instituições.
É jovem, tem 17 anos de Polícia Federal e Civil. É cearense. Estou muito otimista. Acho que a declaração dele foi mal interpretada (Camilo se refere à afirmação de Costa segundo a qual os bandidos têm duas opções, “justiça ou cemitério”. A declaração, dada pelo secretário durante entrevista coletiva no dia 28/1, estampou manchete do O POVO no dia 30/1 deste ano). 
OP – Ou ele é que se expressou mal?
Camilo – Talvez ele tenha se expressado mal, mas também a forma como a mídia interpretou a declaração dele... 

OP – A frase é bem objetiva, governador: “justiça ou cemitério”. Não tem como interpretar diferente. 
Camilo – Nós não vamos abrir mão e ceder um milímetro no combate à criminalidade no Ceará. Eu sou um árduo defensor da legalidade. A minha orientação é que tem que respeitar a legalidade.
 OP – Quando o senhor foi eleito, a relação do governo estadual com a PM era conflagrada. Uma herança da gestão anterior. A presença do novo secretário anula, em certo sentido, a ascendência que o deputado Capitão Wagner (PR) tem sobre a PM. A escolha de um secretário com esse perfil tinha esse cálculo político em vista?
Camilo – De forma alguma. Até porque quem procurou se aproximar da própria tropa fui eu. Quando assumi o governo, eu procurei manter uma relação de diálogo com a tropa, distensionar o que existia, fruto da tensão com o governo passado. É tanto que nós fizemos as promoções, que era uma grande reivindicação da tropa. Fiz isso no primeiro ano de governo. Foram quase nove mil policiais promovidos de uma vez só. Foi uma demonstração que eu dei de valorização. O André é uma pessoa de muito diálogo. Nós pensamos nisso na hora de fazer o convite a ele. Acho até bom estar criando essa polêmica. É sinal de que está despertando o debate.
 OP – Sobre o Maia Jr., o senhor não acha uma escolha arriscada, colocar um tucano num posto-chave do governo?

Camilo – Não é uma escolha partidária. É uma escolha técnica. O Maia é um grande técnico, tem experiência no serviço público, foi secretário de vários governos. O convite ao Maia é técnico, e ele dará grande ajuda pensando a gestão, o planejamento, que é uma área essencial para o funcionamento da máquina.

OP – O senhor fala que a escolha é prioritariamente técnica, mas ela passou pelo aval do senador Tasso Jereissati (PSDB). Como é hoje sua relação com ele?
Camilo – Isso aí eu não sei. Aí vai ter que perguntar ao Tasso ou ao Maia. A minha relação com o senador é a melhor possível. É uma pessoa por quem tenho muito respeito, tem me ajudado bastante. 
OP – Ele já falou que o senhor tem jeitão de tucano.
Camilo – Não acho que eu tenha, não (risos). Eu gosto dele. Tem dado uma grande contribuição pro Ceará. Meu pai foi secretário dele no primeiro governo. Eu votei nele pela primeira vez para governador. Sempre tem se colocado à disposição em Brasília. 



OP – Tem facilitado o diálogo com o governo Temer?


Camilo – Tem facilitado, sim. Acho que nós, eleitos, temos de trabalhar por nosso estado. 
OP – Grande parte dos problemas que o senhor teve de enfrentar nesses dois anos de gestão tem origem no governo Cid Gomes. De saída, Acquario, hospital de Quixeramobim (construído, mas sem funcionar), crise na saúde, relação tensa com a PM etc. Não houve uma espécie de herança maldita aí?
Camilo – Problemas, todo governo tem. É o contrário. Acho que eu fui um privilegiado de receber um governo tão bem organizado. O Ceará teve sorte, acho que não só pelo Cid, mas pelo Tasso também, o próprio Lúcio Alcântara. Acho que o Estado sempre teve governadores zelosos pela situação fiscal. Todos os governadores, de Tasso pra cá. Sempre uma referência na austeridade. Recebi o governo com esses desafios, mas bem organizado. Mas não esperávamos que, em vez de crescer, fosse a arrecadação diminuir, a economia desaquecer.

OP – Sua base na Assembleia Legislativa está travando uma queda de braço para extinguir novamente o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-CE). A economia feita pelo Estado é tão grande assim que justifique o fim do TCM? Ou há uma disputa de fundo entre o seu grupo e o de Domingos Filho, 
presidente do tribunal? 
Camilo – Só existiam quatro estados no Brasil com dois tribunais. Há décadas o Ceará discute se põe fim ou não, se fica com dois tribunais ou não. O Ceará extinguiu. 

O TCM está extinto. Tem uma decisão liminar, mas ele está extinto. Só não será extinto quando houver uma decisão em contrário do STF em relação a isso. Minha opinião é que jamais existiria momento pra discutir isso se não houvesse ambiente político pra discutir isso. Houve ambiente político, a gente tomou a decisão, tem uma economia pro Estado de no mínimo R$ 20 milhões. Do ponto de vista físico, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) tem um prédio novo, grande. Está ocioso. Ao meu entender, foram cumpridos todos os trâmites legais. Eu, inclusive, acho que a Assembleia cometeu um erro em não ter aprovado aquela emenda que pedia uma quarentena. Um membro do tribunal de contas não pode ter vinculação com mandatos ou disputas eleitorais. 
OP – Mas alguns foram indicados por Cid.
Camilo – Não estou dizendo que concordo com tudo que o Cid faz. Estou dizendo que é minha opinião. O TCM tem que ser isento porque está julgando contas de gestores, contas do governador e contas de prefeitos. Não pode ter vinculação político-partidária. É errado. Acho que era o momento de corrigir isso. O presidente do Tribunal de Contas do Estado é um técnico de carreira. 
OP – O senhor se compromete a não indicar mais políticos para os tribunais?
Camilo – Eu me comprometo com o que a lei diz. Se a Assembleia for votar de novo, eu defendo que haja critérios, um mínimo de quarentena para relações de membros dos tribunais com partidos ou candidaturas. Não dá para o mesmo conselheiro fazer política dentro dos tribunais. 



OP – O senhor mantém fotos da Dilma no seu gabinete... 


Camilo – Não vai querer que eu troque, não é? (risos).
OP – Não, mas eu estava olhando e, pelos corredores do palácio, não há uma única foto do Temer, que é o atual presidente. O senhor não tem foto do presidente por aqui?
Camilo – Não. Colocarei foto do próximo presidente eleito pelo povo brasileiro.

OP – O senhor defende a tese do golpe? 
Camilo – Já disse isso publicamente. A saída da presidenta Dilma cumpriu a legalidade do processo, mas não houve fato em si que pudesse afastar a presidenta. Foi um erro para o Brasil a forma como aconteceu o impeachment.
OP – Qual é a marca que o senhor espera deixar no governo estadual após quatro anos de mandato? 
Camilo – Primeiro, que a gente continue fazendo do Ceará, além da terra da luz, a terra da educação. Em 2015, nós não tínhamos nenhuma escola de ensino médio de tempo integral. Nós criamos as primeiras 26, uma em cada regional de Fortaleza e outras no Interior. Neste ano são mais 46 escolas de tempo integral no ensino médio. São 72. É o grande caminho para dar oportunidade e proteger nossos jovens. O Ceará é referência nessa área educacional. Quero muito chegar ao final do meu governo com os indicadores de segurança melhores. Segurança é algo que influencia na economia, influencia no turismo.
OP – Mantido esse cenário de hoje, sem recarga de açudes, tem racionamento em 2017? 

Camilo – Essa tem sido a minha maior dor de cabeça e também a minha maior prioridade nesses dois anos: o problema da água. A gente tem feito um plano de segurança hídrica para a região metropolitana e as ações emergenciais. A gravidade do problema está em Fortaleza e região metropolitana, diante do tamanho da população. Dois terços da população do Ceará estão aqui. Fortaleza não tem bacia pra atender. Nossa análise mostrou que o racionamento é um transtorno para a população, com sofrimento maior para a população pobre. Cria um problema sério de pressão na rede. Pra retomar a pressão normal, é uma semana. E, se eu fizer isso, um racionamento durante um ano, é uma economia de um mês de água para Fortaleza.
OP – Mas o racionamento em Fortaleza é uma possibilidade?
Camilo – Não. Nem que eu tenha que desligar térmica. Eu vou trabalhar até o último minuto para evitar que haja esse tipo de transtorno.
Bastidores
Camilo Santana voltava de uma visita a obras da barragem do Cocó quando parou para conversar com O POVO. Antes, o governador havia almoçado num restaurante na avenida Perimetral popular pela oferta de peixe vivo.
O petista usava calça preta, botas e camisa social branca sem gravata, traje quase obrigatório no seu guarda-roupa. Os sapatos ainda estavam sujas da lama. Num exemplo do tipo de gestor que defende, o próprio governador encarregava-se de sujar os pés.
Camilo costuma entediar-se ao falar de política partidária. Sobre o PT, é quase sempre lacônico, mas rebate acusações de ser pouco claro quanto ao futuro no partido. Demonstra euforia apenas quando responde sobre avanços na educação e na segurança do Ceará, duas áreas prioritárias.
Perfil
Camilo Santana, 49 anos, é formado em engenharia agrária pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela mesma universidade. Foi secretário das Cidades durante o governo de Cid Gomes. Também foi titular da Secretaria do Desenvolvimento Agrário. É filho de Eudoro Santana. Tem quatro irmãos. Camilo foi eleito governador do Ceará em 26 de outubro de 2014.

Com Informações do  Jornal O Povo

"Vou conquistar o carinho do torcedor", diz Hemerson Maria após jogo contra o Moto Club

O Fortaleza derrotou o Moto Club neste domingo, 12, e conquistou a sua primeira vitória na Copa do Nordeste, mas as vaias para o time e, principalmente, para o técnico Hemerson Maria permaneceram. Após a partida, o treinador, porém, demonstrou otimismo para, com vitórias, conquistar a confiança do torcedor.

Após a vitória do Tricolor, o técnico Hemerson Maria concedeu a entrevista e afirmou que era um jogo para fazer uma placar de goleada. Ele disse que tem a intenção de seguir no clube. 

"Nós temos um papel muito grande no Fortaleza, a questão da liderança. Dificilmente vocês (imprensa) vão me ver perdendo o equilíbrio emocional. Jamais eu entreguei o cargo em minha carreira. Eu sou um treinador de médio/longo prazo nos clubes que passo. Vou conquistar o carinho do torcedor, a confiança dele, com vitórias", frisou.

O Fortaleza agora foca na sua estreia pela Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, 15, o Tricolor encara o São Raimundo-A, às 20h30min, no estádio Colosso dos Tapajós, na primeira fase do torneio.
Com informações do Jornal O Povo

Zé Carlos sai em defesa de Hemerson Maria e discorda de vaias da torcida: "com vitória nunca tinha visto"

Zé Carlos marcou o gol da vitória do Tricolor sobre o Moto Club


Em campo, o Fortaleza venceu o Moto Club por 3x2, na Arena Castelão. Festa? Em parte. Novamente as vaias e o protesto da torcida roubaram a cena. Dessa vez, o alvo da revolta da torcida foi a insatisfação com o atual técnico, Hemerson Maria, que teve que ouvir seguidos gritos de "ô, ô, ô, queremos treinador". Após a partida, os jogadores saíram em defesa do torcedor. Em especial, o atacante Zé Carlos, que estreou marcando o gol da vitória Tricolor.   

"A pressão está muito grande em cima do professor, que é cara de um caráter muito grande. Tenho ceretza que enquanto ele (Hemerson Maria) estiver aqui a gente vai honrar o nome dele. A gente sabe que a pressão é grande, mas ele é um grande homem e um grande profissional. Eu vou trabalhar para poder ajudar também", afirmou Zé Carlos. 

Zé Carlos deixou claro também o seu posicionamento contrário ao comportamento do torcedor em relação ao time. "Cada jogador que está aqui não tem nada a ver com o que aconteceu com sete, oito anos atrás. Nenhum clube vai voar do dia para o outro. Torcedor tem todo o direito de cobrar, mas a gente venceu. O torcedor, nesse momento, tem que esquecer o que aconteceu. Estamos começando uma nova temporada, o Fortaleza mudou quase todo o grupo. Torcedor tem que nos apoiar do começo ao fim. Isso mexe comigo e com qualquer jogador. Não concordo com esse tipo de atitude do torcedor. Torcedor pode cobrar de qualquer jeito que for, com vitória eu nunca vi isso. Seja aqui ou em outro clube", destacou.

Com informações do Jornal O Povo