O primeiro vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, disse na tarde desta terça-feira (13) que o presidenciável Eduardo Campos morreu “quando mais o Brasil precisava de seu patriotismo, seu desprendimento, seu destemor e sua competência”.
Em nota oficial do partido, Amaral ressaltou que não é só Pernambuco e o PSB que perdem seu líder, mas sim “o Brasil que perde um jovem e promissor estadista”.
O líder do PSB também lamentou a triste coincidência de a morte de Eduardo Campos ter ocorrido exatamente nove anos após a de seu avô, Miguel Arraes, um dos expoentes da esquerda nacional.
Leia abaixo a íntegra da nota:
“Nota
No dia em que são passados nove anos do falecimento de Miguel Arraes, o Partido Socialista Brasileiro cumpre o doloroso dever de comunicar o falecimento, nesta data, vítima de acidente aéreo, do seu presidente, ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, nosso candidato à Presidência da República.
Aos 49 anos recém completados, Eduardo Campos vivia o auge de sua brilhante carreira política: deputado estadual, secretario de Estado de Pernambuco, deputado federal, ministro de Estado, governador de Pernambuco reeleito por consagradora maioria, oferecia sua experiência e juventude ao serviço do País.
Candidato à presidência da República, apresentou-se ao debate de nossas questões fundamentais, coerente com os princípios que sempre nortearem sua vida, e o primeiro deles era a busca por justiça social, razão de existência do Partido Socialista Brasileiro.
Perdemos Eduardo Campos quando mais o Brasil precisava de seu patriotismo, seu despreeendimento, seu destemor e sua competência.
Não é só Pernambuco e sua gente que perdem seu líder; não é só o PSB que perde seu líder. É o Brasil que perde um jovem e promissor estadista.
Estamos todos de luto.
Brasília, 13 de agosto de 2014
Roberto Amaral
Primeiro vice-presidente do Partido Socialista Brasileiro”
Trajetória
Eduardo Campos, 49 anos, estava no avião que caiu na manhã desta quarta-feira em Santos, litoral de São Paulo.
O presidenciável cumpriria agenda de campanha na cidade e, segundo informações iniciais, o avião que o transportava na campanha tentou pousar e, devido ao mal tempo, teve que arremeter e não conseguiu estabilidade para retornar o plano de voo.
O avião transportava ainda outros cinco assessores de campanha e integrantes da equipe do presidenciável. São eles: Pedro Valadares, Carlos Percol, Alexandre Severo e Marcelo Lyra.
O acidente ocorre no mesmo dia 13 de agosto em que faleceu o avô de Eduardo Campos, Miguel Arraes, que também foi governador de Pernambuco.
Arraes morreu em 2005, vítima de complicações dos sistemas cardíacos e respiratórios. Era o grande mentor do presidenciável do PSB morto nesta quarta-feira.
Eduardo deixa a esposa Renata e mais cinco filhos. O último deles, nascido há poucos meses, recebeu o nome de Miguel, em homenagem ao avô comunista do pai.
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