26 de junho de 2016

América-RN age rápido e anuncia Francisco Diá como novo treinador

Depois que Sérgio China entregou o cargo de treinador do América-RN, logo após o empate em 1 a 1 com o Botafogo-PB, pela sexta rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, a direção americana agiu rápido e confirmou o acerto com o técnico Francisco Diá, que estava no Campinense. A notícia foi publicada em uma rede social do clube potiguar. A apresentação oficial do novo comandante alvirrubro está marcada para a próxima segunda-feira, pela manhã, no CT Abílio Medeiros, em Parnamirim. 
Esta será a quarta passagem de Diá com o América-RN, por onde esteve em 2009, quando livrou o clube do rebaixamento para a Série C; em 2010, quando perdeu o primeiro turno do Campeonato Potiguar para o Corintians-RN e foi eliminado pelo São José do Amapá na Copa do Brasil; e em 2011, quando iniciou a pré-temporada da equipe americana que disputaria a Série C, mas deixou o cargo por maus resultados em amistosos.
Francisco Diá Campinense x Santa Cruz (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Francisco Diá é o novo técnico do América-RN para a Série C do Brasileirão (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Francisco Diá tem 60 anos e foi bicampeão paraibano pelo Campinense. O treinador ainda se destacou ao levar a Raposa ao vice-campeonato da Copa do Nordeste deste ano. Em abril, após a saída de Guilherme Macuglia, a direção do América chegou a fazer um acordo financeiro com Diá. Envolvido com as finais de Paraibano e na reta final do Nordestão, ele preferiu permanecer no clube de Campina Grande até o término do estadual.
Essa é a quarta mudança no comando técnico do clube somente no primeiro semestre. No início do ano, o time começou a trabalhar com Aluísio Moraes. Depois, surgiu Guilherme Macuglia para sua segunda passagem pelo clube potiguar. Após Macuglia e "acertado" com Francisco Diá, a direção alvirrubra empossou um trio de treinadores formado pelo gerente de futebol Carlos Moura e pelos auxiliares Vereador e Severo Júnior. Após a perda do Campeonato Potiguar, Sérgio China foi anunciado e conquistou três vitórias, quatro derrotas e um empate, contabilizando os jogos pela Série C e Copa do Brasil.
Por 
Natal

Em jogo movimentado, Salgueiro e Fortaleza empatam com placar de 1 a 1

Salgueiro e Fortaleza fizeram partida válida pela 6ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro neste domingo, no estádio Cornélio de Barros. De um lado, o Carcará buscava quebrar o tabu de nunca ter vencido o time cearense e do outro, o Leão do Pici queria os três pontos para voltar à liderança do grupo A da competição. No fim, ninguém conseguiu os três pontos. Com gols de Anselmo e Luiz Paulo, Salgueiro e Fortaleza empataram em 1 a 1.
Salgueiro x Fortaleza (Foto: Ednardo Blast/ TV Grande Rio)Salgueiro e Fortaleza empatam em 1 a 1 no Cornélio de Barros (Foto: Ednardo Blast/ TV Grande Rio)
Com o resultado, o Fortaleza chegou aos 11 pontos e à vice-liderança na tabela. Na próxima rodada, no domingo, o time enfrenta o líder ASA, no Castelão, às 18 horas. Já o Salgueiro segue na 5ª posição com nove pontos. O próximo desfio da equipe é contra o Remo, no dia 4, às 20 horas no Cornélio de Barros.
Por Salgueiro, PE

Ceará segura Náutico, vence em casa, e é vice-líder na Série B do Brasileiro

Nos primeiros 45 minutos, o Ceará poderia terr saído de campo com ima goleada sobre o Náutico. Nao conseguiu, mas abriu um 2 a 0 tranquilo. Mas acabou cedendo um gol no início da etapa final e vendo o jogo na Arena Castelão, na tarde deste sábado (25), equilibrar-se. O segredo, então, para garantir o placar favorável foi abusar dos contra-ataques rápidos e segurar o ímpeto do Timbu. Com isso, garantiu vitória por 2 a 1 e segundo lugar na tabela de classificação da Série B, com 23 pontos.
Arena Castelão, tempo real, Ceará, Náutico (Foto: Caio Ricard/TV Verdes Mares)Arena Castelão, tempo real, Ceará, Náutico (Foto: Caio Ricard/TV Verdes Mares)

Eduardo e Bill garantiram a vitória alvinegra, enquanto Roni descontou para o Náutico. O resultado deixa o Vovô como vice-líder, dentro do G-4 mais do que nunca. A equipe pernambucana cai para o 8° lugar.
As duas equipes voltam a campo na próxima terça-feira (28). O Timbu encara o Luverdense, na Arena Pernambuco, a partir das 20h30. O Vovô joga fora, no Estádio Nabi Abi Chedid, contra o Bragantino, uma hora depois, às 21h30.
Por Fortaleza

Marcelo Veiga entrega o cargo após o empate contra o ABC, no Mangueirão

Marcelo Veiga, técnico no Remo (Foto: Igor Mota/O Liberal)Técnico Marcelo Veiga, técnico no Remo, entregou o cargo após o apito final (Foto: Igor Mota/O Liberal)
Antes mesmo de comunicar oficialmente para a diretoria do Remo, Marcelo Veiga anunciou sua saída do comando técnico aos jornalistas após o empate contra o ABC. A decisão do treinador foi tomada por conta da ausência de vitórias em casa e, consequentemente, da pressão do torcedor, que vaiou o comandante azulino após o apito final.   
– Eu acho que esse é o momento de existir mudança. Essa pressão da torcida é ruim para os jogadores e esse grupo está trabalhando muito, mas os resultados não estão aparecendo em casa. Assim, o torcedor não ajuda e fica ruim para a diretoria e para todo mundo. Fico triste por isso, mas será o melhor para o clube – explicou Veiga.     
Com Marcelo Veiga foram 13 jogos, apenas três vitórias, com mais cinco empates e cinco derrotas. O baixo aproveitamento, aliado ao estilo de jogo com a insistência na escalação de alguns atletas, despertaram o descontentamento do torcedor azulino. Esta é a segunda passagem de treinador sem sucesso por Belém.   
– Não conseguimos colocar em prática em casa o que a gente vinha produzindo nos treinos. E sem o apoio do torcedor, complica. A diretoria depende deles para arcar com as despesas. Sem torcedor apoiando, não tem salário. Então vejo que é a hora de dar fôlego novo, trazer o torcedor de volta. Essa diretoria precisa de tranquilidade para trabalhar – concluiu.
Por Belém

Fim do monopólio: Dep Cabo Sabino quer policiais com as melhores armas produzidas no mundo

O deputado federal Cabo Sabino apresentou Projeto de Lei de nº 5556/2016, que permite as polícias e  Corpos de Bombeiros da União, dos Estados e do Distrito Federal, adquirir suas armas, munições e equipamentos diretamente das indústrias nacionais e estrangeiras.
Em suas justificativas, o parlamentar frisa, por exemplo, que será o fim do monopólio da ‘Forjas Taurus’, maior empresa de armamento do Brasil e a principal fornecedora para as forças militares. São várias as denúncias contra a empresa, acusada pelos policiais de produzir armas ineficientes em virtude das falhas que apresentam.  “São muitos os relatos de policiais que já foram vítimas das armas que manuseiam. As armas disparam sozinhas, assim como ao caírem no chão. Além de que, quando acionadas, travam, em virtude de pane. Desta maneira, não tem como proporcionar uma segurança pública de qualidade”, pontua o parlamentar.
Isenção de impostos
Conforme ainda a proposta do deputado federal Cabo Sabino, os militares deverão comunicar à União, a quantidade e tipo de armamento, munição e equipamento, para fins de controle, além de que a aquisições dos equipamentos serão isentos de tributos.
“Além disso, é do conhecimento de todo o público o alto grau de tecnologia que têm as armas dos que militam na marginalidade, pois todos os dias a televisão mostra as armas apreendidas pelos policiais, e que estavam sob o poder de traficantes e ladrões, tais como AR-15, metralhadora lsraelense, M-16, e outras com grande poder de fogo, enquanto os policiais fazem essa apreensão utilizando revólver calibre 38 e munição velha e contada”, frisa o deputado, pontuando que é  “um absurdo” constatar que, enquanto os bandidos e marginais adquirem armas de grosso calibre, como as mencionadas acima, as polícias estão impedidas de fazê-lo.
“É fácil deduzir-se que tal situação muito compromete a segurança da sociedade, com os nossos policiais, como agentes garantidores da ordem e da lei, reduzidos a pigmeus diante do poderoso armamento do crime organizado”, ressalta.
Segundo o parlamentar, há 20 anos, o lobby das empresas nacionais pressiona o Parlamento para que a legislação lhe conceda reserva de mercado.
“Tal situação, inaceitável, coloca em risco a vida dos policiais e de terceiros inocentes, o que justifica a aprovação da presente proposição, no sentido de que a sociedade possa contar com policiais seguros de seu instrumento de trabalho. Por outro lado, forçará a indústria nacional a manter controle de qualidade suficiente para evitar esse vergonhoso descaso com o armamento vendido no país para as forças policiais”, pontua.
O projeto de lei apresentado pelo deputado reúne várias proposições já arquivadas que tinham o mesmo objeto, como o PL 187/1999, do deputado Alberto Fraga; 7481/2002, do deputado José Carlos Coutinho; PL 1935/2003, do deputado Carlos Nader; e PLS 447/1999, do Senador Luiz Estêvão.
Cabo Sabino

Febre Chikungunya - Causas, Sintomas e Tratamentos

Sinônimos: febre chicungunha
Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.
Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.
A febre chikungunya teve seu vírus isolado pela primeira vez em 1950, na Tanzânia. Ela recebeu esse nome pois chikungunya significa “aqueles que se dobram” no dialeto Makonde da Tanzânia, termo este usado para designar aqueles que sofriam com o mal. A doença, apesar de pouco letal, é muito limitante. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção por causa das articulações inflamadas e doloridas, daí o “andar curvado”.
Os mosquitos transmitiam a doença para africanos abaixo do Saara, mas os surtos não ocorriam até junho de 2004. A partir desse ano, a febre chikungunya teve fortes manifestações no Quênia, e dali se espalhou pelas ilhas do Oceano Índico. Da primavera de 2004 ao verão de 2006, ocorreu um número estimado em 500 mil casos.
A epidemia propagou-se do Oceano Índico à Índia, onde grandes eventos emergiram em 2006. Uma vez introduzido, o CHIKV alastrou-se em 17 dos 28 estados da Índia e infectou mais de 1,39 milhão de pessoas antes do final do ano. O surto da Índia continuou em 2010 com novos casos aparecendo em áreas não envolvidas no início da fase epidêmica.
Os casos também têm sido propagados da Índia para as Ilhas de Andaman e Nicobar, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Singapura, Malásia, Indonésia e numerosos outros países por meio de viajantes infectados. A preocupação com a propagação do CHIKV atingiu um pico em 2007, quando o vírus foi encontrado no norte da Itália após ser introduzido por um viajante com o vírus advindo da Índia.
As taxas de ataque em comunidades afetadas em recentes epidemias variam de 38% a 63% e, embora em níveis reduzidos, muitos casos destes países continuam sendo relatados. Em 2010, o vírus continua a causar doença em países como Índia, Indonésia, Myanmar, Tailândia, Maldivas e reapareceu na Ilha Réunion.
Casos importados também foram identificados no ano de 2010 em Taiwan, França, Estados Unidos e Brasil, trazidos por viajantes advindos, respectivamente, da Indonésia, da Ilha Réunion, da Índia e do sudoeste asiático.
Atualmente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá. Isso quer dizer que a febre chikungunya está migrando e pode chegar ao Brasil, onde os mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus têm todas as condições de espalhar esse novo vírus.


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Febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aedypti

Causas

A febre chikugunya não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após um período de sete dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus CHIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.
O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de dois a 12 dias para a febre chikungunya se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.
A transmissão da febre chikungunya raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da febre chikungunya podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a febre chikungunya, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que voa baixo - até dois metros - é comum ele picar nos joelhos, panturrilhas e pés.
Além de transmitir dengue e febre chikungunya, a fêmea do Aedes aegypti também passou a carregar o vírus responsável pela febre Zika.

Fatores de risco

A febre chikungunya pode afetar pessoas de todas as idades e ambos os sexos. Entretanto, a apresentação clínica é conhecida por variar de acordo com a idade, sendo os muito jovens (neonatal) e idosos os mais afetados pelas manifestações graves da doença. Além da idade, as comorbidades (doenças subjacentes) também vêm sendo identificadas como fator de risco para pior evolução da doença.
A maioria das infecções por CHIKV que ocorre durante a gravidez não resulta na transmissão do vírus para o feto. Existem, porém, raros relatos de abortos espontâneos após a infecção maternal por febre chikungunya. Aqueles infectados durante o período intraparto podem também desenvolver doenças neurológicas, sintomas hemorrágicos e doença do miocárdio. Anormalidades laboratoriais incluíram testes de função hepática aumentados, plaquetas e contagem de linfócitos reduzidos e níveis de protrombina diminuídos.
Indivíduos maiores de 65 anos tiveram uma taxa de mortalidade 50 vezes superior quando comparados ao adulto jovem (menores de 45 anos de idade). Apesar de não ser claro por que os adultos mais velhos têm um risco aumentado para doença mais grave, pode ser devido à frequência de comorbidades ou resposta imunológica diminuída.

 sintomas

Sintomas de Febre Chikungunya

O período de incubação da febre chikungunya varia de dois a 12 dias. Muitas pessoas infectadas com CHIKV não apresentarão sintomas. O quadro clínico é muito semelhante ao da dengue, e os sintomas de febre chikungunya são:
  • Febre
  • Dor nas articulações
  • Dor nas costas
  • Dor de cabeça.
Outros sintomas incluem:
  • Erupções cutâneas
  • Fadiga
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Mialgias.
Os sintomas comuns de chikungunya são graves e muitas vezes debilitantes, sendo as mãos e pés mais afetados. No entanto, pernas e costas inferiores frequentemente podem estar envolvidas.

Febre chikungunya x Dengue

A febre chikungunya apresenta um quadro muito parecido com os sintomas da dengue. Entretanto, é importante diferenciar o diagnóstico das duas doenças, uma vez que a dengue é mais grave e seu tratamento pede um acompanhamento mais próximo. Também foram registrados casos em que as duas doenças ocorreram ao mesmo tempo.
Observações de surtos prévios na Tailândia e na Índia têm demonstrado as principais características que distinguem o CHIKV de dengue. Na febre chikungunya, o choque ou hemorragia grave são raramente observados. O início é mais agudo e a duração da febre é muito mais curta.
Embora as pessoas possam se queixar de dor corporal difusa na presença na dengue, a dor é muito mais pronunciada e localizada nas articulações e tendões nos casos de febre chikungunya.

 diagnóstico e exames

Diagnóstico de Febre Chikungunya

Se você suspeita de febre chikungunya, vá direto ao hospital ou clínica de saúde mais próxima. O diagnóstico deverá ser feito por meio de análise clínica e exame sorológico (de sangue). A partir de uma amostra de sangue, os especialistas buscam a presença de anticorpos específicos para combater o CHIKV no sangue. Isso indicará que o vírus está circulando pelo seu corpo e que o organismo está tentando combatê-lo.
Para diferenciar febre chikungunya da dengue, outros exames podem ser feitos:
  • Testes de coagulação
  • Eletrólitos
  • Hematócrito
  • Enzimas do fígado
  • Contagem de plaquetas
  • Teste do torniquete: amarra-se uma borrachinha no braço para prender a circulação. Se aparecerem pontos vermelhos sobre a pele, é um sinal da manifestação hemorrágica da dengue
  • Raio X do tórax para demonstrar efusões pleurais.

 tratamento e cuidados

Tratamento de Febre Chikungunya

Atualmente, não há tratamento específico disponível para a febre chikungunya. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum Aedes aegypti o pique, ficando também infectado.
É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.
Como na dengue, pacientes com febre chikungunya devem evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada. Esses medicamentos têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.

 convivendo (prognóstico)

Complicações possíveis

A mortalidade por febre chikungunya é muito pequena. Entretanto, um aumento na taxa de óbito absoluto foi relatado durante as epidemias de 2004-2008 na Índia e na Ilha Maurício.
Após os primeiros dez dias, a maioria dos pacientes sentirá uma melhora na saúde geral e na dor articular. Porém, após este período, uma recaída dos sinais pode ocorrer com alguns pacientes reclamando de vários sintomas reumáticos. Isso é muito comum entre dois e três meses após o início da doença. Alguns pacientes também podem desenvolver distúrbios vasculares periféricos, como a síndrome de Raynaud. Além dos sintomas físicos, a maioria dos pacientes reclama de sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza.
Estudos da África do Sul mostraram que 12%-18% dos pacientes terão sintomas persistentes de 18 meses a três anos. Em estudos mais recentes na Índia, a proporção de pacientes com sintomas persistentes em dez meses após o início da doença foi de 49%, enquanto dados da Ilha Reunión demonstraram que 80%-93% dos pacientes se queixam de sintomas persistentes três meses após o início da doença, reduzindo para 57% aos 15 meses e 46% aos dois anos.
O sintoma persistente mais comum é dor nas articulações decorrentes de inflamação, geralmente as mesmas articulações afetadas durante os estágios agudos. Outros sintomas, como cansaço e depressão, podem persistir após a fase aguda da doença.
Entre os fatores de risco para não recuperação estão idade avançada (mais de 65 anos), problemas de articulação pré-existentes e doenças agudas mais graves.

 prevenção

Prevenção

O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir a febre chikungunya! Veja como eliminar o risco:

Evite o acúmulo de água

O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.

Coloque areia nos vasos de plantas

O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.
Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de febre chikungunya devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente.

Limpe as calhas

Grandes reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais produtivos de febre chikungunya, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.

Coloque tela nas janelas

Embora não seja tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquitoAedes aegypti. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.

Lagos caseiros e aquários

Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco de febre chikungunya deixou muitas pessoas preocupadas. Porém, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.

Seja consciente com seu lixo

Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.

Uso de repelentes

O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método paliativo para se proteger contra a febre chikungunya. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

Suplementação vitamínica do complexo B

Tomar suplementos de vitaminas do complexo B pode mudar o odor que nosso organismo exala, confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie de repelente. Outros alimentos de cheiro forte, como o alho, também podem ter esse efeito. No entanto, a suplementação deveria começar a ser feita antes da alta temporada de infecção do mosquito, e nem isso garante 100% de proteção contra a febre chikungunya. A estratégia deve se somar ao combate de focos da larva do mosquito, ao uso do repelente e à colocação de telas em portas e janelas, por exemplo.
  •  fontes e referências

    • Stefan Cunha Ujvari, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
    • Ministério da Saúde
    • Modificado a partir de: UJVARI, Stefan Cunha. Pandemias - A humanidade em risco; Editora Contexto, 2011; P53-69.
  • minhavida.com