10 de outubro de 2018

Band cancela debate entre Haddad e Bolsonaro

Bolsonaro e Haddad


A TV Bandeirantes cancelou, nesta quarta-feira (10), o debate entre os presidenciáveis que passaram ao segundo turno, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O debate estava marcado para a noite desta sexta (12).

Bolsonaro, que foi atacado com uma facada durante a campanha, no dia 6 de setembro, e só participou de dois debates até agora. Ele teve alta do hospital Albert Einstein, em São Paulo, na semana passada e se recupera em casa desde então.

No fim da manhã de hoje, o cirurgião Luiz Macedo e o cardiologista Leandro Echenique examinaram Bolsonaro em sua casa, na Barra da Tijuca (RJ) e avaliaram que o candidato ainda está “fraco” e precisa recuperar peso e vitaminas. Uma nova avaliação deve ser feita na semana que vem, a 10 dias do segundo turno.


Sem ir aos confrontos diretos com adversários, Bolsonaro deu entrevistas a duas emissoras de televisão - Band e Record - enquanto ainda estava internado e assim que foi liberado para voltar para casa.

Durante a tarde, após a notícia de que Bolsonaro não compareceria ao debate de sexta, Haddad afirmou que iria “até uma enfermaria” para debater com o adversário. No Twitter, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que fará uma campanha propositiva, mas que é preciso “debater o Brasi”. “Vamos fazer uma campanha propositiva e demarcar as diferenças entre projetos. Agora, meu adversário precisa participar dos debates. Eu estou disposto a ir até uma enfermaria se for preciso para debater o Brasil. Ninguém pode ser eleito sem apresentar as suas propostas ao povo”, escreveu Haddad em sua conta.

Com informações do Congresso em Foco

Datafolha para presidente, votos válidos: Bolsonaro, 58%; Haddad, 42%

Arte/Metrópoles

O Datafolha divulgou nesta quarta-feira (10) o resultado da primeira pesquisa de intenção de voto do instituto com o cenário da disputa no segundo turno da eleição presidencial. A pesquisa foi realizada nesta quarta, dia 10, e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.

Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

Jair Bolsonaro (PSL): 58%
Fernando Haddad (PT): 42%

Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:

Jair Bolsonaro (PSL): 49%
Fernando Haddad (PT): 36%
Em branco/nulo/nenhum: 8%
Não sabe: 6%

Apoio dos candidatos
O Datafolha também levantou qual deveria ser o apoio dos presidenciáveis que disputaram o primeiro turno.

Marina Silva

O instituto perguntou: O apoio de Marina Silva a um candidato a presidente no segundo turno da eleição deste ano...?”:

Poderia levar você a escolher esse candidato: 11%
Faria você não votar nesse candidato: 11%
Seria indiferente: 72%
Não sabe: 6%

O Datafolha também perguntou: “Na sua opinião qual dos dois candidatos Marina Silva deveria apoiar no segundo turno”?

Fernando Haddad (PT): 43%
Jair Bolsonaro (PSL)% 38%

Ciro Gomes

O instituto perguntou: “O apoio de Ciro Gomes a um candidato a presidente no segundo turno da eleição deste ano...?”:

Poderia levar você a escolher esse candidato: 21%
Faria você não votar nesse candidato: 11%
Seria indiferente: 63%
Não sabe: 4%

O Datafolha também perguntou: “Na sua opinião qual dos dois candidatos Ciro Gomes deveria apoiar no segundo turno?”:

Fernando Haddad (PT): 46%
Jair Bolsonaro (PSL): 40%

Geraldo Alckmin

O instituto perguntou: “O apoio de Geraldo Alckmin a um candidato a presidente no segundo turno da eleição deste ano...?”:

Poderia levar você a escolher esse candidato: 14%
Faria você não votar nesse candidato; 13%
Seria indiferente: 69%
Não sabe: 4%

O Datafolha também perguntou: “Na sua opinião qual dos dois candidatos Geraldo Alckmin deveria apoiar no segundo turno:”?

Com informações do G1

Depressão será a doença mental mais incapacitante do mundo até 2020

A depressão afeta 11,5 milhões de brasileiros. 
A depressão afeta 11,5 milhões de brasileiros.  Foto: Unsplash

Nesta quarta-feira, 10 de outubro, é celebrado o Dia Internacional da Saúde Mental e o alto número de relatos envolvendo transtornos preocupa. De acordo com dados da OMS, a quantidade de casos de depressão cresceu 18% em dez anos. Até 2020, esta será a doença mais incapacitante do planeta, na previsão da Organização Mundial da Saúde.

“Globalmente, apenas metade daqueles que precisam de tratamento psiquiátrico recebem ajuda”, afirma Nadège Herdy, psiquiatra da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo. Quadros depressivos são as principais causas de suicídio no mundo.
O Brasil é campeão de casos de depressão na América Latina. Quase 6% da população, um total de 11,5 milhões de pessoas, sofrem com a doença, segundo dados da OMS. Porém, a psiquiatra Nadège Herdy alerta para o aumento do número de registros de Transtornos de Ansiedade. “Os mais comuns são os transtornos de ansiedade generalizada e síndrome do pânico. Em 2015, 18,6 milhões de pessoas sofriam com transtorno de ansiedade no Brasil”. 
Se perguntarmos por aí se as pessoas são ansiosas, a maioria dirá que sim. Porém, para ter o diagnóstico de alguns transtornos de ansiedade não é tão simples. O DSM-V - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - aponta 12 tipos de patologias relacionadas à ansiedade.
No geral, alguns sintomas merecem atenção: sentir medo ou receio, em excesso, de situações que ainda não aconteceram, alterações do sono, tensão muscular, medo de falar em público, medo de lugares fechados ou com grandes aglomerações, inquietações constantes, pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos. O ideal, em casos assim, é buscar ajuda de um psicoterapeuta. O psicólogo irá fazer uma série de perguntas sobre seu estado físico e emocional. Na terapia, você terá a oportunidade de falar mais sobre as situações que lhe causam ansiedade, sem julgamentos. Em alguns casos, o psicólogo pode recomendar que você procure um psiquiatra, que irá receitar uma medicação específica para baixar a ansiedade. 
Crescimento do número de casos de transtornos de ansiedade preocupa OMS.Crescimento do número de casos de transtornos de ansiedade preocupa OMS. Foto: Unsplash
A psiquiatra Nadège Herdy relata que há um aumento na procura por profissionais de saúde mental, mas o preconceito ainda é evidente. “O estigma social ainda é um dos mais importantes e difíceis obstáculos para recuperação e reabilitação das pessoas que sofrem de doença mental. Esses indivíduos, além de precisar lutar contra seus sintomas que muitas vezes interferem na autonomia, independência, qualidade de vida, precisam lutar contra o estigma”, avalia. 
A resistência em procurar ajuda em saúde mental pode ser explicada, em parte, pelo preconceito contra as pessoas que têm transtornos. A psicofobia carrega uma herança de séculos de discriminação contra os doentes mentais ao longo da história. Acreditava-se que eles eram 'bruxos' ou 'possuídos por demônios'. Atualmente, Psicologia e Psiquiatria trabalham juntas para desmistificar todas essas questões. “O preconceito, que gera estigma, pode ser combatido com conhecimento. Melhorar o conhecimento gera desmistificação de falsas crenças e estereótipos, fornecendo dados reais acerca da doença e de quem sofre dela. Afinal, as doenças mentais são tratáveis e muitos pacientes se recuperam”, enfatiza a psiquiatra Nadège Herdy.

Por Camila Tuchlinski
Com informações do Jornal O Estado de S. Paulo