O ex-prefeito de Paranapanema (SP), Márcio Faber, que renunciou o cargo nesta quarta-feira (31), já arrumou um novo trabalho. O médico, com especialização em ginecologia, vai voltar a exercer a profissão em outra cidade da região de Itapetininga (SP), que preferiu não identificar.
Em entrevista ao G1 Itapetininga e Região, Faber afirmou que
sua decisão foi baseada exclusivamente em argumentos financeiros, já que antes
de assumir a prefeitura ganhava uma renda de aproximadamente R$ 30 mil. Com o
cargo de prefeito, o salário dele era de R$ 5,8 mil. “Não tive problemas com
ninguém, mas financeiramente ficou inviável continuar. Preferi pedir para sair
do que roubar dinheiro dos cofres públicos”, explica.
O ex-prefeito afirmou também que sabia do valor do salário
para o cargo, mas que tinha como ideal levar um novo governo para o município.
Faber garante que não se arrependeu em assumir o cargo, mas a situação
financeira particular ficou desequilibrada. Ele acredita que tomou a decisão
certa. “Quando fui eleito, assumi porque sabia que Paranapanema precisava de
uma administração melhor. Acredito que deixo as pessoas certas no meu lugar,
mas para mim não dava mais”.
Faber começa no novo emprego a partir desta quinta-feira
(1). De acordo com o médico, a renda mensal deve voltar a ser a que tinha antes
de se tornar prefeito.
A decisão do médico foi informada na manhã desta
quarta-feira através de um ofício enviado à Câmara Municipal. O presidente da
Câmara dos Vereadores, Leonardo de Araújo, convocou sessão extraordinária que
foi realizada na tarde desta quarta-feira. Na sessão, o cargo de chefe do
executivo foi transferido para o vice-prefeito, Antônio Nakayashi.
Segundo o diretor administrativo da prefeitura, Luiz Antônio
Galvão, na noite desta terça-feira (30), Faber reuniu os secretários e assessores
em uma reunião para justificar sua saída.
Márcio Faber foi eleito em outubro de 2012, com 5.873 votos. Ele fazia parte da coligação 'Inovação
é agora', que reunia os partidos PT e PV. Esta foi a primeira vez que Faber
concorreu a um cargo público.
Jéssica PimentelDo G1 Itapetininga e Região