Apresentado na tarde desta segunda-feira no Fortaleza, o novo treinador, Flávio Araújo, promete um time competitivo e de postura agressiva no próximo ano. Ele chega para substituir Marcelo Chamusca, que deixou o Leão após eliminação na Série C do Campeonato Brasileiro. No Pici, Flávio Araújo, que deixou o River-PI após o acesso à Série C, garante que não teme pressão e saída antes da Série C, caso não conquiste bons resultados no estadual e no Nordestão.
- Se eu estou aqui, é porque acredito que trabalharei o ano todo. Tenho confiança no meu trabalho. Orgulho de voltar a trabalhar pelo Fortaleza. Venho cheio de expectativas positivas para 2016. De toda a equipe, pode esperar time agressivo, que vai se empenhar em cada jogo para atingir as metas. Espero fazer grande trabalho - declarou Flávio.
Flávio Araújo disse que escolheu o Fortaleza por ser um grande time do Brasil. Ele também comentou que a meta será conquistar o bicampeonato estadual, ficar entre os quatro primeiro colocados da Copa do Nordeste, ter uma boa campanha na Copa do Brasil e garantir o acesso à Série B. Segundo ele, o elenco vai mirar competição por competição.
- Temos que viver a primeira competição, que é o Campeonato Cearense. Depois vamos pensando nas demais. Se a gente formar time de Série A para jogar Série C, não chega nem no mata-mata. É a nossa realidade. Tem que ser competitivo. Comprometido. Tem que jogar e marcar. Muito atleta diz que está comprometido, mas não está. A vida fora de campo tem que estar ligada a vida dentro de campo.
O novo comandante do Fortaleza tem 52 anos, é nascido na Capital e agora soma a terceira passagem pelo time. A carreira como técnico iniciou em 1998, com o Icasa, e este ano encerrou trabalho no River-PI, onde saiu com o título do Piauiense e o vice na Série D. Nas temporadas anteriores a frente do Tricolor, em 2000 e 2011, foram 34 jogos com 21 vitórias, quatro empates e nove derrotas, tendo 65,6% de aproveitamento. Ele comentou sobre o espaço dos técnicos cearenses no futebol local.
- Isso é questão histórica. Com respeito a quem já foi treinador. Futebol evoluiu. Treinadores também. Mas na cabeça do torcedor, eles não assimilaram essa evolução. Temos a confiança da diretoria de mostrar que a competência não tem naturalidade
Confira entrevista completa:
O que mudou?
Quem não está preparado não perdura. Já estou há 17 anos na profissão. Tenho 52 anos hoje. Muda a idade. E a experiência, o conhecimento. Muda muita coisa em cinco anos.
Remanescentes
Reunião de ontem (no domingo) iniciamos conversa sobre jogadores que vão continuar no grupo. Tem que ter comunicação. Às vezes a gente consegue fechar determinada questão, às vezes divide... Nesse início vamos formar posição por posição. Não podemos contratar jogadores pelo que fizeram há dois, três anos atrás. Só pode ter futuro se tiver presente.
Jogadores do River-PI
A gente sempre coloca a qualidade em primeiro lugar. Vamos ver quem se destacou. Ontem foram feitos cinco contatos. Queremos fechar o grupo rápido. Contratações tem que ser aceleradas. Para não perder os jogadores.
Acertos
Só posso falar de agora para frente. Não posso falar do que aconteceu antes. Tenho ética. Quando Jorge (presidente) ligou para mim, eu estava em competição. Pedi um tempo. Foi o que aconteceu. Depois de um tempo conseguimos nos reunir. Contrato é sempre assunto muito particular. Vão chegar jogadores, vão sair jogadores. Estamos nos reunindo o tempo todo e aos poucos vamos divulgar os jogadores.
Maneira de jogar
Cada treinador tem sua maneira de jogar. A minha é diferente dos outros. Minha função é colocar o time para jogar do jeito que eu trabalho, que é uma postura agressiva. Estou alegre por estar aqui. Mas triste pelo time não ter conseguido acesso. Temos que deixar para trás tudo que aconteceu. E pensar em 2016.
Uma de cada
A gente não pode priorizar. É competição por competição. Temos que viver, direcionar nosso trabalho. Mais do que falar ao torcedor,vamos fazer. Torcedor não pode ser pessimista. Temos que pensar que 2016 vai ser muito melhor do que 2015. Momento agora é de ressentimento. Quando começar a jogar, o torcedor vai entender - afirmou.
Por Juscelino Filho e Thaís JorgeFortaleza, CE