29 de novembro de 2019

Unicef: mortalidade infantil tem redução histórica no Brasil

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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promove sessão, na Assembleia Legislativa de São Paulo, para marcar os 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança. O órgão produziu um relatório que confere ao Brasil reconhecimento por ter melhorado, ao longo dos anos, índices como o da mortalidade, do trabalho infantil, além da exclusão escolar.
Conforme o Unicef, de 1990 a 2017 registrou-se "redução histórica" no total de mortes de crianças menores de um ano de idade. No período, a taxa nacional caiu de 47,1 para 13,4 a cada 1 mil nascidos vivos. Além disso, entre 1996 e 2017, 827 mil vidas foram salvas.
As ações de mitigação articuladas pelos governos geraram efeitos de âmbito nacional, causando impacto também em São Paulo. No estado, a redução do índice foi de 22,5 para 10,9, de 1996 para 2017, quando 103 mil vidas de bebês foram salvas.
A queda nos índices de cobertura vacinal, adverte o Unicef, tem sido porta de entrada para doenças que eram, até recentemente, consideradas erradicadas, como o sarampo. "Em 2016, a mortalidade infantil subiu pela primeira vez em mais de 20 anos e ainda não voltou aos patamares de 2015, acendendo um sinal de alerta. No total, 42 mil crianças menores de 5 anos ainda morrem por ano no Brasil", informa o fundo da ONU no relatório.
A representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, afirma que o país deve consolidar os avanços já conquistados até agora, voltando a atenção para a primeira infância e a adolescência. "Os indicadores, em sua maioria, são piores no Nordeste e no Norte do país. E piores entre as populações indígena, parda e negra", diz.
Florence exemplifica seu argumento comentando que não basta manter escolas, mas também garantir que todos possam chegar a elas, em especial as crianças em situação de vulnerabilidade social. "Por isso é que é preciso que as políticas, mais do que nunca, tenham um enfoque de equidade, não sendo suficiente dar as mesmas oportunidades para todos. O que a gente precisa é de políticas que permitam que qualquer criança e adolescente tenha acesso a essas mesmas oportunidades. Por exemplo, não é suficiente que uma escola exista, porque tem uma parte da população que tem que ir atrás, não vai ter oportunidade de chegar."
A mandatária comenta que a contribuição da convenção consiste em fortalecer a noção de que os direitos das crianças e dos adolescentes são "inegociáveis e indissociáveis". Única instituição citada nominalmente no tratado, o Unicef, relata Florence, tem conclamado os presidentes dos países signatários a "reafirmar o compromisso" com os princípios ali colocados.

Índice de violência

A alta incidência de homicídios de adolescentes é outro ponto abordado no documento. O Unicef destaca que, entre 1990 e 2007, o total de ocorrências dessa natureza mais do que dobrou.
"De 1996 a 2017, 191 mil crianças e adolescentes de 10 a 19 anos foram vítimas de homicídio", informam os autores do relatório, acrescentando que, a cada dia, em média, 32 meninas e meninos nessa faixa de idade são assassinados.
Nos municípios paulistas, somente na década encerrada em 2017, destaca o documento do Unicef, 8.200 crianças e jovens nessa faixa etária foram assassinados. A taxa chegou a ser de 9,7 homicídios por 100 mil habitantes, há dois anos. A estimativa é que mais de 1 milhão de menores de idade vivam em áreas afetadas pela violência armada na cidade de São Paulo.

Sala de aula

Outro aspecto mostrado no relatório é o acesso de crianças e adolescentes à educação. Na avaliação do Unicef, o país "conseguiu avançar consideravelmente" nessa área.
"Em 1990, quase 20% das crianças de 7 a 14 anos (idade obrigatória na época) estavam fora da escola. Em 2009, a escolaridade obrigatória foi ampliada para a faixade 4 a 17 anos. E, em 2017, 4,7% das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos estavam fora da escola".
Os especialistas do Unicef ponderam que, embora o índice de exclusão escolar tenha diminuído significativamente, o país ainda não atingiu a universalização do ensino. Ao todo, quase 2 milhões de meninas e meninos estão fora da escola.
"Em São Paulo, 13% das crianças e adolescentes estavam fora da escola em 1996. Em 2018, eram 3,9%, o que representa 330 mil meninas e meninos. Há ainda aqueles que estão na escola sem aprender. A adolescência é a fase da vida mais afetada com a distorção idade-série no país: 14,9% dos estudantes do ensino médio e 12,5% nos anos finais do fundamental estão dois ou mais anos atrasados, totalizando 6,5 milhões de meninas e meninos. Em São Paulo, são 556.515 crianças e adolescentes", completa o órgão.

Imigrantes e saúde mental

Para o Unicef, outro ponto que deve integrar a agenda das autoridades preocupadas com a garantia dos direitos de crianças e adolescentes refere-se à acolhida de refugiados. Dos cerca de 200 mil venezuelanos que ingressaram no país até julho, 30% eram menores de idade. O estado é o segundo com maior volume de pedidos de refúgio, concentrando mais de 10% do total.
O tema suicídio também figura no relatório do Unicef como uma das questões contemporâneas que requerem atenção. "Nos últimos 10 anos, os suicídios de crianças e adolescentes vêm aumentando no Brasil. Eles passaram de 714, em 2007, para 1.047, em 2017. No estado de São Paulo houve aumento de 53% no número de casos, saltando de 98, em 2007, para 150 em 2017".
Por Letycia Bond 
Com informações da Agência Brasil

Luis Lacalle Pou será o novo presidente do Uruguai

National Party presidential candidate Luis Lacalle Pou looks on after the second-round presidential election, in Montevideo, Uruguay November 25, 2019. REUTERS/Mariana Greif
Novo presidente do Uruguai, Lacalle Pou tomará posse dia 1º de março   REUTERS/Mariana Greif/Direitos Reservados
O candidato de centro-direita Luis Lacalle Pou obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais do Uruguai. Após a revisão dos votos do pleito, realizado no último domingo (24), Lacalle venceu em uma disputa muito acirrada contra Daniel Martínez, candidato da coalizão de esquerda - Frente Ampla. A posse será dia 1º de março de 2020.
A alternância de poder com a vitória por um resultado tão apertado, definido voto a voto, mostra que o Uruguai está dividido. Quase metade dos uruguaios preferia a continuação do governo de esquerda exercido pela Frente Ampla, partido de Martínez, no poder há 15 anos.

Quem é

Lacalle Pou, do Partido Nacional, tem 46 anos e é formado em Direito, mas nunca advogou. Desde os 24 anos se dedica à política e já foi deputado e senador.
Opositor ferrenho do atual governo, Lacalle Pou vem de uma família de políticos. É filho do ex-presidente do Uruguai Luis Alberto Lacalle, que governou de 1990 a 1995 e da ex-senadora Julia Pou. É bisneto de Luis Alberto de Herrera, um dos políticos mais influentes da história do Partido Nacional.
Lacalleu Pou concorreu à presidência nas últimas eleições, em 2014, quando perdeu, em segundo turno, para Tabaré Vázquez, da Frente Ampla.

Adiamento

O resultado parcial das eleições, publicado ainda no domingo (24), apontava para um empate técnico.  Lacalle havia recebido 48,71% dos votos (1.168.019 votos), enquanto Daniel Martínez, 47,51% (1.139.353 votos).
Mas, no Uruguai existe uma segunda contagem, mais demorada, que é a dos votos observados. Assim como no Brasil, cada eleitor deve votar em um colégio eleitoral específico. No entanto, quando isso não é possível, o cidadão tem o seu voto observado. É o caso de uma pessoa que foi convocada a trabalhar de mesária em um colégio eleitoral diferente daquele em que está habilitada a votar. É um procedimento especial para que a validade do voto possa ser confirmada posteriormente.
Os votos observados nessa eleição eram 35.229. A diferença de votos entre Lacalle e Martínez era de 28.666 votos. Hoje, com o avanço da apuração dos votos observados, Luis Lacalle Pou adicionou 3.090 votos, o que confirmou sua vitória numérica sobre Daniel Martinez.
Por Marieta Cazarré 
Com informações da Agência Brasil

Sánchez perde pênalti no fim, e Fortaleza acaba com invencibilidade do Santos

Em jogo muito movimentado do início ao fim, o Fortaleza venceu o Santos por 2 a 1 na noite desta quinta-feira, no Castelão, em jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. 

Os donos da casa abriram 2 a 0 no segundo tempo com Edinho e Osvaldo. O Peixe diminuiu com Carlos Sánchez e teve chance para pontuar quando o uruguaio desperdiçou pênalti perto do fim.

O Fortaleza acaba com uma invencibilidade de sete jogos do Alvinegro no Brasileirão. A última derrota santista havia sido contra o Atlético-MG, em 20 de outubro. Além disso, foi a primeira vitória diante desse adversário na história, depois de 14 encontros.

O Tricolor assume a 10ª colocação do Nacional, com 46 pontos. O Santos segue na vice-liderança, com 68. O Palmeiras perdeu para o Fluminense no Maracanã.

O Peixe volta a campo para enfrentar a Chapecoense, no domingo. No mesmo dia, o Fortaleza visita o CSA.

Com informações da Gazeta Esportiva

Fechou! Argel Fucks assume o comando técnico do Ceará

O Ceará já tem um novo nome para o comando técnico. Argel Fucks, 45 anos, é quem assume o Alvinegro com contrato estabelecido até o fim de 2020. Ex-zagueiro, o gaúcho de 45 anos já comandou mais de 20 equipes, e, atualmente, estava à frente do CSA.
Fucks já comanda o Vovô na próxima partida pelo Brasileirão, no sábado, 30/11, diante do Athletico/PR, no Castelão. O treinador desembarca na capital cearense nessa sexta-feira, 29/11, e, após reunião com diretoria, comissão técnica e elenco, já comanda as atividades, à tarde, no CT de Porangabuçu.
Amanhã, o novo treinador também será apresentado oficialmente à imprensa. O auxiliar técnico Gledson Barroso e o preparador físico Daniel Azambuja também chegam junto com Argel a Porangabuçu. 
Fora do Z-4 e dependendo apenas de si para garantir permanência na Série A, o Ceará tem pela frente, agora, uma sequência de três jogos até o fim da competição. Dois destes duelos acontecem em casa. Além do confronto contra o Athletico/PR, a partida contra o Corinthians também será realizada na Arena Castelão. O Vovô encerra o Brasileiro contra o Botafogo, no Rio de Janeiro.
Confira a ficha técnica do novo treinador do Vozão.

Argélico Fucks
Nascimento: 04/09/1974 (45 anos)
Naturalidade: Santa Rosa/RS
Clubes: Mogi Mirim/SP; Guaratinguetá/SP; Caxias/RS; Campinense/PB; São José/RS; Criciúma/SC; Guarani/SP; Botafogo/SP; Brasiliense/DF; Joinville/SC; Figueirense/SC; Avaí/SC; Red Bull Brasil/SP; América/RN; Portuguesa/SP; Internacional/RS; Vitória/BA; Goiás/GO; Coritiba/PR; CSA/AL e Ceará/CE.

Departamento de Comunicação - CSC
Com informações do cearasc.com