29 de maio de 2020

Metade dos contribuintes entregou declaração do IR

 IMPOSTO DE RENDA, Declaração IRPF 2019
A um mês do fim do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2020, metade dos contribuintes acertou as contas com o Leão. Até as 17h de hoje (28), pouco mais de 16 milhões pessoas haviam enviado o documento à Receita Federal.
Neste ano, a Receita espera receber 32 milhões de declarações. O prazo de entrega começou em 2 de março e vai até as 23h59min59s de 30 de junho. Inicialmente, o prazo acabaria no fim de abril, mas a data foi prorrogada por dois meses por causa da pandemia de coronavírus.
A Receita Federal derrubou a exigência do número do recibo da declaração anterior e adiou o pagamento da primeira cota ou cota única para junho. Em relação às restituições, o cronograma dos lotes de pagamento, que começa em maio e acaba em setembro, está mantido.
Quem declara no início do prazo tem prioridade para receber a restituição, caso não a preencham com erros e omissões. Pessoas com mais de 60 anos, com moléstias graves ou deficiência física também recebem a restituição primeiro. A Receita Federal adiou o pagamento da primeira cota ou cota única de Imposto de Renda para junho
O programa gerador da declaração está disponível no site da Receita Federal . Quem optar por dispositivos móveis, como tablets ou smartphones, poderá baixar o aplicativo Meu Imposto de Renda nas lojas Google Play, para o sistema operacional Android, e App Store, para o sistema operacional iOS.
A declaração do Imposto de Renda é obrigatória para quem recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 no ano passado, o equivalente a R$ 2.196,90 por mês, incluído o décimo terceiro. A multa por atraso de entrega é estipulada em 1% ao mês-calendário até 20%. O valor mínimo é R$ 165,74.

Mudanças

As novidades para a entrega da declaração neste ano estão disponíveis na página da Receita. Entre as principais mudanças, estão a antecipação no cronograma de restituição, cujo pagamento começará no fim de maio e terminará no fim de setembro e o fim da dedução do INSS dos trabalhadores domésticos.
Pela primeira vez, os contribuintes com certificação digital receberão a declaração pré-preenchida no programa gerador. Até agora, eles tinham de entrar no Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC), salvar o formulário pré-preenchido no computador e importar o arquivo para preencher a declaração. Neste ano, também está disponível a doação, diretamente na declaração, de até 3% do imposto devido para fundos de direito dos idosos.

Obrigatoriedade

Precisa ainda declarar o Imposto de Renda quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil; quem obteve, em qualquer mês de 2019, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros.
Quando se trata de atividade rural, é obrigado a declarar o contribuinte com renda bruta superior a R$ 142.798,50. Também deve preencher a declaração quem teve, em 31 de dezembro do ano passado, a posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, com valor total superior a R$ 300 mil.
Por Wellton Máximo
Com informações da Agência Brasil

19 de maio de 2020

Enem registra mais de 3,5 milhões de inscritos

Aplicativo de Celular ENEM 2019
Em meio à dúvidas se as datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão mantidas, a edição 2020 da prova já contabiliza mais de 3,5 milhões de inscrições. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Exame, as inscrições podem ser feitas normalmente até as 23h59 da próxima sexta-feira (22).

Adiamento

A realização do Enem é alvo de questionamentos judiciais. Ontem (18) a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região pedindo que a decisão de manter o exame durante a pandemia do coronavírus seja revista. Em abril, o órgão conseguiu uma liminar favorável ao adiamento das datas da prova, mas a medida foi derrubada pelo desembargador Antônio Cedenho atendendo a um pedido da Advocacia Geral da União (AGU).
A DPU argumenta que inúmeros estudantes, sobretudo os mais pobres, não possuem acesso à internet, nem tampouco materiais didáticos em suas residências’, o que prejudicaria a preparação para o Exame. “Ainda que haja recomendação para que os estudantes continuem os seus estudos durante o período de pandemia pela vida remota, sabe-se que as condições de estudo para os alunos brasileiros são desiguais”, ressaltam os defensores João Paulo Dorini e Viviane Ceolin Dallasta Del Grossi no o documento.
Em nota, também publicada ontem, o Inep lembrou as medidas que já foram tomadas para a realização da prova, como o adiamento da data de outubro para novembro, mas admitiu que o órgão poderá rever mais uma vez a data do Enem.
Segundo o Inep, em reunião do Comitê de Emergência criado para debater questões relativas à educação durante a pandemia, já foi admitida a possibilidade de alteração no cronograma da prova. “Foram destaques das discussões, no âmbito desse Comitê, as tratativas empreendidas a respeito do cronograma do Enem 2020, ocasião em que já se demonstrou abertura para nova alteração da data de aplicação das provas, tão logo o cenário fique mais definido, o que se reafirma na presente nota”, diz o comunicado do órgão vinculado ao Ministério da Educação.

Senado

Também pelo adiamento do Enem está na pauta desta terça-feira (19) do plenário do Senado o projeto de Lei (PL) 1.277/2020, da senadora Daniela Ribeiro (PP-PB), que suspende a aplicação do Exame em casos de calamidade pública. Se aprovado o texto seguirá para análise dos deputados.

Enem Digital

Para o Enem Digital não há mais vagas. As 101,1 mil vagas oferecidas se esgotaram desde a semana passada. A prova é a versão informatizada do Enem. Em vez de cadernos de provas e cartão de respostas em papel, os participantes inscritos no Enem Digital fazem as provas diretamente no computador. Os candidatos não farão a prova em casa. A aplicação será em laboratórios de informática em diversas faculdades brasileiras. Nessa opção o candidato receberá um cartão de confirmação da inscrição no Enem com o endereço da faculdade e o laboratório de informática onde fará a prova, sob supervisão dos fiscais no Enem.

Prova

Tanto na versão impressa como na digital, a estrutura do exame permanece com uma redação e 45 questões em cada prova das quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

Datas

Se não houver nova alteração no calendário, o Enem impresso será aplicado nos dias 1º e 8 de novembro, e a versão digital, em 22 e 29 de novembro.

Taxa

Este ano por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o Ministério da Educação e o Inep concederão isenção do pagamento da taxa de inscrição, de acordo com os critérios previstos nos editais, independentemente do pedido formal. Quem não atende aos requisitos para a isenção da taxa de inscrição deve pagar o boleto de R$ 85, até 28 de maio.
O candidato que precisar de algum recurso especial de acessibilidade deve fazer a solicitação no ato da inscrição para a versão impressa do Enem. Este ano gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar foram incluídos na denominação “especializado”.
Por Karine Melo
Com informações da Agência Brasil

Prefeitura de Granja adquiriu cabines de testes rápidos para o covid-19, e também totens com saída de álcool em gel

A Prefeitura de Granja adquiriu 06 cabines de testes rápidos para o covid-19, e também 06 totens com saída de álcool em gel pra higienização das mãos.
As cabines servirão pra testar com mais rapidez e eficácia os pacientes com quadro suspeito de Covid-19.
Uma cabine de teste e um totem de álcool em gel já foram instalados na UPA 24h Antônia Coelho.
As demais cabines serão instaladas estrategicamente espalhadas pelo município de acordo com a demanda da população.
A Secretaria Municipal de Saúde continua também com o trabalho de busca ativa, com nossos profissionais de saúde e equipes volantes devidamente capacitadas, fazendo testes nas casas das pessoas que apresentam sintomas.
Estamos buscando diariamente diminuir os efeitos da pandemia do novo coronavírus em nosso município. Reforçamos o pedido pra que a população fique em casa, e caso saia, o uso de máscara é obrigatório. Só assim vencemos esse vírus!
Com informações da Prefeitura de Granja/Ceará

Anvisa alerta sobre aumento de intoxicação por produtos de limpeza

A Anvisa alerta a população sobre o uso e o armazenamento adequados dos chamados saneantes domissanitários
A fim de reduzir os riscos à saúde causados pelo aumento da exposição tóxica por produtos de limpeza no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou a Nota Técnica (NT) 11/2020, que alerta a população sobre o crescimento dos casos de intoxicação.
De acordo com a Anvisa, embora não haja informações que demonstrem o vínculo definitivo entre a exposição e os esforços de higienização e desinfecção para evitar a disseminação da covid-19, parece haver uma associação temporal com o aumento do uso dos produtos.
O documento orienta também sobre o uso e o armazenamento adequados dos chamados saneantes domissanitários, ou seja, os saneantes de uso domiciliar que contêm substâncias ou preparações destinadas à higienização e à desinfecção.
A nota foi elaborada com base nos dados dos centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox). “Para se ter uma ideia do crescimento dos casos de intoxicação, de janeiro a abril deste ano os CIATox receberam 1.540 registros de intoxicação devido a produtos de limpeza envolvendo adultos, um aumento equivalente a 23,3%, comparado ao mesmo período de 2019, e de 33,68%, com relação a 2018”, informa a Anvisa. 

Crianças

No que se refere às crianças, foram registrados 1.940 casos, um aumento de 6,01% e de 2,7%, em relação a 2019 e 2018, respectivamente. De acordo com a Agência, os números mostram que os acidentes domésticos envolvendo exposição tóxica a substâncias químicas são mais frequentes com o público infantil e, portanto, há necessidade de dispensar mais cuidados às crianças.

Orientações básicas

1- Mantenha os produtos de limpeza fora do alcance de crianças e animais. Esses produtos podem atrair a atenção principalmente de crianças pequenas, entre 1 e 5 anos de idade.
2- Evite o armazenamento desses produtos em recipientes diferentes e não etiquetados. 
3- Supervisione as crianças, não permitindo que elas acessem os ambientes onde esses produtos são guardados.
4- Não deixe detergentes e produtos de limpeza em geral embaixo da pia ou no chão dos banheiros.
5- Leia e siga as instruções descritas no rótulo de cada produto.
6- Evite a mistura de produtos químicos.
7- Garanta a ventilação quando for manusear um desses produtos destinados à limpeza, higienização e desinfecção.
8- Inutilize as embalagens vazias. Isso porque elas sempre ficam com resíduos, ou seja, restos dos produtos. Jogue fora as embalagens vazias, preferencialmente valendo-se do sistema de coleta seletiva, de modo a separá-las do lixo orgânico.
9- Em caso de emergências toxicológicas, não provoque vômito. Tenha em mãos o número do Centro de Informação e Assistência Toxicológica, o CIATox: 0800-722-6001.
Anvisa
Com informações da Agência Brasil

Tabagismo e coronavírus são combinação catastrófica, diz fundação

Fumante (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, disse que como o tabagismo é fator de risco para infecções respiratórias, doenças vasculares, cardiovasculares e pulmonares, e o novo coronavírus tem aí sua principal porta de entrada, a "combinação é catastrófica".
Análise publicada na China, dos primeiros casos de covid-19, comparando grupos de fumantes e não fumantes, mostrou que a doença teve evolução mais grave e maior índice de letalidade no grupo de fumantes. “Alguns artigos mostraram 1,5 vez mais, outros 2,4 vezes mais. Ou seja, você mais do que duplica a chance de a doença se agravar e duplica os óbitos em relação ao grupo que não fuma”.

Disseminação

Maltoni chamou a atenção para o fato de o vírus se disseminar com facilidade, principalmente por contaminação pelo perdigoto (gotículas contaminadas de saliva). Outro agravante em relação ao tabagismo é o uso de narguilé (espécie de cachimbo de água de origem oriental, utilizado para fumar tabaco aromatizado e, ocasionalmente, maconha ou ópio) no mundo.
“É um mecanismo de disseminação do vírus muito alto, a ponto de países como o Irã proibirem seu uso em bares e ruas pela possibilidade de propagação, porque passa de boca em boca. Também é uma associação muito perigosa”. Segundo Maltoni, há uma relação muito forte do tabagismo com o agravamento das condições dos pacientes que se infectam pelo novo coronavírus, com aumento maior da letalidade.
O mesmo ocorre em relação aos cigarros eletrônicos (também chamados de vape, são dispositivos eletrônicos para fumar alimentados por bateria de lítio). “São outra forma de você dispersar nicotina e outros produtos para o organismo humano”.
Embora a indústria do tabaco defenda que é instrumento para a pessoa parar de fumar, o diretor executivo da Fundação do Câncer afirmou que esse tipo de cigarro tem em sua constituição substâncias tóxicas, incluindo a nicotina que é oferecida no formato líquido e forma um aerossol.
“Essa inalação do volume de nicotina atinge a corrente sanguínea até mais rápido do que o cigarro convencional". Maltoni destacou que a nicotina é o principal causador da dependência, com todos os efeitos  de agressão ao organismo, como a alteração da imunidade celular em nível pulmonar, alteração do DNA da célula pulmonar, predispondo à transformação das células em câncer, em tumores. Isso também está presente no cigarro eletrônico.

Alerta da OMS

No último dia 11, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma declaração pública alertando que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas em todo o mundo, a cada ano. Mais de 7 milhões dessas mortes são decorrentes do uso direto do tabaco e cerca de 1,2 milhão se deve ao fato de os não fumantes serem expostos ao fumo passivo.
Um grupo de especialistas em saúde pública, convidados pela OMS, analisou estudos já publicados em relação à covid-19 e sua relação com o tabagismo. Constatou que os fumantes tinham maior probabilidade de desenvolver as doenças graves e as complicações da infecção de maneira mais grave em comparação com os não fumantes, “inclusive em proporção maior de óbitos do que o grupo de não fumantes”, observou Maltoni.

Nicotina e covid-19

A OMS também se posicionou contrária a estudos favoráveis à adoção de substâncias como a nicotina no tratamento de pacientes com covid-19. Embora sem se referir especificamente a um trabalho francês que defende a nicotina como proteção à covid-19, a organização alerta que é preciso ter cuidado ao adotar esse tipo de recomendação, antes que sejam feitos testes e confirmados seus resultados por instituições de credibilidade internacional.
Luiz Henrique Maltoni destacou que no caso do trabalho francês, ele foi publicado na internet e não em uma revista científica conceituada, como é tradicionalmente feito, onde um comitê editorial analisa cientificamente se o método do trabalho foi bem conduzido, para então autorizar sua publicação. O estudo não foi revisado e não faz referência à aprovação por nenhum comitê de ética em pesquisa, afirmou Maltoni.
O diretor executivo da Fundação do Câncer qualificou o estudo como “um equívoco imenso”. Um dos autores do trabalho é um pesquisador que, durante muito tempo, foi financiado pela indústria do tabaco, disse. Do ponto de vista científico, o trabalho não merece crédito nem citação, acrescentou Maltoni.

Nota conjunta

Em razão da pesquisa francesa, sete entidades médicas, entre as quais a Fundação do Câncer, a Associação Médica Brasileira, a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia divulgaram nota na qual entendem que “é muito precoce e arriscado” afirmar que haja qualquer potencial fator protetor da nicotina para a covid-19. “Uma vez contaminados pelo novo coronavírus, os fumantes tendem a ter pior evolução do quadro, com mais gravidade e mortes”, diz a nota.
As entidades de saúde reforçam a importância do combate ao fumo. Estudo do Instituto Nacional do Câncer mostrou que o país gasta cerca de R$ 57 bilhões por ano com despesas médicas e perda de produtividade relacionadas a doenças provocadas pelo fumo. O estudo mostra ainda que o país arrecada R$ 13 bilhões de tributos por ano com a indústria do tabaco, o que significa que há um rombo de pelo menos R$ 44 bilhões para o sistema de saúde brasileiro. Todos os dias, 428 pessoas morrem devido ao tabagismo no Brasil.
Por Alana Gandra 
Com informações da Agência Brasil 

15 de maio de 2020

Bolsonaro sanciona com 11 vetos lei que altera auxílio emergencial

Lançamento do aplicativo CAIXA|Auxílio Emergencial
O presidente Jair Bolsonaro vetou a inclusão de categorias profissionais para o recebimento do auxílio emergencial de R$ 600, o socorro financeiro pago pelo governo aos trabalhadores informais afetados pelas medidas de combate à pandemia de covid-19 no país. A lei com mudanças no auxílio emergencial foi sancionada com 11 vetos e publicada hoje (15) no Diário Oficial da União.

A medida aprovada pelo Congresso Nacional previa a inclusão de mais de 20 categorias na lista do benefício, entre eles extrativistas, assentados da reforma agrária, artesãos, profissionais da beleza (como cabeleireiros), ambulantes que comercializem alimentos, diaristas, garçons, guias de turismo, babás, motoristas de aplicativos, taxistas e catadores de recicláveis.

Ao vetar o dispositivo, Bolsonaro justifica que, ao especificar determinadas categorias para o recebimento do auxílio em detrimento de outras, a medida ofende o princípio da isonomia ou igualdade material previsto na Constituição, além de excluir da lei em vigor, os trabalhadores informais em situação de vulnerabilidade social em função da covid-19. Para o presidente, ao ampliar as hipóteses de beneficiários, os parlamentares também criaram despesa obrigatória ao Executivo, sem apontar a fonte dos recursos e o impacto orçamentário da medida.

Entre as mudanças feitas pelo Congresso na Lei 13.982/2020, que instituiu o auxílio emergencial, Bolsonaro manteve o artigo que proíbe que instituições financeiras façam descontos ou compensações sobre o valor do auxílio emergencial, mesmo que o beneficiário esteja em débito com a Caixa Econômica Federal ou outra instituição responsável pelo pagamento do auxílio. Essa medida havia sido anunciada pelo governo, mas não estava prevista na lei.

O presidente também vetou a ampliação do pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para família cuja renda mensal per capita seja igual ou inferior a meio  salário mínimo. Hoje, de acordo com a lei em vigor, tem direito ao BPC idosos e pessoas com deficiência cuja renda familiar é igual ou inferior a um quarto do salário mínimo.

Os artigos vetados e as razões apresentadas pelo presidente também foram publicadas no Diário Oficial da União e encaminhados ao Congresso Nacional. A partir de agora, os parlamentares tem 30 dias para deliberar sobre os vetos.

Pagamento do Fies
O texto sancionado nesta sexta-feira prevê a suspensão dos pagamentos devidos pelos estudantes ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A medida vale para os contratos que estavam em dia antes da decretação do estado de calamidade pública em razão da pandemia de covid-19.

Está permitida a suspensão de duas parcelas para os contratos em fase de utilização ou carência e de quatro parcelas para s contratos em fase de amortização, dos estudantes que já concluíram seus cursos. De acordo com a lei, o governo federal poderá prorrogar esses prazos.

Por Andreia Verdélio 
Com informações da Agência Brasil

IBGE: taxa de desemprego de jovens atinge 27,1% no primeiro trimestre

Desemprego
A taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos de idade brasileiros ficou em 27,1% no primeiro trimestre de 2020, bem acima da média geral de 12,2% do país no período. Este comportamento foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para o Nordeste, onde a estimativa foi de 34,1% de desempregados nesta faixa etária. 
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desemprego entre os jovens cresceu em relação ao último trimestre de 2019, quando a taxa era de 23,8%. Segundo a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy, o crescimento é esperado devido às dispensas de trabalhadores temporários contratados para o período de final do ano. “A maior parte dos temporários dispensados no início do ano são jovens, o que faz com que a queda no nível de ocupação seja maior nesta faixa”, explica Adriana.
Outro dado da pesquisa é que a taxa entre as mulheres brasileiras ficou em 14,5% no primeiro trimestre deste ano, 4,1 pontos percentuais acima da taxa observada entre os homens no mesmo período (10,4%).  Os dados também mostram disparidade entre as pessoas que autodeclararam sua cor para o IBGE. A taxa entre os brancos ficou em 9,8%, bem abaixo das pessoas pardas (14%) e pretas (15,2%).
Para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto, a taxa ficou em 20,4%, superior à verificada para os demais níveis de instrução. Aqueles com nível superior completo registraram uma taxa de 6,3%.

Estados

As maiores taxas de desemprego no primeiro trimestre deste ano foram registradas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas e Roraima (16,5%). Já as menores ficaram com Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%).
Na comparação com o último trimestre de 2019, a taxa de desemprego cresceu em 12 locais, permanecendo estável nas outras 15 unidades da federação. Os estados com maiores altas foram Maranhão (3,9 pontos percentuais, chegando a 16,1% no primeiro trimestre), Alagoas (2,9 pontos percentuais, chegando a 16,5%) e Rio Grande do Norte (2,7 pontos percentuais, chegando a 15,4%).
Por Vitor Abdala 
Com informações da Agência Brasil

Covid-19: estudo indica que maioria de infectados cria anticorpos

Um profissional de saúde realiza um teste finalizado em um local de testes de coronavírus fora dos Serviços Comunitários de Saúde Internacionais no Distrito Internacional de Chinatown durante o surto de doença por coronavírus (COVID-19) em
Estudo recente de um hospital de Nova York analisou 624 pessoas com covid-19 e concluiu que 99% desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus. É preciso verificar ainda se esses anticorpos conferem a imunidade suficiente para que alguém infectado não volte a ter a doença.
O estudo, que é ainda preliminar e tem de ser revisto por outros especialistas, sugere que a quantidade de anticorpos gerados é independente da idade, género ou gravidade da doença. Outro estudo  feito na China com 175 infectados indica que os pacientes com sintomas mais graves produzem mais anticorpos.
Os especialistas norte-americanos admitem que os doentes alcancem o pico da produção de anticorpos cerca de 15 dias depois do aparecimento de sintomas e sugerem que é apenas nessa altura que se devem realizar os testes de imunidade. Essa poderá ser a razão pela qual outros estudos, desenvolvidos precocemente, não detectaram anticorpos nos pacientes.
A quantidade de anticorpos de um paciente está relacionada à capacidade do plasma para neutralizar o vírus, de acordo com o estudo do hospital de Nova York, publicado na revista Nature Medicine. Por essa razão, o plasma dessas pessoas pode vir a ser um dos tratamentos possíveis para outros pacientes.
Em Portugal já começou a colheita de plasma de doentes recuperados para ser usado em ensaios clínicos. Os testes desenvolvidos no Hospital Mount Sinai, em Nova York, foram aprovados pela agência federal FDA e tinham menos de 1% de hipótese de produzir falsos resultados positivos, com elevado grau de confiabilidade.
Os especialistas explicam que os anticorpos se unem à proteína S, que o vírus utiliza para entrar nas células humanas, evitando assim que surjam reinfeções. Frisam, porém, que falta determinar a quantidade de anticorpos necessária para que haja imunidade e se eles têm a capacidade neutralizadora suficiente.
O estudo de Nova York é o mais amplo realizado até agora, contando com a participação de grande número de pacientes e utilizando o mais sensível teste a anticorpos disponível.
Por RTP - Nova York
Com informações dda Agência Brasil

13 de maio de 2020

Como os pacientes recuperados de Covid-19 devem agir para evitar recaídas e a propagação do vírus






A chegada do novo coronavírus (Sars-Cov-2) trouxe novos hábitos de higiene para todos: limpeza minuciosa das mãos, máscaras de proteção, evitar andar dentro de casa com o mesmo calçado. Mas, ao contrário do que se pensa, quem já se recuperou clinicamente da Covid-19 deve manter as medidas sanitárias para evitar a propagação do vírus. A incerteza sobre a reinfecção também é um fator que deve ser considerado.

“Ainda não está 100% claro. Na China, algumas pessoas que já tinham melhorado voltaram a apresentar piora dos sintomas. Mas não se sabe se é reinfecção ou a doença que não tinha sarado tudo e voltou. A doença é muito nova. De qualquer forma, só vamos ter mais respostas caso aconteça uma segunda onda por lá, para avaliar” explica o infectologista Keny Colares, médico do Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ). 
Observar a recuperação também é importante até duas semanas após o aparecimento do primeiro sintoma. “A pessoa precisa manter os cuidados de isolamento durante esses 14 dias de observação. Manter máscara e higienização dos objetos tocados”, recomenda o médico. 
Saídas da residência só devem ser feitas passados três dias de manifestação do último sintoma. “E mesmo assim, tomando todos os cuidados, como uso de máscaras e limpeza das mãos”, salienta Colares. 
Cuidados com a higiene
A limpeza das mãos é fundamental para proteger a si e a família, de acordo com o infectologista Anastácio Queiroz, professor do departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará (UFC). Apesar de não estar mais na fase aguda da doença, sem carga viral suficiente para transmissão, o curado pode continuar infectando se não tomar as medidas sanitárias. 
“As mãos não estão imunes”, reforça Anastácio, “Mesmo que você esteja curado, ainda é capaz de ‘levar o vírus’ ao entrar em contato com superfície contaminada e, em seguida, com alguém”. 
Por isso, os recuperados devem permanecer com a medidas para circular em ambientes movimentados, como supermercados: lavar as mãos antes e depois de qualquer contato.
Anastácio defende ainda a manutenção do uso de máscaras. A medida é necessária em especial para aqueles que estiveram internados e voltaram para casa recentemente. "Permanecer fazendo isolamento social em casa, em um quarto à parte, e ao andar por ambientes comuns usar a máscara", recomenda o infectologista.   
Retorno à rotina 
Antes de voltar à ativa, a pessoa curada precisa verificar se está recomposta totalmente “Quanto mais frágil a pessoa e mais grave a doença tenha sido, recomendamos que o retorno aconteça paulatinamente, tanto para o trabalho quanto para atividades físicas”, aconselha Keny Colares.
O ritmo de melhora pode ser diferente para cada pessoa e é preciso ter paciência. Os mais velhos, por exemplo, tendem a se recuperar de maneira mais lenta. “É normal. Cada organismo se recupera de um jeito diferente. É preciso saber que o corpo ainda não está recuperado e respeitar, ir dentro dos limites”, completa o médico. 
Para Anastácio Queiroz, o paciente precisa atentar para alterações respiratórias.
“É importante ficar atento a sintomas respiratórios. Aqueles que já tinham uma rotina de exercício físico podem voltar normalmente a fazer atividades se não sentirem mudanças”, avalia Anastácio Queiroz.
O cuidado se estende também aqueles com doenças crônicas e que se recuperam da infecção. “Continuar com os cuidados da doença, saber se ela está controlada. Prestar atenção na alimentação e na prática de atividades”, acrescenta o médico. 
Quem está 'curado'?
De acordo com Anastácio, é considerado curado o paciente que, após 14 dias dos últimos sintomas, não voltou a apresentar nenhum outro indicador da infecção. "As pessoas que tiveram a doença leve e não precisam se internar, no 14° quarto dia apos a doença são consideradas não infectantes. O mesmo vale para pessoas com a doença grave, que demoram muito a sair do hospital", explica o infectologista.  
Com informações do Diário do Nordeste

Exames entregues por Bolsonaro à Justiça apontam resultado negativo para coronavírus

Nesta quarta, o presidente Bolsonaro esteve no STF participando de uma audiência

O presidente Jair Bolsonaro teve três resultados negativos em exames para o novo coronavírus, segundo laudos entregues pela Advocacia-Geral da União (AGU) à Justiça.

Os resultados negativos indicam os nomes de Airton Guedes, Rafael Ferraz e, no terceiro, "Paciente 05", solicitado pelo Lacen DF, o laboratório público do Distrito Federal. Os documentos foram divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo.


Ao Supremo Tribunal Federal (STF), a AGU justificou que o governo adotou "medidas de segurança em relação aos exames, com o intuito de preservação da imagem e privacidade do presidente da República".


Os testes foram realizados nos dias 12, 17 e 18 de março e entregues, na terça-feira (12), ao ministro Ricardo Lewandowski, do STF, relator da ação em que o jornal O Estado de S. Paulo pedia para o magistrado obrigar o presidente a divulgar os exames.


Nesta quarta-feira (13), o ministro determinou a juntada dos laudos ao processo e declarou a ação prejudicada por ter perdido o objeto após a entrega dos exames pela AGU.

"De toda a sorte, a União, ao submeter os laudos dos exames a que se sujeitou o Presidente da República, para a eventual detecção da Covid-19, acabou por atender o pleito que a reclamante formulou no bojo da mencionada Ação Ordinária ainda em tramitação na primeira instância, dando, assim, integral cumprimento à tutela antecipada concedida pelo juízo de origem", decidiu.

Em primeira instância, a juíza federal Ana Lúcia Petri Betto, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, havia determinado que o governo fornecesse os laudos médicos feitos pelo presidente para a detecção da Covid-19.

A AGU recorreu ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região e não conseguiu rever a decisão.

No Superior Tribunal de Justiça (STJ), porém, o presidente da corte, ministro João Otávio de Noronha, permitiu que Bolsonaro não entregasse o resultados dos testes que fez.

O presidente realizou exames para a doença depois de vários de seus assessores terem retornado com ele de viagem presidencial aos Estados Unidos com a doença.

Entre membros da comitiva oficial e pessoas que estiveram com Bolsonaro, ao menos 25 pessoas contraíram a doença.

Entre eles, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS); o diplomata Nestor Forster, indicado para o cargo de embaixador do Brasil em Washington; a advogada Karina Kufa, tesoureira do Aliança pelo Brasil; o número 2 da Secom, Samy Liberman; o chefe de cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, Alan Coelho de Séllos; e o presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações), Sergio Segovia.

Dois ministros do governo já receberam teste positivo para o novo coronavírus: o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Com informações do Diário do Nordeste

Receita paga restituição do IR neste mês; consulta ao primeiro lote deve sair no dia 22

Receita paga restituição do IR neste mês; consulta ao primeiro ...
A Receita Federal começa a pagar, neste mês, a restituição do Imposto de Renda 2020. O dinheiro cai na conta de quem é obrigado a declarar o IR ano-base 2019 e tem dinheiro para receber do fisco.

A liberação do primeiro lote será em 29 de maio. Segundo Joaquim Adir, supervisor nacional do IR, a consulta para saber quem receberá o dinheiro está prevista para ser aberta no dia 22 de maio. "Por volta de 22 de maio deve sair a consulta", disse à reportagem.

Entram no primeiro lote de restituições os contribuintes considerados prioritários pela Receita Federal, como idosos a partir dos 60 anos de idade, deficientes físicos ou mentais ou portadores de doenças graves e profissionais cuja principal fonte de renda seja o magistério. Porém, para receber, é preciso que o contribuinte atenda todas essas regras, tenha enviado a declaração nos primeiros dias do prazo e não tenha caído na malha fina.

Adir explica que já é possível ter ideia se o contribuinte vai receber o dinheiro ou não, fazendo a consulta pela internet, por meio do portal e-CAC, que é o centro de atendimento virtual da Receita. O acesso é pelo site receita.economia.gov.br. Segundo ele, se estiver escrito "processada" na declaração e o contribuinte atender às regras, deverá receber.

De acordo com a Receita Federal, o lote está em fase de processamento. "A restituição do IR tem como regra geral o pagamento das restituições de acordo com a data de entrega da DIRPF, excetuando as regras do Estatuto do Idoso", informa o fisco.

A pandemia de coronavírus alterou as datas para a entrega da declaração, mas nada mudou no calendário de restituição, que foi mantido conforme divulgado neste ano. Este calendário já tinha modificações na comparação com os anteriores. Antes, pagavam-se sete lotes de restituição, agora, serão cinco.

No entanto, nos dois primeiros lotes, pagos em maio e junho, não haverá correção dos valores pela taxa básica de juros da economia (Selic). Somente a partir de julho é que terá 1% de correção. Agora, a nova data-limite para enviar o IR é 30 de junho. Antes, era 30 de abril.

Também foram alterados os prazos de pagamento do Darf (Documento de Arrecadação Fiscal) para quem tem imposto a pagar. A primeira cota ou cota única deve ser quitada até 30 de junho. Quem vai colocar em débito automático pode parcelar a partir da primeira cota ou pagar a cota única por débito se declarar até 10 de junho. Caso a declaração seja transmitida no período entre 11 e 30 de junho, somente será possível solicitar o débito automático a partir da segunda cota.

Com informações do Diário do Nordeste

Estudo aponta pico de infecções por coronavírus no Ceará na 2ª metade de maio

Campinas confirma segunda morte por coronavírus - Jornal TodoDia
Um estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC) prevê que o pico das infecções por coronavírus no Ceará na segunda quinzena de maio. O cenário considera dados de isolamento social, disponibilidade da rede de saúde e testes realizados.
O Ceará tem 18.688 casos confirmados de coronavírus e 1,3 mil óbitos registrados até esta quarta-feira (13). O nível de letalidade da doença no Estado é de 7,1%. Os hospitais públicos e privados de Fortaleza, cidade que concentra a maior parte dos casos no Ceará, estão lotados ou próximos da capacidade máxima.

A data da segunda quinzena se confirma pelo modelo criado pelo pesquisador André Lima Férrer de Almeida, do departamento de Engenharia de Teleinformática (DETI), levando em conta apenas os casos confirmados.

São incluídos no modelo também a disponibilidade de leitos, casos assintomáticos e o impacto da subnotificação. A hipótese considera também a possibilidade de colapso das unidades de saúde. O sistema usa a janela temporal de 35 dias, partindo do dia 15 de março até dia 20 de abril para calcular as datas do pico.

Bairros mais afetados
Em outra pesquisa também desenvolvida por cientistas da UFC, foram estudados aspectos de densidade populacional, uso e ocupação do solo e índice de desenvolvimento humano (IDH) para analisar quais territórios de Fortaleza poderiam ser os mais atingidos pela pandemia de Covid-19.

Além das variáveis socioespaciais, foram examinados fatores como precipitação, umidade, temperatura e velocidade dos ventos.

Os bairros que se mostraram mais possivelmente atingidos pela pandemia são Aldeota, Cais do Porto, Vicente Pinzón, Praia do Futuro, Moura Brasil, Barra do Ceará, Canindezinho, Centro, Cristo Redentor, Edson Queiroz, José de Alencar, Presidente Kennedy, Papicu e Vila Velha. A pesquisa, coordenada pelo professor Antonio Paulo Cavalcante, do departamento de Integração Acadêmica e Tecnológica, pode ajudar na formulação de estratégias de ações sanitárias nos locais.

Com informações do G1 CE

Coronavírus já circulava no Ceará em janeiro sem ser detectado, confirma Secretaria da Saúde

Ceará registrou mais de 1,2 mil óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia — Foto: Fotos Públicas
Ceará registrou mais de 1,2 mil óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia — Foto: Fotos Públicas

O novo coronavírus começou a circular do Ceará, pelo menos, 56 dias antes da data em que houve a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil pelo Ministério da Saúde, segundo informou a Secretaria Estadual da Saúde. Em janeiro, o vírus já circulava no Ceará sem ser detectado pelas autoridades de saúde. Somente no dia 15 de março, o estado constatou oficialmente primeiras ocorrências da doença.

O número de casos confirmados da doença no Ceará já passa de 18 mil. Até esta quarta-feira, mais de 1,2 mil pessoas já morreram em decorrência da doença no estado.

A secretária executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Magda Almeida, garante que a pasta hoje tem ciência do tempo de circulação do vírus e que essa constatação ocorreu a partir do acesso e avaliação por parte da Sesa a dados retroativos, sobretudo, de casos atendidos pela rede privada no Estado. O IntegraSUS, plataforma da Sesa, registra que em janeiro e fevereiro já havia 166 casos da doença em 11 cidades. O início ocorreu por Fortaleza.

Se levada em conta a data de início dos sintomas, dados do IntegraSUS, apontam que, o Ceará teve caso de Covid-19 no dia 1º de janeiro. Mas, se considerado o resultado dos exames, a data de registro de ocorrências da doença é dia 20 de janeiro.

Em janeiro, a Sesa aponta que havia casos em Fortaleza, Caucaia, Eusébio, Itaitinga, Horizonte e Sobral. Em fevereiro, além dessas cidades, há dados sobre ocorrências também em Itapipoca, Maracanaú, Pacajus, Quixadá e Sobral.

Para chegar a essa estimativa, a Sesa se baseia em pelo menos dois indicadores, conforme explica Magda: um é o relato feito pelos próprios pacientes e registrados no prontuário de notificação dos possíveis casos. Na rede privada, segundo ela, as pessoas contaminadas pelo vírus (ainda em janeiro, quando não se sabia da circulação no Brasil) já alegavam, terem sintomas que hoje já sabe-se que são característicos da Covid-19.

Outro são os testes cuja notificação junto à Sesa foi feita pela rede privada de forma atrasada. Magda relata que é preciso considerar que em janeiro, além da demora nos testes cujos resultados demoravam semanas para sair, não havia a ideia de que o vírus já circulava no Brasil, portanto, as pessoas buscavam a rede hospitalar acreditando estarem acometidas por outras enfermidades.

A secretária executiva diz que diversos dados desse tipo não haviam sido reportados à Sesa e só entraram no sistema de informações da pasta recentemente, quando o Ceará já estava passando pelo surto.

"A gente teve duas coisas importantes. Esses primeiros casos ocorreram principalmente na iniciativa privada, fazendo a restrospectiva. A gente tem algumas dificuldades com a notificação da iniciativa privada. Então, eram casos que a gente não estava nem sabendo como Secretaria do Estado. Alguns deles (pacientes) tinham sido internados por outros motivos. Outra questão é que os exames de Covid ainda não tinham chegado aqui. Em janeiro e fevereiro, não tinha exames para Covid no Ceará. Então, essas pessoas foram internadas, provavelmente, por outros motivos".

"As pessoas já tinham coronavírus desde janeiro, que foi quando o vírus começou a circular aqui. Mas, não significa que a gente sabia disso. Porque a gente só conseguiu confirmar o primeiro caso em março", esclarece ela e acrescenta que dados sobre casos ocorridos ainda em janeiro ou fevereiro continuam sendo investigados e, à medida que os laboratórios vão informado à Sesa os resultados de exames passados, os dsdos vão sendo atualizados no IntegraSUS.

A nova análise da Sesa estabelece um novo marco temporal para circulação do vírus no Estado, mas segundo Magda não tem grandes impactos nas atuais ações de combate ao vírus: "ela fica mais para o histórico, para fazermos a retrospectiva. Ela hoje em dia não tem mais tanto impacto. Mostra para a gente que, durante dois meses, o vírus circulava já aqui e sem ser surto, em casos restritos".

Além disso, a representante da Sesa garante que não se pode dizer que "eram casos com sintomas leves, pois sabemos que tiveram pessoas internadas, mas a gente não tinha o exame aqui no Ceará. São pessoas que demoravam, às vezes, mais de 2 semanas para chegar os exames".

No final de janeiro, conta Magda, o Ceará começou a coletar exames e enviar para serem testados em outros Estados. Segundo ela, por mais de um mês, após esse início das testagens, a Sesa insistiu junto às unidades hospitalares privadas sobre a importância das notificações.

Hoje, avalia, a realidade tem mudado e há um "canal de comunicação muito bom com os laboratórios e hospitais privados". "Mas era uma coisa que não existia antes de se instaurar a epidemia aqui. A gente correu depois que esses exames foram confirmados, para depois ir ajustando todo esse processo de trabalho", conclui.

Casos confirmados em janeiro por cidade:
  • Fortaleza: 108
  • Caucaia: 1
  • Eusébio: 1
  • Horizonte: 1
  • Itaitinga: 1
  • Sobral: 1
  • Sem informação: 26

Casos confirmados em fevereiro por cidade:
  • Fortaleza: 129
  • Caucaia: 2
  • Crateus: 1
  • Eusébio: 1
  • Horizonte: 1
  • Itaitinga: 1
  • Itapipoca: 1
  • Maracanau: 1
  • Pacajus: 1
  • Quixadá: 1
  • Sobral: 1
  • Sem informação: 26

Por Thatiany Nascimento
Com informações do G1 CE

Ceará apresenta casos de Covid-19 antes do que se imaginava, apontam registros

Foto: Lucas Moura/ O Estado Ce

O novo coronavírus já está circulando no Ceará antes do que se imaginava, é o que acredita a secretária executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Estado(Sesa), Magda Almeida. “A pasta hoje tem ciência que o tempo de circulação do vírus antecede em mais de dois meses a data em que o Ceará conseguiu confirmar os primeiros casos da doença, em 15 de março” garante Magda.

O Ministério da Saúde detectou o primeiro registro oficial de Covid-19 em 26 de fevereiro, na cidade de São Paulo. Entre tanto, Magda esclarece que a descoberta se deve a partir do acesso e avaliação por parte da Sesa a outros dados, ressaltando casos atendidos na rede privada. O IntegraSUS (plataforma da Sesa, criada para deixar mais transparente o número de casos do novo coronavírus no Ceará) tem  registros de que em janeiro e fevereiro já haviam pelo ao menos 166 casos da doença em 11 cidades do Estado, sendo Fortaleza o ínicio das infecções.
Segundo a Sesa, são vários fatores determinantes para o atraso da detecção e registro desses casos, entre eles a demora de notificação feita pela rede privada, além de não se ter ideia do número de infecções na época, as pessoas procuravam assistência médica acreditando estarem com outras enfermidades. Esses dados não haviam sido reportados à Pasta, vindo acontecer somente após o Ceará já se encontrando em meio ao surto. 
Um estudo feito pela Fiocruz, realizado por pesquisadores do Brasil e Uruguai, publicada na revista Memórias do IOC, apontam circulações de Sars-Cov-2 no Brasil, até quatro semanas antes dos primeiros  casos virem a ser registrados em países da Europa e Américas. Então muito antes do que se imagina, a transmissão comunitária já encontrava-se em curso, é o que aponta o Estudo.
Com informações do Jornal oestadoce.com

9 de maio de 2020

Fiocruz orienta sobre higienização correta para evitar covid-19

Ministério da Saúde instala pia na entrada do prédio para a higienização das mãos
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Setor de Saneantes do Departamento de Microbiologia do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), orienta sobre a limpeza e a desinfecção correta dos utensílios e ambientes, como forma de evitar o novo coronavírus.

Uma das formas de contágio do coronavírus é o contato com superfícies e objetos contaminados (como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.) e também com pessoas doentes, pelo contato de mão, gotículas de saliva, espirro, tosse. A chefe do Setor de Saneantes da fundação, Bruna Sabagh, explica como a população deve proceder.

Segundo ela, no caso de utensílios e objetos, a limpeza com água e sabão é considerada eficiente para a descontaminação. Quando essa limpeza não é possível, é necessário então o uso de desinfetantes. Entre os desinfetantes que podem ser utilizados estão álcool etílico, nas formas de líquido e em gel a 70%, hipoclorito de sódio, quaternários de amônio e compostos fenólicos.

Além da desinfecção e limpeza das superfícies e objetos,  Bruna Sabagh  ressalta a orientação do Ministério da Saúde com os cuidados que se deve ter ao chegar da rua.

“A recomendação é que as pessoas não saiam de casa, fiquem em afastamento social. Em casos de extrema necessidade, no entanto, pessoa deve, ao chegar da rua, tirar os calçados e limpá-los em um local separado em casa, lavar as mãos com água e sabão, trocar a roupa e lavá-la imediatamente e, em seguida, tomar banho”.  De acordo com Bruna, também é recomendável “que sejam higienizados os objetos que levou para rua, como carteira, chaves e celular, bem como os que trouxe dela, como sacolas de compras”.

Cientistas dos Estados Unidos, de universidades e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) desenvolveram o estudo Aerosol and surface stability of HCoV-19 (SARS-CoV-2) compared to SARS-CoV-1, identificando a sobrevida do vírus em várias superfícies: aço inoxidável, três dias; plástico, três dias; papelão, um dia; cobre, quatro horas. Por isso, a desinfecção e limpeza devem abranger todos os locais que podem estar com o coronavírus presente, incluindo o chão, as maçanetas, o corrimão, os interruptores de luz, as superfícies de móveis, chaves e embalagens de produtos.

Por Douglas Correa
Com informações da Agência Brasil