22 de abril de 2017

Ceará vence Guarani de Juazeiro e garante vaga na final do Cearense

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O Ceará fez valer o favoritismo e derrotou o Guarani de Juazeiro, no terceiro jogo dos playoffs das semifinais do Campeonato Cearense, por 1 a 0. Com gol de Alex Amado, o Vovô fez valer a superioridade em campo e se classificou para a final do Campeonato Cearense, na tarde deste sábado (22), na Arena Castelão. O adversário será o Ferroviário, que eliminou o Fortaleza, na última quarta-feira (19). 
Agora, o Ceará vai se preparar para o início da decisão do estadual com o Tubarão da Barra. O Guarani de Juazeiro só volta a campo em maio, quando estreia na Série D do Campeonato Cearense.
Por Fortaleza, CE

Por que as eleições francesas podem ser fundamentais para o futuro da Europa (e do mundo)


François Fillon, Benoit Hamon, Marine Le Pen, Emmanuel Macron e Jean-Luc MelenchonDireito de imagemREUTERS
Image captionCinco candidatos aparecem nas pesquisas com chances de ir para o segundo turno

Quase 47 milhões de eleitores franceses devem ir às urnas neste domingo, no primeiro turno das eleições presidenciais que são consideradas cruciais para o futuro da União Europeia (UE).
Com vários candidatos antieuropeus, que prometem a saída da França do bloco, e inúmeros outros que defendem mudanças profundas, a votação poderá resultar no enfraquecimento ou até mesmo no fim da UE e da zona do euro.
O tema teve destaque na campanha em meio à discussão sobre o Brexit, a saída do Reino Unido da UE. A crise migratória no continente também levanta debates sobre a proteção das fronteiras.
A decisão do pleito é importante para os rumos da Europa porque a França, juntamente com a Alemanha, é um dos países fundadores da UE e chamada de "locomotiva" da construção do bloco.
Quatro candidatos têm chances de ir para o segundo turno, em maio, em uma disputa que é a mais acirrada das últimas décadas. Nas pesquisas divulgadas na sexta-feira, data de encerramento da campanha, há um empate técnico entre o centrista Emmanuel Macron, com 23% a 24,5% das intenções de votos, com Marine Le Pen, da Frente Nacional, de extrema direita, com 22% a 23%.
O conservador François Fillon, de Os Republicanos, e o líder da França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, da extrema esquerda, disputam o terceiro lugar, também em empate técnico, com 19% dos votos. Uma das pesquisas, do instituto OpinionWay, aponta Fillon muito próximo de Le Pen, com 21%.
Mas o número de indecisos permanece elevado: quase 30%. A taxa de abstenção, antes apontada como um possível recorde, é estimada agora, nas últimas pesquisas, em torno de 27% e permanece alta.
Todos os 11 candidatos concordam com a necessidade de transformar a UE. Mas propõem soluções totalmente distintas.
Alguns defendem a saída da França da UE e da zona do euro, enquanto outros querem renegociar acordos para dar mais soberania aos membros do bloco ou criar uma Europa menos liberal e dar fim à concorrência considerada selvagem dos países do Leste Europeu e de outros países, como a China.
Entenda a seguir o posicionamentos dos principais nomes na disputa.

Pró-europeus

Apenas três dos 11 candidatos na disputa defendem o reforço da integração europeia, em graus diferentes.

Emmanuel Macron


Emmanuel MacronDireito de imagemREUTERS
Image captionCentrista e favorito nas eleições, Macron defende maior integração da zona do euro

O centrista - do movimento En Marche! (Em Movimento!), criado por ele há um ano - é considerado o mais pró-europeu. O jovem ex-ministro da Economia do presidente François Hollande, de 39 anos e favorito na disputa presidencial, foi um dos primeiros candidatos (e um dos raros) a ter ido a Bruxelas, sede das instituições europeias.
"Eu falo sobre a Europa e defendo o projeto europeu. Há alguns anos, dizer isso seria um clichê. Hoje, é quase uma provocação", afirmou Macron, que é favorável a uma maior integração da zona do euro, com orçamento comum e um ministro da Economia para o grupo. Ele ficaria sob o controle de um parlamento da zona do euro, que reuniria parlamentares do bloco.
O candidato diz querer modernizar a Europa e prevê uma harmonização social (salário mínimo, direitos trabalhistas, seguro-saúde) e fiscal para empresas, também defendida por alguns de seus concorrentes. Os impostos de empresas e direitos dos trabalhadores variam bastante entre os países europeus, o que encoraja a transferência de companhias entre eles e provoca inúmeras críticas sobre os efeitos perversos da globalização.
O social-liberal faz questão de frisar que não é "nem de direita nem de esquerda", apesar de ter integrado o governo socialista de Hollande, e é o único candidato favorável ao tratado de livre comércio entre a UE e o Canadá (CETA), que ainda deve ser ratificado pelos 28 países membros do bloco.
Suas principais propostas são:
* Exigir ficha limpa na Justiça para poder disputar eleições e proibir que parlamentares contratem familiares.
* Suprimir 120 mil vagas de servidores, reestabelecer o serviço militar obrigatório, criar 15 mil vagas de prisão e contratar 10 mil policiais civis e militares.
* Reduzir a proporção dos gastos públicos em relação ao PIB, com economia de 60 bilhões de euros em cinco anos de mandato, e investir 50 bilhões de euros - 15 bilhões para a formação profissional e 15 bilhões para a transição energética.
* Aumentar as pensões mínimas de aposentadoria em 100 euros (cerca de R$ 350,00) por mês.
* Criar mecanismo de controle de investimentos estrangeiros em setores industriais estratégicos e lutar contra a otimização fiscal de grandes grupos de internet.

François Fillon


François FillonDireito de imagemREUTERS
Image captionFillon diz que quer "renovar totalmente" a União Europeia

O conservador Fillon votou contra o tratado de Maastricht (que define os pilares da UE) nos anos 1990 e quer "renovar totalmente" o bloco. O candidato de Os Republicanos defende mais poder para os chefes de Estado, reduzindo o peso da Comissão Europeia, o órgão Executivo do bloco, que ele chama de "tecnocrata".
Ao mesmo tempo, Fillon prevê reorganizar a zona Schengen para lutar contra a imigração ilegal e dotar a Europa de "um verdadeiro governo econômico" e de uma União da Defesa, pilotada pela França e pela Alemanha.
Suas principais propostas são:
* Demissão de 500 mil servidores e redução de 100 bilhões de euros em gastos públicos em 5 anos.
* Fim da atual jornada de trabalho de 35 horas semanais, permitindo que as empresa decidam por meio de convenções coletivas.
* Incluir na Constituição o princípio de cotas de imigração e reforçar o direito do solo, impondo uma série de condições, como escolarização e ausência de condenação penal.
* Aumentar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos em vez dos 62 atuais e suprimir regimes especiais de aposentadoria.
* Acabar com o Imposto de Solidariedade Sobre a Fortuna (ISF), cobrado de quem possui patrimônio superior a € 1,3 milhão (R$ 4,4 milhões).

Benoît Hamon


HamonDireito de imagemREUTERS
Image captionHamon representa área mais à esquerda do Partido Socialista

O socialista Hamon, que representa a ala mais à esquerda do PS, com apenas 8% das intenções de voto, quer o fim da política de austeridade definida pela Comissão Europeia, com uma moratória do pacto de estabilidade (que fixa o déficit em até 3% do PIB) até a obtenção de um novo acordo.
Suas principais propostas são:
* Criação da Renda Universal de Existência para pessoas (de jovens a aposentados) que ganham pouco menos de dois salários mínimos por mês (2,2 mil euros - R$ 7,4 mil), aumentar o piso da aposentadoria em 10% e contratar 40 mil professores.
* Investir 3% do PIB em pesquisas e desenvolvimento e 2% do PIB na Defesa e reforçar o controle de gastos de parlamentares.
* Dar prioridade aos produtos nacionais e criar uma taxa suplementar sobre os lucros de multinacionais.
* Autorizar a eutanásia e legalizar o consumo da maconha para maiores de idade.
* Manter a cobertura de saúde de imigrantes ilegais em situação precária, que representa gastos de cerca de 800 milhões de euros e eealizar plebiscito sobre o direito de votos dos estrangeiros (atualmente, apenas europeus podem votar em eleições municipais e europeias na França).

Antieuropeus

Marine Le Pen

No extremo oposto, está Le Pen, da extrema direita. Ela julga a Europa responsável por todos os problemas da economia francesa, sobretudo o desemprego, que está na faixa dos 10%, e promete o Frexit e a volta do franco francês. Pesquisas indicam, no entanto, que 72% dos franceses são contra a saída da zona do euro.
A candidata disputa sua segunda eleição presidencial e atrai boa parte do eleitorado operário. Ela declarou que "a Europa vai morrer" caso seja eleita.

Marine Le PenDireito de imagemREUTERS
Image captionDe extrema direita, Le Pen defende o 'Frexit'

"A União Europeia vai morrer, porque os povos não querem mais", diz ela, que cita com frequência o Brexit.
Le Pen diz que se vencer as eleições iniciará negociações para que a França volte a ter soberania orçamentária, territorial, legislativa e monetária. Ela também prevê a saída da França da zona Schengen, de livre circulação de pessoas.
Representantes de instituições europeias, que teriam preferência por Macron, veem com grande apreensão a eventual vitória da candidata da Frente Nacional. "Se Le Pen vencer, usarei roupa de luto", disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Le Pen propõe um plebiscito sobre a saída da França da UE e da zona do euro e promete deixar a Presidência se os franceses votarem a favor da permanência no bloco.
Suas principais propostas são:
* Suprimir o direito de solo para aquisição da nacionalidade francesa e retirada da nacionalidade francesa de pessoas com dupla nacionalidade investigadas por ligações com o islamismo radical.
* Proibição do uso de símbolos religiosos em todos os espaços públicos e volta da idade mínima de aposentadoria para 60 anos em vez dos 62 atuais.
* Incluir na Constituição a "prioridade nacional", com a criação de impostos sobre novas contratações de trabalhadores estrangeiros e reduzir drasticamente a imigração legal de cerca de 200 mil pessoas por ano, atualmente, para apenas 10 mil
* "Protecionismo inteligente", com a criação de uma taxa adicional de 3% sobre importações de países que praticam concorrência desleal.
* Reduzir o número de parlamentares, atualmente de 577 deputados e 348 senadores, para 300 e 200, respectivamente.

Jean-Luc Mélenchon


MélenchonDireito de imagemREUTERS
Image captionMélenchon prevê fazer um plebiscito sobre saída da França da UE

Como Le Pen, o candidato da extrema esquerda Mélenchon também pretende virar a mesa, com a opção do Frexit, e realizar um plebiscito sobre a questão. "Ou a União Europeia muda ou saímos. A Europa dos nossos sonhos morreu", diz o líder da França Insubmissa.
Mélenchon diz que irá negociar novas regras. Uma das exigências é o fim da independência do Banco Central Europeu. Na prática, isso dificilmente será aceito pela Alemanha, que impôs essa condição para aderir ao euro.
Entraria então em ação o que ele chama de "plano B": a saída da França da UE.
Suas principais propostas são:
* Aumentar o salário mínimo em 16% para 1,3 mil euros líquidos (cerca de R$ 4,4 mil) e volta da idade mínima da aposentadoria para 60 anos em vez dos 62 atuais.
* Implementar novas faixas do Imposto de Renda e criar alíquota de 90% para ganhos acima de 34 mil euros mensais.
* Reunir uma Assembleia Constituinte para escrever, sob o controle dos cidadãos, uma nova Constituição.
* Investir 100 bilhões de euros em projetos de moradia, ecológicos e serviços públicos e contratar pelo menos 60 mil professores, além de policiais e funcionários do serviço hospitalar.
* Saída da França da OTAN (Aliança do Tratado do Atlântico Norte), da OMC (Organização Mundial do Comércio), do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial.
* Tornar inelegível para sempre políticos condenados por corrupção e permitir, por plebiscito, a revogação de mandatos políticos, inclusive do presidente.
Com informações da BBC Brasil

PDT discute estratégias para 2018 com lideranças do Maciço de Baturité

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O Partido Democrático Trabalhista (PDT) realizou nesta sexta-feira (21), em Guaramiranga, o  II Encontro Regional da Sigla, que contou com as presenças do ex-governador Cid Gomes, com o presidente estadual da sigla, deputado federal André Figueiredo, com o presidente da AL, deputado Zezinho Albuquerque, dentre outras lideranças políticas, como prefeitos e vereadores do Maciço de Baturité.
Cid Gomes disse que o objetivo maior do encontro foi reunir a militância, refletir sobre o atual momento brasileiro, e preparar o partido para as batalhas de 2018. Cid disse que é importante que o PDT esteja unido em cada uma das batalhas, que são as eleições para presidente da República, governador, senador, deputado federal e estadual. “Queremos ampliar nosso quadro de deputados estaduais e federaisle vamos participar do processo de sucessão estadual procurando manter e ampliar esse arco de aliança e centrar fogo no projeto do Brasil que é Ciro Gomes para presidente,” afirmou
O Secretário da Fazenda do Estado, Mauro Filho, disse que o PDT tem a característica diferenciada, pois não tem o vício de fazer reuniões somente em época de eleições. “Fazemos essas congregações antes mesmo do processo eleitoral e convergindo ideais de como agir na política traçando valores comportamentais. Essa é uma característica que pode parecer menor, mas dá um reforço ao PDT. Principalmente nesse momento que temos 13 milhões de desempregados, temos um candidato que é o Ciro Gomes”, pontuou, destacando que o ex-governador Cid Gomes está engajado ao lado do presidente André Figueiredo para organizar o partido no Estado.
O presidente da sigla, André Figueiredo afirmou que ao todo serão nove encontros regionais. Destacou a importância de Guaramiranga para o estado e saudou as presenças dos prefeitos de Baturité, Assis Arruda e da prefeita de Guaramiranga, Roberlândia Ferreira. “Temos a satisfação de fazer o segundo de nove encontros regionais. O primeiro foi em Sobral e o próximo será no Crato. No dia 12  de agosto encerramos com o encontro de Fortaleza. Essa  é uma estratégia para celebrar as novas gestões e nos preparar para 2018” j, concluiu.
Com informações do Ceará Agora

Crescimento constante: Taxa de suicídio entre jovens sobe 10% desde 2002

Jovem triste
De assunto mantido entre quatro paredes a tema de série na internet, o suicídio de jovens cresce de modo lento, mas constante no Brasil: dados ainda inéditos mostram que, em 12 anos, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos subiu de 5,1 por 100 mil habitantes em 2002 para 5,6 em 2014 - um aumento de quase 10%.
Os números obtidos com exclusividade pela BBC Brasil são do Mapa da Violência 2017, estudo publicado anualmente a partir de dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
Um olhar atento diante de uma série histórica mais longa de dados permite ver que o fenômeno não é recente nem isolado sobre o que acontece com a população brasileira. Em 1980, a taxa de suicídios na faixa etária de 15 a 29 anos era de 4,4 por 100 mil habitantes; chegou a 4,1 em 1990 e a 4,5 em 2000. Assim, entre 1980 a 2014, houve um crescimento de 27,2%.
Criador do Mapa da Violência, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz destaca que o suicídio também cresce no conjunto da população brasileira. A taxa aumentou 60% desde 1980.
Em números absolutos, foram 2.898 suicídios de jovens de 15 a 29 anos em 2014, um dado que costuma desaparecer diante da estatística dos homicídios na mesma faixa etária, cerca de 30 mil.
"É como se os suicídios se tornassem invisíveis, por serem um tabu sobre o qual mantemos silêncio. Os homicídios são uma epidemia. Mas os suicídios também merecem atenção porque alertam para um sofrimento imenso, que faz o jovem tirar a própria vida", alerta Waiselfisz, coordenador da Área de Estudos da Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
O sociólogo aponta Estados do Centro-Oeste e Norte em que a taxa de suicídio de jovens é maior, num fenômeno que os especialistas costumam associar aos suicídios entre indígenas: Mato Grosso do Sul (13,6) e Amazonas (11,9).
Na faixa etária de 15 a 29 anos, a taxa de suicídio tem se mantido sempre um pouco acima da verificada na população brasileira como um todo, segundo a publicação "Os Jovens do Brasil", lançada por Waiselfisz em 2014, com um capítulo sobre o tema.
Estudante ao celular na sala de aula
Segundo a publicação, o Brasil ainda apresenta taxas de suicídio relativamente baixas na comparação internacional feita com base em dados compilados pela ONU.
Em países como Coreia do Sul e Lituânia, a taxa no conjunto da população supera 30 por 100 mil habitantes; entre jovens, supera 25 por 100 mil habitantes na Rússia, na Bielorússia e no Cazaquistão.
Em números absolutos, porém, o Brasil de dimensões continentais ganha visibilidade nos relatórios: é o oitavo país com maior número de suicídios no mundo, segundo ranking divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2014.

Depressão, drogas, abusos e bullying

O suicídio na juventude intriga médicos, pais e professores também pelo paradoxo que representa: o sofrimento num período da vida associado a descobertas, alegrias e amizades, não a tristezas e morte.
O tema foi debatido na quinta-feira numa roda de conversa organizada pelo Centro Acadêmico Sir Alexander Fleming (Casaf), do curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com a presença de estudantes e professores.
Segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, o problema é normalmente associado a fatores como depressão, abuso de drogas e álcool, além das chamadas questões interpessoais - violência sexual, abusos, violência doméstica e bullying.
A cientista política Dayse Miranda, coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção da UERJ, participou do debate e destacou os relatos dos estudantes.
"Fiquei impressionada como os alunos falaram de sofrimento, seja deles, seja a dificuldade para lidar com o sofrimento de outros jovens, além do uso excessivo de medicamentos, que eles naturalizam", afirma.
"Um deles disse considerar impossível um aluno passar pelo terceiro ano de Medicina sem usar remédios para ansiedade e depressão."
Médica atende paciente jovem
A coordenadora-geral do centro acadêmico de Medicina, Elisabeth Amanda Gomes Soares, de 22 anos, aluna do sexto período, diz que a intenção ao promover o evento foi debater a saúde mental do estudante.
Segundo ela, o aluno de Medicina muitas vezes acaba se distanciando das questões mais humanas e esquece a vida social e familiar para se dedicar ao curso, sucumbindo às pressões.
"É muita cobrança por competitividade, nota, sucesso, presença... Temos de discutir isso dentro do curso, é um tema ainda pouco falado", afirma.
Dayse Miranda destaca, entre os jovens que cometem suicídio, o grupo que tem de 15 a 24 anos. "É um período que inclui adolescência, problemas amorosos, entrada na faculdade, pressão social pelo sucesso... Depois dos 25 anos, já é um jovem adulto, as preocupações mudam, já são mais relacionadas a emprego", avalia.
"Também alerto não ser possível falar do jovem como um grupo único. Há diferenças entre grupos sociais. O aluno de Medicina é parte de uma elite. Como é em outros grupos? Temos de discutir esse tema seriamente, pois o problema vem crescendo."

Ambiente escolar

Psiquiatra da infância e da adolescência e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Carlos Estelita estuda a interface entre o suicídio e outros fenômenos violentos - desde famílias que vivem em comunidades urbanas tomadas por tiroteios e vivem o estresse diário dos confrontos até jovens indígenas que se sentem rejeitados tanto por suas tribos como por grupos brancos.
O bullying no ambiente escolar é citado por ele como um dos principais elementos associados ao suicídio. "Pessoas que seguem qualquer padrão considerado pela maioria da sociedade como desviante, seja o tênis diferente, a cor da pele, o peso, o cabelo ou a orientação de gênero, são hostilizadas continuamente e entram em sofrimento psíquico", afirma Estelita, professor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, ligado à Fiocruz.
"Temos de alertar também para a transformação do modelo tradicional de família e para o fato de que a escola nem sempre consegue incluir esse jovem."
Pessoa ao celular
Outra dificuldade é falar do assunto com jovens. Muitas vezes, estratégias que funcionam com adultos não têm o mesmo resultado quando usadas com adolescentes - e, entre as peculiaridades desse grupo, está a forma como usa a internet e as redes sociais.
A rede vem sendo palco para grupos que não só romantizam o suicídio, mas exortam jovens a cometê-lo, usando a falsa ideia do desafio. O psiquiatra sublinha a necessidade de uma política nacional de atendimento a urgências, pois, muitas vezes, os profissionais não sabem como lidar com casos de tentativas de suicídio.
A psicóloga Mariana Bteshe, professora da Uerj, diz que os pais devem estar atentos a qualquer mudança brusca no comportamento do jovem, como, por exemplo, um adolescente expansivo que, de repente, fica introspectivo, agressivo, tem insônia, dorme demais ou passa muito tempo no quarto.
Mais uma vez, o alerta especial vai para o uso da internet, e Bteshe lista, na contramão do jogo que incentivaria o suicídio, iniciativas que tentam combater a depressão e lançam desafios "do bem", como o jogo da Baleia Rosa.
"Muitas vezes o jovem fica muito tempo na internet, e os pais não sabem o que ele anda vendo ou com quem anda falando. É preciso que a família, mantendo a privacidade do jovem, busque uma forma de contato com ele e abra um espaço de diálogo", afirma a psicóloga, que defendeu na Fiocruz uma tese de doutorado sobre suicídio.
Bteshe reitera que silenciar sobre suicídio não ajuda a combater o problema. Este é um dos tabus associados ao tema, o chamado "Efeito Werther" - a ideia de que falar de suicídio pode inspirar ondas de casos por imitação.
O nome vem do protagonista do livro Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, publicado em 1774, sobre um rapaz que se suicida após um fracasso amoroso e cujo exemplo teria provocado outros suicídios de jovens.
Atualmente, diz a psicóloga, a diretriz da OMS é abordar o tema sem glamour, sem divulgar métodos e sem apontar o suicídio como solução para os problemas - agindo sem preconceito e oferecendo ajuda a quem precisa.

Polvos de crochê ajudam a acalmar bebês prematuros em Curitiba

Polvos de crochê ajudam a acalmar bebês prematuros de Curitiba (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)
A Maternidade Curitiba passou a colocar polvos de crochês nas incubadoras dos recém-nascidos prematuros que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. A iniciativa surgiu na Dinamarca e, de acordo com relatos médicos, tem efeito positivo na situação clínica dos bebês.

"É como se a criança pegasse no cordão umbilical, o que faz com que ela se sinta dentro do útero materno. Assim, acaba tendo menos consequências e indo embora mais certo", explica o médico Rubens Kliemann. Para ele, esse tipo de humanização do serviço é muito importante.

"Foi observado que os bebês ficaram mais calmos. Eles conseguiram respirar melhor, tiveram os batimentos cardíacos mais estáveis e puderam se recuperar de uma forma mais tranquila", complementa a coordenadora da UTI Neonatal, Ana Bruna Sales.

Segundo ela, os bebês se sentem muito mais seguros ao lado dos polvos de crochê.

Confecção

Em Curitiba, é o ateliê da designer gráfica Dani Dalledone que produz voluntariamente os polvos de crochê. Antes de ir para as incubadoras, eles são esterelizados.

"Vi na internet uma reportagem sobre o projeto na Dinamarca. Aí, uma conhecida teve um bebê prematuro em São Paulo e eu pensei que podia ajudar de alguma forma. Então, fiz o primeiro polvinho", relata.
Iniciativa começou na Dinamarca e, de acordo com relatos médicos, têm efeito positivo na situação clínica dos bebês (Foto: Giuliano Gomes/Agência PR Press)
Ela conta que, logo depois, começou a mobilização para implantar a iniciativa em Curitiba. "Estou recrutando todo mundo que conheço para fazer os polvos de crochê. Abri espaço no ateliê para ensinar quem quiser fazer parte do projeto", conta.

Todo o material utilizado pelas crocheteiras veio de doações; a mão-de-obra também é voluntária. Elizabete dos Santos faz parte do projeto e é a responsável por entrar em contato com os hospitais. "O pessoal tem se empolgado muito. Todos os hospitais querem", conta.

Ela relata ainda que a experiência de ter um bebê prematuro na família foi o que a incentivou a participar. "Meu sobrinho nasceu de quase sete meses e ficou na UTI por três meses e meio", lembra. Ainda de acordo com ela, foram dias difíceis.

"Eu me empolguei com o projeto porque vivenciei o dia a dia dele. Com os polvos, os bebês ficam mais calmos, tranquilos, acabam se distraindo", explica.

Assim como em Curitiba, hospitais de outras cidades do Paraná, como Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná; Londrina, no norte do estado; e também Guarapuava, na região central, também aderiram aos polvos de crochê.

Serviço

As pessoas interessadas em fazer parte do projeto podem enviar um e-mail para thm.dani@gmail.com.

Por Alana Fonseca

Com informações do G1 PR

Cinco açudes do Ceará apresentam boas recargas; 42 registraram aporte, diz Cogerh

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No ano de 2017 já foi registrado um aporte total de 1.161 milhão m³. Na quinta-feira (20), o aporte foi 7,70 milhões m³. Os açudes destaques que tiveram recarga foram: Castanhão, Itaúna, Taquara, Araras e São Pedro de Timbaúba. No total 42 açudes registraram aporte.

O nível de água nos açudes do Ceará é de 12,29%, segundo dados da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) desta quinta-feira (20). Dos 153 açudes monitorados pela Cogerh, distribuídos em 12 bacias hidrográficas, cuja capacidade total são 18,64 bilhões m³, apresentam volume de 2,29 bilhões m³.

Atualmente, o volume de água das bacias está distribuído: Litoral (56,78%), Alto Jaguaribe (11,21%), Coreaú (78,41%), Metropolitanas (31,66%), Serra da Ibiapaba (22,63%), Médio Jaguaribe (5,52%), Salgado (16,19%), Acaraú (25,25%), Banabuiú (3,76%), Sertões de Crateús (1,72%), Curu (11,70%) e Baixo Jaguaribe (1,94%). Houve aumento do volume nas bacias Metropolitanas, Serra da Ibiapaba, Médio Jaguaribe, Acaraú e Curu.

Os açudes que estão sangrando atualmente são: Acaraú Mirim, da bacia do Acaraú, Caldeirões e Valério, da bacia do Alto Jaguaribe, Cahuipe, Maranguapinho e Itapebussu das bacias Metropolitanas, Quandú e São Pedro Timbaúba, da bacia do Litoral, Itaúna, da bacia do Coreaú. Já sangraram Tijuquinha, das bacias Metropolitanas, e Gameleira, da bacia do Litoral.

Com informações do G1 CE

PR Ceará, se reúne para discutir eleições 2018

Na noite desta quinta-feira, 20 de abril, aconteceu no Hotel Luzairos, em Fortaleza, o Primeiro Encontro de Integrantes do Diretório Estadual e do Diretório Municipal de Fortaleza, do Partido da República, em 2017.
O encontro faz parte dos preparativos para o pleito do próximo ano. Formação da chapa de deputados estaduais e federais, além da discussão da chapa majoritária, foram as principais pautas abordadas na reunião. Na ocasião estiveram presentes o presidente estadual do PR Ceará, Dr. Lúcio Alcântara, o presidente municipal do PR Fortaleza, Capitão Wagner, os deputados Cabo Sabino e Fernanda Pessoa, os vereadores Marcio Martins, Idalmir Feitosa, Julierme Sena e Soldado Noelio, além dos vice-prefeitos de Quixeramobim, Sargento Rogério e Maranguape, Abraão Ramos.
O presidente estadual do PR Ceará, Dr. Lúcio Alcântara, festejou o crescimento do partido nos últimos anos, tanto no Ceará, com o número de prefeituras conquistadas no pleito de 2016, quanto em Fortaleza, com a eleição de quatro vereadores republicanos e a votação expressiva do debutado Capitão Wagner que concorreu a prefeitura da Capital.
O deputado estadual e presidente municipal do PR Fortaleza, Capitão Wagner, explicou a importância dos encontros e estreitamento dos laços entre filiados e parlamentares do Partido da República.
O deputado federal Cabo Sabino falou sobre o atual cenário da política brasileira, criticou o momento corrupto que o país vem passando e explicou as dificuldades enfrentadas na Câmara Federal em meio às reformas políticas que prejudicam o povo brasileiro.
O vereador Soldado Noelio colocou seu mandato a disposição das lideranças e filiados do partido, e apresentou suas atividades realizadas nos primeiros meses de mandato.
O vereador Idalmir Feitosa ressaltou os problemas enfrentados pela cidade de Fortaleza e apresentou as propostas de seu mandato que devem contribuir com a melhoria de vida da população mais carente.
O vereador Julierme Sena falou da mobilização que vem sendo feita em relação à retirada dos feirantes da rua José Avelino e se colocou a frente da causa para ajudar os permissionários.
Já o vereador Marcio Martins falou da felicidade em fazer parte do PR Fortaleza. Ele ressaltou a união dos filiados e parlamentares, e explicou a importância da unidade para a construção de bons mandatos em prol da sociedade.
Por Roberto Moreira
Com informações do Diário do Nordeste

Raio-X: Guarani vence na defesa, e Ceará é melhor no ataque; Veja análise

Raio-X, Ceará, Guarani de juazeiro (Foto: Arte/GloboEsporte.com)Raio-X, Ceará, Guarani de juazeiro (Foto: Arte/GloboEsporte.com)
Está chegando a hora de decidir o segundo finalista do Campeonato Cearense. Ceará e Guarani de Juazeiro fazem o terceiro jogo da semifinal do estadual neste sábado (22), às 16 horas. O duelo será na Arena Castelão. O Ceará tem a vantagem do empate. O Guaraju precisa vencer o jogo no tempo normal e vencer as penalidades para conseguir a vaga na decisão.

Mesmo com o favoritismo, o Vovô teve dificuldades para vencer o Leão do Mercado no Raio-X feito pelo GloboEsporte.com. Consultamos três jornalistas esportivos (Kaio Cézar, narrador e produtor da TV Verdes Mares; Fabiano Rodrigues, repórter da TV Verdes Mares Cariri; e Roberto Leite, editor do GloboEsporte.com/ce) que cobrem diariamente Ceará e Guaraju, para que elegessem os melhores atletas entre os possíveis titulares das duas equipes. No resultado, o Alvinegro saiu vencedor: 6 a 5.
Foram cinco unanimidades, sendo quatro do Vovô e uma do Guarani. Éverson, Luiz Otávio, Richardson e Magno Alves, pelo Alvinegro, e apenas Leílson, pelo Guaraju, foram os escolhidos por unanimidade.

- Éverson é o maior responsável pelas boas estatísticas do setor defensivo do Ceará. Só tomou quatro gols no cearense e, em três jogos contra o Guarani, não foi vazado uma vez sequer - avaliou Kaio Cézar.

No setor defensivo, apenas Luiz Otávio representa o Ceará. Talisson, Luis Gustavo e Zé Aquiraz completam as escolhas dos especialistas.

- Até entendo que o Cametá seja melhor lateral, mas o campeonato que o Talisson está fazendo é muito bom. Por isso o voto nele - justificou Fabiano Rodrigues.
- Luiz Otávio tem mais técnica e pode ser uma opção para fazer gols em cobranças de falta e escanteio. Vence fácil seu oponente - pontuou Roberto.

- Se analisarmos apenas defensivamente, o Ceará tem uma zaga melhor. Mas, os laterais do Guaraju são mais eficientes quando se trata de atacar. Por isso, minha escolha dividida - pontuou Kaio Cézar.

No meio-campo, o Ceará leva vantagem com os volantes Raul e Richardson, mas o Leão do Mercado tem Adenílson, o cara da criação, superando Ricardinho, que voltou a jogar recentemente após se recuperar de lesão.
- (Raul) É com sobras melhor. Apesar de jovem, adquiriu boa experiência desde o ano passado, quando passou a integrar frequentemente o elenco principal. É lutador, tem bom domínio de bola e dá segurança à frente da zaga - pontuou Roberto Leite.

- Raul e Richardson hoje são unanimidade no meio-campo do Ceará. Richardson, quando possível, ainda auxilia no ataque com competência. Já Adenilson, do Guarani, como joga esse cara! Pra mim, o melhor meia - embora se considere volante - do campeonato - exclamou Kaio.

No ataque, Magno Alves e Lelê, pelo Vovô, e Leílson, pelo Guaraju, foram as escolhas. Magnata, artilheiro do Vovô, e Leílson, artilheiro do campeonato, foram escolhas unânimes.

- A escolha de Leilson e Magno Alves são até óbvias. Eles fazem gol. Simples. Já o Lelê, embora não faça um grande campeonato, é mais talentoso que o Ronda. Os dois são atacantes rápidos, mas Lelê tem mais inteligência - explicou Kaio.

- Pelo momento, Leílson ganha esta disputa. Embora Biancucchi seja mais jogador pelo seu histórico, agora é que está mais adaptado com o time alvinegro e mais em forma. Leílson tem sido mais constante durante todo o campeonato. O Magnata, pela experiência, fome de gol e técnica sobra na frente de Ítalo - avaliou Roberto.

Por Fortaleza, CE