A
Maternidade Curitiba passou a colocar polvos de crochês nas
incubadoras dos recém-nascidos prematuros que estão internados na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. A iniciativa surgiu na
Dinamarca e, de acordo com relatos médicos, tem efeito positivo na
situação clínica dos bebês.
"É
como se a criança pegasse no cordão umbilical, o que faz com que
ela se sinta dentro do útero materno. Assim, acaba tendo menos
consequências e indo embora mais certo", explica o médico
Rubens Kliemann. Para ele, esse tipo de humanização do serviço é
muito importante.
"Foi
observado que os bebês ficaram mais calmos. Eles conseguiram
respirar melhor, tiveram os batimentos cardíacos mais estáveis e
puderam se recuperar de uma forma mais tranquila", complementa a
coordenadora da UTI Neonatal, Ana Bruna Sales.
Segundo
ela, os bebês se sentem muito mais seguros ao lado dos polvos de
crochê.
Confecção
Em
Curitiba, é o ateliê da designer gráfica Dani Dalledone que produz
voluntariamente os polvos de crochê. Antes de ir para as
incubadoras, eles são esterelizados.
"Vi
na internet uma reportagem sobre o projeto na Dinamarca. Aí, uma
conhecida teve um bebê prematuro em São Paulo e eu pensei que podia
ajudar de alguma forma. Então, fiz o primeiro polvinho",
relata.
Ela
conta que, logo depois, começou a mobilização para implantar a
iniciativa em Curitiba. "Estou recrutando todo mundo que conheço
para fazer os polvos de crochê. Abri espaço no ateliê para ensinar
quem quiser fazer parte do projeto", conta.
Todo
o material utilizado pelas crocheteiras veio de doações; a
mão-de-obra também é voluntária. Elizabete dos Santos faz parte
do projeto e é a responsável por entrar em contato com os
hospitais. "O pessoal tem se empolgado muito. Todos os hospitais
querem", conta.
Ela
relata ainda que a experiência de ter um bebê prematuro na família
foi o que a incentivou a participar. "Meu sobrinho nasceu de
quase sete meses e ficou na UTI por três meses e meio", lembra.
Ainda de acordo com ela, foram dias difíceis.
"Eu
me empolguei com o projeto porque vivenciei o dia a dia dele. Com os
polvos, os bebês ficam mais calmos, tranquilos, acabam se
distraindo", explica.
Assim
como em Curitiba, hospitais de outras cidades do Paraná, como Ponta
Grossa, nos Campos Gerais do Paraná; Londrina, no norte do estado; e
também Guarapuava, na região central, também aderiram aos polvos
de crochê.
Serviço
As
pessoas interessadas em fazer parte do projeto podem enviar um e-mail
para thm.dani@gmail.com.
Por Alana Fonseca
Com informações do G1 PR
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