O Ceará já tem
92.752 casos de chikungunya confirmados até o dia 30 de setembro, de acordo com
a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Fortaleza concentra 59% dos casos
confirmados: 55.752 casos. Cento e dez pessoas morreram, no Ceará em
decorrência da doença, das quais, 89 na capital. Além de Fortaleza, foram
registradas mortes em Acopiara, Aracati, Beberibe, Caucaia, Itapajé,
Maranguape, Marco, Morada Nova, Pacajus e Senador Pompeu.
A taxa de
incidência dos casos confirmados de chikungunya para o estado do Ceará é de
1.351,7 casos por 100 mil habitantes. No estado, dos 184 municípios, cerca de
110 apresentaram taxas de incidência bastante elevadas. A Organização Mundial
de Saúde (OMS) considera nível epidêmico quando uma cidade ou região tem mais
de 300 casos da doença para cada 100 mil habitantes.
General
Sampaio, no Norte do Ceará, tem a situação mais crítica no país, com 5.054,8
casos para cada 100 mil habitantes, 16,8 vezes o índice epidêmico da OMS.
Também aparecem em situações epidêmicas Acarape (2.174,4 casos/100 mil
habitantes), Reriutaba (1.900,6); Caucaia (1.097,8) Maranguape (876,4) e Fortaleza
(680,6).
Sintomas
Transmitida
pelo mesmo vetor da dengue e da zika - o mosquito Aedes Aegypti - a infecção
pelo chikungunya causa dores terríveis não apenas durante os dias em que o
vírus está circulando no corpo da pessoa que o contraiu, mas por muito tempo
depois da "cura". Em seus primeiros dez dias, os sintomas costumam
ser febre, fortes dores e inchaço nas articulações dos pés e das mãos.
Em alguns casos, ocorrem também manchas vermelhas no corpo. Mas mesmo
com o fim da viremia - período em que o vírus circula no sangue - a dor e o
inchaço causados pela doença podem retornar ou permanecer durante cerca de três
meses.
De acordo com
especialistas, em cerca de 40% dos casos, os sintomas tornam-se crônicos e
podem permanecer por anos. Entre as sequelas da doença, são apontadas
inflamação crônica nas juntas, dormência nos membros, câimbras e dificuldades
de caminhar, doenças reumatoides, como a artrite. Além disso, também pode
desestabilizar doenças cardíacas, problemas renais e diabetes.
Com informações do G1 CE