29 de outubro de 2018

Preservar Constituição e unir sociedade são prioridades de Bolsonaro

Jair Bolsonaro é eleito o 38° Presidente do Brasil
Jair Bolsonaro é eleito o 38° presidente do Brasil - Redes Sociais
Ao longo da campanha e depois de promulgado o resultado do segundo turno, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seus principais assessores reiteraram suas prioridades, a partir da posse em 1º janeiro de 2019. Ele afirmou que sustentará seu governo na preservação da Constituição Federal e dos valores, assim como na unidade da população.
Bolsonaro disse que se inspira no ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill, referência em estratégia política e militar ao unir o povo do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.
Nas redes sociais e em entrevistas exclusivas concedidas, o presidente eleito citou propostas específicas para educação, saúde, segurança pública, comércio exterior, política externa, cotas, programas sociais e eventuais mudanças no sistema tributário.
Religioso, Bolsonaro pediu ao senador Magno Malta (PR-ES) para fazer uma oração, após confirmada sua vitória nas eleições. Na bênção, Malta ressaltou a importância da união entre as pessoas de todos os credos, citou evangélicos, católicos, espíritas e seguidores das demais religiões.
A seguir, alguns dos temas já mencionados pelo presidente eleito e integrantes de sua equipe de governo.
Constituição -  Bolsonaro prometeu trabalhar pela pacificação do país. "Vamos pacificar o Brasil e, sob a Constituição e as leis, construir uma grande nação." Na transmissão ao vivo, nas redes sociais, ele fez questão de mostrar que estava com a Constituição Federal nas mãos, assim como com um livro sobre os pensamentos de Winston Churchill.
Liberdade de escolha – O presidente eleito disse que defende a liberdade de escolha, “desde que não interfira em aspectos essenciais da vida do próximo”. Segundo ele, essa liberdade deve alcançar escolhas afetivas, políticas, econômicas e espirituais. Também afirmou que uma nação mais fraterna e com menos excluídos é mais forte. 
Democracia – Classificado por setores progressistas como com um discurso de viés autoritário, Bolsonaro negou essa tendência por meio do general da reserva Augusto Heleno, indicado para o Ministério da Defesa. O militar disse que a democracia nunca esteve ameaçada. Segundo ele, acusar o presidente eleito de fascista é “uma campanha sórdida”, sem fundamento.
Segurança – Foi o ponto forte da campanha eleitoral. Tanto o presidente eleito quanto integrantes de sua equipe indicaram a preocupação com o combate à violência de forma mais ostensiva, o rigor nas prisões e no tratamento dos condenados. Ele é contrário à progressão de penas e às saídas temporárias de presos em datas especiais, os chamados saidões.
Vítimas de violência - Em seu programa de governo, disse que a política de direitos humanos será redirecionada com prioridade para a defesa das vítimas da violência.
Estatuto do Desarmamento e maioridade penal – Bolsonaro defende o direito de as pessoas terem armas para usar em “legítima defesa”. Também é favorável à redução da maioridade penal para 16 anos ou 17 anos.
Programas sociais - O presidente eleito pretende instituir uma renda mínima para todas as famílias brasileiras, com valor acima do benefício pago pelo programa Bolsa Família. Também propõe adotar o pagamento do décimo terceiro em dezembro para os beneficiários do Bolsa Família.
Nova Carteira de Trabalho – Segundo Bolsonaro, será criada a "carteira verde e amarela", voltada ao jovem quando ingressar no mercado de trabalho. Por essa carteira, o contrato individual de trabalho teria prevalência sobre a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas sem violar dispositivos trabalhistas previstos na Constituição. 
Enxugar o Estado – Nas entrevistas concedidas, o presidente eleito afirmou que pretende reduzir a máquina administrativa. No caso dos ministérios, diminuir de 29 para 15 o número de pastas a partir de fusões de alguns setores. Ainda não há confirmação sobre essas fusões. “O governo dará um passo atrás, reduzindo sua estrutura e cortando privilégios, para que a sociedade dê muitos passos à frente."
Política externa -  Para ele, o Ministério das Relações Exteriores precisa estar a serviço de valores e dos interesses do povo brasileiro, não necessariamente com viés ideológico. Durante a campanha, fez elogios ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ontem (28) o parabenizou em um telefonema. "O Brasil deixará de estar apartado das nações desenvolvidas", afirmou Bolsonaro.
Comércio exterior – Segundo o presidente eleito, é fundamental incentivar o comércio exterior com países que possam agregar valor econômico e tecnológico ao Brasil, como os Estados Unidos. No âmbito regional, ele prevê o aprofundamento da integração “com todos os irmãos latino-americanos que estejam livres de ditadura”.
Mercosul – O bloco econômico do Cone Sul, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (temporariamente suspensa), deve ser valorizada por Bolsonaro que diz que não se pode “jogar para o alto” o acordo. Após sua eleição, ele conversou com os presidentes eleitos da região, que o parabenizaram.
Cotas – O presidente eleito propõe a adoção de cotas sociais a partir da renda das pessoas e não por outros critérios. Segundo ele, as políticas afirmativas, da forma como são aplicadas atualmente no país, levam ao reforço do preconceito.
Cesare Battisti – O ativista italiano, de 63 anos, foi condenado à prisão perpétua na Itália por homicídio e vive livre no Brasil. Segundo o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para a Casa Civil no futuro governo, um dos primeiros atos de governo será sua extradição para o país de origem.
Privatização - Uma das principais propostas é a privatização ou extinção de estatais. Segundo Bolsonaro, a ideia é reduzir o pagamento de juros, que custaram R$ 400,8 bilhões em 2017, com a venda de ativos públicos. Em relação à reforma da Previdência, ele defende a implantação de um modelo privado de capitalização do setor.
Sistema tributário – No programa de governo, Bolsonaro menciona unificar impostos e simplificar o sistema de arrecadação de tributos. Ele disse que pretende reduzir de forma gradativa os impostos, por meio da eliminação e unificação de tributos, "paralelamente ao espaço criado por controle de gastos e programas de desburocratização e privatização".
Imposto de Renda - O assessor econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, indicado como futuro ministro da Economia, disse a investidores que a intenção é criar uma alíquota única de 20% no Imposto de Renda, que passaria a incidir sobre quem ganha acima de cinco salários mínimos.   
Saúde pública – A equipe do presidente eleito indicou que pretende adotar o chamado Prontuário Eletrônico Nacional Interligado em postos, ambulatórios e hospitais, para reduzir os custos ao facilitar o atendimento futuro por outros médicos em diferentes unidades de saúde, além de permitir a cobrança de maior desempenho dos gestores locais.
Carreira de Estado – Também há a proposta de credenciamento universal de médicos e instituição de carreira de Estado.
Mais Médicos - No plano de governo, ele cita que todos os profissionais estrangeiros interessados em ingressar no programa podem migrar para o Brasil, desde que aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida).
Educação básica, ensino infantil ao médio – São apontadas como áreas de prioridade no plano de governo. Ele defende a educação a distância para o ensino fundamental como alternativa "para as áreas rurais onde as grandes distâncias dificultam ou impedem aulas presenciais”.
Ensino superior - Para o ensino superior, Bolsonaro diz que as universidades precisam gerar avanços técnicos ao Brasil, por meio de parcerias e pesquisas com a iniciativa privada.
Conteúdo e método – O presidente eleito propõe que conteúdo e método de ensino “precisam ser mudados. Mais matemática, ciências e português, sem doutrinação e sexualização precoce”. Ele pretende resgatar a disciplina Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira nas escolas. 
Pesquisa e inovação - Para Bolsonaro, o modelo de pesquisa e inovação no Brasil está “esgotado”. Em vez de os recursos do setor serem organizados por Brasília, defende o fomento de “hubs” tecnológicos, nos quais universidades se aliam à iniciativa privada “para transformar ideias em produtos”.
Mestrado e doutorado - Os programas de mestrado e doutorado deverão ser feitos “sempre perto das empresas”. Propõe investimento na exploração de energia renovável solar e eólica no Nordeste e pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio.
Áreas verdes - O presidente eleito afirmou, em algumas ocasiões, que pode flexibilizar a legislação que regula a exploração econômica de áreas verdes preservadas, inclusive na Amazônia, e propõe a revisão da concessão de novos territórios para indígenas e quilombolas.
Agricultura - Na área de agricultura, a proposta é atender às demandas de “segurança no campo; solução para a questão agrária; logística de transporte e armazenamento; uma só porta para atender às demandas do agro e do setor rural; políticas especificas para consolidar e abrir novos mercados externos e diversificação”.
Com informações da Agência Brasil

Fernando Haddad deseja “boa sorte” a Bolsonaro e diz que está com coração leve

O candidato a presidência da República, Fernando Haddad fala com a imprensa após reunião com a chefe da missão de observação eleitoral da OEA, Laura Chinchilla, no hotel Matsubara.
O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, derrotado nas eleições, desejou hoje (29) sorte ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Nas redes sociais, o petista afirmou estar com o “coração leve” e que espera o “melhor de todos”. Ele se dirigiu ao adversário como “presidente”.
“Presidente Jair Bolsonaro. Desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem, hoje, de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte”, afirmou Haddad, na sua conta no Twitter.
Ontem (28), após a confirmação da vitória de Bolsonaro, que obteve 55% dos votos contra 44% para Haddad, o candidato do PT agradeceu o apoio durante a campanha presidencial. Também nas redes sociais, ele postou imagens em que aparece abraçando a mulher Ana Estela.
“Lembrando o hino nacional: verás que um professor não foge à luta, nem teme quem adora a liberdade à própria morte”, disse o petista, referindo-se também à sua profissão que é de professor de ensino superior na Universidade de São Paulo (USP).
Aos eleitores, Haddad se dirigiu também com carinho. “Gostaria de agradecer os 45 milhões de eleitores que nos acompanharam. Uma parte expressiva da população que precisa ser respeitada.”
Mencionou ainda sua família e sua história pessoal. “Gostaria de agradecer meus antepassados que me ensinaram o valor da coragem e a defender a justiça a qualquer preço. Todos os demais valores dependem da coragem”, disse.
Com informações da Agência Brasil

Embalado, Ceará recebe Atlético Mineiro pressionado na Arena Castelão

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Dois times necessitados dos três pontos por diferentes circunstâncias, um para afastar o risco do descenso, e outro para tentar uma vaga na Copa Libertadores de 2019. Esse é o cenário em que o Ceará de Lisca e Atlético Mineiro do recém-contratado Levir Culpi medem forças nesta segunda-feira, na Arena Castelão, às 20h (de Brasília), para findar a 31ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Embalado pela vitória sobre o Cruzeiro em pleno Mineirão na última quarta-feira, em partida atrasada da 28ª rodada, o Ceará terá pela frente um Atlético Mineiro em reconstrução sob o comando de Levir Culpi, que teve a semana cheia para conhecer mais seu elenco e colocar em prática seus primeiros métodos de trabalho. Com 34 pontos, o Vozão entra na rodada ocupando o 15º lugar, enquanto o Galo é o o sexto com 46.

Do lado do time da casa, não existe uma unanimidade ou uma certeza quanto ao time que será colocado em campo por Lisca. O certo, até pelo que foi confirmado pelo comandante, são os retornos de Samuel Xavier, que cumpriu suspensão, e Juninho Quixadá. No restante, apesar do mistério, não devem ser promovidas grandes novidades pelo time da casa, que se vencer terminará a rodada na zona de classificação para a Copa Sul-Americana.

Antes cotado como forte candidato ao rebaixamento, o Ceará faz um segundo turno de recuperação assombrosa e isso se prova no rendimento defensivo do time. Quarta defesa menos vazada do returno, com apenas nove gols sofridos, o Vozão tem em sua retaguarda um ponto de confiança para as oito rodadas que restam.

Em entrevista coletiva concedida na última sexta-feira, Lisca manteve o mistério na escalação e alertou para a necessidade de “otimizar” a questão física do elenco visando ter o elenco inteiro para as últimas rodadas. “Estou trabalhando muito os atletas que não atuaram na última partida. Nesta reta final, eu acredito que vai dar uma apertada no calendário e o tempo entre um jogo e outro vai ser muito curto. Então, precisamos otimizar. A gente precisa focar nos aspectos físicos, mentais, técnicos e táticos dos jogadores, além de recuperar algumas peças, o que é muito importante”, explicou o treinador.

Se o Ceará vive um grande momento, o mesmo não se pode dizer do Atlético Mineiro. Pressionado por melhores resultados e em meio a protestos da torcida, a diretoria apostou na experiência de Levir Culpi, que busca em seu segundo jogo sua primeira vitória na nova passagem. Para quem espera grandes mudanças na escalação, porém, elas não devem acontecer e a base do time de Thiago Larghi deve ser mantida.

Para a partida desta segunda-feira, o Galo não terá Fábio Santos, suspenso, e deve ter Hulk em sua vaga na equipe titular. No mais, a escalação deve ser a mesma que perdeu para o Fluminense, no último fim de semana, salvo algumas mudanças no posicionamento, como o avanço de Cazares para jogar mais próximo dos atacantes. Ao que tudo indica, a postura agressiva deve ser outra novidade.

“O Ceará está reagindo e tem bons jogadores, só que eles vão jogar contra o Atlético e o Atlético tem esse espírito vencedor também, tem que ter esse espírito vencedor, um espírito guerreiro. Um time sem espírito é um time sem graça e o jogador que não tem graça não serve para jogar no Atlético porque, aqui, a gente joga com emoção, é uma coisa bacana por causa disso. Espero que todos entendam isso”, comentou o treinador atleticano.

FICHA TÉCNICA
CEARÁ X ATLÉTICO MINEIRO

Local: Arena Castelão, Fortaleza (CE)
Data: Segunda-feira, dia 29 de outubro de 2018
Horário: 20h (de Brasília)
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Eduardo Goncalves da Cruz (MS)

CEARÁ: Éverson; Samuel Xavier, Tiago Alves, Luiz Otávio e João Lucas (Felipe Jonatan); Edinho, Richardson, Juninho Quixadá; Calyson, Leandro Carvalho e Arthur
Técnico: Lisca

ATLÉTICO MINEIRO: Victor, Emerson, Léo Silva, Maidana e Hulk; Adilson, Elias, Luan, Cazares e Chará; Ricardo Oliveira
Técnico: Levir Culpi

Com informações da Gazeta Esportiva

Única mulher eleita governadora, Fátima Bezerra vence no RN

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Única mulher eleita governadora, Fátima Bezerra (PT), liderou desde o primeiro turno e obteve hoje 57,60% dos votos no encerramento das apurações. Senadora com mandato até 2023, Fátima Bezerra foi eleita duas vezes deputada estadual e três vezes deputada federal. Natural da Paraíba, é pedagoga, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Construiu sua carreira nas redes públicas de educação de Natal e do Rio Grande do Norte. Atua na área de direitos humanos, meio ambiente e na defesa dos direitos dos trabalhadores e das mulheres.
Com a vitória de Fátima Bezerra, o PT conquistou governo de quatro estados, todos no Nordeste: Bahia, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. 
Seu adversário, Carlos Eduardo (PDT), teve 42,40% votos. Filho do ex-prefeito Agnelo Alves, cassado pela ditadura militar, foi deputado estadual e quatro vezes prefeito de Natal. Fatima Bezerra derrotou uma  tradicional família de políticos do Rio Grande do Norte: é sobrinho do ex-ministro Aluísio Alves e primo do senador Garibaldi Alves Filho e do ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves - este último enunciado na operação Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Renunciou à prefeitura de Natal para concorrer a governador.
Com informações da Agência Brasil

Bolsonaro promete defender a Constituição. Veja íntegra do discurso

Rafaela Felicciano/Metrópoles
O presidente eleito Jair Bolsonaro  (PSL) procurou dar um tom conciliador no que chamou de “discurso da vitória”, transmitido pelas redes sociais na noite deste domingo (28/10). “Vamos unir a todos. Não haverá distinção entre nós. Seremos um só povo, um só país”, disse Bolsonaro, que assegurou: “Faço de vocês minhas testemunhas de que este governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”.
Ainda no discurso, Bolsonaro ressaltou que a vitória veio para mostrar que o eleitor brasileiro não é refém desse ou daquele partido. “Vocês votaram no candidato do Brasil. Quando assumimos no ano que vem, serei o presidente de todos”, afirmou.
Confira a íntegra do discurso:
“Nunca estive sozinho, sempre senti o poder de Deus e a força do povo brasileiro, orações de homens, mulheres, crianças, famílias inteiras que, diante da ameaça de seguirmos por um caminho que não é o que os brasileiros desejam e merecem, colocar o Brasil, nosso amado Brasil, acima de tudo.
Faço de vocês minhas testemunhas de que este governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa não de um partido, não é a palavra vã de um homem. É um juramento a Deus. A verdade vai libertar este grande país. E a liberdade vai nos transformar em uma grande nação.
A verdade foi o farol que nos guiou até aqui e que vai seguir iluminando o nosso caminho. O que ocorreu hoje nas urnas não foi a vitória de um partido, mas a celebração de um país pela liberdade. O compromisso que assumimos com todos os brasileiros foi de fazer um governo decente, comprometido exclusivamente com o País e com o nosso povo. E eu garanto que assim o será.
Nosso governo será formado por pessoas que tenham o mesmo propósito de cada um que me ouve neste momento. O propósito de transformar o nosso Brasil em uma grande, livre e próspera nação. Podem ter certeza que nós trabalharemos dia e noite para isso.
Liberdade é um princípio fundamental. Liberdade de ir e vir, andar nas ruas em todos os lugares deste País. Liberdade de empreender. Liberdade política e religiosa. Liberdade de informar e ter opinião. Liberdade de fazer escolhas e ser respeitado por elas.
Este é o país de todos nós, brasileiros natos ou de coração, um Brasil de diversas opiniões, cores ou orientações. Como defensor da liberdade, vou guiar um governo que defenda e proteja os direitos do cidadão que cumpre seus deveres e respeita as leis. Elas são para todos, porque assim será nosso governo: constitucional e democrático.
Acredito na capacidade do povo brasileiro, que trabalha de forma honesta, de que podemos juntos, governo e sociedade, construir um futuro melhor. Este futuro, de que falo e acredito, passa por um governo que cria condições para que todos cresçam. Isso significa que o governo federal dará um passo atrás, reduzindo a sua estrutura e a burocracia, cortando desperdícios e privilégios, para que as pessoas possam dar muitos passos à frente.
Nosso governo vai quebrar paradigmas. Vamos confiar nas pessoas. Vamos desburocratizar, simplificar e permitir que o cidadão, o empreendedor, tenha mais liberdade para criar e construir o seu futuro. Vamos desamarrar o Brasil. Outro paradigma que vamos quebrar: o governo respeitará de verdade a federação. As pessoas vivem nos municípios. Portanto, os recursos federais irão diretamente do governo central para os Estados e municípios. Colocaremos de pé a federação brasileira. Neste sentido, é que repetimos que precisamos de mais Brasil e menos Brasília. Muito do que estamos fundando no presente trará conquistas no futuro.
As sementes serão lançadas e regadas para que a prosperidade seja o designo dos brasileiros do presente e do futuro. Este não será um governo de resposta apenas às necessidades imediatas. As reformas a que nos propomos são para um criar novo futuro para os brasileiros. E quando digo isso falo com uma mão voltada para o seringueiro no coração da selva amazônica e a outra para o empreendedor suando para criar e desenvolver sua empresa. Porque não existem brasileiros do sul ou do norte. Somos todos um só país, somos todos uma só nação. Uma nação democrática.
O Estado democrático de direito tem como um de seus pilares o direito de propriedade. Reafirmamos aqui o respeito e a defesa desse princípio… Constitucional… e fundador das principais nações democráticas do mundo. Emprego, renda e equilíbrio fiscal é o nosso compromisso para ficarmos mais próximos de oportunidades e trabalho para todos.
Quebraremos o círculo vicioso do crescimento da dívida, substituindo-o pelo círculo virtuoso de menores déficits, dívida decrescente e juros mais baixos. Isso estimulará os investimentos, o crescimento e a consequente geração de empregos. O déficit público primário precisa ser eliminado o mais rápido possível e convertido em superávit. Este é o nosso propósito.
Aos jovens, palavra do fundo do meu coração, vocês têm vivido um período de incerteza e estagnação econômica. Vocês foram, e estão sendo testados, a provar sua capacidade de resistir. Prometo que isso vai mudar. Essa é a nova missão. Governaremos com os olhos nas futuras gerações e não na próxima eleição.
Libertaremos o Brasil e o Itamaraty das relações internacionais com viés ideológico a que foram submetidos nos últimos anos. O Brasil deixará de estar apartado das nações mais desenvolvidas. Buscaremos relações bilaterais com países que possam agregar valor econômico e tecnológico aos produtos brasileiros. Recuperaremos o respeito internacional pelo nosso amado Brasil.
Durante a nossa caminhada de quatro anos pelo Brasil uma frase se repetiu muitas vezes: “Bolsonaro você é a nossa esperança”. Cada abraço e cada aperto de mão, cada palavra ou manifestação de estímulo, que recebemos nessa caminhada, fortaleceram o nosso propósito de colocar o Brasil no lugar que merece.
Nesse projeto que construímos cabem todos aquele que têm o mesmo objetivo que o nosso. Mesmo no momento mais difícil dessa caminhada, quando por obra de Deus, e da equipe médica de Juiz de Fora, e do Alberto Einstein (sic), ganhei uma nova certidão de nascimento, não perdemos a convicção de que juntos poderíamos chegar a essa vitória.
É com essa mesma convicção que afirmo: ofereceremos a vocês um governo decente que trabalhará verdadeiramente para todos os brasileiros. Somos um grande País e agora vamos juntos transformar esse País em uma grande nação.
Uma nação livre, democrática e próspera. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. 
Com informações da Agência Estado

Jair Bolsonaro é eleito presidente do Brasil

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O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) foi eleito neste domingo (28) presidente do Brasil. A confirmação veio às 19h22, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia apurado 94,44% das urnas em todo o País. Até esse momento, Bolsonaro tinha 55,54% dos votos válidos, contra 44,46% dados ao seu adversário, Fernando Haddad (PT).
Às 22h30, com 99,99% das urnas apuradas, Bolsonaro tinha 57,8 milhões de votos (55,3% dos votos válidos); e Haddad, 47,03 milhões de votos (44,87% dos votos válidos). No primeiro turno, ocorrido no último dia 7, Bolsonaro obteve 46,03% dos votos válidos e Haddad 29,28%.
O novo presidente, que vai substituir Michel Temer, toma posse no dia 1º de janeiro de 2019 em solenidade no Congresso Nacional. O vice-presidente eleito é o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB).
Após a confirmação da eleição, Bolsonaro fez pronunciamento em sua residência no Rio de Janeiro, divulgado em rede social, em que citou a Bíblia, criticou a esquerda e disse que governará ao lado da Constituição. Ele também agradeceu aos médicos que cuidaram de sua saúde após o atentando à faca que sofreu em 6 de setembro.
Em São Paulo, Haddad agradeceu seus eleitores e disse que vai defender o pensamento e as liberdades desses brasileiros. Ele prometeu oposição pela democracia, em um momento no qual as "instituições são colocadas à prova a todo instante".
Perfil
Jair Bolsonaro é natural de Campinas (SP), onde nasceu em 1955, é casado pela terceira vez e tem cinco filhos, dos quais três são políticos – Flávio é deputado estadual pelo Rio e foi eleito senador no último dia 7; Eduardo foi reeleito deputado federal por São Paulo e Carlos é vereador no Rio de Janeiro.

Capitão reformado do Exército, Bolsonaro iniciou a trajetória política como vereador no Rio, em 1989. Em 1991, assumiu uma vaga na Câmara dos Deputados e foi reeleito desde então, encontrando-se no sétimo mandato. Nesse período, passou por diversos partidos, até a filiação ao PSL em março deste ano, como parte da estratégia para disputar a Presidência da República.
Esta é somente a segunda vez, no período republicano, que um deputado federal é eleito presidente da República no curso do mandato. O primeiro foi Jânio Quadros, eleito para o Planalto em 1960, quando era deputado pelo Paraná.
O plano de governo de Bolsonaro propõe uma agenda conservadora nos costumes, com ênfase na segurança pública, e liberal na economia, com promessas de reduzir os gastos públicos.
A campanha eleitoral ficou marcada pelo atentado contra Bolsonaro, que foi esfaqueado na região do abdome pelo ajudante de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira no dia 6 de setembro, durante agenda de campanha em Juiz de Fora (MG). O atentado levou o candidato a passar por duas cirurgias, e uma terceira está marcada para dezembro para restabelecer o trânsito intestinal. No início de outubro, o pedreiro se tornou réu na Justiça pela tentativa de assassinato.
Transição
A partir de agora, o presidente eleito deverá iniciar as negociações para formar o governo e conseguir montar uma base de apoio parlamentar na Câmara dos Deputados e no Senado. Na Câmara, seu partido obteve 52 cadeiras, número que o coloca como segunda força da Casa – atrás apenas do PT, com 56 deputados. A Câmara tem 513 deputados.

Além do trabalho político de costura do novo governo e da maioria parlamentar, Bolsonaro deverá montar uma equipe para fazer a ponte entre o governo que está deixando o Palácio do Planalto e o dele. A Lei 10.609/02 autoriza o candidato eleito a instituir uma equipe de transição, formada por até 50 membros.
A equipe tem o objetivo de se inteirar do funcionamento dos órgãos que compõem a administração pública federal e preparar os atos a serem editados imediatamente após a posse.
O governo Temer já anunciou que o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, será o responsável por centralizar as informações e fazer a interlocução com o novo governo.
Com informações do Portal Câmara 

27 de outubro de 2018

Datafolha: Bolsonaro tem 55% dos votos válidos e Haddad, 45%

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O Instituto Datafolha divulgou na noite de hoje (27) A última pesquisa de intenção de voto para presidente da República antes do segundo turno, que ocorrerá neste domingo (28). O candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem 55% dos votos válidos e Fernando Haddad, 45%. No levantamento anterior, divulgado na quinta (25), o ex-capitão havia marcado 56% das intenções, contra 44% do ex-prefeito de São Paulo. A diferença caiu de 12 para dez pontos percentuais.
Na contagem das intenções de votos totais (incluindo brancos, nulos e indecisos), Bolsonaro marcou 47% e Haddad, 39%. Brancos e nulos somaram 8% e indecisos, 5%. No levantamento divulgado na quinta, a medição das intenções de votos totais registrou 48% para o candidato do PSL, 38% para o concorrente do PT, 8% brancos ou nulos e 6% indecisos.
Entre os que manifestaram desejo de anular ou votar em branco, 23% admitiram que ainda podem voltar atrás nessa decisão. Mantido este percentual, matematicamente a transferência de votos não seria suficiente para uma virada de Haddad, segundo o instituto.

Rejeição

Na análise da rejeição, 45% disseram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum (contra 44% na edição anterior), 46% relataram apoio certo ao candidato e 8% cogitaram apoiar o presidenciável.
Já no caso de Haddad, 52% não votarão no petista de maneira alguma (mesmo índice do levantamento anterior), 38% disseram já estar convictos da decisão em favor do candidato e 9% admitiram que podem chegar a aderir ao ex-prefeito de São Paulo.
Em relação à certeza do voto, 94% dos que manifestaram intenção de voto no candidato do PSL garantiram que estão decididos, enquanto 6% ainda podem mudar de opinião. No caso do presidenciável do PT, a certeza foi declarada por 93%, contra 7% que aventaram a possibilidade de rever sua posição.
A pesquisa entrevistou 18.371 pessoas em 340 cidades ontem (26) e hoje (27). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pelo jornal Folha de S. Paulo e pela Rede Globo. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número BR-02460/2018.
Por Jonas Valente 
Com informações da Agência Brasil

26 de outubro de 2018

Fortaleza recebe a Ponte podendo ficar a um passo do acesso

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Fortaleza está realmente muito próximo de garantir o acesso à elite do futebol nacional. Líder da Série B do Campeonato Brasileiro, recebe a Ponte Preta nesta sexta-feira, podendo abrir uma vantagem de 12 pontos para o quinto colocado a cinco rodadas do final. Na Arena Castelão, em Fortaleza (CE), a bola rola a partir das 20h30 (no horário de Brasília).
Na ponta da tabela, o Tricolor do Pici possui 60 pontos ganhos, nove a mais que o Vila Nova, na quinta posição. Se vencer a Macaca e os goianos forem derrotados pelo Londrina, a diferença aumenta para 12, com 15 pontos a serem disputados, podendo garantir o acesso na próxima rodada. O time visitante, por sua vez, é o oitavo colocado, com 46 pontos conquistados.
Leão com as “patas” no chão
No Fortaleza, a ordem é segurar a ansiedade. O time está muito perto de carimbar o passaporte para a Série A do Brasileirão 2019, mas, a seis jogos do fim da Série B 2018, o discurso continua ponderado entre os tricolores.
“Estamos próximos de uma conquista histórica para o clube. É um momento muito especial para todos, mas vamos conter a ansiedade e focar nas partidas que restam para alcançarmos a principal meta do ano: o acesso para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Esse é o objetivo de todos aqui”, afirmou o goleiro Marcelo Boeck. “A Ponte tem uma grande equipe e briga pelo acesso também. Temos que respeitar eles, mas procurar impor nosso ritmo para vencermos. Só a vitória interessa”, completou.
Para a partida desta sexta-feira, o técnico Rogério Ceni não poderá contar com o meia-atacante Marlon, que recebeu o terceiro cartão amarelo diante do Paysandu e terá de cumprir suspensão. Romarinho deve ser escalado em seu lugar, formando o trio de ataque ao lado de Marcinho e Gustavo.
Macaca desfalcada
Em situação menos confortável, mas com o mesmo objetivo dos adversários, a Ponte Preta chega a Fortaleza precisando pontuar. O time campineiro, que está a seis pontos do G4 e segue acreditando no acesso para a Série A de 2019, ainda conta com um dos melhores aproveitamentos como visitante da competição, e aposta no bom desempenho fora de casa para voltar do Ceará com um bom resultado.
“Esperamos surpreender o líder. Sabemos da importância do jogo para eles, mas para nós também. Para eles pode decretar o acesso, mas nós estamos focados e vamos trabalhar minuto a minuto para poder sair de lá somando pontos”, afirmou o meia Matheus Vargas. “A pressão está em cima de nós. Se nós ainda sonhamos com o acesso, precisamos somar pontos contra quem está lá em cima. É um jogo importante e temos que estar bem focados na proposta de jogo que o Gilson passar para nós”, completou.
A complicação fica por conta dos desfalques que Gilson Kleina terá de lidar para montar sua equipe titular. Sem Lucas Mineiro, suspenso, e João Vitor, vetado pelo departamento médico, o técnico alvinegro terá de apostar em uma dupla de volantes alternativa. A tendência é que Nathan e Paulinho sejam os escolhidos para preencher as vagas.
FICHA TÉCNICA
FORTALEZA x PONTE PRETA

Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 26 de outubro de 2018, sexta-feira
Horário: 20h30 (Brasília)
Árbitro: Alexandre Vargas Tavares de Jesus (RJ)
Assistentes: Diego Carvalho Silva (RJ) e Daniel de Oliveira Alves Pereira (RJ)

FORTALEZA: Marcelo Boeck; Tinga, Ligger, Diego Jussani e Bruno Melo; Nenê Bonilha, Felipe e Dodô; Romarinho, Marcinho e Gustavo Henrique.
Técnico: Rogério Ceni

PONTE PRETA:  Ivan; Ruan, Renan Fonseca, Reginaldo e Danilo Barcelos; Nathan, Paulinho, Tiago Real e Matheus Vargas; André Luis e Júnior Santos.
Técnico: Gilson Kleina

Com informações da Gazeta Esportiva

23 de outubro de 2018

Ibope para presidente, votos válidos: Bolsonaro, 57%; Haddad, 43%

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O Ibope divulgou nesta terça-feira (23) o resultado da segunda pesquisa do instituto sobre o 2º turno da eleição presidencial. O levantamento foi realizado entre domingo (21) e terça-feira (23) e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.

Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

Jair Bolsonaro (PSL): 57%
Fernando Haddad (PT): 43%
Na pesquisa anterior, Bolsonaro tinha 59% e Haddad, 41% dos votos válidos.

Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no 2º turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

Votos totais
Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:

Jair Bolsonaro (PSL): 50%
Fernando Haddad (PT): 37%
Em branco/nulo: 10%
Não sabe: 3%

Rejeição
A pesquisa também apontou o potencial de voto e rejeição para presidente. O Ibope perguntou: "Para cada um dos candidatos a Presidente da República citados, gostaria que o(a) sr(a) dissesse qual destas frases melhor descreve a sua opinião sobre ele"?

Jair Bolsonaro

Com certeza votaria nele para presidente - 37%
Poderia votar nele para presidente - 11%
Não votaria nele de jeito nenhum - 40%
Não o conhece o suficiente para opinar - 11%
Não sabem ou preferem não opinar - 2%

Fernando Haddad

Com certeza votaria nele para presidente - 31%
Poderia votar nele para presidente - 12%
Não votaria nele de jeito nenhum - 41%
Não o conhece o suficiente para opinar - 14%
Não sabem ou preferem não opinar - 2%

Votação espontânea
O Ibope também apresentou a intenção de voto espontânea, quando o entrevistado aponta em quem pretende votar sem a apresentação dos nomes dos candidatos.

Jair Bolsonaro – 42%
Fernando Haddad – 33%
Na pesquisa anterior, Bolsonaro tinha 47% e Haddad, 33%.

Expectativa de vitória
O instituto também apontou a “expectativa de vitória”, independentemente da intenção de voto. Os resultados foram:

Jair Bolsonaro – 69%
Fernando Haddad – 21%
Não sabem ou preferem não opinar - 9%

No levantamento anterior, a expectativa de vitória de Bolsonaro era de 66% e a de Haddad, 21%.

Sobre a pesquisa

Margem de erro: 2 pontos percentuais para mais ou para menos
Entrevistados: 3010 eleitores em 208 municípios
Quando a pesquisa foi feita: 21 a 23 de outubro
Registro no TSE: BR‐07272/2018
Nível de confiança: 95%
Contratantes da pesquisa: TV Globo e "O Estado de S.Paulo"

O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.

Com informações do G1

21 de outubro de 2018

TSE prepara anúncio de medidas de combate às fake news

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A uma semana do segundo turno, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para hoje (21) à tarde uma entrevista à imprensa em que devem ser anunciadas medidas de combate à disseminação de notícias falsas (fake news) nas redes sociais. A entrevista ocorre no momento de acirramento de acusações entre as campanhas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
Além da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, deverão participar da entrevista os ministros Raul Jungmann, da Segurança Pública, e Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.
No TSE, há decisão para abertura das investigações em torno das denúncias sobre a existência de empresários que financiariam um esquema criminoso para a propagação de fake news anti-PT via WhatsApp. A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral Eleitoral também estão nas apurações.
A semana que passou foi tensa, pois Haddad acusou Bolsonaro de estar por trás do esquema. Os adversários trocaram acusações. Bolsonaro negou envolvimento. Pelo Twitter, o candidato do PSL afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e que o PT não está sendo prejudicado por fake news, e sim pela “verdade”.
Partidos políticos, que apoiam ambos os candidatos, recorreram à Justiça Eleitoral em busca de providências. O PT pediu ao TSE para declarar Bolsonaro inelegível por 8 anos com base nas denúncias publicadas na imprensa.
Com informações da Agência Brasil

Meninas e mulheres representam 46% das evasões escolares

Wanessa Freitas, engravidou aos 15 anos e deixou a escola antes de acabar o nível fundamentalFoto: Helene Santos
A transição entre os ensinos fundamental e médio é, em geral, uma das grandes mudanças da fase adolescente - mas para Wanessa Freitas, 21, as portas da sala de aula se fecharam antes mesmo do encerramento da primeira etapa. Aos 15, a atual dona de casa abandonou os estudos por quatro anos para cuidar do filho recém-nascido, ficando longe da educação formal e integrando a parcela de meninas que, rendidas por questões de gênero, deixam a escola e veem o futuro desbotar.

No Ceará, entre 2013 e 2017, 66.776 meninas e mulheres abandonaram o Ensino Médio. A quantidade correspondente a 46% do total de evasões no período. Os dados são contabilizados a partir dos censos escolares realizados pelo Ministério da Educação (MEC) e revelam ainda que a idade mais crítica para o abandono é a de 17 anos - faixa etária em que quase 15 mil pessoas do gênero feminino se ausentaram das salas de aula.

À época estudante de uma escola particular de Caucaia, Wanessa teve a adolescência interrompida ao se tornar mãe de Matheus, hoje com 6 anos, que nasceu aos seis meses de gestação e precisou concentrar todas as atenções da genitora. "Meu filho requeria cuidados que eu não confiava em deixar na mão de outra pessoa. Quando ele ficou maior, comecei um supletivo, mas parei de novo. Tinha aula todo dia em Fortaleza, não dava pra mim", relembra. Em março deste ano, a dona de casa driblou as dificuldades, recomeçou os estudos e, atualmente, cursa o equivalente ao 1º ano do Ensino Médio em uma escola estadual da Região Metropolitana.

Atualmente, a caucaiense figura entre os 48.094 cearenses que estavam, em 2017, com três anos ou mais de atraso na vida escolar, problema denominado como distorção idade-série, de acordo com o Censo Escolar 2017, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Causas
Segundo o chefe de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Ítalo Dutra, a gravidez precoce ocupa o quarto lugar entre as causas de evasão escolar feminina no País, seguida por razões como abuso ou violência sexual, casamento infantil e trabalho doméstico.

Este último, aliás, "é uma desvantagem delas e acentua a cultura predominantemente machista da sociedade, que precisamos trabalhar melhor", segundo pondera Ítalo, apontando para uma consequente penalização "natural" sofrida pelas mulheres diante desse cenário. "Já temos evidências para confirmar que estar fora da escola é estar mais vulnerável a uma série de violências, como homicídios e violação de direitos. Especificamente para as meninas, a gravidez e todas as questões que envolvem menor escolarização aumentam a possibilidade de um ingresso precário no mercado de trabalho e de uma profissionalização não adequada - o que impacta diretamente na renda das famílias, muitas delas lideradas por mulheres", avalia.

Na avaliação do titular da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), Rogers Mendes, a raiz dos casos de evasão escolar está associada à não aprendizagem. "Quando não se garante alfabetização para todos, aqueles que não conseguem o desenvolvimento da leitura e da interpretação têm muito mais dificuldade de levar os estudos à frente".

Em relação às adolescentes e jovens, porém, o secretário aponta fatores relativamente recentes e agravantes para o abandono. "Outros indicadores que não os educacionais estão tirando as meninas da escola. Os problemas de renda e da criminalidade revelam que elas não estão mais sendo protegidas para ficar afastadas de atividades como o uso de drogas, por exemplo. Antes, isso atingia mais os meninos. Agora, o público feminino tem se aproximado dessas situações", lamenta o secretário.

Além dos fatores socioeconômicos, o chefe de Educação do Unicef, Ítalo Dutra, chama atenção para um problema interno das escolas como sendo determinante para a evasão, independentemente do gênero, e observa ainda a necessidade de olhar para esta problemática de forma multisetorial.

"Currículos mais conectados com as demandas de aprendizagem dessas meninas precisam ser pensados. A escola está pouco ligada às necessidades globais delas e, portanto, pouco interessante", argumenta Ítalo.

Segundo a Seduc, uma análise do perfil dos estudantes que abandonam a escola tem sido elaborada no Ceará - considerando fatores como gênero, cor, renda e desempenho, com o objetivo de "trabalhar na busca ativa dos que não estão matriculados".

Medidas
À frente das iniciativas governamentais, o Unicef realiza nos municípios brasileiros o projeto Busca Ativa Escolar, cuja intenção é identificar, mapear e matricular crianças e adolescentes em idade para estudar em escolas regulares, e que estão fora das escolas.

De acordo com o chefe de educação do Fundo, 164 municípios cearenses já aderiram ao projeto, incluindo Fortaleza, e estão em diferentes fases. A maior parte das adesões, segundo Ítalo, aconteceu entre maio e junho deste ano. Por meio de agentes de saúde e "outras equipes das quais as cidades já dispõem", mais de 2 mil crianças e adolescentes em situação de evasão já foram identificadas. A Seduc ainda não aderiu oficialmente ao projeto.

O titular da Secretaria, Rogers Mendes, justifica que "a contratação das pessoas que vão andar nas casas" para levantar a quantidade de alunos fora da escola atrasou devido às "limitações impostas pelo período eleitoral", mas que o projeto "Nem um aluno fora da escola", lançado em abril deste ano, "visa justamente uma parceria com a Unicef".
No Ceará, entre 2013 e 2017, 66.776 meninas e mulheres abandonaram o Ensino Médio
Na idade mais crítica,17 anos, quase 15 mil pessoas do gênero feminino saíram das salas de aula
261.934
cearenses estão atrasados nos estudos. Do número total de estudantes das redes municipal e estadual que estão em distorção idade-série no Ceará, 103.577 são mulheres, o correspondente a 39,5% do total.

Por