28 de maio de 2018

Petroleiros convocam dia de mobilização nesta segunda-feira (28/5)

Michael Melo/Metrópoles
A dois dias da greve nacional de 72 horas marcada para começar à zero hora de quarta-feira (30/5), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou para esta segunda-feira, dia 28, um dia de mobilização em todas as unidades da Petrobras pelo País. A ideia é que os petroleiros não assumam seus postos no turno da manhã, informou o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel. Mobilizações do tipo já foram feitas neste domingo (27/5), em seis refinarias e duas fábricas de fertilizantes, disse Rangel.
Segundo o líder sindical, a mobilização nacional desta segunda-feira funcionará como um “esquenta” da paralisação de 72 horas decidida pela FUP em reunião na tarde de sábado (26/5). A ideia para a mobilização prévia não é parar a produção, por isso, os atos deverão se concentrar nos turnos da manhã.
No próprio sábado, a FUP entregou o comunicado de greve à Petrobras. A lista de reivindicações inclui cinco pontos, entre eles a demissão do presidente da companhia, Pedro Parente. Os sindicalistas pedem também a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; a manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis; o fim da importação de derivados de petróleo; e a desmobilização do programa de venda de ativos promovido pela atual gestão da estatal.
Para Rangel, a pauta de reivindicações “dialoga” com os pedidos feitos pelo movimento grevista dos caminhoneiros e com uma preocupação da sociedade. “A sociedade está sendo penalizada pelos preços abusivos dos combustíveis”, afirmou Rangel, completando que o objetivo de alinhar os preços dos combustíveis internacionalmente seria uma estratégia da Petrobrás para vender refinarias.
Neste domingo, o governo federal começou a estudar a possibilidade de entrar com ação na Justiça para tentar barrar a greve dos petroleiros, como informou o Estadão/Broadcast. A ação teria de ser impetrada pela Advocacia-Geral da União (AGU), possivelmente no Supremo Tribunal Federal (STF), para ter abrangência em todas as refinarias do País. O assunto foi aventado em pelo menos uma das reuniões realizadas neste domingo no Palácio do Planalto.
Rangel disse não ter conhecimento dos movimentos da AGU, mas, segundo ele, “não será nenhuma surpresa”. O coordenador-geral da FUP disse que a entidade está certa de que cumpriu todas as exigências legais para garantir o direito de greve, tanto que a paralisação foi convocada para começar 72 horas depois de a decisão ter sido comunicada à estatal.
Com informações do Jornal Metrópoles 

Maurílio Silva deixa Ferroviário mesmo após classificação: "Motivo ficou claro"

Maurílio Silva, técnico do ASA (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Maurílio Silva, técnico do ASA (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Maurílio Silva não é mais treinador do Ferroviário. Ele entregou o cargo nesta segunda-feira (28) após classificar o Tubarão da Barra para a segunda fase da Série D do Brasileiro, na liderança do seu grupo. Na partida contra o Cordino, o time coral não conseguiu conquistar a vitória. O ex-técnico do Ferrão, Maurílio Silva, foi bastante criticado pelos torcedores que assistiam o empate por 0 a 0 no Presidente Vargas.

- O motivo ficou claro no jogo. Desde quando cheguei no Ferroviário começamos um trabalho muito bom, todos estão vendo. Não perdemos, fomos líder do grupo e classificamos a equipe. Buscamos o objetivo de decidir o último jogo em casa. Se for para ver o time pressionado por minha pessoa, deixo a equipe - afirma.

O Ferroviário permaneceu invicto durante toda primeira fase da Série D, porém não venceu dentro de casa. Foram três jogos e três empates no Presidente Vargas. Maurílio conta que a decisão não foi tomada de imediato, mas que a atitude da torcida influenciou para a escolha de deixar a equipe.

- Fui para casa, não tomei a decisão antes. Estávamos todos abalados pela forma que fomos tratados, eu e minha familia, nunca passei por isso na minha carreira. Tinha como meta está a frente, conquistar o acesso, mas hoje tomei essa decisão. O Ferroviário segue e eu sigo aguardando outra oportunidade aí - finaliza.

Por GloboEsporte.com, Fortaleza, CE

Abastecimento de combustível ainda é lento no interior do CE, mesmo com liberação do cais do Porto do Mucuripe

Motoristas fizeram filas em postos de Fortaleza após a liberação do centro de distribuição de combustível no sábado (26).  (Foto: Denise Brandão)Motoristas fizeram filas em postos de Fortaleza após a liberação do centro de distribuição de combustível no sábado (26). (Foto: Denise Brandão)

Com o acesso ao centro de distribuição no cais do Porto do Mucuripe desbloqueado, caminhões-tanque abasteceram quase 100% dos postos de Fortaleza nesta segunda-feira (28). No entanto, o restabelecimento no interior do estado de 90 cidades abastecidas a partir de Fortaleza deve ser concluído somente nos próximos dias, já que os caminhões estão sendo enviados para as cidades em comboio e com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Nas cidades que dependem do abastecimento de outros estados, a oferta de combustível é instável, segundo informações repassadas pelo G1 por estabelecimentos. O posto Lavras, em Lavras da Mangabeira, depende de entregas vindas de Suape (PE) e está sem gasolina desde quarta-feira passada. Quatro dos cinco postos da cidade não têm combustível. Em Iguatu, apenas um posto tem gasolina. Em Crateús, 10 postos devem tem algum tipo de combustível e há falta em outros quatro. Em Independência, em um dos postos consultados o estoque deve durar apenas até esta terça.

O centro de distribuição de combustível foi bloqueado por motoristas de aplicativo e caminheiros de quinta-feira (24) até o sábado (26). A liberação ocorreu ainda no sábado, depois de um acordo entre manifestantes. Postos começaram a receber combustível no sábado, e houve filas de motoristas para abastecer.

De acordo com o vice-presidente do Sindipostos, Paulo Sérgio Pereira, o reabastecimentos dos postos na Região Metropolitana será 100% normalizado até a noite desta segunda. "O processo para reabastecer os postos no interior é um pouco mais lento até pela segurança. Os caminhões estão saindo em comboio e com a escolta sendo feita pela polícia. O abastecimento está acontecendo, mas de forma mais lenta", disse.

Cariri desabastecido
Pereira diz que a situação do Cariri é a mais difícil. "A situação do Cariri é crítica, porque o Terminal do Mucuripe atende a região metropolitana de Fortaleza, a região Norte, a região Central e o litoral Leste. No Centro-Sul nós temos uma base em Crato da Petrobras que já está no limite. Não tem mais combustível e todo combustível dessa região está vindo de Suape, Pernambuco, mas não tem como aglomerar caminhões tanques, fazer um comboio e providenciar segurança ao mesmo tempo. É uma situação complicada porque se você carregar, por exemplo, 10 carretas em Suape, eles correm o risco de pegar algum bloqueio dos caminhoneiros e parar", diz. "Não tem nenhuma previsão para a região do Cariri, até porque Suape abastece quase todo o estado de Pernambuco, e eles estão desabastecidos, obviamente eles vão dar preferência para a Região Metropolitana do Recife, daí para outros estados, como Paraíba, Alagos e a região sul do Ceará", acrescentou.

Paralisação dos caminhoneiros
O bloqueio do centro de distribuição ocorreu durante paralisação de caminhoneiros que ocorre há oito dias no Ceará e em todo o país, motivada pela alta no preço do combustível. No Ceará, 13 trechos têm manifestações nas rodovias nesta segunda-feira.

Com informações do G1 CE

Petrobras anuncia redução de 2,8% no preço da gasolina nas refinarias

Michael Melo/Metrópoles

A Petrobras reduziu pela quinta vez consecutiva o preço da gasolina nas refinarias. A partir desta terça-feira (29/5), o combustível terá queda de 2,8% no valor e sairá por R$ 1,9526, o litro. Desde 16 de maio, o insumo não custava menos do que R$ 2. Ainda não é possível avaliar qual será o impacto para o consumidor final.

Apesar disso, no mês de maio, a gasolina acumula uma alta de 8,6%, considerando que, em 28 de abril, o litro tinha o custo de R$ 1,7977.

Acordo
Já o diesel também deve sofrer queda nos últimos dias. Após uma semana de protestos de caminhoneiros no Brasil inteiro, o presidente Michel Temer anunciou, no domingo (27), um pacote de cinco mudanças para conter a crise nas estradas brasileiras. A principal delas envolve a redução do preço do diesel: R$ 0,46 centavos, desconto válido por 60 dias.

Daqui a dois meses, segundo o chefe do Executivo nacional, os reajustes serão apenas mensais. Três das mudanças serão aplicadas por meio de medidas provisórias: isenção da cobrança do eixo suspenso nos pedágios de rodovias federais, estaduais e municipais, garantia de 30% dos fretes na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e tabela mínima de frete, conforme previsão do Projeto de Lei nº 121, sob análise no Senado Federal.

Ainda há bloqueios
Apesar de o acordo entre caminhoneiros e governo garantir o fim da greve da categoria – responsável por paralisar o país durante uma semana –, uma das entidades representantes do setor ressaltou que a volta ao trabalho dos motoristas pode não ser feita de forma instantânea. Conforme informou a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (28/5), “ainda não houve tempo hábil para que todos tivessem conhecimento da decisão tomada” na noite de domingo (27).


De acordo com a Abcam, uma força-tarefa tem sido feita no sentido de ajudar a informação a circular pelo Brasil o mais rapidamente possível. “A entidade vem trabalhando para que o acordo chegue em toda a categoria”, cita o texto dos caminhoneiros autônomos.

Com informações do Jornal Metrópoles 

Ferroviário enfrenta o Cordino-MA na segunda fase da série D

Após a primeira fase do Campeonato Brasileiro série D ser encerrada, o Ferroviário se classificou como líder do grupo A4 com 10 pontos. A equipe está invicta na competição e já conhece o seu adversário para a próxima fase.
O Ferroviário enfrentará novamente o Cordino-MA, que se classificou na segunda colocação do mesmo grupo do Ferrão. Na segunda fase da série D, os confrontos são de mata-mata. Como o Ferroviário se classificou em primeiro lugar da sua chave, faz a primeira partida fora e decide em casa a classificação.
Confira os dias dos confrontos:
Ida:
Cordino x Ferroviário
03/06/18
Horário a definir
Estádio Leandrão

Volta: 
Ferroviário x Cordino
10/06/18
Horário a definir
Estádio Presidente Vargas

Com informações do ferroviario.com

Ceará melhora taticamente, mas perde no detalhe para o Grêmio


Em jogo válido pela 7ª rodada do Brasileirão, o Ceará enfrentou o Grêmio, na Arena Castelão, e foi vencido por 1 a 0. Thonny Anderson marcou o único gol da partida, aos 35 minutos da etapa final. O próximo desafio do Vovô na Série A já é nesta quarta-feira, 30/05, diante da Chapecoense, fora de casa.


“Não temos tempo para lamentar. Mesmo com pouco tempo de trabalho do técnico Jorginho, já conseguimos mudar algumas coisas em relação a parte tática do nosso time. Fomos bem, mas isso não foi o suficiente. Temos um confronto direto, agora, para buscar a vitória, que nos ajudará a sair dessa situação incômoda no campeonato”, revelou o meia Ricardinho, em coletiva de imprensa de pós-jogo.

O elenco alvinegro já segue viagem nesta segunda-feira, 28/05, e, após escala em São Paulo, desembarca em Chapecó no final da tarde. Na terça-feira, 29/05, a programação prevê treino apronto em solo catarinense. Na Arena Condá, a bola rola para Chapecoense e Ceará às 21 horas da quarta-feira, 30/05.

Com informações do cearasc.com

Conservador e ex-guerrillheiro disputam em junho 2º turno na Colômbia

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Os 36 milhões de eleitores colombianos voltarão às urnas no dia 17 de junho para escolher o próximo presidente entre dois candidatos: um de direita e outro de esquerda, com propostas politicas e econômicas diferentes. O advogado conservador Iván Duque venceu o primeiro turno nesse domingo (27) com 39% dos votos. O ex-guerrilheiro Gustavo Petro ficou em segundo lugar, com 25% dos votos. Ambos esperam atrair os simpatizantes do matemático Sergio Fajardo, candidato de centro-esquerda, que surpreendeu conquistando quase 24% dos votos.

A disputa pelos votos dos candidatos mais moderados, excluídos do segundo turno, já começou. Duque e Petro têm algo em comum: uma mulher como vice. Mas o divisor de águas é o acordo de paz, assinado há dois anos, entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) – a maior guerrilha do pais. O documento encerrou meio século de guerra civil: 7 mil guerrilheiros depuseram suas armas, em troca de anistia e o direito de formar um partido politico com a mesma sigla, com dez assentos garantidos no Parlamento até 2026.

Duque e Petro
Assim como seu padrinho politico, o ex-presidente Alvaro Uribe – Duque foi um duro crítico do acordo, por achar que foram feitas demasiadas concessões aos ex-guerrilheiros. No discurso, comemorando a vitória no primeiro turno, ele ressaltou que não vai destruir o documento, assinado em 2016, pelo atual presidente, Juan Manuel Santos, e Rodrigo Londoño, o líder das Farc, conhecido por Timochenko. o candidato deu a entender que vai rever o perdão a ex-guerrilheiros que financiaram suas atividades com o narcotráfico. Ele também se comprometeu a combater a corrupção – um dos pilares da campanha de Fajardo.
Petro apoia o acordo de paz: ele é a prova de que pode funcionar. Antes de ser legislador e prefeito de Bogotá, ele foi guerrilheiro do M-19. O grupo aceitou depor as armas em 1990, para formar um partido politico. No discurso, apos o primeiro turno, ele destacou a importância de uma Colômbia com propostas diversificadas, e não apenas um único modelo de país. O candidato propõe reduzir a dependência da economia colombiana no petróleo e carvão, além de cobrar impostos aos latifúndios improdutivos e investir em produção. Petro falou da importância da educação – a principal bandeira defendida por Fajardo.
Eleições
Mais da metade dos eleitores colombianos foram às urnas nesse domingo – foi a maior participação em quase duas décadas. Um dos motivos foi a falta de violência: o grupo guerrilheiro Exercito de Libertação Nacional (ELN) aceitou um cessar-fogo durante a votação e também está negociando a paz com o presidente Juan Manuel Santos.
Apesar de o acordo de paz ter sido o tema nessa histórica eleição, os assuntos que hoje preocupam o eleitorado colombiano são o desemprego (9%) e a segurança, os ex-guerrilheiros, ex-paramilitares e os narcotraficantes, que estão ocupando as áreas antes controladas pelas Farc.
Por Monica Yanakiew
Com informações Agência Brasil

Chegam ao Congresso primeiras MPs do acordo com caminhoneiros

Resultado de imagem para  MPs do acordo com caminhoneirosJá estão no Congresso as três medidas provisórias (MPs) editadas ontem (27) pelo presidente Michel Teme,r que resultaram do acordo firmado com os caminhoneiros para o fimdos protestos iniciados no dia 21 deste mês. A partir de agora, uma comissão mista, composta por deputados e senadores, é formada para discutir cada uma das medidas. Depois de votadas nessa comissão, elas precisam ser apreciadas pelo plenário da Câmara e do Senado.

Convocação

Em uma semana mais curta, por causa do feriado de Corpus Christi (31), a expectativa é de que deputados e senadores tenham uma segunda-feira (28) atípica, já que foram convocados para sessões deliberativas às 16h em suas respectivas casas. Os presidentes Rodrigo Maia (Câmara) e Eunício Oliveira (Senado) enviaram e-mail aos parlamentares e líderes partidários para reforçar a importância da presença de todos no Congresso. No Senado, o reforço também foi feito por telefone.

Na pauta da sessão dos deputados está o projeto sobre o cadastro positivo obrigatório (Projeto de Lei Complementar 441/17), além de três medidas provisórias. O texto-base do cadastro positivo foi aprovado no último dia 9, mas ainda restaram os destaques apresentados à proposta. Um deles, de autoria do PT e do PSOL, pretende manter o cadastro positivo como opção do consumidor e evitar o envio de informações financeiras aos gestores de banco de dados sem quebra de sigilo bancário.

Na lista das MPs está, por exemplo, a 820/18, que disciplina ações de assistência emergencial para acolhimento de estrangeiros que se refugiam no Brasil em razão de crises humanitárias em seus países de origem. Inicialmente, a MP tem como foco os venezuelanos que estão migrando em massa para Roraima, mas o projeto de lei de conversão que torna a medida definitiva, do deputado Jhonatan de Jesus (PRB-RR), é mais abrangente. Ele alcança também migrantes nacionais e prevê a ampliação das políticas de proteção social e atenção à saúde, além da oferta de atividades educacionais, cursos de profissionalização.

Senado

Os senadores, por sua vez, tentam limpar a pauta trancada por seis medidas provisórias. Já o regime de urgência do PLC 121/17, que define uma política de preços mínimos para o setor de transporte de cargas, deve ficar prejudicado com a edição de uma MP com o mesmo objetivo.

Combustíveis

Ainda na pauta da crise com os caminhoneiros, amanhã (29), às 9h, deputados e senadores estarão juntos em uma comissão geral, para debater o preço dos combustíveis no Brasil. Entre os temas que poderão ser abordados estão a política de reajustes quase diários da Petrobras, os reflexos da paralisação dos caminhoneiros e o desabastecimento de diversos produtos no país.

MPs

A MP 831/18 reserva 30% do frete contratado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para cooperativas de transporte autônomo, sindicatos e associações de autônomos, a 832 institui a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas e a 833 dispensa o pagamento de pedágio do eixo suspenso de caminhões, uma das principais reivindicações dos grevistas.

Por Karine Melo
Com informações da Agência Brasil

Governo quer aumentar impostos para bancar redução no preço do diesel

RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Para compensar o desconto concedido no preço do diesel, o governo estuda transferir para a população os custos da operação que culminou no fim da greve dos caminhoneiros. Na manhã desta segunda-feira (28/5), o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o Executo terá de aumentar impostos ou retirar benefícios tributários para garantir a redução de R$ 0,46 no preço do diesel.
De acordo com o chefe da pasta, as alterações no modelo causarão um impacto de R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos. “As medidas que estamos colocando aqui podem ser majoração de impostos e eliminação de benefícios hoje existentes”, afirmou.
O chefe da pasta explicou que R$ 0,16 serão retirados de tributos (Cide, PIS e Cofins) e os outros R$ 0,30 passarão a ser bancados pelo governo através da liberação de um crédito extraordinário. “Essa redução é amplamente clara, legal e segura do ponto de vista fiscal. Estamos fazendo todas as compensações necessárias”, garantiu.
O ministro, ainda, a importância da aprovação do projeto de reoneração no Congresso Nacional para dar prosseguimento às medidas.
“Tão logo o Congresso aprove a reoneração da folha, iremos dar seguimento ao que foi acordado com os caminhoneiros. O governo está full time trabalhando nas negociações. Assinamos um termo de compromisso e, agora, acho que chegamos a um conjunto de medidas. Nossa expectativa é que o transporte de cargas volte a funcionar”, disse Guardia.
Na avaliação dele, as contas do estado não são capazes de suportar mais reduções. “Não há disponibilidade fiscal. O preço do petróleo não é definido pelo governo e aumentou no mundo inteiro”, ressaltou.
Acordo
Na noite do domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no preço do diesel nas bombas por 60 dias. Além disso, a Petrobras só irá reajustar os preços praticados de 30 em 30 dias.

“Fomos no limite para reorganizar a situação. Não é o governo que estabelece o preço do petróleo. As commodities subiram no mundo inteiro. Não temos condições fiscais de ir além disso. O mundo inteiro está pagando mais caro pelo petróleo. O governo não fará nenhum controle de política de preços. Isso é com a Petrobras”, reforçou o ministro da Fazenda em coletiva.
As medidas foram anunciadas após sete dias de greve dos caminhoneiros que causou uma crise de abastecimento geral no país. Na manhã desta segunda (28), ainda há registro de manifestações e paralisações em algumas rodovias federais.
Por Saulo Araújo
Com informações do Metrópoles