8 de setembro de 2018

Melhorar formação e salários de professores será desafio de presidente

Brasília - Professor Rafael Procópio, do canal Matemática Rio, dá aula com dicas de matemática para os candidatos do Enem, a uma semana da primeira prova (José Cruz/Agência Brasil)
Profissionais essenciais para a educação, os professores não poderão ficar de fora da agenda dos próximos governantes. Juntamente com mudanças no ensino médio e a ampliação de vagas no ensino superior, a valorização dos docentes está entre os maiores desafios do eleito em outubro.
Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), lei aprovada em 2014, o país terá que melhorar não apenas os salários, mas também a formação de quem está todos os dias em sala de aula.
Brasília - Professor Rafael Procópio, do canal Matemática Rio, dá aula com dicas de matemática para os candidatos do Enem, a uma semana da primeira prova (José Cruz/Agência Brasil)Profissionais essenciais para a educação, os professores não poderão ficar de fora da agenda dos próximos governantes - José Cruz/Arquivo Agência Brasil
O Brasil ainda tem muitos docentes que atuam em áreas que não foram formados. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que, na educação infantil, 53,4% dos docentes não têm formação superior adequada. No ensino fundamental, o percentual chega a 49,1% nos anos finais (do 6º ao 9º ano) e a 41% nos anos iniciais (do 1º ao 5º ano). No ensino médio, 39,6% não têm formação adequada.
Pelo PNE, até 2024, todos os professores têm que ter a formação na mesma área em que lecionam.
“A educação tem dois pilares: ensino e aprendizagem. Não se aprende na escola se o ensino for um pilar capenga. É preciso que o ator do ensino, que é o professor, seja bem formado”, defende a coordenadora de Políticas Educacionais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda.
Valorizar os profissionais e aumentar os salários dos docentes também são desafios. O último relatório de monitoramento do PNE, divulgado pelo Inep mostra que os professores de escolas públicas ganham, em média, 74,8% do que ganham profissionais assalariados de outras áreas, ou seja, cerca de 25% a menos. Até 2020, esse rendimento terá que ser o mesmo das demais categorias.
“A procura por cursos superiores de licenciatura tem diminuído porque não tem valorização desses profissionais. Não tem condições de trabalho. Eles não têm como se focar na formação continuada”, complementa Andressa.
Relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que a porcentagem de estudantes que querem ser professores passou de 5,5% em 2006 para 4,2% em 2015. No Brasil, em 2015, a porcentagem dos que esperam ser professores é ainda menor que a média dos países da OCDE, 2,4%.
Para a integrante da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope), Helena Costa Lopes de Freitas, apesar de o professor ser parte essencial da educação, não se pode atribuir apenas a esses profissionais os fracassos educacionais. Uma série de fatores impacta na qualidade das aulas.
“Tem professor com jornada dupla ou tripla, que tem que sair do ensino fundamental de dia e ir para o EJA [Educação de Jovens e Adultos] à noite. A jornada pode chegar a 60, 70 horas semanais. Não temos a implementação do piso salarial para todos os locais”, diz.
“Isso tudo entrava a motivação dos professores para continuar no trabalho. Fala-se muito em atestado médico, mas os professores estão esgotados, estão doentes, essa é uma realidade”.

Mudanças na formação

Andressa acrescenta que para melhorar a formação dos professores é preciso valorizar também o ensino superior já que é pelas universidades “que passam os nossos profissionais da educação que vão atuar na educação básica”. “Precarizar o ensino superior é precarizar os profissionais que atuam nas escolas”, afirma.
Professor Jairo de Souza diz que a família pode ajudarFormação e valorização de professores serão desafios de próximo presidente da República - Valter Campanato/Arquivo Agência Brasil
O país está em processo de definição da chamada Base Nacional Comum Curricular, que vai estabelecer o conteúdo mínimo que todos os estudantes do país têm direito a aprender, independentemente de estudarem em escolas públicas ou particulares. A parte do ensino infantil e fundamental foi aprovada no final do ano passado. A parte do ensino médio está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE).
A Base deverá nortear a formação dos professores – tanto a inicial quanto a continuada, feita depois de formados.
Em 2015, o MEC aprovou uma resolução do CNE para mudar os cursos de licenciatura do país que deverão ser mais longos e ter mais práticas. A resolução deverá ser implementada em todo o país.
Andressa ressalta que a valorização dos professores também passa pela ampliação do financiamento da educação. Os dados mais recentes do Inep mostram que o investimento público em educação caiu de 6% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas pelo país, em 2014, para 5,5% do PIB, em 2015.
A meta estipulada pelo PNE é o investimento anual de pelo menos 10% do PIB em educação pública a partir de 2024. O plano estabelece ainda a meta intermediária de investimento de 7% do PIB em 2019.
Por Mariana Tokarnia 
Com informações da Agência Brasil

O aquecimento global resumido em um vídeo de menos de um minuto

O aquecimento global resumido em um vídeo de menos de um minuto
Antti Lipponen é um pesquisador do Instituto Meteorológico da Finlândia empenhado em que o maior número possível de pessoas entenda a importância da mudança climática. Com base nas informações e nos conhecimentos que obtém em seu trabalho, ele cria gráficos em movimento pensados para as redes sociais que explicam o aquecimento global em menos de um minuto.
Em 25 de agosto, publicou um deles em sua conta no Twitter com dados da Nasa. Nele, inclui as anomalias térmicas de mais de 190 países entre 1880 e 2017. “Dá medo”, disse o próprio Lipponen ao mostrar o gráfico pela primeira vez. A imagem foi compartilhada mais de 18.000 vezes em duas semanas de publicação. No início de setembro, ele publicou uma versão mais ampla do gráfico, com mais países incluídos.
“Quero demonstrar que as consequências da mudança climática não vão chegar em um futuro próximo, nós já as estamos vivendo, e fazer isso em um âmbito mais amplo do que o estritamente científico”, comenta ao Verne por telefone.
Lipponen considera anomalia térmica a diferença entre a temperatura de cada ano e a média do período entre os anos de 1951 e 1980. À medida que os países vão se aquecendo, as bolhas coloridas que os representam vão crescendo.
Além das muitas horas de pesquisa que investe em seu trabalho, o finlandês dedicou outras quatro horas para a criação do gráfico que resume os dados. O último plano mostra a diferença de graus de cada país em 2017 em relação à média.
Embora países como Mongólia e Rússia mostrem aumentos de temperatura mais pronunciados, superiores a dois graus, há outros lugares do planeta nos quais devemos prestar mais atenção.
“Se a Antártida degelar ao ter um clima mais quente, essa enorme quantidade de água se transformará em inundações em outros países”, aponta Lipponen. “Não há motivo para que alguns políticos neguem a mudança climática. Não acredito que façam isso por ignorância, e sim por um interesse cínico”, comenta.
O pesquisador já criou no ano passado um gráfico com informações similares, que foi compartilhado por mais de 11.000 usuários.
Por Héctor Llanos Martínez
Com informações do El País

Fortaleza busca recuperação na Série B em visita ao Criciúma

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Sem vencer há dois jogos, um fato incomum na atual edição do Campeonato Brasileiro da Série B, o líder Fortaleza busca recuperação diante do Criciúma, no Heriberto Hulse, neste sábado, às 16h30 (de Brasília), pela 26ª rodada da competição. O Tigre, por sua vez, quer a vitória para se distanciar da zona de rebaixamento, já que tem apenas um ponto a mais que o Juventude, primeiro time do grupo descenso.

Para voltar a vencer, a grande novidade da equipe de Rogério Ceni é o lateral esquerdo Bruno Melo, que retorna após cumprir suspensão. Em contrapartida, o meia Marlon tem uma lesão muscular e será desfalque. Ederson e Romarinho brigam pela vaga. O zagueiro Adalberto, o volante Nenê Bonilha e o atacante Wilson seguem contundidos e estão vetados.
O discurso da ordem no Fortaleza é mais atenção na defesa, já que a equipe empatou com o Figueirense em casa jogando boa parte da partida com um jogador a mais. “A gente tem que ter um pouco mais de atenção. Tomamos gols bobos e isso não pode acontecer. A gente sabe que estamos na liderança. E vamos continuar focados em busca dos nossos objetivos”, disse Romarinho.
Pelo outro lado, o Criciúma terá apenas uma mudança em relação a vitória diante do Juventude. Suspenso, Liel dá lugar a Jean Mangabeira no meio-campo. Segundo Mazola Júnior, treinador da equipe, a troca preserva a estrutura do time e dá ainda mais velocidade.
“Características diferentes, mas função parecida. O Jean é até um pouco mais rápido, o Liel tem técnica mais apurada e um jogo aéreo forte. Acreditamos que ele fará um grande trabalho”, declarou.
Se a escalação titular será quase a mesma, o banco de reservas terá novidades. Recuperados de lesão, Fábio Ferreira e Nicolas participaram de jogo-treino contra o Tubarão durante a semana, foram relacionados e são opções para o segundo tempo.
“Foram dois dias de recuperação, não de preparação. Para o pessoal que não está jogando foi bom, o jogo-treino contra o Tubarão, visualizamos situações de quem não está jogando e que são tão importantes como quem vinha atuando”, explicou Mazola.
FICHA TÉCNICA
CRICIÚMA X FORTALEZA

Local: Estádio Heriberto Hulse, em Criciúma (SC)
Data: 8 de setembro de 2018, terça-feira
Horário: 16h30 (Brasília)
Árbitro: Marielson Alves Silva (BA)
Assistentes: José Carlos Oliveira dos Santos (BA) e Edevan de Oliveira Pereira (BA)

CRICIÚMA: Luiz; Sueliton, Nino, Sandro e Marlon; Jean Mangabeira, Ralph, Eduardo e Elvis; Vitor Feijão e Zé Carlos.
Técnico: Mazola Júnior

FORTALEZA: Marcelo Boeck; Tinga, Diego Jussani, Ligger, Bruno Melo; Jean Patrick, Felipe, Dodô; Romarinho (Ederson), Gustavo e Marcinho.
Técnico: Rogério Ceni

Com informações do Gazeta Esportiva