27 de junho de 2013

DNA fóssil reconta origem dos Cavalos.

Cientistas apresentaram nesta quarta-feira o genoma mais antigo já sequenciado, de um cavalo que viveu há 700 mil anos onde hoje é o oeste do Canadá. Os dados genéticos, extraídos de fragmentos de ossos que ficaram preservados no solo congelado da região, contam uma história bem mais longa do que a atualmente conhecida sobre a evolução desses animais, que estão entre os mais admirados e queridos pelos seres humanos há milhares de anos.
O genoma do fóssil, apresentado na revista "Nature", é mais de dez vezes mais antigo do que o do hominídeo Denisovan, publicado em 2012 por cientistas na Alemanha, com cerca de 50 mil anos de idade. O trabalho só foi possível graças a novas tecnologias de sequenciamento e bioinformática, que permitiram pôr em ordem milhões de fragmentos de DNA preservados no osso pelas baixas temperaturas.
"Estimamos que será possível ultrapassar a marca de um milhão de anos (em genomas futuros)", disse o pesquisador Ludovic Orlando, da Universidade de Copenhague, que encabeça a lista deautores do estudo. A dificuldade é que o DNA se degrada rapidamente após a morte e, mesmo no permafrost (ou pergelissolo, tipo de solo encontrado na região do Ártico) canadense, torna-se extremamente fragmentado e danificado com o tempo, dificultando seu sequenciamento.
Os pesquisadores usaram todas as tecnologias disponíveis para remontá-lo e, mesmo assim, conseguiram cobrir o genoma por inteiro apenas uma vez - normalmente, a constituição genética total de um indivíduo tem de ser sequenciada várias vezes para assegurar a exatidão dos dados. "Com mais tempo, tenho certeza de que conseguiremos produzir um genoma de melhor cobertura", disse o coordenador do estudo, Eske Willerslev. Apesar dessa limitação, a leitura dos dados genéticos permite inferir uma série de características interessantes sobre a evolução dos equinos (animais do gênero Equus, que inclui os cavalos, zebras e asnos).
Idade maior
Além do fóssil de 700 mil anos, os pesquisadores sequenciaram o genoma de um outro cavalo extinto, de 43 mil anos, assim como o de um asno, de cinco raças de cavalos modernos domesticados e de um cavalo-de-przewalski, uma linhagem de animais selvagens da Mongólia.
Compararam tudo isso e chegaram à conclusão de que a linhagem evolutiva que deu origem aos equinos modernos tem entre 4 milhões e 4,5 milhões de anos - duas vezes mais antiga do que se propunha até agora. Características associadas à força e velocidade em corridas, segundo o estudo, só se desenvolveram mais recentemente, nos últimos 200 mil anos. "Os genes que fazem do cavalo uma máquina de corrida não estavam presentes na origem, 700 mil anos atrás; eles são produtos de uma evolução bem mais recente", diz Orlando.
Os dados também confirmam que os cavalos-de-przewalski representam a última linhagem de cavalos verdadeiramente selvagens do planeta. A espécie foi classificada como extinta na natureza, na década de 1960, mas foi reintroduzida às estepes da Mongólia nos anos 1990, usando-se animais de cativeiro, e hoje é considerada "apenas" ameaçada de extinção.
"Não encontramos nada de DNA domesticado nesse animal. É 100% selvagem", disse Willerslev. Há outras raças chamadas "selvagens" no mundo - como os mustangues dos Estados Unidos -, mas que descendem, na verdade, de cavalos domesticados que "escaparam". Com o aprimoramento da técnica, cientistas esperam pode sequenciar o genoma de fósseis ainda mais antigos - incluindo de outros ancestrais humanos. 

 O Estado de S. Paulo.

Noite memorável no lançamento do Almanaque do Ferroviário Atlético Clube.


O Ferroviário Atlético Clube viveu ontem à noite, no salão nobre do Náutico Atlético Cearense, mais uma noite memorável em sua trajetória. Com a presença de aproximadamente 200 pessoas, foi lançado oficialmente o Almanaque do Ferrão, uma verdadeira publicação histórica alusiva ao aniversário de 80 anos do clube.

O evento foi prestigiado pela mídia cearense, torcedores e desportistas em geral. Ex-dirigentes que marcaram época no comando do Ferrão participaram do lançamento e puderam compartilhar um pouco de suas experiências com os atuais gestores corais. Nomes como Domar Pessoa, Ruy do Ceará, Chateaubriand Arrais, Caetano Bayma, dentre outros, estiveram presentes ao lado de ex-craques corais como Mazinho Loyola, Facó, Pacoti, Neto, entre outros ex-atletas, além da presença de membros da imprensa local como Alan Neto e Ciro Câmara.

"É uma grande satisfação reencontrar tanta gente que fez e faz parte da história do Ferroviário, recordar grandes momentos que vivi no clube e agora poder encontrar tudo isso nas páginas desse almanaque. É realmente uma noite muito especial pra mim", disse o ex-atacante Mazinho Loyola, que recentemente foi colocado pela torcida coral no "Time dos Sonhos" do Ferrão, mais uma ação alusiva aos 80 anos do Tubarão da Barra.

O Almanaque do Ferrão chega as principais bancas de Fortaleza a partir da próxima segunda-feira e também ficará à disposição do grande público na loja Futebol Clube Store, no Piso L0 do Shopping Aldeota. A publicação também está à venda na sede do Ferrão na Vila Olímpica Elzir Cabral. Além disso, pedidos para todo o país podem ser despachados através das compras realizadas na loja virtual do Ferrão, que tem recebido diariamente aquisições de torcedores e curiosos localizados nas mais diversas regiões do Brasil.

Portal Oficial do Ferroviário Atlético Clube

Acadêmica de Direito que está perdendo a visão ingressa com ação inédita contra a união.


Uma ação inédita contra a União partiu esta semana de Juazeiro do Norte movida por uma jovem que cursa o oitavo semestre de Direito na Faculdade Paraíso (FAP). Nághela Gonçalves de Moura é portadora de uma doença degenerativa da retina que causa a perda da visão total com uma idade média de 30 anos. Ela está aos 26 anos e quer do Governo Federal um cão guia, cuja petição foi protocolada na última terça-feira no Fórum da Justiça Federal de Juazeiro pelo advogado Paolo Giorgio Quezado Gurgel.

Desde os 12 anos que a jovem já não enxerga mais pelo olho esquerdo e a pouca visão pelo direito está cada vez mais comprometida. Com isso, a garota corre contra o tempo e espera agilidade da justiça, enquanto se dedica aos estudos sendo apontada como a mais dedicada da sala e possuidora das melhores notas. Na ação, o advogado explica a função e o benefício do animal ao buscar o direito previsto no artigo 9 da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Ratificada por Decreto Federal, nela está prevista a necessidade da cobertura com auxílio animal para deficientes visuais. Nághela nasceu em Juazeiro do Norte e mora com seus pais, que são vendedores autônomos, na Rua Antonio Macedo Lobo do bairro Betolândia. Ela espera, com a ação, servir de exemplo para outros que se vêem na condição de cegueira ou baixa visão. Como reforça, trata-se de uma busca por igualdade em todos os sentidos.

Para ela, o cão guia é a garantia de autonomia e segurança, pois este desvia obstáculos e faz travessias 100% seguras ao contrária das bengalas. Normalmente são cães de temperamentos calmos das raças Labrador e Golden Retriever que passam pelos treinamentos devidos. A estudante até já esteve lendo sobre o assunto e descobriu cinco escolas que funcionam no Sul e Sudeste do Brasil no treinamento especializado para cães guias.

Já o advogado Paolo Giorgio Quezado destaca a força de vontade de Nághela e o exemplo dela para o país por conta dos desafios que enfrenta. “Muito longe de qualquer veleidade dela ou luta por um companheiro, o cão guia é para essa universitária uma grande necessidade na sua locomoção”, define. Segundo ele, o Brasil conta com cerca de 1,5 milhão de pessoas portadoras de deficiência visual e somente cerca de 100 delas possuem cães guias. 


 Agência Miséria