2 de abril de 2020

IBGE vai passar a monitorar registros de covid-19

Um funcionário do hospital usa uma máscara protetora no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), após confirmação do primeiro caso de coronavírus em Brasília
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai iniciar um monitoramento nacional do novo coronavírus, que teve o primeiro paciente registrado no Brasil no dia 26 de fevereiro. Hoje (2) os casos chegam 6,8 mil, com 241 mortes confirmadas em decorrência da doença no país.
Segundo o IBGE, a parceria fechada com o Ministério da Saúde vai implementar uma versão inédita da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), com foco no monitoramento da covid-19.
O estudo formará um “painel longitudinal representativo da população brasileira”, de acordo com o instituto, aplicando o questionário para o mesmo grupo de pessoas, a fim de apresentar os resultados dos casos de síndrome gripal em dados agrupados para Brasil, grandes regiões e unidades da Federação.
Chamado de Pnad-Covid, o levantamento será feito pelo IBGE de forma remota, com pesquisa por meio do telefone com as mesmas pessoas por pelo menos três meses. As estatísticas oficiais obtidas serão divulgadas semanalmente.
O detalhamento da pesquisa e o cronograma ainda não foram finalizados pelo IBGE.
Por Akemi Nitahara 
Com informações da Agência Brasil 

Receita adia para junho pagamento da primeira cota do Imposto de Renda

Superintendência da Receita Federal, em Brasília.
A Receita Federal adiou a data de pagamento da primeira cota do Imposto de Renda da Pessoa Física e retirou a exigência de informar o número do recibo de entrega da última declaração. As medidas são em decorrência do adiamento do prazo final para entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, do dia 30 de abril para o dia 30 de junho de 2020, anunciada nessa quarta-feira (1º).
“Como consequência, a data do débito automático da 1ª cota passa de 10 de abril para o dia 10 de junho e as datas permitidas para o débito automático das demais cotas passam a ser aquelas compreendidas entre 11 de junho (originalmente era 11 de abril) e o último dia do prazo, agora, dia 30 de junho de 2020”, informou hoje (2) a Receita, em nota.
Sobre o recibo do ano anterior, a Receita informou que, historicamente, há contribuintes que se dirigem às unidades de atendimento do órgão para pegar o número do recibo da última declaração, seja porque perderam a versão impressa ou não têm mais acesso à mídia ou ao computador em que estava armazenado o recibo.
“Com a alteração do prazo e a retirada da exigência da informação do número do recibo, objetiva-se evitar eventuais aglomerações de contribuintes no atendimento da Receita Federal, bem como em empresas ou instituições financeiras, na busca de informes de rendimentos, e em escritórios de profissionais ou em entidades que prestem auxílio no preenchimento das declarações, de modo a contribuir com o esforço governamental de diminuir a propagação do novo coronavírus”, disse a Receita.
Por Kelly Oliveira 
Com informações da Agência Brasil

"Além do corpo, ataca o nosso espírito", conta consultor de Marketing após internação por Covid-19









“Uma doença forte e cruel. Além do corpo, ela ataca o nosso espírito”. Palavras fortes vem à tona quando o consultor de Marketing e Estratégia, Bosco Couto, 49, se recorda dos sintomas e do período de internação para combater o novo coronavírus (Covid-19). O cearense chegou a ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Fortaleza e foi auxiliado por uma respirador. Foram oito dias de acompanhamento médico permanente, até a alta hospitalar, na última sexta-feira (27).
Bosco Couto teve os primeiros sintomas da Covid-19 no dia 10 de março, com sintomas comuns, como febre, dor no corpo e nos olhos, semelhantes aos da dengue, o primeiro diagnóstico que recebeu. Quando apresentou pneumonia e falta de ar, foram as características decisivas para a internação. “A esta altura, estava me cansando fácil e ele (o médico) me mandou ir imediatamente para o hospital me internar”, relembra. 
Apesar de não apresentar mais nenhum sintoma da doença há sete dias, com exames regulares e ter recebido alta na sexta-feira (27), ele permanece em isolamento, mesmo dentro de casa.“Estou isolado por excesso de precaução e para mostrar às pessoas que elas devem ficar em casa”, declarou o consultor. “Conversando com meu médico, ele pediu para eu ficar isolado em casa até quinta (2), ou seja, sete dias após minha alta médica, mas penso em ficar até sábado”, completou. 
Fazendo parte do grupo de risco, por ter diabetes tipo 2, Bosco contou que durante os seus oito dias, onde passou um na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros cinco respirando com auxílio de respirador, o sua maior angústia era o isolamento, sem familiares ou amigos por perto. “Ficar nesta hora isolado totalmente só, sem ninguém seu por perto é muito ruim. Tive medo de não me despedir das pessoas”, confidenciou. 
Volta pra casa
Neste momento, a saudade da família se junta com a angústia do isolamento e a incerteza de um diagnóstico positivo, fazendo com que o alívio de voltar para a casa se torne uma sensação inigualável. “Melhorei o astral quando cheguei em casa. Mesmo isolado no quarto, com porta fechada e sem ter contato com meu filho e esposa, sabia que eles estavam do outro lado da parede e isto faz uma diferença grande”, pontuou. 
Depois de tudo que passou, Couto deseja agora conscientizar as pessoas de que a Covid-19 é uma doença grave, que precisa ser combatida. “A doença é séria e pode atingir todos, de qualquer idade e classe social. Gente jovem pode morrer, gente saudável pode morrer, o risco é maior para os mais velhos e com doenças pré existentes, mas não se trata só disso, de adoecer. Trata-se de parar a propagação, de não contaminar o outro. Trata-se de não sobrecarregar o Sistema de Saúde. Então a medida mais acertada é ficar em casa, seguir a quarentena”, concluiu. 

Com informações do Diário do Nordeste