25 de novembro de 2017

Veja todos os segredos da picape da Fiat que substituirá a Strada

O Mobi está servindo apenas de mula para a nova picape, o estilo será mais para Argo (Foto: João Kleber Amaral/Autoesporte)
O MOBI ESTÁ SERVINDO APENAS DE MULA PARA A NOVA PICAPE, O ESTILO SERÁ MAIS PARA ARGO (FOTO: JOÃO KLEBER AMARAL/AUTOESPORTE)
Fiat trabalha em uma nova picape compacta faz algum tempo. Quando revelamos a existência de planos para o utilitário, ele era chamado pelo nome X6P. O código deixava claro que o projeto era uma picape e fazia parte da mesma família do Argo (X6H, a última letra indicando um hatch) e Cronos (X6S, S de sedã). A ideia era manter a Strada no mercado e ter uma picape intermediária entre ela e a maior Toro.
As coisas mudaram. Para começar, o lançamento passou a ser previsto para 2019. A plataforma do Argo seria muito cara para o projeto e uma nova arquitetura foi buscada até chegarem a uma solução técnica mais em conta. Nem o tamanho será o mesmo, tampouco o estilo. Saiba tudo o que apuramos sobre a nova picape ponto a ponto.
Estilo mais para Argo 
Conforme havíamos antecipado, a picape compacta usará uma plataforma mista 327/178. O que isso quer dizer: a plataforma 327 é a mesma do Uno e Mobi, que se vale de uma versão encurtada da mesma, enquanto o número 178 é usado pela linha Strada/Palio original.
Como o Uno já está há muito tempo no mercado, o mais lógico seria utilizar a dianteira do Mobi, o derivado da 327 mais recente. Ele tem capô alto, faróis espichados e parece pronto para virar uma picapinha. Só que não. “O Mobi é apenas uma mula para começarmos a trabalhar os componentes elétricos e mecânicos”, afirma uma fonte ligada ao projeto. “O que tem são algumas soluções da dianteira, que é muito parecida com a do Argo, por uma questão de arquitetura elétrica e a motorização Firefly”, completa. 
A linguagem visual seguirá o aplicado no hatch maior e algumas peças devem ser compartilhadas. Soluções mecânicas e elétricas dianteiras serão mistas Argo e Mobi. Do hatch maior, devem ser compartilhados elementos como longarinas, afinal, as regras de crash test serão bem mais exigentes do que as enfrentadas pelo veterano projeto da Strada. Já as traseiras são mistas Fiorino e Strada.
Mecânica e suspensão mistas
A adaptação da nova mecânica será facilitada pelo uso de componentes da nova linha de compactos. Nada mais do atual 1.4 Fire de 86/85 cv e 12,5/12,4 kgfm, o principal motor passará a ser o Firefly 1.3 8V de 109/101 cv e 14,2/13,7 kgfm de torque. Ainda não sabemos se o 1.8 E.torQ será uma opção mais forte. É certo que o câmbio manual de cinco marchas virá de série, com uma opção automatizada também de cinco velocidades, mas o automático Aisin depende da adoção do 1.8.
De acordo com a mesma fonte, o novo “projeto não exige o mesmo handling do Argo ou muito espaço atrás dos bancos dianteiros. Quem deseja isso pode buscar a Toro”. As picapinhas ainda têm um mercado de frotistas muito grandes, daí a necessidade de usar uma suspensão traseira robusta como o eixo rígido do tipo ômega da Strada original. A Fiorino deve ceder parte do assoalho e algumas soluções.
Não terá tamanho de Renault Oroch
A “nova Strada” não será uma Duster Oroch da Fiat. O comprimento total vai ficar um pouco acima dos 4,47 metros da Strada e o entre-eixos não deve se desviar muito dos 2,75 metros. As variantes cabine simples e dupla farão parte do cardápio, no entanto, uma configuração quatro portas (como na projeção abaixo) é menos provável. A proximidade com a Toro não seria saudável. 
Projeção da Fiat Strada de nova geração (Foto: Renato Aspromonte/Autoesporte)
A Strada não sairá de linha











A Strada deve continuar com algumas alterações e não será substituída de pronto pela nova picape. Mas a oferta da picape compacta veterana será racionalizada. Configurações mais caras como a Adventure 1.8 devem sair de linha com a chegada do novo projeto, esperado para 2019.
Por Julio Cabral
Com informações da Revista Auto Esporte