Desde que caiu para a Série C em 2009, o Fortaleza sempre é apontado como um dos favoritos ao acesso e acaba decepcionando. Em 2010, 2011 e 2013, sequer passou da primeira fase. Mas o que mais incomoda os torcedores do Leão são as ocasiões em que a equipe fez excelente campanha, mas deixou escapar o acesso dentro de casa. Foi assim em 2012 e 2014. Em 2012, o Tricolor de Aço fez uma campanha brilhante e chegou com sobras à segunda fase da Terceirona. O otimismo aumentou com um empate em 1×1 em São Paulo frente ao Oeste, que, para sofrimento dos tricolores, venceu o jogo de volta por 3×1 em pleno PV lotado. No ano passado, o Leão trouxe novamente um empate, desta vez sem gols, do Rio de Janeiro, mas depois empatou em 1×1 e o Macaé acabou subindo para a Série B em razão do gol qualificado fora de casa. E isso diante de mais de 60 mil torcedores na Arena Castelão.
Neste ano, a história do famigerado mata-mata começou diferente, já que o Fortaleza perdeu o jogo de ida para o Brasil por 1×0 em Pelotas.
O mau resultado pode ser um bom presságio, é esta a esperança da torcida tricolor. O fato é que o Leão do Pici necessita vencer o time gaúcho por 2 gols de diferença para enfim retornar à Série B nacional depois de seis anos disputando a Terceira Divisão. Como diria um locutor antigo, o “jogo para explodir ponte de safena” está marcado para as 16h desse sábado, na Arena Castelão, em Fortaleza.
Do outro lado, uma equipe que ficou conhecida nacionalmente nos anos 80. O Brasil de Pelotas formou uma grande equipe na década dominada pelo Flamengo de Zico, chegando a terminar a Série A de 1985 como terceiro lugar depois de eliminar o próprio rubro-negro carioca antes da semifinal. O objetivo atual do Xavante é voltar a ser a terceira força do Rio Grande do Sul. Para isso se concretizar, basta ascender à Série B do Brasileiro, já que não há time gaúcho na Segundona e, na Série A, estão apenas os gigantes Internacional e Grêmio. O Brasil-RS não disputa a Série B do Brasileiro desde 2000. Para voltar à Segundona, o Xavante pode empatar ou até perder por 1 gol de diferença, desde que faça 1 ou mais gols (exemplos: 2×1, 3×2, 4×3).
FORTALEZA
O último treino do Leão antes do jogo decisivo foi acompanhado por 4 mil torcedores, o que deve ser recorde para um simples treinamento. O atacante Maranhão não treinou por conta de problemas na garganta, mas não deve ser desfalque para o sábado, devendo formar dupla de ataque com Lúcio Maranhão. Na lateral-esquerda, Thallyson deverá voltar a ser titular depois de ter figurado no banco em prol de Radar na partida de ida no Rio Grande do Sul.
BRASIL-RS
O técnico Rogério Zimmerman vai contar com os retornos do volante Washington e do meia Felipe Garcia, que devem entrar nos lugares que foram de Galiardo e Jardel, respectivamente, na partida em Pelotas. As mudanças param por aí. O Xavante tem como ponto forte o jogo aéreo e o destaque ofensivo do time é Nena, atacante que já conseguiu o acesso à Série B em 2009, pelo ASA de Arapiraca.
FORTALEZA
Desfalques: nenhum.
Provável escalação: Ricardo Berna; Tinga, Lima, Adalberto e Thallyson; Auremir, Corrêa, Everton e Daniel Sobralense; Maranhão e Lúcio Maranhão. Técnico: Marcelo Chamusca.
BRASIL-RS
Desfalques: nenhum.
Provável escalação: Eduardo Martini; Wender, Leandro Camilo, Teco e Xaro; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia e Diogo; Cleverson e Nena. Técnico: Rogério Zimmerman.
Por Panzza
Série C