16 de julho de 2016

Ceará enfrenta o Criciúma para se consolidar de vez no G4 do Campeonato Brasileiro da Série B

Ceará tem a chance de abrir uma boa diferença para o quinto colocado e se consolidar de vez no G4 do Campeonato Brasileiro da Série B neste sábado. Na Arena Castelão, Vozão e Criciúma fazem um confronto direto pelas primeiras colocações, a partir das 16 horas. O duelo é válido pela 16ª rodada.

Apesar da inesperada derrota para o Tupi, por 2 a 1, em Juiz de Fora, o Ceará se manteve entre os primeiros colocados e está em quarto lugar, com 27 pontos. Se conseguir a reabilitação, o Vozão abre cinco de diferença para o Londrina, quinto colocado. No meio de semana, pela Copa do Brasil, o time cearense teve vários desfalques e foi goleado pelo Botafogo-PB, por 3 a 0, na Paraíba.

A sequência de quatro jogos sem vencer - três empates e uma derrota - fez o Criciúma sair do G4. Próximo ao pelotão da frente, o Tigre tem 23 e, em caso de vitória na Arena Castelão, fica a apenas um ponto do Ceará.


TABUS E RETROSPECTO

O Ceará não vence o time da Terra do Carvão há oito anos. A ultima vitória foi por 3 a 1, em Fortaleza, pela 10ª rodada da Série B do Brasileiro de 2008. De lá pra cá, aconteceram mais cinco duelos, com três vitórias do Criciúma e dois empates.

.No entanto, o Vozão defende o tabu de jamais ter perdido para o Tigre diante de seus torcedores. Como mandante, o Ceará enfrentou o Criciúma em oito oportunidades, conquistando quatro vitórias e quatro empates. Desses apenas uma partida foi válida pela elite do Brasileirão, enquanto as outras aconteceram pela Série B.

Vovô e Tigre se enfrentaram 17 vezes na história, entre jogos pelas Séries A e B do Brasileirão. O retrospecto é favorável ao Criciúma que venceu sete, e sofreu cinco derrotas. Houve cinco duelos que terminaram empatados. 


ZAGUEIRO NA "GELADEIRA"

Apontado como um dos principais responsáveis pela goleada sofrida pelo Ceará para o Botafogo-PB, por 3 a 0, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil, o zagueiro Sandro foi mandado para a "geladeira" e sequer vai ficar no banco de reservas na partida deste sábado.


A ausência de Sandro na lista dos relacionados foi por questão técnica. Contra o Botafogo, o zagueiro fez um gol contra e falhou em outros lances. Assim, para o setor defensivo, o técnico Sérgio Soares tem Antônio Carlos, Ewerton Páscoa e Charles à disposição. Os dois primeiros voltam a ser aproveitados depois de se recuperarem de contusões.


Em relação ao time que enfrentou o Botafogo, os 11 iniciais vão sofrer várias mudanças. Os laterais Eduardo e Thallyson, além do meia Wescley, atuaram por outros clubes pela Copa do Brasil e não puderam ser aproveitados. Já o volante João Marcos, o meia Felipe e o atacante Rafael Costa foram poupados pela comissão técnica, mas os dois primeiros entraram no decorrer do segundo tempo.

"A gente ainda está crescendo na competição e o momento é de ajuste. Eu nunca disse que o time estava pronto, a gente ainda pode produzir muito mais. Acredito que os ajustes serão feitos para que a gente chegue da metade pro final do segundo turno em um nível muito bom para definir nossa caminhada", disse Sérgio Soares.


MUDANÇAS NO TIGRE?

O elenco realizou um treino coletivo na tarde da última quarta-feira no Centro de Treinamento, no bairro Cristo Redentor, sob comando do técnico Roberto Cavalo. Ele aproveitou a atividade para realizar alguns testes na formação, além de realizar ajustes em jogadas ofensivas e de posicionamento defensivo. A principalmente baixa é o lateral-esquerdo Marlon, que ainda se recupera de um edema no tornozelo. Por isso Diego Giaretta deve ser o substituto. 

A viagem do elenco foi desgastante, já que viajou de ônibus até Florianópolis, onde partiu de avião para São Paulo, antes de finalmente embarcar para Fortaleza na noite da última quinta-feira. Na manhã desta sexta-feira ocorreu um último trabalho na capital do ceará. A volta está programada para ocorrer na madrugada de domingo.




Futebol Interior

Veja quem é quem na crise política e militar na Turquia

A tentativa de golpe militar na Turquia, que teve início no fim da tarde desta sexta-feira (15), no horário de Brasília, gerou horas de tensão em várias regiões do país. O governo negou que o golpe foi bem sucedido e trocou acusações sobre quem estaria por trás da iniciativa de remover do poder o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), entre eles o clérigo muçulmano Fethullah Gülen, uma das principais vozes da oposição. Simpatizantes de Gülen negaram seu envolvimento.
Veja abaixo quem é quem na crise política e militar da Turquia.
Muhammed Fethullah Gülen, fundador do Movimento Gülen
Escritor, político e um antigo imã, o clérigo Ferhullah Gülen, de 75 anos, segue uma linha moderada do islamismo, aberta a aceitar conceitos científicos e ao diálogo com outras religiões.

 Presidente turco Tayyip Erdogan (esq.) declarou luta contra 'estado paralelo', que seria liderado pelo clérigo muçulmano Fethullah Gulen (dir.), que vive nos Estados Unidos (Foto: REUTERS/Umit Bektas/AP Photo/Selahattin Sevi)O presidente turco Tayyip Erdogan (esq.) e o clérigo muçulmano Fethullah Gulen (dir.), que vive nos Estados Unidos (Foto: REUTERS/Umit Bektas/AP Photo/Selahattin Sevi)
Ele é atualmente a principal voz internacional da oposição ao governo de Recep Tayyip Erdogan, mas, até 2013, era um dos aliados do presidente turco. A aliança entre os dois foi desfeita depois que um escândalo de corrupção atingiu o governo, e Erdogan o acusou de estar por trás das denúncias.
Segundo o presidente, Gülen construiu um "estado paralelo" dentro do governo, com influência em setores políticos, judiciário e policial.
Simpatizantes do Movimento Gülen, também conhecido como Hezmit, palavra que, em turco, significa "serviço", negam que a tentativa de golpe desta sexta tenha as mãos do clérigo. Gülen vive desde 1999 nos Estados Unidos.
Recep Tayyip Erdoğan, presidente da Turquia
Principal figura política turca, Erdogan, de 62 anos, é presidente do país desde 2014, mas participa do governo desde 2003, quando se tornou primeiro-ministro pelo conservador Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP). Outro cargo de alta visibilidade que ele ocupou foi o de prefeito de Istambul, em 1994, a principal cidade turca e porta da Europa para o país.


Recentemente, porém, o presidente tem recebido críticas internacionais por restringir liberdades civis e a expressão de vozes da oposição. A repressão se intensificou depois de março de 2014, quando o AKP venceu as eleições parlamentares, um ano depois de se envolver em um escândalo de corrupção.

erdogan volta (Foto: Reprodução)Erdogan durante discurso após retornar a Istambul, na madrugada desta sexta-feira  (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2013, uma operação contra corrupção culminou na prisão de dezenas de pessoas, entre elas os filhos de três ministros de Erdogan e figuras chave do setor financeiro e imobiliário. As acusações incluem o contrabando de ouro para o Irã e o suborno para conseguir funções públicas. Quatro ministros pediram demissão. Um deles, o titular do Ministério do Ambiente, Erdogan Bayraktar, disse que Erdogan, então primeiro-ministro, deveria deixar o cargo, dizendo que ele sabia dos projetos imobiliários em questão.
Em decorrência disso, durante três semanas de junho de 2013, milhões de pessoas foram às ruas para protestar contra Erdogan. As manifestações resultaram em oito mortos, mais de 8 mil feridos e milhares de prisões.
Depois que Erdogan assumiu a presidênca, uma série de meios de comunicação foram fechadosleis rígidas de controle de internet foram aprovadas e pessoas que criticaram o governo publicamente têm sido presas e acusadas de traição, e sua tentativa de esmagar a oposição tem contribuído para a instabilidade política, afetada também pelos problemas econômicos e internacionais do país.
O governo também exonerou centenas de policiais em 2014, uma ação que foi, para muitos analistas, fruto da rivalidade entre o partido de influência islâmica de Erdogan e o grupo do líder islâmico. Em março deste ano, a Turquia tomou o controle do jornal "Zaman", ligado a Gülen.
O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, em coletiva de imprensa em 27 de junho de 2016 (Foto: Umit Bektas/Reuters)O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, em coletiva de imprensa em 27 de junho de 2016
(Foto: Umit Bektas/Reuters)
Binali Yıldırım, primeiro-ministro da Turquia
Primeiro-ministro da Turquia desde maio de 2016, Binali Yıldırım participa do governo do AKP desde 2011, quando ocupou o cargo de ministro dos Transportes. Ele também foi membro da Assembleia Nacional da Turquia.

Hulusi Akar, chefe das Forças Armadas da Turquia (Foto: Mikki L. Sprenkle/U.S. Army)Hulusi Akar, em foto de janeiro de 2015
(Foto: Mikki L. Sprenkle/U.S. Army)
Hulusi Akar, chefe das Forças Armadas da Turquia
Akar, de 64 anos, commanda as forças armadas turcas desde agosto de 2015 e, antes disso, foi o comandante do exército. Estrategista militar com pós-graduação em diplomacia internacional, ele tem experiências com as guerras da Bósnia e de Kosovo, já que a Turquia faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Nesta sexta-feira, quando parte dos militares tentou organizar o golpe de estado, Akar foi preso e tomado refém. Até as 22h30 desta sexta (horário de Brasília), informações sobre seu paradeiro ainda não estavam confirmadas. Por volta das 22h15, Erdogan, após aterrissar em Istambul, afirmou que não sabia onde estava seu comandante das forças armadas.
Bekir Bozdağ, ministro da Justiça da Turquia
Assim como Yıldırım, Bozdağ já foi membro da Assembleia Nacional da Turquia e participa do governo do AKP há vários anos. Entre dezembro de 2013 e março de 2015, ele acumulou os cargos de ministro da Justiça e presidente do Conselho Supremo de Juízes e Procuradores. Em novembro do mesmo ano, voltou às mesmas funções em novembro do ano passado.
Mapa Turquia 2 (Foto: Editoria de Arte/G1)