11 de fevereiro de 2015

Governo desiste de prorrogação e horário de verão termina dia 22

O governo federal decidiu não prorrogar a vigência do horário de verão neste ano, como havia sido cogitado na semana passada. Após reunião com a presidenta Dilma Rousseff, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira, 11, que o governo avaliou que não vale a pena estender o horário diferenciado, que está em vigência para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.


Braga explicou que, com mais um mês de horário de verão, algumas localidades do país ficariam com um período da manhã mais escuro, acarretando mais consumo de energia. Ele disse também que a economia no final da tarde não seria tão expressiva, já que o pico de consumo tem se deslocado do final da tarde para o início da tarde.

“Do ponto de vista da energia, parte do Brasil ficaria pela parte da manhã no escuro, e nós teríamos, portanto, mais consumo de energia de manhã. Em que pese, na parte da tarde, podermos ter um ganho de energia que seria mais importante se a ponta de carga estivesse se confirmando, coisa que, graças a uma série de medidas, conseguimos atenuar e também porque estamos passando o período de fevereiro e o mês do verão”, explicou o ministro.

O horário de verão começou no dia 19 de outubro para os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e termina no dia 22 deste mês. O principal objetivo da medida é reduzir o consumo de energia no horário de pico, registrado a partir das 18h, aproveitando melhor a luminosidade natural.

O Povo

Guarani de Juazeiro vence de virada o Guarany de Sobral e fica muito próximo da classificação

O Guarani de Juazeiro venceu o Guarany de Sobral pelo placar de 3 a 1, de virada, na noite desta quarta-feira, em partida realizada no Estádio do Junco, em Sobral, e válida pela nona (penúltima) rodada do grupo A2 da primeira fase do Campeonato Cearense de 2015.

Fernando Sobral colocou o Cacique do Vale em vantagem aos oito minutos de partida. Ainda na etapa inicial, o Guarani de Juazeiro chegou a igualdade com Roberto Jacaré aos 31 minutos. Nove minutos depois, Moré virou o jogo para o Guaraju. Já na segunda etapa, Roberto Jacaré marcou mais um e definiu a vitória do Leão do Mercado, aos 39 minutos.

Com o resultado, o Guarani de Juazeiro chegou aos dez pontos ganhos e assumiu a terceira colocação, por ter saldo de gols melhor que o próprio Guarany de Sobral (3 a -6). Com isso, o Guaraju só não avança ao hexagonal da próxima fase se perder por nove gols de diferença para o lanterna Itapipoca (quatro pontos). Na liderança está o Ceará com 16 pontos, com o Maranguape em segundo com 12 pontos.

Na última rodada, o Guarani de Juazeiro recebe o Itapipoca, no Estádio Lirio Callou (Inaldão), em Barbalha, às 19h (de Brasília), do próximo sábado. Enquanto isso, o Guarany de Sobral espera o resultado deste confronto para saber se irá ao hexagonal diante de Quixadá, Icasa, Fortaleza, Ceará e Maranguape; ou para o quadrangular contra o rebaixamento ao lado de São Benedito, Horizonte e Itapipoca.


Por Robson Mendes

Futnet.com

Quixadá e Horizonte fazem "decisão"; mais 2 jogos fecham rodada estadual

Horizonte, São Benedito (Foto: Mayara Sauer/TV Verdes Mares)Horizonte precisa de vitória contra o Quixadá para seguir vivo (Foto: Mayara Sauer/TV Verdes Mares)
A 9ª rodada do Campeonato Cearense pode definir todos os classificados para a segunda fase do estadual, assim como os que vão disputar o Quadrangular do Descenso. Se Icasa, Quixadá e Guarany de Sobral vencerem seus jogos, não há mais como Horizonte e Guarani de Juazeiro, que brigam ainda por vaga, chegarem ao G-3 dos respectivos grupos.
Por isso, Quixadá x Horizonte, Icasa x São Benedito e Guarany de Sobral x Guarani de Juazeiro ganham importância extra neste momento da competição. As três partidas têm início marcado para as 20h20min desta quarta-feira.
Em Fortaleza, no Estádio Presidente Vargas, Canarinho do Sertão e Galo do Tabuleiro medem forças. O time quixadaense segue seu destino itinerante neste campeonato. Sem estádio próprio, o elenco já atuou nos estádios Agenorzão (Iguatu) e Domingão (Horizonte). Com 11 pontos, a equipe ocupa a vice-liderança do Grupo A1 e sonha terminar a 1ª fase na ponta. Já o adversário é apenas o quarto colocado, com 8 pontos, e não pode nem pensar em perder. Se não, ficaria a quatro pontos do G-3 da chave e só com três pontos a serem disputados. Um empate também poderia elimina-lo se o Icasa vencer.
E por falar em Verdão do Cariri, o time encara o São Benedito, já na briga contra o rebaixamento. Uma vitória deixaria o time de Juazeiro do Norte na liderança do grupo. Esse triunfo poderia complicar a vida do Horizonte, caso o Galo não consiga vitória.
Na terceira partida da noite desta quarta-feira, o confronto entre Guaranis também é decisivo. Se perder, o Leão do Mercado está fora da segunda fase. No caso do Cacique do Vale, a vitória significa a classificação garantida para a etapa seguinte do Cearense. Um empate faz com que a decisão da última vaga do Grupo A2 fique para a última rodada.
Guaraju quase surpreende Alvinegro quando virou a partida no segundo tempo (Foto: Lucas de Menezes/ Agência Diário)Guarani de Juazeiro encara homônimo de Sobral na briga por vaga na próxima fase do Campeonato Cearense
(Foto: Lucas de Menezes/ Agência Diário)

Por Fortaleza, CE

O teto do banheiro dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Ceará, desaba.

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O incidente ocorreu na manhã desta quarta-feira, e não deixou feridos. FOTOS: MIGUEL MARTINS
O incidente ocorreu na manhã desta quarta-feira, e não deixou feridos. FOTOS: MIGUEL MARTINS
O teto do banheiro dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Ceará, recentemente inaugurado, desabou, na manhã desta quarta-feira.
No momento do incidente, nenhum parlamentar ou assessor estava no local, e ninguém ficou ferido, O Corpo de Bombeiros da Casa já isolou o local, mas não soube explicar o que teria motivado o desabamento do teto do banheiro.
O ambiente foi inaugurado no fim do ano passado, e contou com meses de trabalho em uma reforma realizada pela Assembleia Legislativa, visando dar um maior conforto aos parlamentares. O banheiro é dividido em espaço para necessidades dos deputados estaduais e um local para socialização dos mesmos, com cadeiras e um grande espelho, onde os deputados utilizam para se encontrar e conversar sobre diversos assuntos. Foi justamente neste local que o teto desabou.


Diário do Nordeste
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Memórias de cem anos

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Pessoas morriam de fraqueza na estrada. Ali mesmo, tinham a alma encomendada pela família, dois paus amarrados em cruz para marcar o lugar da morte
FOTO: FABIANE DE PAULA
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A Seca do Quinze ganhou projeção na obra de Rachel de Queiroz. Todo ano, ela visitava a fazenda ‘Não me deixes’, dividindo o tempo entre a cadeira do quarto e a rede do alpendre
FOTO: EDUARDO QUEIROZ
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Raimundo Pereira da Luz Santos conta histórias que viveu e que ouviu, remontando a desolação que seguiu depois d’O Quinze
FOTO: FABIANE DE PAULA
O Quinze foi seco que morria tudo: gente, mato, bicho. Depois de muito tempo sem ver céu bonito pra chover, o jeito era acreditar que o inverno ainda poderia começar em abril. Nada, só água findando e criação morrendo. Quando acabava milho e feijão, era hora de partir. Uma legião se retirava a pé pelos caminhos estreitos quando estrada quase não tinha. Eram famílias inteiras que batiam às portas de casa para viajar atrás de ração de comida, ajeitando os meninos todos em fila e revezando ora a pé, ora no lombo do jumento.
Percorriam as chapadas catando mucunã, pau-de-mocó, xique-xique e maniçoba para fazer a mistura. Iam deixando pela beira das estradas irmão, pai e filho que não conseguissem resistir à fraqueza. Mãe doava menino para que não morresse de fome. O sofrimento era tanto que saiu de 1915 para ressignificar o sertão. E aquela seca, que sertanejo só chama d’O Quinze, deixou de ser fenômeno para virar adjetivo de comparação a todas as outras que vieram desde então.

“Foi a maior seca que houve na história do nosso mundo”, diz Sebastião Gomes de Souza, 67. O Quinze quase não deixou homem quieto no sertão, os caminhos enchendo de casa abandonada na busca por alimentação. O pai de Sebastião tinha cinco anos, mas o ocorrido só contou mesmo de ouvir o pai dele dizer. As famílias saíam andando, e o povo ia morrendo aos poucos, de fome e de sede. Durava o tempo de cansar para sempre e ter a alma encomendada por um bendito improvisado ali mesmo na estrada, dois paus amarrados em cruz para marcar o lugar da morte.

“Nessa estrada aí tem muita cruz das pessoas que regressavam no mundo atrás de recurso e de trabalho nesse tempo. E aí, se esse ano for como tão agourando, uma seca cruel, rapaz, eu vou lhe dizer uma coisa: é no caminho de se acabar tudo”, diz Sebastião. E acrescenta saber que nada no mundo prospera sem água, mas para o agricultor riqueza maior é a terra: “Porque nós sabe manejar. Toda vida trabalhemo foi assim mesmo. A vida no Ceará sempre foi dessa maneira: um ano bom, dois ruim. Aqui pra cima só quem sabe é um. E o que ele faz não manda dizer pra ninguém. Não vai escrever. Se tiver um invernozinho que aumente um pouquinho nosso depósito d’água e crie alimentação, tá bom. Se escapar o que nós tem, já tamo é rico”.

Vontade de comer Sebastião já passou muito, por isso ergue as mãos para cima agradecendo que, diferente do outro Quinze, hoje não vê gente passando fome. Seca como aquela, só a de 77, quando a família repartia a rocinha plantada na beira do açude com quem passasse precisão. Hoje, só divide a água do açude próximo ao assentamento onde mora, em Tamboril. “Enquanto tiver, a gente reparte né? E aí minha vida tem sido assim, desejando que chova o quanto for pra gente atravessar outro ano. E se Deus e Nossa Senhora quiser, mais outro e mais outro”.

Cem anos depois d’O Quinze, as pessoas pouco precisam deixar suas casas. Os programas sociais do governo vêm dando conta de evitar que o sertanejo inche de fome. Essa diferença dos dois quinzes derrama lágrima no sertão quando se fala em prato de comida. Isabel Santos de Souza cresceu em Tamboril, ouvindo a mãe recontar as histórias dos avós sobre a grande seca. A prosa passeava pelo alimento: o mucunã era lavado em nove águas porque tinha veneno, depois era pilado para fazer um cuscuz; a maniçoba era ralada como se fosse batata para dar a goma do pão; o pau-de-mocó tinha a raiz retirada e pisada para poder virar alimentação. “Quando minha mãe contava essas coisas, eu imaginava: Meu Deus, como é que eles comiam pau-de-mocó?”, pergunta Isabel. Mas as plantas do mato ainda marcavam tempo bom. Naquele 1915, os retirantes comiam na estrada o que aparecia: de couro de bicho cozido e sola sapecada à criação morta disputada com urubus. Não era raro gente morrer e matar em disputa por ovelha para comer. O desespero era tanto que atravessaram gerações as histórias dando conta de filha moça vendida na estrada ou de mãe que doava o filho para evitar vê-lo morrer de fome.
“A fome era tão braba que comiam animal, burro, até gente tentaram comer. Só porque não deu certo. Quando botaram o sal, a carne desmanchou. Aí na hora não teve condição não. Eles contam, né?”, diz Domingues de Souza Feitosa, 67. Daquele Quinze, ele guarda o que ouvia o bisavô contar. Era bem diferente de hoje, que ele consegue manter a família vendendo o cheiro vende plantado no quintal de casa, na zona rural de Tamboril. N’O Quinze, se tirava a comida dos matos porque não se sabia produzir outros tipos de alimentação nem reaproveitar a água. “Aí quando vinha a seca, se acabava a alimentação, e eles iam passar fome”, diz. Mesmo quando tinha ação do governo, era para beneficiar patrão ou juntar os retirantes em campo de concentração para morrer.

“Hômi, O Quinze foi a seca mais perigosa do mundo”, Zé Favela ouvia a mãe contar no Tauá. A graça de hoje, ele diz, é perceber que não precisou enfrentar seca grande assim. “Minhas secas já eram boas. Não passei muita precisão porque os hômi do governo já tinham coragem de dar comida pra gente. Certo que o arroz era ruim e o feijão preto a gente botava na panela e ficava nadando, pelejava pra cozinhar. Mas vinha o de comer”.

Na localidade de Viração, em Tamboril, Raimundo Pereira da Luz Santos senta em uma cadeira de plástico no alpendre alto de casa. Ele passa as mãos repetidas vezes pelos cabelos brancos já escassos para depois repousá-las cruzadas sobre a barriga. Aperta os olhos para o terreno que rodeia a casa, curvando de vez em quando o corpo para a frente, como se tentasse absorver em memória a paisagem seca. As lembranças já lhe falham aos 90 anos e a seca parece que virou uma só, emendando as de 15, 32, 48, 54. Do que ele conta, há histórias que viveu e outras que apenas ouviu, mas todas elas remontam à desolação que seguiu depois d’O Quinze no sertão. “Nesse tempo tava muito seco, não tinha o que comer nem pra bicho, muita gente passando fome”, ele diz. Seus antepassados quilombolas chegaram ao sertão dos Inhamuns no tempo em que a maioria fazia o caminho inverso fugindo da seca. Mas, depois de conseguirem sobreviver às lutas indígenas na região de Baturité, restou-lhes a opção de resistir naquela terra seca. Ali, fazendo o percurso serra-sertão em tempo de verão e inverno, resistem há cem anos. Foi ali que Raimundo aprendeu a decifrar terra e ler aviso de chuva. “Nas minhas experiências, não vai ter inverno não. Eu tô pedindo a Deus que tenha pelo menos água e uma forragenzinha, mas inverno pra dar milho e feijão não vai ter não”.

No município de Pedra Branca, já no Sertão Central do Ceará, Antônio Francisco de Lima,64, viciou em conversar com gente antiga, recontando os causos em cordel. D’O Quinze, sempre ouviu que foi a maior das secas, a que espalhou o perigo do fogo do fim do mundo no sertão. Os mais velhos diziam aos mais novos: “Talvez seja o fim. Já tá se acabando os animais, depois acaba o resto”. A profecia não concretizou, e Antônio ainda viu, criança, o estrago da grande seca de 70 contrastar com as histórias que ouvia da era chuvosa de 60. “O povo com necessidade, e fiquei perguntando: Meu Deus, porque é que tem dez anos de bom inverno e o pessoal não tem como passar um ano sem sofrimento?. Alguma coisa eu acho que tá errada até hoje”
Beatriz Jucá
Repórter

Regional
Diário do Nordeste

E se o seu time do coração tivesse as cores do grande rival?

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Todo torcedor fervoroso de um time de futebol é apaixonado pelas cores do coração. Mas, e se elas fossem outras? E, pior, se fossem as cores do grande rival? Pensando nisso, adaptamos os escudos de vários clubes brasileiros, utilizando sempre a cor do arquirrival. Será que ficaram legais?
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 Por Marcelo Bloc
Time de Fora

Em jogo difícil e com quatro bolas na trave, time do Fortaleza mostra raça e empenho para superar o Botafogo

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Volante Corrêa abriu o caminho para o triunfo leonino ao marcar de falta
FOTOS: BRUNO GOMES
Em competição disputada como a Copa do Nordeste, fazer o dever de casa é a regra a ser seguida. E o Fortaleza cumpriu à risca, ao superar à forte marcação do Botafogo/PB, ontem à noite no PV, vencendo por 2x1.
O Leão colocou quatro bolas na trave do adversário, enquanto o time paraibano acertou uma no travessão tricolor, mostrando o quanto foi suada a vitória.
Nos 10 primeiros minutos, a marcação forte do Belo dificultou as ações ofensivas do Leão. E os contra-ataques do time paraibano, vez por outra, encontraram brechas na defesa leonina.
Uma dessas brechas quase leva o Bota da Paraíba ao primeiro gol. A bola sobrou para Rafael Oliveira na pequena área e ele mandou uma bomba, que bateu no travessão e subiu.
A disputa por cada espaço do terreno era grande, mediante o espírito de luta do Botafogo. O Fortaleza não ficava atrás, com uma incansável luta de Lúcio Maranhão, que era sempre marcado com falta pelos zagueiros. Uma dessas faltas ocorreu na meia lua de área. Corrêa cobrou rasteiro e assinalou: 1x0.
O fato de o Fortaleza estar vencendo não diminuiu a combatividade do Botafogo, que preenchia todos os espaços com uma marcação implacável.
O Botafogo queria só uma brechinha para chutar a gol e ela surgiu aos 38min, em uma bomba de Chapinha, empatando o jogo. O zagueiro Carlinhos Rech foi expulso no último minuto da etapa inicial. No segundo tempo, ainda foram mais três expulsões, porém, Pio decidiu a partida em um chute que desviou na zaga e enganou o goleiro: 2x1, aos 34 minutos.
Ivan Bezerra
Repórter
Diário do Nordeste