4 de novembro de 2016

Açudes do Ceará estão com apenas 7,9% de volume de armazenamento

 Com apenas 7,9% da capacidade total de armazenamento, a situação dos 153 açudes do Ceará monitorados pela Companhia de Gerenciamento de Recurso Hídricos (Cogerh), em parceria com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), é preocupante. A realidade dos açudes é consequência da escassez de chuvas registrada nos últimos cinco anos, quando o volume ficou bem abaixo da média histórica.
Segundo o boletim hidrográfico da Cogerh,152 açudes monitorados pela Companhia, 47 estão secos e 42 estão em volume morto. O volume morto é a água que fica no fundo das represas, abaixo dos canos de captação que normalmente são usados para retirar água da barragem para seu uso. Ou seja,  é o que fica abaixo da captação por gravidade (sem o uso de bombas).

Das 12 bacias hidrográficas do Estado, sete estão com volume de armazenamento de água inferior a 10%: Baixo Jaguaribe (0,0%), Sertões de Crateús (1,95%), Curu (1,78%), Banabuiú (2,11%), Médio Jaguaribe (5,65%), Salgado (9,60%) e Acaraú (7,79%). Outras três têm volume armazenado abaixo de 20%: Alto Jaguaribe (16,95%), Serra da Ibiapaba (16,02%) e Metropolitana (12,56%). Apenas duas estão com volume superior a 20%: Coreaú (30,41%) e Litoral (31,17%).
Um exemplo da crise hídrica no Ceará é a situação do maior açude do Estado, o Castanhão. Localizado no município de Nova Jaguaribara, a 260 quilômetros de Fortaleza, o reservatório tem capacidade para armazenar 7,5 bilhões de metros cúbicos de água, mas hoje acumula apenas 382 milhões, que representa 5,7% da sua capacidade de armazenamento, o pior índice desde que foi inaugurado, há 12 anos. Além de Fortaleza, outros 25 municípios são abastecidos pelo Castanhão.
Em 2016, as chuvas no primeiro semestre ficaram 25% abaixo da média histórica no Ceará, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Fuceme). Em março, o mês mais chuvoso no estado, quando são esperados mais de 200 milímetros, em média, nos municípios, o índice registrado foi 129 milímetros.
Açude Castanhão está com menor nível desde que foi inaugurado (Foto: DNCS/Divulgação)Açude Castanhão está com menor nível desde que foi inaugurado (Foto: DNCOS/Divulgação)
Do G1 CE

Diploma inútil? Por que tantos brasileiros não conseguem trabalho em suas áreas

Com tantos graduados no mercado, muitos não conseguem exercer suas profissõesImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionCom tantos graduados no mercado, muitos não conseguem exercer suas profissões
Enquanto você lê esta reportagem, milhares de jovens pelo Brasil se preparam para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), prova que pode garantir a entrada deles na universidade. Os estudantes apostam na graduação para começar uma carreira. No entanto, muitos dos que pegam o diploma hoje não conseguem exercer sua profissão.
A culpa não é só da crise econômica, que levou o desemprego a 11,8% no terceiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, mas do perfil dos recém-formados. Eles se concentram em poucas áreas e, quando buscam uma vaga, percebem que não há tanto espaço para as mesmas funções.
Essa análise foi feita pelo economista e professor da USP Hélio Zylberstajn, a partir de um cruzamento de dados do Censo do Ensino Superior e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho.
Os números de 2014, os mais recentes disponíveis, mostram que 80% dos formandos estudavam em seis ramos: comércio e administração; formação de professor e ciências da educação; saúde; direito; engenharia e computação. Ao olhar o que faziam os trabalhadores com ensino superior, o professor notou que os cargos não existiam na mesma proporção dos diplomas.
Um bom exemplo é o setor de administração que, em 2014, correspondia a 30% dos concluintes. Apesar da fatia expressiva, apenas 4,9% dos trabalhadores com graduação eram administradores de empresa. Outros 9,4% eram assistentes ou auxiliares administrativos, função que nem sempre exige faculdade.
"As pessoas fazem esses cursos, mas evidentemente não há demanda para tantos advogados ou administradores. Elas acabam sendo são subutilizadas", diz Zylberstajn.
O professor também diz que o número total de graduados seria superior ao que o mercado brasileiro pode suportar. De acordo com o Censo do Ensino Superior, em 2014, um milhão de pessoas saíram das salas de aula. Em 2004, eram 630 mil.

Mais gente no ensino superior

Mas o que levou esse número a crescer tanto?
A multiplicação das instituições privadas, ao lado da maior oferta das bolsas do Prouni e do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), facilitaram o acesso dos brasileiros à graduação. De 2000 a 2014, a quantidade de instituições dessa natureza aumentou 15%. Outro fator, dizem os entrevistados, é cultural: no país, a beca é sinônimo de status.
"A gente despreza o técnico e supervaloriza o superior. É uma tradição ibérica. Como por muito tempo foi uma coisa da elite, passou a ser considerado um meio de ascender socialmente", afirma Zylberstajn.
Para a professora Elisabete Adami, da Administração da PUC-SP, esse objetivo está ligado à ideia de que o diploma basta para ganhar mais.
Ela diz que deu aulas em faculdades privadas de São Paulo e notava o desejo de seus alunos de melhorar de vida.
"Na sala, tinha três que eram carteiros, muitos motoboys, o pessoal que trabalhava em lojas. O que eles queriam ali? Subir."
Rodolfo Garrido foi fazer faculdade de engenharia porque queria ganhar maisImage copyrightARQUIVO PESSOAL
Image captionRodolfo Garrido foi fazer faculdade de engenharia porque queria ganhar mais
Rodolfo Garrido pensava nisso quando largou o ensino técnico para entrar em uma faculdade privada. Ele ganhava R$ 2.600 como programador de produção em uma metalúrgica. Como engenheiro, diz, seu salário poderia subir para R$ 4.000.
Com a oportunidade do financiamento estudantil, decidiu apostar.
"Já trabalhava na área, então só juntei os estudos. Para poder me graduar e ter um salário melhor, poderia ganhar o dobro. Quando surgiu o incentivo do governo, comecei a pesquisar, porque antes era uma bolada."
Depois de três semestres, teve que deixar as aulas porque ficou desempregado.
Segundo a diretora do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP, Tania Casado, a crença de Rodolfo é endossada por pesquisa. Elas indicam salários maiores para empregos de nível superior. Mas A a professora faz uma ressalva: os estudos são feitos com quem já está trabalhando nesses cargos.
"Os dados são verdadeiros, só que é preciso lê-los corretamente. O fato de você fazer uma faculdade não significa que vai para um vaga desse tipo."
Os motivos pelos quais Rodolfo escolheu engenharia também ajudam a explicar a concentração dos estudantes em seis áreas, que incluem saúde, direito e computação. São profissões tradicionais, teoricamente mais estáveis e bem pagas. Além disso, são as mais oferecidas pelas instituições privadas, responsáveis por 87,4% da educação superior no país.
"As pessoas vão para faculdades pagas, que têm cursos de menor custo, como Direito e Administração", diz o professor Hélio Zylberstajn.
Eles são mais baratos porque não usam outros equipamentos a não ser a sala de aula. Cursos de Química, por exemplo, exigem laboratórios e substâncias controladas.
Outro fator para decisões tão parecidas seria a pouca idade com que os brasileiros escolhem uma profissão.
"É uma meninada de 17, 18 anos, que faz Administração porque o pai fez, ou porque acha legal ser CEO", diz a professora Elisabete Adami, da PUC-SP.
Evelyn queria ser administradora de empresas, mas trabalha como assistente administrativaImage copyrightARQUIVO PESSOAL
Image captionEvelyn queria ser administradora de empresas, mas trabalha como assistente administrativa

Aceitar o que tiver

Com tantos professores, administradores e advogados no mercado, muita gente tem dificuldade de conseguir um bom cargo na sua área. Às vezes o jeito é aceitar vagas que pedem apenas ensino médio.
Quando Evelyn Maranhão se formou, em 2011, pensava que seria administradora de empresas. Cinco anos e muitas negativas depois, trabalha como assistente administrativa. Ela registra pedidos e lança horas-extras no sistema de uma empresa de manutenção predial.
"Achei que ia lidar com estatística, relatório, análises, e, na verdade, faço o que uma secretária faria. Imaginava que estaria na tomada de decisões."
Há quem nem consiga exercer sua profissão.
Antes de cursar enfermagem, Vivian Oliveira trabalhava com eventos. Mesmo depois da formatura, continua organizando congressos, feiras e festas. Nesse meio tempo, diz, mandou incontáveis currículos, mas não foi chamada para entrevistas. Só foi contratada por uma clínica, onde ficou um ano.
"Até há vagas, mas como não tenho muita experiência, eles não chamam."
Para a enfermeira, o fato de não ter estudado em uma universidade conceituada prejudicou sua trajetória "Se surgir uma posição no (hospital Albert) Einstein, vai entrar alguém de faculdade renomada. Vi que meus colegas buscam fazer pós em lugares reconhecidos, porque colocam esse nome no currículo."
Formada em enfermagem, Vivian trabalha com eventosImage copyrightARQUIVO PESSOAL
Image captionFormada em enfermagem, Vivian trabalha com eventos

Faculdade renomada

A falta de experiência e a formação em instituições pouco prestigiadas são os principais empecilhos que os formandos enfrentam nos processos de seleção, diz Luciane Prazeres, coordenadora de Recursos Humanos da agência de empregos Luandre.
Prazeres relata que muitos profissionais chegam no mercado sem ter feito estágio porque precisavam trabalhar para pagar os estudos. E alguma experiência na área é sempre requisitada pelos empregadores.
"A maioria são recepcionistas, operadores de call center que buscam o oposto do que estão fazendo. Mas, se ele não sai do mercado para fazer estágio, é difícil conseguir uma oportunidade."
Segundo ela, é comum que, ao abrir um posto, as empresas peçam candidatos formados em determinada universidade.
Professora na PUC-SP, Elisabete Adami diz notar essa diferença ao ver que seus alunos saem empregados do curso.
"Pega estudantes da PUC, da FGV, do Insper, da USP...eles não estão tão sem trabalho. O pessoal de faculdades de segunda linha não encontra espaço e vai ter que fazer uma pós para complementar a formação."
Para Adami, houve uma proliferação de escolas com menos qualidade, que entregariam profissionais deficientes.
"Esses conglomerados pagam, em média, R$ 17 a hora-aula. Que tipo de professor você vai ter?"
No entanto, pondera, a estrutura ruim não é sempre sinônimo de profissionais mal-preparados. Só que, nesses ambientes, eles são mais frequentes do que em instituições de ponta.
"Sai gente boa, mas por conta própria, porque são esforçados."
Entre uma graduação ruim e uma boa formação técnica, diz Adami, ela aposta na segunda.
"Essa mania de ser o primeiro da família a se formar é uma ilusão, mas é forte no Brasil. É algo secular. Na França e na Alemanha, você não tem esse percentual de jovens na universidade."
Proliferação de faculdades levou à formação de profissionais deficientes, diz professoresImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionProliferação de faculdades levou à formação de profissionais deficientes, diz professores

Ensino técnico

O ensino técnico é citado pelos entrevistados como uma opção interessante.
Hélio Zylberstajn, da USP, diz que o ensino é negligenciado e faz falta para o país. O professor sugere que disciplinas ligadas ao ensino técnico sejam incluídas na grade curricular do ensino médio, e não em institutos, como acontece hoje.
"Estamos carentes de técnicos. No ensino médio, deveríamos formar mão de obra em cooperação com as empresas."
Esse tipo de formação é uma possibilidade que deve ser analisada antes da decisão definitiva pelo ensino superior, diz Tania Casado, do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP.
"É preciso olhar para o lado e ver que há muitas posições não preenchidas, porque as pessoas não têm estudo específico. Os jovens precisam saber disso ao se lançarem em um curso."
Se a escolha for pelo ensino superior, Casado diz que o estudante não deve conhecer apenas a profissão, mas as ocupações que ela abrange. Um graduado em Medicina, por exemplo, pode tornar-se um gestor de plano de saúde. Da mesma forma, alguém formado em Administração pode tornar-se um consultor.
Além de analisar as alternativas que o mercado oferece, aconselha a diretora, o candidato deve olhar para si e escolher algo com o que se identifique. Se depois quiser mudar de área, a transição não tem que ser dolorosa. Nem sempre uma nova faculdade é necessária, afirma. Às vezes uma especialização ou cursos livres são suficientes.
"Carreira é isto: olhar o entorno e se olhar, o tempo inteiro. E saber que à medida que você vai evoluindo, pode haver outros interesses, o que é bom. É preciso se preparar para esses interesses, mas não necessariamente isso passa por uma graduação."
Ingrid Fagundez

Capitão Wagner Sousa: Quero manter liderança de oposição aos Ferreira Gomes

Capitão Wagner: Quero manter liderança de oposição aos Ferreira Gomes
Baixada a poeira do resultado acirrado da eleição em Fortaleza, o deputado estadual Capitão Wagner (PR) tem o desafio de transformar a derrota sofrida para o prefeito Roberto Cláudio (PDT) nas urnas, no último domingo, 30, em motivação política na disputa local.
O parlamentar quer aproveitar o capital político adquirido no pós-eleição e se manter como a principal liderança de oposição para 2018 ao grupo político que governa Fortaleza e a maioria dos municípios do Ceará, liderado pelos irmãos Ferreira Gomes.
“Fazendo uma análise bem fria, disputei com a campanha mais cara do País. Ao contrário da gente que ainda está devendo... Foi extremamente positivo e vitorioso (o resultado da votação), e o mérito não é só meu, mas de um grupo de pessoas que aderiu à nossa candidatura”, analisou o parlamentar.
Com poucos dias de folga após o fim do segundo turno na Capital, Wagner retornou ontem às atividades de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE).
No primeiro discurso após a campanha municipal, criticou a imprensa em episódios pontuais da disputa eleitoral e relembrou sua trajetória de votos nas candidaturas dos últimos seis anos, desde quando disputou pela primeira vez um cargo eletivo ao tentar vaga na AL-CE no ano de 2010.
Em aparte do discurso de retorno, o deputado recebeu apoio e elogios de colegas governistas e de membros da oposição ao governador Camilo Santana (PT) na Casa legislativa, como Heitor Férrer (PSB), Joaquim Noronha (PP), Roberto Mesquita (PSD), Audic Mota (PMDB) e Danniel Oliveira (PMDB).
“Você foi um grande trunfo para quem fazia oposição ao status quo”, disse Heitor, candidato derrotado no primeiro turno da disputa ao Paço Municipal. Já Roberto Mesquita (PSD), que pediu votos para RC na Capital, disse que Wagner “é o maior líder que a política teve nesses últimos seis anos”.
O deputado do PR afirmou ao O POVO que vai trabalhar nos próximos anos e ter “cuidado” para não perder o capital político que conquistou nos últimos meses.
“É um momento para ter cuidado de não perder esse capital político. E, a partir de então, vou ter que me desdobrar para, nesses dois anos, manter essa liderança (de oposição) junto com as forças que se opõe aos Ferreira Gomes”, analisou o parlamentar.
Sem citar a estratégia eleitoral para 2018, o parlamentar citou os senadores Tasso Jereissati (PSDB) e Eunício Oliveira (PMDB), além do ex-prefeito Roberto Pessoa (PR) e o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) como nomes fortes de oposição que pretende continuar ao lado para os próximos embates eleitorais no Ceará.
Apesar da recusa do ex-candidato ao termo “padrinho político”, os dois senadores foram fundamentais para o arranjo da aliança partidária que deu sustentação à candidatura nos dois turnos da eleição em Fortaleza.
Wagner terminou a campanha em Fortaleza com 588 mil votos, embora tenha gastado um terço do recurso investido na candidatura do adversário. RC foi reeleito com 678 mil votos.
Saiba mais
Em seis anos de vida pública, Capitão Wagner (PR) chegou próximo aos 600 mil votos na Capital e se consolida como uma liderança de oposição aos irmãos Cid e Ciro Gomes (PDT) no Ceará.
Com duas votações históricas em Fortaleza, quando se elegeu vereador em 2012, e no Estado, quando se elegeu deputado estadual em 2014, o policial reformado não acredita ser “apenas” um “fenômeno eleitoral” passageiro.
O desafio para Wagner é manter a oposição unida para tentar voos mais altos em 2018, quando tem disputa para o governo estadual e Senado.
O Povo

Criado por arquiteto japonês, mapa mostra o mundo como realmente é

Mapa criado por arquiteto japonês Hajime Narukawa busca refletir com precisão as proporções entre continentes e países (Foto: AutaGraph)Mapa criado por arquiteto japonês Hajime Narukawa busca refletir com precisão as proporções entre continentes e países (Foto: AutaGraph)
O mapa mundi que os alunos usam na escola e consta no Atlas não corresponde extamente à realidade.
Esse mapa, conhecido como projeção de Mercator, mostra a Antártida e a Groenlândia, por exemplo, de forma distorcida e desproporcional.
Um artista e arquiteto japonês desenvolveu uma representação que busca mostrar com precisão as proporções reais entre os países e continentes. A criação foi inspirada no origami, arte milenar japonesa de dobradura de papel.
O mapa se chama AutaGraph e seu autor, Hajime Narukawa, ganhou com a sua criação um dos mais respeitados prêmios de design do Japão, o Good Design Award, concedido pelo Instituto de Promoção de Design Japonês.
Tradicional e problemático
A tradicional projeção de Mercator foi apresentada pela primeira vez pelo geógrafo e cartógrafo flamengo Gerardus Mercator em 1569. Foi ele também que introduziu o termo "atlas" para descrever uma coleção de mapas.

Projeção de Mercator, que está no Atlas, mostra a Groenlândia tão grande quanto a África (Foto: Wiki commons)Projeção de Mercator, que está no Atlas, mostra a Groenlândia tão grande quanto a África (Foto: Wiki commons)
O sistema desenvolvido pela projeção de Mercator respeita as formas dos continentes, mas não os tamanhos. Seus mapas ganharam popularidade e foram usados como cartas náuticas, uma vez que permitiam traçar rotas como linhas retas, diferentemente de outras projeções mais precisas.
As distâncias entre os meridianos e paralelos, no entanto, estão distorcidas. E os países e regiões próximas aos polos aparecem em um tamanho muito maior do que o real.
A Groenlândia, por exemplo, aparece quase tão grande quanto a África, sendo que o continente africano tem uma área 14,4 vezes maior.
A técnica de origami
Como Hajime Narukawa criou seu mapa de origami?
Técnica de origami foi usada para criação do mapa (Foto: AutaGraph)Técnica de origami foi usada para criação do mapa (Foto: AutaGraph)












O arquiteto dividiu o globo terrestre em 96 triângulos, que logo foram transformados em tetraedros, poliedros com quatro faces. Poliedros são formas geométricas com faces planas e volumes definidos.
A partir desta técnica, Narukawa conseguiu exibir as informações da esfera terrestre em um retângulo, mantendo suas proporções.
'AuthaGraph representa fielmente os oceanos e continentes, promovendo uma perspectiva precisa e moderna de nosso planeta',disse a instituição de premiou Narukawa (Foto: AutaGraph)'AuthaGraph representa fielmente os oceanos e continentes, promovendo uma perspectiva precisa e moderna de nosso planeta',disse a instituição de premiou Narukawa (Foto: AutaGraph)
Representação fiel
O mapa pode não ser o ideal para navegação e pode parecer estranho à primeira vista, com uma mudança de posição da Ásia e da América do Norte.

Narukawa (agachado na primeira fileira à esquerda) com alunos de seu laboratório na Universidade de Keio, em Tóquio (Foto: Gentileza Narukawa lab)Narukawa (agachado na primeira fileira à esquerda) com alunos de seu laboratório na Universidade de Keio, em Tóquio (Foto: Gentileza Narukawa lab)
Ele resolveu, no entanto, o difícil desafio de projetar um planeta esférico em um mapa plano.
"AuthaGraph representa fielmente os oceanos e os continentes, incluindo a Antártida, e fornece uma perspectiva precisa e moderna do nosso planeta", disse a organização que concedeu o prêmio a Narukawa.
Os organizadores do prêmio acrescentam, no entanto, que o mapa poderia ser mais detalhado, "aumentando o número de subdivisões", para refinar ainda mais a precisão.
Da BBC