28 de novembro de 2014

Morre o mexicano Roberto Bolaños, o eterno Chaves

Roberto Gomez Bolaños no seriado "Chaves", do SBT
Roberto Gomez Bolaños no seriado "Chaves", do SBT (Divulgação/VEJA)
Criador de um fenômeno televisivo que, a partir do México, se espalhou pelo continente e conquistou legiões de fãs em toda a América Latina, o humorista mexicano Roberto Gomez Bolaños, autor e intérprete dos personagens Chaves e Chapolin, morreu nesta sexta-feira, aos 85 anos. Com a saúde fragilizada há mais de uma década, Bolaños passou os seus últimos anos em uma cadeira de rodas, lutando contra problemas respiratórios e complicações da diabetes.

A morte de Bolaños deixa órfã uma geração de fãs brasileiros que cresceu assistindo aos episódios de Chaves, sua principal criação, reprisados exaustivamente pelo SBT ao longo das últimas três décadas. Um grupo de admiradores fiel que, ignorando todas as limitações técnicas da produção, sempre garantiu ótimos resultados de audiência ao programa mexicano – e sempre mostrou um impressionante poder de mobilização a cada ameaça de cancelamento das exibições do seriado.

Razão de tanto carinho, a história do garoto orfão que "sem querer querendo" inferniza a vida da vizinhança caiu nas graças do público apostando em piadas ingênuas e sem apelação: um exemplo claro do tipo de humor que Bolaños pregava. "Quando sobram piadas chulas, é porque falta talento", afirmou o mexicano em entrevista a VEJA em 1999. Mesmo não sendo um adepto do politicamente correto – como as pancadas de Seu Madruga em Chaves deixam claro –, Bolanõs fugia do humor preconceituoso nos seus roteiros. "Sempre evitei fazer piadas com raças, religiões, opções sexuais e mulheres. Aliás, nos meus programas as meninas sempre são mais inteligentes. No Chaves, era a Chiquinha quem arquitetava os planos mirabolantes", comentou.

EFE
Debilitado, Roberto Bolaños usava cadeira de rodas
Pequeno Shakespeare - Antes de se tornar o criador – e o rosto – de Chaves, porém, Bolaños já havia construído uma sólida trajetória artística em seu país. Versátil, o mexicano trabalhou desde jovem nas mais diversas mídias: foi roteirista de programas de rádio, peças de teatro, esquetes de televisão e filmes no cinema – muitas vezes assumindo também o papel de ator. Tal habilidade rendeu ao multifacetado artista o apelido de Chespirito – pequeno Shakespeare –, alcunha pela qual ficaria conhecido no México por toda a sua carreira.

A fama internacional, no entanto, só chegaria mesmo a partir dos anos 1970, com a criação de seus dois personagens mais famosos: o presunçoso herói Chapolin Colorado e o ingênuo órfão Chaves. Dono de uma marreta biônica de plástico e de "anteninhas de vinil" sensitivas, Chapolin é uma divertida sátira dos infalíveis super-heróis dos quadrinhos americanos. A série colecionou um enorme número de fãs e conquistou o seu próprio status cult – camisetas com o emblema do personagem são um ícone pop até hoje –, mas seu alcance jamais superou o da outra criação de Bolaños.

Fenômeno latino - Exibido em mais de cem países ao longo de quatro décadas, Chavesdesembarcou no Brasil quase por acaso. A série era parte de um pacotão de programas do canal mexicano Televisa comprado por Silvio Santos para turbinar a programação do ainda jovem SBT. Foi o início de uma bem sucedida parceria. Por quase trinta anos ininterruptos,Chaves foi uma das principais atrações – e curingas – da emissora, cobrindo qualquer buraco que surgisse na grade, e invariavelmente dobrando a audiência da faixa. No auge do sucesso, o humorístico cansou de dar surras na Globo, roubando o primeiro lugar no Ibope e deixando diretores do canal carioca temerosos por seus empregos.

Embora também tenha conquistado fãs em outras partes do mundo, foi na América Latina que a principal obra de Bolanõs ganhou contornos de fenômeno cultural – a ponto de ser comparada pela revista Forbes ao revolucionário Simon Bolivar por seu poder unificador no continente. Para o humorista, os índices de pobreza da região ajudavam a explicar o grande apelo do personagem entre os latino-americanos. "O Chaves é uma criança que não cresce porque não come. O personagem faz sucesso em qualquer lugar do planeta onde haja fome", disse ele na entrevista a VEJA.
Reprodução
Bolanõs abraça Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha: disputas judiciais abalaram amizade com ex-colegas
Triângulo amoroso - A exibição original de Chaves no México durou de 1971 a 1980 – terminou, portanto, anos antes do programa sequer começar a ser veiculado no Brasil. Após esse período, o seriado sobreviveu até 1992 como esquete dentro do programa de Chespirito na Televisa, chegando ao fim por causa da idade avançada de Bolaños, então com 63 anos. Muito antes disso, no entanto, o humorístico já havia sofrido baixas em seu elenco – a primeira delas por causa de um inesperado triângulo amoroso entre Chaves, Dona Florinda e Quico. Ou melhor, entre Bolaños, a atriz Florinda Meza e o ator Carlos Villagrán.

Namorada de Villagrán durante anos, Meza trocou o parceiro pelo intérprete de Chaves em 1977. Logo depois, Villagrán anunciou sua saída do programa para seguir carreira-solo. A rusga entre os ex-colegas, porém, não terminou por aí e acabou se desdobrando em uma disputa judicial pelo personagem de Quico. Por causa da briga, Villagrán passou a se apresentar alterando a grafia do nome para "Kiko". Mostrando que o tempo não aplacou a animosidade entre eles, o ator acusou Bolaños em 2011 de não lhe pagar os direitos devidos pelo faturamento do programa. "Tudo quem leva é o Roberto, que é multimilionário", alfinetou.

Conflito semelhante envolveu a intérprete de Chiquinha, Maria Antonieta de Las Nieves, que se desentendeu com Bolaños em 1994 e travou por mais de uma década uma batalha pelos direitos de uso da personagem. As disputas nos tribunais desgastaram a relação entre Bolaños e os ex-colegas e o criador de Chaves nunca mais retomou a amizade com a dupla. "Ele não atende meus telefonemas nem meus convites. Se não quer, não posso obrigá-lo a ser meu amigo", lamentou Maria Antonieta em entrevista ao site de VEJA em 2013.

O relacionamento com Florinda Meza, porém, rendeu frutos duradouros. Descrita por Bolaños como "uma dessas mulheres que passam de uma em uma e os homens seguem de três em três", a atriz, vinte anos mais nova do que ele, foi sua companheira por mais de trinta anos – nos últimos deles fazendo também o papel de assessora e enfermeira do marido já debilitado.

Perguntado muitas vezes sobre a razão do estrondoso êxito de sua principal obra, Bolaños tinha uma explicação simples – e surpreendentemente satisfatória – na ponta da língua: "Chaves sempre defendeu valores familiares como honestidade e compaixão, e as pessoas se identificam com ele por causa disso".

Veja

Leônidas Cristino assume Seinfra; Vicente Arruda herda vaga para Câmara

O ex-ministro-chefe da Secretaria Nacional de Portos Leônidas Cristino (Pros) assumirá a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra) na gestão do governador eleito Camilo Santana (PT).

Ex-prefeito de Sobral e deputado federal eleito, Leônidas substituirá Adail Fontenele (Pros) e abrirá espaço para que Vicente Arruda (Pros), primeiro da coligação do Pros, ocupe sua cadeira na Câmara dos Deputados.

Leônidas Cristino já trabalhou com infraestrutura como diretor de Operação da prefeitura de Fortaleza, na gestão de Ciro Gomes e, entre 1991 e 1994, como secretário dos Transportes, Energia, Comunicações e Obras do Estado do Ceará.


Ceará News 7

Após dez anos no Horizonte, técnico Roberto Carlos assume o Itapipoca


Um ciclo de durabilidade equivalente a uma década. Foi esse período, dez anos de dedicação, o tempo que o treinador Roberto Carlos se efetivou dentro do Horizonte, exatamente o tempo de existência do clube. Na década de permanência no Galo do Tabuleiro, o início em 2004, foi como auxiliar técnico, sendo efetivado como treinador em 2011, foram três anos e oito meses no cargo de técnico. O ciclo natural da vida tem início, meio e fim, essa naturalidade atingiu Roberto Carlos. A figura carimbada do Horizonte hoje inicia outra vida, outro ciclo, agora na equipe do Itapipoca, já planejando o novo desafio da carreira.
Roberto Carlos, técnico, Horizonte (Foto: Juscelino Filho)

No comando do Horizonte foram 137 jogos, 66 vitórias, 43 derrotas e 28 empates. São três participações na Copa do Brasil e dois títulos da Taça Fares Lopes. O vínculo foi desfeito. Agora ele começa a escrever as páginas em branco de uma nova história que se inicia no Itapipoca. Sempre com bom humor, o comandante brinca com o apelido da nova equipe.

 - Espero agora que o Moleque Travesso seja realmente travesso - brinca Roberto Carlos.

Se pensar a circunstância da longevidade dos treinadores nos clubes brasileiros, é surreal imaginar o comando técnico à frente de um clube por mais de três anos. Ainda mais em um clube de menor porte, onde todas as fichas da temporada são apostadas no desempenho no estadual, determinando as vagas nas competições a nível nacional, com exceção da Taça Fares Lopes que garante um calendário no segundo semestre. A saída foi encarada como algo natural da vida, prevalecendo a experiência e os bons momentos vividos no Horizonte. 

- A saída foi motivada pelos resultados que não foram muito bons com o segundo semestre. A mudança é necessária e requer precisão dentro do tempo de serviços prestados, a mudança é válida sim. Eu analiso sempre o local onde estou trabalhando. Tenho só a agradecer o momento que tive no Horizonte, todo o espaço que abriu para mim, se não fosse ele (Horizonte)  eu não seria reconhecido hoje - contou o treinador
Roberto Carlos, técnico, Horizonte (Foto: Juscelino Filho)Roberto Carlos, técnico, Horizonte (Foto: Juscelino Filho)
A mudança atrai um recomeço, uma aposta motivada pela reputação construída em dez anos de Horizonte. O Itapipoca terminou o Campeonato Cearense deste ano em sexto, com 21 pontos, três a mais que o primeiro clube rebaixado, o Ferroviário, com 18. Brigou contra o rebaixamento até a última rodada. A missão é tentar dar uma nova perspectiva ao Moleque Travesso. O treinador já está em Itapipoca há uma semana, buscando montar o time e revelar jogadores da região.

-  Temos uma dificuldade como em todos os cantos para montar o elenco. Já estou inclusive na cidade buscando jogadores da região. Quero repetir o que fiz no Horizonte, garimpar jogadores da região, filhos da terra. Agregar aqui o Roberto que ficou conhecido no Horizonte - revelou.

Por Tom AlexandrinoFortaleza, CE

Dilma insiste em ter Eunício em ministério e oferece-lhe assa por melhor relação com partidos aliados nos ministérios e no Congresso Nacional.




Enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) não fecha a equipe que lhe acompanhará, a partir de janeiro de 2015, em seu segundo mandato à frente da Presidência da República, seguem as especulações em torno da reforma ministerial.

Interlocutores palacianos dão conta de que Dilma quer o senador cearense Eunício Oliveira (PMDB), ministro das comunicações no governo Lula, à frente de uma das pastas. 

Para colocar o peemedebista na Esplanada, a presidente estaria cogitando oferecer-lhe Minas e Energia, ministério que tinha Miriam Belchior (PT) como nome mais cotado. A atual ministra do Planejamento também poderia ser transferida para o BNDES ou a Caixa. 

Eunício Oliveira, que é presidente do PMDB no Ceará e líder do partido no Senado, nega que já tenha sido convidado para integrar o novo grupo de ministros, e afirma que prefere fortalecer seu nome na Casa. "Meu projeto é ficar aqui no Senado e continuar, obviamente, se assim meus companheiros de partido entenderem, como líder nacional do partido e do Bloco da Maioria", garante o senador.

Nessa quinta-feira (28), Dilma definiu o primeiro escalão de sua equipe econômica. Seu próximo desafio é acomodar os aliados, principalmente o PMDB, nos demais cargos. As bancadas peemedebistas da Câmara e do Senado requerem, cada uma, a indicação de três nomes.

A presidente desembarca hoje em Fortaleza para participar do Encontro do Diretório Nacional do PT. Na capital cearense, defenderá maior abertura aos aliados. Além de problemas na economia, as revelações da Operação Lava Jato exigem, na visão da petista, maior proteção política, o que passa por melhor relação com partidos aliados nos ministérios e no Congresso Nacional.
* Com informações da Folha de S.Paulo e da Agência Senado.


Ceará News 7 

Habilitação mais cara a partir da segunda-feira (1)

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Com a adição de mais tempo, esse valor passará para R$ 1.170,00 ou seja, R$ 225,00 a mais
FOTO: NATINHO RODRIGUES
Quem for iniciar o processo para tirar aCarteira Nacional de Habilitação (CNH) a partir desta segunda-feira (1º de dezembro) pode preparar o bolso e reservar mais tempo. O documento vai custar 23,8% mais caro. Uma nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aumenta de 20 para 25 o número de horas/aulas para primeira habilitação categoria B e de 15 para 20 quem for adicionar categoria.
Segundo o presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Veículos do Estado do Ceará (Sindcfcs), Welligton dos Santos, atualmente é cobrado R$ 945,00 por 20 horas/aula e mais o veículo na hora da prova do Detran. Com a adição de mais tempo, esse valor passará para R$ 1.170,00 ou seja, R$ 225,00 a mais. "No Ceará a hora/aula é de R$ 45,00. O impacto no bolso da pessoa será considerável e não é boa para as 350 autoescolas do Estado", informa ele.
O Departamento Estadual de Trânsito no Ceará (Detran/CE) explica que a principal mudança foi mesmo na carga horária de aulas práticas para obtenção da CNH categoria B. “Há uma opção de realizar 30% dessa nova carga horária no simulador de direção. Mas no Ceará, nenhuma autoescola adota o simulador”, informa o órgão.
 Quem tem baixa renda comprovada e pretende tirar a primeira habilitação pode se inscrever no programa de Carteira de Motorista Popular. Este programa tem a finalidade de possibilitar o acesso das pessoas de baixo poder aquisitivo, gratuitamente, à obtenção da primeira CNH. De acordo com o órgão, as inscrições só podem ser feitas pela internet, no site do órgão: (www.detran.ce.gov.br).
 
O candidato deve obedecer aos seguintes critérios: ser maior de 18 anos; alfabetizado; possuir Cadastro de Pessoa Física (CPF); não estar judicialmente impedido de tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH); comprovar domicílio no Estado do Ceará. Além de estar enquadrado em uma das seguintes situações: beneficiários do Programa Bolsa Família; alunos matriculados há mais de seis meses na rede pública de ensino fundamental e médio, bem como em cursos públicos profissionalizantes, e que comprovem bom desempenho escolar; pessoas egressas do sistema penitenciário e portadores de necessidades especiais.
 
Diário do Nordeste

Lei Antifumo entra em vigor na próxima semana

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Entra em vigor na próxima quarta-feira (3) a Lei Antifumo que proíbe, entre outras coisas, fumar em locais fechados, públicos e privados, de todo o país. Para especialistas, a medida é um avanço no combate ao hábito de fumar. Pouco mais de 11% da população brasileira são fumantes. No Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado hoje (27), a informação vem reforçar as medidas de prevenção da doença.
Com a vigência da Lei 12.546, aprovada em 2011 mas regulamentada em 2014, fica proibido fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como hall e corredores de condomínio, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo. Se os estabelecimentos comerciais desrespeitarem a norma, podem ser multados e até perder a licença de funcionamento.
A norma também extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros até mesmo nos pontos de venda, onde era permitida publicidade em displays. Fica permitida a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens sobre os males provocados pelo fumo. Além disso, os fabricantes terão que aumentar os espaços para os avisos sobre os danos causados pelo tabaco, que deverão aparecer em 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais.
Será permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, em áreas abertas de estádios de futebol, em vias públicas e em tabacarias, que devem ser voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções também estão cultos religiosos, onde os fiéis poderão fumar, caso isso faça parte do ritual.
(Agência Brasil)